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19º Simpósio da Soja Copasul antecipa desafios e traz soluções para a safra 2023/24

Especialistas vão ajudar os cooperados a encontrarem caminhos para a estabilidade produtiva em meio aos desafios para a próxima safra. Entre eles estão o excesso de chuvas provocado pelo El Niño, que pode acarretar no surgimento de doenças, além de reforçar a matocompetição e o acamamento das plantas. Após as palestras técnicas, evento terá apresentação com Rodrigo Pimentel, o “Capitão Nascimento da vida real”.

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Foto: Diva Gonçalves

O primeiro encontro do calendário de grandes eventos da Copasul para a safra 2023/24 já tem data marcada. No dia 06 de setembro a cooperativa realizará o 19º Simpósio da Soja no espaço Arena Coliseu, em Naviraí. Neste ano, o simpósio promete trazer perspectivas e soluções vitais para assegurar uma safra bem-sucedida aos cooperados, apesar dos desafios à frente.

Entre as principais dificuldades está a possibilidade de excesso de chuvas com a ocorrência de El Niño, que podem desencadear doenças e acamamento, além de infestação de plantas daninhas que estão causando prejuízos, como o capim pé-de-galinha. Na esteira disso, os especialistas vão apresentar soluções para manter a boa produtividade observada na safra 2022/23, quando a Copasul recebeu um volume recorde superior a 17,5 milhões de sacas.

Neste encontro único, além das orientações essenciais de consultores renomados em agronomia, haverá uma apresentação inspiradora com um convidado muito especial.

Safra 2022/23

Uma das expectativas para a próxima safra é a confirmação da boa produtividade que os agricultores tiveram no ciclo anterior, 2022/23. Depois de uma frustração provocada pela falta de chuvas em 2021/22, os produtores deram a volta por cima e superaram marcas importantes.

“Estamos vindo de uma safra recorde de soja. Teve muitas áreas que produziram muito bem, principalmente as áreas de Maracaju, Dourados, que sempre tiveram um solo mais construído, com maior teor de argila e matéria orgânica, portanto já têm esse histórico de produzir bem. Mas no sul do estado, onde estão solos mais mistos, com menos matéria orgânica, muito ácidos, era difícil atingir isso. Mas graças a Deus, ao longo desse trabalho que vem sendo feito de correção de perfil, neste ano a produtividade foi alavancada”, celebrou o engenheiro agrônomo Anderson Guido, gerente corporativo do departamento técnico agronômico da Copasul.

“Tem talhões que fecharam com 85 sacas de soja, 90 sacas de soja e estão produzindo agora 140 sacos, 130 sacos de milho, portanto passando dos 200 sacos de grãos durante o ano”, informou.

Estabilidade produtiva

Mas tão ou mais difícil do que alcançar o objetivo é manter o sucesso. Daí a importância de continuar fazendo o trabalho de construção de perfil de solo para manter a qualidade do ambiente produtivo. “Este é o seguro agrícola dele, e o departamento agronômico da Copasul pode ajudar a corrigir solo, aplicar calcário, gesso e melhorar essa a vida do solo”, comparou Guido.

Os efeitos da melhoria do perfil do solo serão abordados na primeira palestra do Simpósio da Soja 2023, em uma apresentação conjunta entre Guido e os agrônomos João Dantas e Henry Sako, sócios da consultoria DK Ciência Agronômica. Dantas e Sako são parceiros da Copasul em diversas frentes de pesquisa e consultoria agrícola, como ocorre no projeto Construindo Solos.

“No painel, eles vão mostrar como estavam as áreas dos nossos cooperados antigamente, quando eles chegaram para trabalhar conosco, e como elas estão ficando hoje. O objetivo é entender porque estamos neste patamar de produtividade. Eles vão mostrar que melhorou a fertilidade, a parte química, física e biológica do solo. Será uma apresentação de resultados dentro da nossa área mesmo, de Maracaju e Dourados até Anaurilândia. Além disso, eles vão falar sobre os desafios futuros e o que está vindo pra frente”, disse Guido.

O gerente do departamento técnico da Copasul resumiu qual o trabalho feito pelo agronômico para que os cooperados melhorem seu ambiente de produção e mantenham estabilidade produtiva. “São os trabalhos de manutenção de calagem, sempre prestar atenção em pH de solo. A gente fala que quer melhorar a vida biológica, mas o pH de solo influencia extremamente a vida, a biota do solo. Se o solo estiver ácido, só desenvolve nematoide e as coisas boas não vão se desenvolver. Então é preciso desenvolver alguns bacilos, algumas bactérias e fungos que são interessantes, que são os inimigos naturais das próprias doenças. […] E como eu melhoro isso? Corrigindo pH de solo com calcário e aumentando a matéria orgânica do sistema com vários tipos de raiz”, relacionou.

As raízes que Guido mencionou são uma cortesia do uso de plantas de cobertura. “Quando eu tenho vários tipos de raízes, tem um monte de bactérias que se proliferam naquelas raízes específicas, que melhoram a quantidade de bactéria e a diversidade de vida nesse solo, de fungos. Portanto, o objetivo é aumentar a quantidade e a diversidade dessa vida no solo, o que é de extrema importância”, reforçou.

“Então eu preciso fazer um alicerce bem feito, correção de solo, corrigir a base e depois manter essa base com plantas de cobertura. Então para manter essa produtividade agora eu preciso continuar trabalhando com plantas de cobertura, rotação de culturas. São conceitos antigos e que de modo geral são pouco incentivados, mas a gente precisa falar mais disso”, acrescentou, justificando o tema da primeira palestra do Simpósio da Soja.

Manejo sanitário

A segunda palestra do dia vai tratar de manejo sanitário. O tema ganha importância à medida que novas doenças surgem nas lavouras da região e podem se agravar justamente pela previsão de excesso de chuvas, uma característica do fenômeno meteorológico El Niño.

O convidado para abordar o tema é o engenheiro agrônomo e mestre em fitopatologia Luís Henrique Carregal. Carregal é idealizador da Agro Carregal Pesquisa e Proteção de plantas, que ajuda produtores através de conhecimentos sobre fitopatologia, entomologia, plantas daninhas, patologia de sementes e nematologia, além de estudar indicações de inoculantes, adjuvantes e nutrição mineral.

“O Carregal vai falar de manejo fitossanitário, apresentar os produtos que chegaram e estão respondendo bem, quais são as doenças que estão em evidência na região e as que causam mais prejuízos”, comentou.

Fisiologia

Após a palestra sobre sanidade, o doutor em engenharia agronômica André Reis, professor de fisiologia vegetal da Unesp, vai falar de fisiologia de soja. “Tendo este conhecimento, a gente ajuda a planta a ter um pouco mais de tolerância ao estresse térmico. Esse ano tem uma previsão El Niño, que são anos que tendem a ter um pouco mais de chuva. Não deve ser um El Niño muito intenso, mas as chuvas podem passar um pouquinho da dose. Pode chover um pouco mais do que a gente quer, o que significa mais doenças ou que as plantas podem crescer mais do que o que a gente queria, com a possibilidade de acamar mais. Então a gente traz o André pra falar um pouco sobre isso, sobre essa tolerância ao acamamento”, contextualizou Guido.

“Aliás, eu prefiro um pouquinho de excesso de chuva do que a falta d’água, na verdade. Mas esse é um desafio em que a gente tem que saber vencer, controlar a população de plantas para não crescer demais. Existem ferramentas para isso”, considerou.

Controle de plantas daninhas

O doutor em agronomia Leandro Paiola, professor da UFPR e líder do grupo Supra Pesquisa, ligado à Universidade Federal do Paraná, retorna ao Simpósio da Soja em 2023 para abordar o controle de uma planta daninha que está afetando os agricultores. “Ele vai focar muito em capim pé-de-galinha, que está sendo um problema muito sério. No ano passado, ele falou de buva e capim-amargoso e o público gostou muito dele, então a gente vai trazê-lo novamente para falar de pé-de-galinha, que é outra realidade. […] Onde ela se estabelece, a soja não nasce bem, não se desenvolve. Então a gente precisa controlar melhor”, ponderou.

Motivação para mudar

Concluída a parte técnica do evento, os produtores ganharão ainda uma injeção de ânimo para colocar em prática todo o conhecimento adquirido ao longo do dia. A tarefa ficará a cargo de Rodrigo Pimentel, o “Capitão Nascimento da vida real”. Ex-capitão do Bope, Pimentel é pós-graduado em sociologia urbana, foi jornalista especialista em segurança pública e articulista, sendo um dos produtores do documentário Ônibus 174. O ex-capitão do bope atualmente é palestrante especialista na construção de “Tropas de Elite”.

O personagem Capitão Nascimento, protagonista dos filmes Tropa de Elite I e II, foi inspirado na sua própria experiência como comandante da equipe Alfa do Bope, a mesma equipe retratada nos filmes, que por sua vez foram inspirados em livros homônimos de sua autoria.

Inscrições

Em 2023, o Simpósio da Soja segue para a sua 19ª edição. O evento marcado para 06 de setembro, é organizado pela Copasul – Cooperativa Agrícola Sul-mato-grossense – e começará às 7h, com o credenciamento dos participantes no espaço Arena Coliseu, localizado na Rua Kobe, nº 67, no centro de Naviraí. No ano passado, o evento teve um público recorde de 1.000 pessoas, consolidando sua posição como o principal evento da cultura da soja na região sul de MS.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas clicando aqui. 

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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