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A Confluência do Agronegócio e a Infraestrutura de TI Empresarial: Uma Parceria Promissora para o Futuro Sustentável

A sinergia entre o agronegócio e a infraestrutura de TI empresarial impulsionando a eficiência, sustentabilidade e crescimento no setor agrícola.

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Foto: Shutterstock

O agronegócio é um dos pilares fundamentais da economia global, desempenhando um papel crucial no fornecimento de alimentos, fibras e matérias-primas. A demanda crescente por produção eficiente e sustentável tem impulsionado a busca por soluções inovadoras. Nesse contexto, a infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI) empresarial surge como um aliado poderoso, oferecendo meios para otimizar processos, aumentar a produtividade e promover a sustentabilidade no agronegócio.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estimasse um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 10,9%, no setor agropecuário, devido a alta de 13,4% na produção vegetal, e 2,6% na produção animal. A Revista Campo e Negócios, também aponta uma estimativa recorde da safra de grãos, 288,1 milhões de toneladas. Esses números, permitem projetar um robusto crescimento para o agronegócio em 2023.

O setor agrícola enfrenta uma série de desafios, incluindo aumento da população global, mudanças climáticas, escassez de recursos naturais e a necessidade de adotar práticas mais sustentáveis. A produção agrícola precisa se tornar mais eficiente, resiliente e responsável para atender às demandas presentes e futuras.

A Infraestrutura de TI Empresarial como Facilitadora

A infraestrutura de TI empresarial oferece soluções tecnológicas que podem ser aproveitadas pelo agronegócio para enfrentar esses desafios de maneira mais eficaz:

1. Agricultura de Precisão: Utilizando sensores, drones e sistemas de monitoramento, a agricultura de precisão permite a análise em tempo real das condições do solo, culturas e clima. Isso possibilita a aplicação precisa de insumos, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência.

2. Gestão Inteligente de Dados: A coleta e análise de dados são fundamentais para a tomada de decisões informadas. Com sistemas de gestão, é possível rastrear desde o plantio até a colheita, avaliar o desempenho de diferentes variedades e identificar gargalos.

3. Logística e Distribuição Eficientes: A infraestrutura de TI pode melhorar a gestão da cadeia de suprimentos, otimizando o transporte, armazenamento e distribuição de produtos agrícolas, reduzindo perdas e custos.

4. Apoio à Tomada de Decisões: Com base em análises avançadas, os agricultores podem tomar decisões mais informadas sobre quando plantar, irrigar, fertilizar e colher, considerando fatores como previsões climáticas e mercado.

Benefícios Sustentáveis e Econômicos

A colaboração entre o agronegócio e a infraestrutura de TI empresarial oferece vantagens notáveis:

1. Sustentabilidade: A aplicação precisa de insumos reduz a contaminação ambiental, enquanto a gestão eficaz de recursos naturais, como água e solo, promove a sustentabilidade a longo prazo.

2. Aumento da Produtividade: A automação de tarefas e a otimização de processos resultam em uma produção mais eficiente, aumentando os rendimentos e a lucratividade.

3. Redução de Custos: A gestão inteligente de recursos reduz desperdícios, diminuindo os custos operacionais e melhorando a competitividade.

4. Qualidade do Produto Final: O controle mais preciso das variáveis de produção resulta em produtos finais de maior qualidade, atendendo às demandas dos consumidores.

Apesar dos benefícios evidentes, a adoção da infraestrutura de TI no agronegócio enfrenta desafios, como a necessidade de investimentos iniciais, treinamento de pessoal e preocupações com a segurança cibernética.

Sylvio Herbst, diretor comercial da 5F Soluções em TI

A convergência entre o agronegócio e a infraestrutura de TI empresarial representa um marco significativo no caminho em direção a um futuro agrícola mais sustentável, eficiente e produtivo. A colaboração entre esses setores pode resultar em soluções inovadoras que abordam os desafios atuais e futuros do agronegócio, garantindo o fornecimento contínuo de alimentos e recursos essenciais para a humanidade. Investir na aplicação estratégica da tecnologia é essencial para maximizar o potencial dessa parceria promissora. Com base nas projeções positivas para o crescimento do agronegócio em 2023, é evidente que a união entre tecnologia e agricultura está destinada a alcançar patamares ainda mais elevados de sucesso e sustentabilidade.

Fonte: Por Sylvio Herbst, diretor comercial de marketing da 5F Soluções
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Colunistas Opinião

As biossoluções e as transformações possíveis na agricultura brasileira

A crescente demanda por alimentos coloca pressão sobre a agricultura para aumentar a produção.

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Foto: Divulgação/Novozymes

O mundo enfrenta uma série de desafios que impactam a vida de milhões de pessoas, entre eles as mudanças climáticas e a necessidade de se produzir cada vez mais alimentos para atender a uma população crescente. Neste contexto, a biotecnologia emerge como uma ferramenta que pode impulsionar a produção agrícola, contribuir para a segurança alimentar e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto ambiental. Um estudo recente, intitulado “Estudo do Hectare – Desbloqueando potenciais produtivos no mesmo espaço de terra com biossoluções no país”, lança luz sobre o potencial que as biossoluções têm na cadeia de valor agrícola do Brasil.

A crescente demanda por alimentos coloca pressão sobre a agricultura para aumentar a produção. E as biossoluções (como enzimas e microrganismos) podem contribuir, especialmente em um país como o Brasil, que tem um papel fundamental na produção de alimentos em escala global. As enzimas são proteínas que atuam como catalisadores. Quando uma substância precisa ser transformada em outra, a natureza usa enzimas para acelerar o processo.

O “Estudo do Hectare”, desenvolvido pela Novozymes, considerou duas safras no ano, uma de soja e outra de milho. No modo convencional de produção, sem o uso de biossoluções, um hectare, de acordo com uma produção extraída dos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), consegue produzir soja e milho para alimentar 2.340 frangos até a fase adulta (cerca de um ano) e fornecer óleo de soja para a produção de 746 litros de biodiesel. Se biossoluções forem utilizadas no processo produtivo, é possível alimentar 2.400 frangos por hectare sem alterar a quantidade inicial de ração, e a produção de biodiesel chegaria a 790 litros.

Além disso, a utilização de inoculantes, produtos compostos por grande quantidade de bactérias (as mesmas que já são encontradas no solo), aumentaria a produtividade das lavouras. O milho adicional, por exemplo, poderia ser usado para a produção de 83 litros de etanol à base de amido. A soja proveniente da produção deste hectare poderia ser utilizada para a produção de 224 kg de ração rica em proteínas. Além disso, a utilização de biossoluções no processo gera economia na aplicação de nitrogênio e de fósforo devido ao uso de microrganismos que solubilizam os nutrientes, o que facilita a absorção das plantas tornando-as mais produtivas.

Além de mais produção, a adoção de biossoluções, considerando-se todos esses processos, geraria, por hectare/ano, uma redução total nas emissões de gases do efeito estufa (GEE) de 1 tonelada métrica de dióxido de carbono equivalente.

Em termos de sustentabilidade, o estudo demonstra que as biossoluções representam um exemplo inspirador de como a ciência pode se unir à agricultura para atender às necessidades do nosso planeta. À medida que continuamos a desenvolver e adotar essas tecnologias, estamos um passo mais próximos de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. A aplicação das biossoluções pode ajudar a mitigar as mudanças climáticas (ODS 13), produzir mais energia renovável (ODS 7), combater a fome (ODS 2) e estimular o crescimento econômico (ODS 8).

Enquanto avançamos, é essencial continuar apoiando a pesquisa e a adoção dessas soluções inovadoras. Elas têm o potencial de impactar não apenas o Brasil, mas também o mundo, pois precisamos trabalhar juntos para enfrentar os desafios ambientais e alimentares que temos diante de nós.

Fonte: Por William Yassumoto, presidente regional da Novozymes para a América Latina
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Colunistas Opinião

Microcrédito pode ser a chave para Brasil se manter na dianteira da agricultura mundial

A tecnologia agrícola no Brasil avançou rapidamente, superando os desafios climáticos associados à tropicalidade do país e à predominância da caatinga em grande parte de nosso território.

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O Brasil é reconhecido e admirado mundialmente por seu potencial na área da agricultura, principalmente por países como Angola, que possui uma caatinga similar a nossa. Por possuir terras férteis, clima favorável e uma biodiversidade ampla, o nosso país é um dos maiores produtores e exportadores de commodities agrícolas do mundo. Além disso, a crescente adoção de tecnologias modernas, como a agricultura de precisão e a biotecnologia, por exemplo, têm impulsionado a produtividade e a eficiência no setor. Mesmo com estes avanços, o país ainda não atingiu nem metade de sua capacidade de produção agrícola.

A tecnologia agrícola no Brasil avançou rapidamente, superando os desafios climáticos associados à tropicalidade do país e à predominância da caatinga em grande parte de nosso território. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realizou estudos para enfrentar esses imprevistos, resultando em descobertas significativas sobre o cultivo em diferentes tipos de solo. Graças a esses avanços, atualmente é possível realizar cultivos de soja mesmo em áreas arenosas.

Esses avanços permitiram que nosso país saísse de apenas um importador para exportador de alimento e conquistasse um polo de tecnologia e inovação agrícola. Hoje, o Brasil continua a desempenhar papel fundamental no fornecimento de alimentos, biocombustíveis e matérias-primas agrícolas para o mercado global, tornando-se um player relevante na economia global. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – (FAO), o Brasil poderá ser responsável por 40% da produção agrícola mundial em 30 anos.

Mas, para ocupar o lugar previsto pela FAO, apenas o avanço de tecnologias que contribuam para produtividade agrícola não é suficiente. Aliado a isso, é necessário ampliar a disponibilidade de microcrédito e o estabelecimento de cooperativas. Gosto de comparar o microcrédito ao sangue e as cooperativas ao coração, pois uma depende da outra. A chave para o sucesso e expansão reside na sinergia entre esses dois componentes, que avançam lado a lado.

No Brasil existe uma enorme quantidade de microprodutores, que produzem apenas o necessário para sobreviver, justamente pela dificuldade em conseguir crédito no mercado que possibilitem a compra de mais sementes e maquinários adequados para a expansão de suas plantações. Outro ponto importante são as cooperativas. Elas são responsáveis pelo acesso aos maquinários e, além disso, têm muito a ensinar, já que são, essencialmente, várias pessoas se unindo com um único objetivo.

No cenário atual, também é possível observarmos uma crescente pressão sobre o setor do agronegócio, impulsionada pela expectativa de produção em consonância com princípios ambientais e sociais. Neste contexto, se destacam empresas e comerciantes que sabem como lidar com as questões relacionadas à inflação e aumento de preços. À medida que a consciência ambiental aumenta globalmente, a demanda por práticas agrícolas sustentáveis se intensifica, colocando o agronegócio em posição crucial na busca por soluções que equilibrem eficiência produtiva com responsabilidade ambiental.

Nos dias de hoje, é de extrema importância a necessidade de aumento de investimentos em inovação agrícola, sustentabilidade e tecnologias eficientes para aumentar a produtividade com redução de danos ao meio ambiente. Atuo em diversos projetos voltados para investimento no segmento e o ESG é um dos pilares que precisa sempre andar em conjunto. Acredito que fomentar, produzir e distribuir são três palavras-chaves que devem estar no radar ao investir nesses projetos. Não é apenas colocar o dinheiro, mas é necessário pensar na cadeia produtiva como um todo. No contexto mais amplo das preocupações globais com a sustentabilidade, a integração dos princípios ESG (Ambiental, Social e de Governança) torna-se cada vez mais crucial.

As empresas do setor agrícola devem adotar medidas que não apenas visam a produtividade e rentabilidade, mas também consideram os impactos ambientais, a promoção de condições de trabalho justas e a transparência nos processos de governança. Dessa forma, não apenas atendem às expectativas da sociedade e dos investidores em relação à responsabilidade corporativa, mas também fortalecem a posição do Brasil no cenário internacional como um líder comprometido com práticas sustentáveis e responsáveis.

Fonte: Por Phillippe Rubini, sócio, CIO e Corporate Affairs do Grupo Fictor
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Conhecimento e sucessão no campo

Os jovens estão voltando porque o campo vive um novo tempo.

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Presidente da Aurora Coop e vice-presidente para assuntos do agronegócio da Fiesc, Neivor Canton - Foto: Divulgação/Aurora Coop

O campo vive uma nova realidade. A ciência e tecnologia estão presentes em todas as atividades agrícolas, pecuárias, extrativistas, da fruticultura, da olericultura etc. Todas as atividades do agro foram tecnificadas – e essa foi a condição que o mercado impôs para a busca da eficiência, fulcrada na elevação sustentável da produção e da produtividade.

Alcançar esse estágio foi uma conquista obtida a muitas mãos. Os centros de pesquisa da agricultura tropical brasileira – com acentuado mérito para Embrapa – estão entre os protagonistas desse círculo virtuoso. Mas é preciso acrescentar o papel das cooperativas e suas agroindústrias como difusoras e incorporadoras das novas tecnologias no campo com o inegável apoio do Sistema S, notadamente o Sescoop (aprendizagem do cooperativismo), do Senar (aprendizagem rural) e do Sebrae (micro e pequenas empresas).

Centenas de programas de alto nível foram desenvolvidos diretamente nos estabelecimentos rurais nos últimos 30 anos, com milhares de ações de qualificação e requalificação de produtores e trabalhadores rurais com o apoio e patrocínio das cooperativas, das agroindústrias e do Sistema S. Exemplos marcantes são os programas De Olho na Qualidade, Qualidade Total Rural, Times de Excelência, Suíno Ideal, Franco Ideal e Bem-estar Animal, entre outros que, ao longo do tempo, evoluíram para o Encadeamento Produtivo e estão todos abrigados no guarda-chuva do Programa Propriedade Rural Sustentável Aurora. Ou seja, muito antes de seu surgimento conceitual, a agenda ESG era prática cotidiana dos atores que fazem do agro brasileiro um notável setor de vanguarda. Nesse particular, inclusive, é importante observar que os princípios basilares do cooperativismo universal, desde seu surgimento, continha com outra roupagem o DNA da filosofia ESG

É notório que a crescente incorporação de ciência e tecnologia conferiu ganhos de escala às propriedades rurais que passaram a ser geridas como verdadeiras empresas, comprometidas com a busca de resultados, em um regime de sustentabilidade e de proteção aos recursos naturais – condição sine que nom para a perenidade do negócio.

A conquista desse status trouxe um benfazejo efeito paralelo o qual, em verdade, representa o principal ganho de todos esses esforços: trata-se da presença dos jovens no ambiente rural. Os jovens estão voltando porque o campo vive um novo tempo. Permanecem as ameaças típicas do meio – fenômenos climáticos, doenças, pragas, crises de mercado, escassez de crédito etc. – mas o setor primário da economia modernizou-se e criou novas perspectivas de futuro para as famílias rurais, com evidente elevação da qualidade de vida.

A presença do jovem assegura sucessão nas propriedades rurais, equacionando uma questão que preocupava os formuladores de políticas públicas para o agro. O envelhecimento da população rural e a fuga dos jovens era um processo socioeconômico e demográfico visto, até recentemente, como uma questão dramática para o futuro do agronegócio verde-amarelo. Essa constatação reforça a convicção de que o caminho é persistir nos programas que levam conhecimento produzem efeitos sociais, ambientais e econômicos para o rico e multifacetado universo rural.

Fonte: Por Neivor Canton, presidente da Aurora Coop e vice-presidente para assuntos do agronegócio da Fiesc.
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