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“A cooperativa cresce dando mais oportunidades ao produtor”, afirma Valter Pitol

Conheça a história da cooperativa que nasceu pela necessidade de produzir energia elétrica e se tornou uma das maiores potências do agronegócio brasileiro.

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Presidente da Copacol, Valter Pitol: “Desde 2004 trabalhamos como projeto de visão de futuro de cinco em cinco anos. Olhamos sempre para o que é possível fazer, o que nós vamos fazer para crescer e o que o produtor pode participar, pois o produtor é a base de tudo” - Fotos: Sandro Mesquita/OP Rural

Conheça a história da cooperativa que nasceu pela necessidade de produzir energia elétrica e se tornou uma das maiores potências do agronegócio brasileiro. O Presente Rural foi até Cafelândia, no Oeste do Paraná, para ouvir essa e outras histórias do presidente da Copacol, Valter Pitol, um homem obstinado a gerar oportunidades para os quase oito mil associados. Confira os planos dessa gigante do agro para as cadeias estratégias de aves, peixes, suínos, leite e grãos.

Presidente da Copacol, Valter Pitol: “Somos uma cooperativa agropecuária, mas ela foi fundada por uma necessidade de produção de energia elétrica”

O Presente Rural – Vamos começar falando um pouquinho da sua história. Como que ela se envolve com o cooperativismo?

Valter Pitol – Eu vim para Cafelândia trabalhar na cooperativa em fevereiro de 73, como extensionista. Eu me formei em 1972, em Passo Fundo, na segunda turma de agrônomos. Naquela época a agricultura demandava muitos profissionais. Tinham oportunidades no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. E aí o meu colega era Moacir Micheletto e ele dizia para eu vir ao Paraná porque era bom. Eu vim de carona e comecei a trabalhar na cooperativa. Fui responsável pela construção do departamento técnico. Passamos por uma evolução muito grande em tecnologia, com a exigência de prestar assistência ao produtor. Depois, fui convidado a ser vice-presidente em 1980, cargo que ocupei por 18 anos. E agora, com toda essa experiência faz 25 anos que eu sou presidente da cooperativa. Tenho muita satisfação, muita responsabilidade, mas também orgulho na caminhada profissional. Digo sempre que conto com uma grande equipe, pois ninguém faz nada sozinho.

O Presente Rural – O senhor pode nos contar um pouco da história da Copacol?

Valter Pitol – Somos uma cooperativa agropecuária, mas ela foi fundada por uma necessidade de produção de energia elétrica. Em 1963, quando o padre Luiz e outros 32 produtores formaram a Copacol, a necessidade era energia elétrica nessa vila que era um distrito de Cascavel, então eles construíram uma usina, puxaram quatro quilômetros de rede aqui nessa comunidade. Depois, com a chegada dos colonizadores do Sul eles começaram a desbravar a região e surgiu a necessidade de estruturar a produção de grãos. Foi então que em 1967, com muitas dificuldades, começaram a estruturar a produção de grãos. No início era tudo manual, depois veio a mecanização.  Sempre gosto de lembrar um fato bastante importante, pois a fundação da cooperativa foi em outubro de 1963, mas ela também teve um fato histórico em fevereiro de 1972, que também diria que marcou o desenvolvimento e oportunidade da região. Foi neste período que foi realizado, no Oeste do Paraná, por órgãos do governo, o mapeamento da região, o projeto Iguaçu de cooperativismo é baseado nisso. Eles identificaram quais eram os locais onde seria melhor fundar cooperativas para poder dar sustentação a todo esse desenvolvimento que vinha da agricultura. Então em 1970 fundaram a Coopavel, com sede em Cascavel e aqui éramos um distrito vizinho, Cafelândia, dentro de Cascavel. E aí, qual era o sentimento naquela época, passávamos por dificuldades e muitos pensaram que devíamos nos incorporar a Coopavel. Porém, a história diz que por meio da ação de um homem, isso não veio a acontecer e foi muito importante para a nossa cooperativa. Contam que o padre, naquela época, foi de casa em casa pedindo aos produtores e cooperados para que votassem não na assembleia e permanecêssemos sozinhos enquanto cooperativa. O padre dizia que a incorporação não traria progresso para a Copacol. Então na assembleia, os 92 produtores associados da época não aprovaram a incorporação e a nossa cooperativa começou a deslanchar a partir daquele dia. Conseguimos financiar nosso primeiro armazém em 1972 e começamos a receber soja. Passamos por problemas, pois os financiamentos não eram fáceis de ser conseguidos na época, muitos produtores precisaram validar os financiamentos com promissórias, assumindo os valores caso a cooperativa não desse conta. Nenhum produtor precisou pagar, pois a cooperativa teve bons resultados. Isso é muito bonito e gosto de dizer, pois mostra a confiança e a expectativa dos associados. Depois, em 1974 iniciamos os trabalhos em Nova Aurora, Formosa do Oeste e em Jesuítas. Hoje temos mais de 30 unidades de recebimento de grãos no Oeste e Sudoeste do Paraná. Então nossa cooperativa foi formada por decisões fortes, por muita coragem e ousadia. As decisões daquela época proporcionaram o que somos hoje.

O Presente Rural – E quando a cooperativa começou a trabalhar com a pecuária?

Presidente da Copacol, Valter Pitol: “Temos hoje oito mil associados e quase 16 mil colaboradores em todos os nossos processos industriais”

Valter Pitol – Em 1975 nós tivemos a famosa geada negra que acabou com os cafezais, alguns se recuperaram e outros não. Depois, em 1977 tivemos uma seca semelhante a essa que passou na soja (2022) e talvez até pior. A cooperativa ainda estava bastante fraca e trabalhava só com grãos, os dirigentes da época discutiram e observaram que se algo desse errado de novo a cooperativa corria o risco de desaparecer, então surgiu a ideia de discutir o que poderíamos fazer para agregar diversificação, para a gente poder crescer. Após as análises e discussões veio a avicultura. Começamos o abate de aves no dia 05 de maio de 1982. Somos os pioneiros do Oeste do Paraná no abate de frangos. Foi difícil no início, pois ninguém conhecia esse trabalho, mas logo começamos a ter renda muito boa e isso estimulou e desenvolveu a cooperativa e veio com uma velocidade muito grande. Hoje 50% do nosso faturamento vem do frango.

Nesta época também tínhamos a Sudcoop que era uma central de suínos, que basicamente atendia as cooperativas do sudoeste. Tinha estrutura em Medianeira e Céu Azul, foi então que o banco de crédito sugeriu que fizéssemos uma integração entre o Oeste e Sudoeste. E com isso veio todo o desenvolvimento da Frimesa que fazemos parte desde o início e enviamos a nossa produção de suínos e leite para ser industrializado pela Frimesa.

O Presente Rural – Presidente, o senhor pode falar sobre o quadro de associados e colaboradores. E quais são as regiões que a Copacol atua?

Valter Pitol – Temos hoje oito mil associados e quase 16 mil colaboradores em todos os nossos processos industriais. A participação do associado é muito forte. Ele confia no trabalho da cooperativa e nos negócios. Isso porque temos uma excelente estrutura de gestão. Temos negócios com grãos, cereais, frango, suíno, leite e piscicultura. A nossa cooperativa sempre procurou zelar pela integração do associado e da família com o desenvolvimento da cooperativa, com as oportunidades de crescimento do produtor, para ele poder participar mais, ter mais produção de frango, suínos e peixe, além dos grãos. E com isso vem agregando colaboradores. O processo de desenvolvimento é contínuo, o que proporciona oportunidades aos cooperados e também beneficia a geração de empregos.  Sempre digo que isso equilibra produção, pois o produtor produz, mas também gera emprego e riquezas para a região.

O Presente Rural – Em seus 60 anos de existência, a cooperativa tem desempenhado um papel crucial na comunidade dos cooperados. Presidente, diante dessa marca significativa, gostaríamos de saber como foram as comemorações desta importante data.

Valter Pitol – Estamos felizes, pois tivemos muitas dificuldades, mas a cooperativa sempre deu seus passos com segurança. Agora completamos 60 anos de história, de oportunidades aos cooperados e nós comemoramos com nossos familiares, com a presença de familiares de fundadores, pois temos somente três fundadores que ainda são vivos. Comemoramos lembrando da ousadia e da coragem dos primeiros. Tivemos também um momento de celebração para agradecer as bênçãos, independente de credo, com show do padre Ezequiel, no sentido de fortalecer o espírito da integração, do cooperativismo, agradecendo e também para pedir a Deus que continue a abençoar nossa cooperativa. E todos os associados também receberam um presente, bem como os colaboradores. Desta forma, as celebrações reafirmaram a importância dos cooperados e dos colaboradores que dedicam muito do seu tempo em prol da cooperativa, pois procuramos trabalhar de forma a desenvolver ações que beneficiem a agricultura.

Presidente da Copacol, Valter Pitol: “Somos a quinta empresa do país em abate de frango”

O Presente Rural – A Copacol trabalha em diversas áreas. Como está cada uma delas e o que elas representam hoje para a cooperativa?

Valter Pitol – A área de grãos é uma área importante porque é onde produzimos a matéria-prima para produzir carne. Dentro dessa área tem um centro de pesquisa agrícola que oferece suporte, informações tecnológicas de primeira mão para o nosso cooperado. Nosso parceiro hoje é credenciado pelo Ministério da Agricultura, temos parceria com empresas nacionais e multinacionais de pesquisa. Desta forma, nosso produtor é muito bem assessorado para a produção de grãos e quando ele vai aplicar um defensivo ele tem muitas informações e pode fazer de forma bastante segura, pois tudo foi pesquisado e estudado de forma a ser eficiente.

Na parte de avicultura nós abatemos hoje 720 mil frangos por dia. Somos a quinta empresa do país em abate de frango. Com isso vem toda uma riqueza e uma oportunidade em relação à participação do cooperado. Nós estamos projetando um pequeno aumento no abate, já que as nossas unidades de Cafelândia e Ubiratã conseguem aumentar um pouco.

Na suinocultura somos parceiros da Frimesa que está crescendo e nós temos 18% da responsabilidade do capital da Frimesa, então nós temos que contribuir com 18% do suínos que são abatidos. Então você vai investir em estrutura de produção de leitões e você vai gerar oportunidade para o produtor fazer terminação, então projetamos crescimento.

No peixe nós estamos com duas plantas, uma em Nova Aurora e outra em Toledo. Qual é o caminho? É duplicar a capacidade de abate em Toledo, de 40 mil para 80 mil tilápias ao dia. Até 2025 nossa projeção é abater 230 mil tilápias ao dia nessas duas plantas. Tudo isso traz mais oportunidades ao produtores. Por isso eu digo sempre que a cooperativa cresce dando mais oportunidades ao produtor. Esse é o papel da cooperativa, oferecer ferramentas de desenvolvimento e dar condições aos cooperados para que ele tenha mais renda.

O Presente Rural – Com relação a sucessão familiar, como a Copacol tem encarado isso?

Valter Pitol – É um desafio. Estamos há três anos trabalhando forte nisso. Trabalhamos com apoio da Faep, promovendo encontros com as famílias, passando orientações e informações para tomar a decisão de como fazer a sucessão familiar sem trauma. Claro, nós não obrigamos ninguém, mas o produtor que tem interesse, nós temos sempre uma turma para levar ao produtor uma visão do como ele pode fazer uma sucessão familiar de forma eficiente.

O Presente Rural – Presidente, a produção da Copacol está sendo direcionada para onde?

Valter Pitol – Toda a nossa produção de grãos é industrializada por nós. O frango que temos uma produção de quase 500 mil toneladas por ano, 60% é exportado, para 75 países, nos cinco continentes, 40% fica no mercado interno. Nossa exportação de peixe ainda não é tão expressiva, mas também estamos buscando abrir mercado porque planejamos crescer muito neste segmento.

O Presente Rural – Recentemente foi inaugurada uma nova unidade de produção de alevinos. Essa unidade vai suprir toda essa capacidade de aumento que a Copacol almeja na produção de tilápias?

Valter Pitol – Nós, dentro da piscicultura que iniciamos em 2008 e fomos pioneiros no Oeste, também no sistema de integração, temos uma unidade produtora de alevinos que produz 50 milhões de alevinos por ano, em Nova Aurora. E agora com a inauguração da nova unidade que conta com tecnologia israelense, temos uma unidade com renovação de água nos tanques, com bioflocos e que vai produzir 50 milhões de tilápias. Então nós vamos ter 100 milhões de tilápias produzidas ao ano, o que vai nos permitir chegar ao abate de 270 mil tilápias por dia. Então nós temos capacidade de produção de alevinos suficiente para a nossa produção e crescimento.

Equipe do Jornal O Presente Rural: Ueslei Stankovicz, Selmar Marquesin, Giuliano De Luca e Sandro Mesquista, ladeando o presidente da Copacol, Valter Pitol

O Presente Rural – Como está a tecnologia embarcada hoje dentro da produção de tilápia e como o produtor está analisando esse mercado?

Valter Pitol – Eu diria que a tilápia, como nós temos todo o processo genético e toda a cadeia, o que a gente analisa e vem buscar agora com essa estrutura dessas inovações, e digo que é inovação para nós, porque no mundo inteiro essa tecnologia já existe nesse sistema de bioflocos, como nós estamos fazendo com tanques. Então qual é o nosso desafio futuro? Buscar melhoramento genético. O melhoramento vai ser a base para poder ter mais rentabilidade e mais renda. Vamos em busca de mais informações e conhecimento para fazer cruzamento genético para ter mais rentabilidade.

O Presente Rural – No que tange a suinocultura, como está a parceria de vocês junto à Frimesa e o novo frigorifico em Assis Chateaubriand?

Valter Pitol – A Frimesa, desde quando nós entramos de sócios na fundação, sempre foi um porto seguro para os nossos terminadores de suínos. Porque a cooperativa produz os leitões em todas as unidades produtoras, nós temos estrutura e repassamos ao produtor e ele está seguro com a Frimesa, pois é uma parceria muito forte. Nós produzimos produto de qualidade, para que ela faça um bom abate e ofertamos um produto de qualidade e segurança. A Frimesa garante a segurança para o produtor, é claro que acontecem altos e baixos no mercado, mas a Frimesa sempre deu suporte e condições aos produtores. Com este novo frigorífico em Assis nós fornecemos 450 mil suínos por ano e vamos chegar aos 700 mil. Esse é um número muito grande.

O Presente Rural – Quais são os projetos futuros da Copacol?

Valter Pitol – A cooperativa trabalha com um projeto estratégico. Desde 2004, trabalhando como projeto de visão de futuro de cinco em cinco anos. Olhamos sempre para o que é possível fazer, o que nós vamos fazer para crescer e o que o produtor pode participar, pois o produtor é a base de tudo. Em 2024 vamos atualizar nosso planejamento para os próximos cinco anos. Baseados neste planejamento, nós buscamos informar a todos desde os cooperados, as lideranças e nossos colaboradores, para que todos possam saber das oportunidades e contribuir no processo. Nós projetamos, nos próximos cinco anos, aumentar nossa produção de frangos, de peixes e suínos, pois isso está dentro das possibilidades. Sempre trabalhando com eficiência, pensando no custo, porque a gente não consegue regular o preço, mas precisamos trabalhar com um custo de produção mais baixo para que o produto seja viável.  Essa é uma realidade que a gente trabalha constantemente e eu sempre busco aperfeiçoar os processos gerenciais.

Presidente da Copacol, Valter Pitol: “O crescimento tem que te dar condições para que você possa remunerar melhor o agricultor, avicultor, suinocultor, piscicultor”

O Presente Rural – E dentro dessa projeção de crescimento, que é a perspectiva de faturamento em 2023 e 2024?

Valter Pitol – Neste ano (2023), nossa previsão é chegar em torno de R$ 10 bilhões de faturamento. E para os próximos cinco anos, é claro que nós não esperamos preços tão extraordinários de grãos também, por isso, nos almejamos chegar em cinco anos em um faturamento de R$ 12,8 bilhões. O faturamento é importante, mas não é o principal. O que precisa para que você possa crescer é fazer com que as suas atividades tenham resultados positivos. O crescimento tem que te dar condições para que você possa remunerar melhor o agricultor, avicultor, suinocultor, piscicultor. Então a gente sempre trabalha com essa perspectiva, buscando fazer o melhor, porque nós entendemos que o produtor, o associado é o sustento da cooperativa, nossa responsabilidade é conduzir, gerenciar, processar e comercializar. Mas o produto vem do produtor. Nós temos um diferencial, porque conseguimos integrar muito as famílias dos associados, começando a trabalhar com atividades com eles desde que são crianças. Isso aproxima a família do cooperado à cooperativa.

O Presente Rural – Qual a sua visão com relação as temáticas da agenda ESG, bem-estar animal e o uso de tecnologias? Como a Copacol vem lidando com estes temas atuais?

Valter Pitol – Dentro de todas essas temáticas citados por você, nós precisamos saber cada uma delas e precisamos cumpri-las. Para nós, o bem estar animal é essencial, é uma obrigação. Sempre digo que isso não é modernismo, mas precisamos estar inseridos nestas temáticas para acompanhar as mudanças que acontecem. Só que você também não pode achar que isso vai salvar o mundo, o que vai salvar é o nosso trabalho, é preciso acompanhar as exigências em termos de mercado e sociedade. Então aqui na Copacol nós estamos por dentro de todos estes temas e estamos fazendo a nossa parte, porque sabemos que é preciso ser feito.

O Presente Rural – Quais os principais desafios que vocês enfrentam hoje dentro da cooperativa?

Valter Pitol – Olha, se você olhar na indústria, é a falta de mão-de-obra, principalmente nos setores industriais. Na parte industrial das nossas quatro indústrias nós temos dificuldade séria de mão-de-obra.

O Presente Rural – Vocês têm buscado tecnologia para substituir essa mão-de-obra que falta?

Valter Pitol – Na maior parte de onde era possível substituir já foi feita esta substituição, é claro que nós não substituímos as pessoas, mas usamos tecnologia para ajudar naquilo que estava faltando. Estamos buscando, constantemente, estar atualizados com as novas tecnologias de automatização para suprir as nossas demandas.

O Presente Rural – Hoje as indústrias trabalham com ociosidade por falta de mão-de-obra?

Valter Pitol – Não dá para dizer que temos ociosidade, mas as vezes deixamos de produzir algum produto que possa agregar mais valor, esse é o problema. Então você abate o frango, mas se tivesse a mão-de-obra completa você poderia fazer alguns produtos que você poderia agregar valor para ter mais resultado. Então essa é a deficiência maior.

O Presente Rural – O que a Copacol enxerga de oportunidade no futuro?  

Valter Pitol – Nós acreditamos que vamos continuar crescendo e nos desenvolvendo com segurança, atendendo o produtor. A gente também sabe que temos desafios futuros, como fazer sempre melhor, pois cada vez temos mais concorrência. Então o nosso desafio é crescer com qualidade, com gestão dos negócios, com boas decisões da cooperativa, tudo de maneira organizada e estruturada, pois acredito que é isso que fortalece a cooperativa e vai trazer resultado para os cooperados, que são os donos da cooperativa.

Fonte: O Presente Rural

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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