Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

12º Simpósio Técnico da ACAV reuniu mais de 500 profissionais do setor em Florianópolis

Evento foi alto nível técnico e científico

Publicado em

em

Reconhecido pelo alto nível técnico e científico, o 12º Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição ocorreu entre os dias 25 e 27 de setembro, no Oceania Park Hotel & Convention Center, em Florianópolis, SC. O evento foi promovido pela Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e reuniu cerca de 500 profissionais e empresários do setor.

A programação iniciou com Pré-simpósio, patrocinado pela MSD Saúde Animal e com palestras técnicas da Farmabase, DSM e Ceva. Na abertura oficial, teve palestra do jornalista da Globo News/CBN João Borges, patrocinado pela Farmabase e o coquetel de abertura, oferecido pela Cobb.

O jornalista de economia da Globonews e da Rádio CBN, João Borges, destacou que Santa Catarina sempre chamou a atenção por ter um modelo de economia equilibrado, com uma indústria de relevo, que consegue estar inserida no mercado mundial e gera indicadores econômicos invejáveis para o resto do Brasil. Em cerca de uma hora de palestra, Borges, que cobriu todos os planos econômicos desde a década de 1980, trouxe números e fatos do passado – desde a inflação de dois dígitos ao mês no governo José Sarney – dados do presente e reflexões sobre o futuro do País.

Na programação das palestras, foi abordado “Produção de matrizes AGP Free – alternativas e desafios”, com a gerente de serviços técnicos da Kemin América do Sul e doutora em Produção e Nutrição de não ruminantes pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Patrícia Cruz Aristimunha, que explanou sobre desafios que envolvem a restrição e eliminação do uso de promotores de crescimento (AGP, na sigla em inglês) – antibióticos na dieta dos animais, que melhoram a conversão alimentar – em matrizes. Segundo Patrícia, o Brasil tem hoje uma oportunidade ímpar para conhecer alternativas aos antibióticos, experimentar e ir se adaptando de forma gradual. O Brasil é atualmente o terceiro maior consumidor de antibióticos em animais, atrás da China e dos Estados Unidos.

O pesquisador norte-americano Brian Jordan falou sobre “Alternativas de desinfecção de ovos férteis”. De acordo com ele, estamos em uma era livre de antibióticos (em animais). “Podemos produzir sem, mas se você não estiver preparado para a transição verá aumento da mortalidade, das infecções e a volta de doenças que não eram vistas há dez anos”, alertou. Uma das contaminações mais comuns em aves, explicou o pesquisador, é pela bactéria Aspergillus, muitas vezes subnotificada. Para evitar esta e outras contaminações, Jordan apresentou diversas alternativas, bem como seus prós e contras. Segundo ele, é necessária uma rotina constante de limpeza e desinfecção nos ambientes livres de antibióticos. “No momento que você acaba de limpar, a contaminação já recomeça”, disse.

O especialista Alex Maiorka falou sobre “Qualidade da matriz e desenvolvimento inicial de pintinhos”. Com a redução progressiva no tempo de produção de frangos na agroindústria, os fatores que podem afetar o desenvolvimento precoce do pintinho vêm despertando interesse no setor. Conforme Maiorka, a idade da mãe e o peso do ovo são dois fatores que impactam preponderantemente no desenvolvimento do pintinho. À medida que as matrizes envelhecem o intervalo entre ovulações é maior – redução da taxa de postura –, e, ao mesmo tempo, há um aumento no tamanho do ovo. Isso se deve ao fato de que a mesma quantidade de gema é depositada em um menor número de folículos. Como a relação entre o peso do ovo e do pintinho é direta, os ovos produzidos por matrizes de idade mais avançada produzem também pintinhos com maior peso quando nascem.

A programação contou ainda com o “Painel de automação – tecnologias para granjas de matrizes de corte, viabilidade dos projetos de automação”. Automação de aviários é “questão de sobrevivência”, segundo Giovani Mariani, da Vibra Agroindustrial. Ele fez parte do painel que debateu a aplicação de tecnologia no setor. Segundo o especialista em manejo de reprodutoras da BRF no Paraná, Denilson Vanin, é fundamental pensar na automação para haver aumento constante de eficiência, já que a demanda por proteína animal só irá crescer nos próximos anos. O painelista Márcio José Polazzo, da Seara Alimentos, lembrou que a redução de custos também é uma necessidade constante para se manter no mercado, seja como agroindústria ou como produtor individual.

O primeiro dia do Simpósio Técnico da ACAV também contou com palestras técnicas das empresas Kemin, Cobb e Aviagem e encerrou com o tradicional Jantar do Galo, patrocinado pela Seara Alimentos. José Antônio Ribas Junior, Presidente da Acav e diretor agropecuário da Seara, reforçou a importância do evento: “Nosso setor, no desafio, ele se fortalece ainda mais. Eventos como este são de muita importância para quem trabalha com avicultura. O Simpósio já é um evento consolidado no calendário dos profissionais do setor”.

No segundo dia, o simpósio teve em sua programação a palestra sobre Gestão de Inovação, com Arthur Igreja que falou sobre os impactos da velocidade das mudanças e das tecnologias para as pessoas e para as empresas. Segundo Arthur, a partir do século 18 algumas inovações, como o motor a vapor e a eletricidade, levou a renda per capita mundial de 600 dólares para 2 mil dólares em 150 anos. A partir da criação da internet, saímos de 2 mil dólares para 15 mil dólares per capita em apenas 15 anos. Não bastasse isso para alertar sobre a urgência em se falar em inovação, na última semana, as duas empresas mais valiosas do mundo, Apple e Amazon, superaram o PIB do Brasil. “Isso é um recado forte: ou você inova ou não vai gerar tanta riqueza”, disse Arthur, que é sócio da plataforma AAA e palestrante da Rock in Rio Academy.

O tema “Nutrição in ovo” foi tema de palestra da pesquisadora israelense Zehara Uni que é PhD pela Cornell Veterinary School e chefe do Departamento de Zootecnia da Universidade Hebraica. Segundo ela, alimentar o embrião de galinha três dias antes da eclosão, com uma solução que contém vitaminas e outras substâncias, deve ser uma das revoluções nos incubatórios e na nutrição de aves. Desde 2010, diversas pesquisas no mundo todo têm examinado o efeito de nutrientes variados no desempenho de frangos de corte. O interesse se deve à demanda global por aves livres de antibióticos. Em toda a União Europeia, por exemplo, os antibióticos em animais estão proibidos desde 2006.

 A “Fertilidade e qualidade de pintos” foi o assunto explanado pelo PhD em ciência avícola pela Universidade da Geórgia (EUA), Keith Bramwell. Conforme explicou, a qualidade do pintinho não é apenas uma questão de manejo do incubatório. O processo global de produção de frangos de corte exije que uma série de fatores sejam observados, como manejo de criadores, de ovos para incubação e de incubatórios.  Nesse contexto, afirma o pesquisador, a fertilidade é o principal fator individual que afeta a eclodibilidade total, ou seja, o nascimento de pintinhos. Portanto, gerenciar criadores de frangos de corte para maximizar a fertilidade é um dos principais fatores para um programa bem-sucedido.

Para encerrar, “Os desafios da incubação – sistema de incubação x demanda da evolução genética” foram apresentados pela diretora global de incubação da Aviagen, Dinah Nicholson. De acordo com ela, a indústria avícola depende de incubação assistida em grande escala. “Para que o varejista tenha a quantidade certa de frango disponível quando o consumidor quiser comprar, o incubatório tem que entregar o número correto de pintinhos, nos dias certos e da forma mais uniforme possível”, disse. Apesar de parecer invenção do agronegócio moderno, há indícios de incubação assistida por humanos há 2 mil anos na China e no Egito, de acordo com a pesquisadora.

O coordenador geral do evento, Bento Zanoni, destaca que o evento teve foco nos temas de maior relevância na atualidade para a cadeia da avicultura industrial e nas inovações que surgiram no Brasil e no mundo.

Fonte: Assessoria

Continue Lendo

Notícias

Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
Continue Lendo

Notícias

Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

Publicado em

em

Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
Continue Lendo

Notícias

Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

Publicado em

em

Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
Continue Lendo
ABMRA 2024

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.