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Avicultura

“O Brasil vai se adaptar a esse novo momento”, afirma pesquisador da Embrapa

Para especialista, é hora de “abrir a mente” e encontrar alternativas nutricionais para atender nova demanda, sem perder de vista custos de produção, viabilidade econômica e zootécnica

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O Presente Rural entrevistou uma das maiores autoridades da avicultura para saber o que muda com a nutrição livre de antibióticos promotores de crescimento e como o Brasil reage a essa nova realidade, seja a campo ou em pesquisas. Everton Krabbe, agrônomo, doutor em ciência e pesquisador de produção de aves e suínos da Embrapa, é também supervisor do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Para ele, é hora de “abrir a mente” e encontrar as alternativas nutricionais para atender essa nova demanda, sem perder de vista os custos de produção, a viabilidade econômica e zootécnica.

“Pode-se dizer que é improvável a reversão do fim do uso de AGP. O poder do consumidor é muito grande. A mídia faz com que as informações, nem sempre tão precisas, fluam com uma velocidade assustadora. O melhor que podemos fazer é abrir nossas mentes e sermos pró ativos com as demandas que surgem. O Brasil, pela importância que tem no mercado mundial de carnes, precisa assumir o papel de líder, com muito profissionalismo. Fatos recentes têm demonstrado que problemas isolados podem impactar significativamente nossas cadeias de produção. Portanto, se fizermos bem o nosso trabalho, temos um futuro maravilhoso, caso contrário é difícil prever nosso destino. A ideia que deve prevalecer é que nosso milho e soja devem ser transformados em carnes aqui no Brasil, e não simplesmente exportados e serem transformados em outros países. Estão em jogo aspectos de agregação de valor e muitos postos de trabalho”, defende. Ele prevê dificuldades, mas acredita em adaptação.

O Presente Rural (OP Rural) – O que está promovendo a retirada dos antibióticos como promotores de crescimento no Brasil e no mundo?

Everton Krabbe (EK) – Tecnicamente, a resistência bacteriana desencadeada pelo uso de antibióticos promotores de crescimento (AGP) segue sendo um tema polêmico, e longe do consenso. Entretanto, o fato é que o consumidor dita o rumo do mercado. As empresas produtoras de carne percebem que essa pressão (ou preocupação) vinda do consumidor pode ser uma oportunidade e assim, o processo vem se desencadeando.

No Brasil, em vista de sermos exportador de grande volume de carnes para uma expressiva gama de países (aproximadamente 150 destinos internacionais), em alguns casos já vinha sendo praticado este sistema de produção sem uso de AGP, mas em quantidades conforme necessidade, portanto, ainda existe muita produção alicerçada no uso de AGP. Em termos de legislação, o Brasil sempre teve uma preocupação muito grande de seguir as tendências mundiais em termos de banimento de moléculas, e assim, alinhando a legislação nacional em conformidade com os padrões internacionais.

O fato é que existem dois grandes produtores de carne de aves no mundo, o Brasil e os Estados Unidos. Como a concorrência é muito forte, a tomada de decisão de um implicará nas ações do outro. Neste momento, estima-se que 50% da produção americana de frangos esteja livre de AGP e os especialistas acreditam que em breve esse volume poderá chegar a 75%. Com isso, o Brasil deve seguir a mesma estratégia.

OP Rural – Desde quando esse movimento no setor de aves acontece entre os principais produtores mundiais?

EK – De forma isolada, em função de nichos de mercado, isso já vem sendo praticado dentro e fora do Brasil há uma década ou até mais, mas nas proporções mais expressivas, pode-se dizer que é um fato recente, algo em torno três a quatro anos considerando os movimentos percebidos nos Estados Unidos. Por outro lado, na Europa isso é algo mais antigo, desde 2005. Aqui no Brasil, quem exportasse para lá, desde aquela época já precisou se adequar a esta nova norma europeia. Isso na prática se tornou algo positivo, pois dessa forma as empresas brasileiras já foram adquirindo experiência com essa tendência.

OP Rural – Por que é importante a retirada desses medicamentos?

EK – Embora polêmico, existem dados de pesquisas que mostram que bactérias potencialmente patogênicas para os animais e para os humanos podem desenvolver resistência a antibióticos. Nos hospitais, os relatos das “superbactérias", que são resistentes a praticamente todos os tipos de antibióticos, estão sendo observados com uma certa frequência e vitimando pacientes. Assim, a ideia de não mais usar AGP na produção animal vem recebendo adeptos. A discussão, no entanto, e acredito que nunca vamos chegar a um consenso, reside na dificuldade de atribuir ou não esta resistência aos AGPs da rações fornecidas aos animais, uma vez que antibióticos diversos são também utilizados de outras formas, além da ração. Por fim, polêmico ou não, esse fato surgiu como uma avalanche e não há o que fazer senão aceitar e começar a adaptar os procedimentos a essa nova perspectiva.

OP Rural – Qual a o cenário da indústria avícola brasileira em relação à retirada dos AGPs?

EK – A indústria brasileira é muito competitiva, ágil e competente. Não chegamos a assumir uma participação mundial tão expressiva por acaso. Então, penso que o Brasil vai se adaptar a esse novo momento. Algumas empresas um pouco mais rapidamente, outras ou pouco menos, mas todas podem e devem chegar em algum momento a produzir sem AGP. O fato é que isso não se faz de um dia para o outro. Precisamos entender que os AGPs ficam também nas camas dos aviários, e enquanto não for substituída e realizada uma boa limpeza, haverá AGP no meio de produção.

Esse novo momento vai demandar um tempo para a estabilização dos ambientes dentro dos aviários e isso vai ao longo de um, dois ou três lotes impactar negativamente os resultados de conversão alimentar, ganho de peso, viabilidade, etc. Mas, em geral, as empresas que passaram por isso conseguiram restabelecer seus níveis de produtividade ao longo do tempo. O produtor precisará mudar seu foco. Aspectos como renovação de ar, condições da cama, a densidade de criação (aves/m2), cuidados com a água de bebida se tornarão ainda mais importantes. Novas ferramentas de medição da qualidade do ar, água e cama deverão se tornar mais comuns entre os produtores.

OP Rural – O que muda na nutrição dos frangos de corte, em suas várias fases, com a retirada?

EK – Em maior ou menor grau, não apenas a nutrição, mas o manejo e o uso de vacinas deverão ser ajustados. Na nutrição especificamente, ajustes nutricionais devem acontecer. Nutrientes em excesso, não digeridos, favorecem o surgimento de problemas entéricos nas aves, assim, alguns nutrientes devem ser reduzidos. Outros nutrientes, especialmente aqueles que ajudam na melhoria da imunidade, como por exemplo vitaminas, podem ser ajustados para cima. Os ingredientes que compõem as rações deverão cada vez mais sofrer maior nível de controle de qualidade, como o milho, visando redução de micotoxinas, o farelo de soja, com especial atenção a fatores anti-nutricionais, as farinhas de origem animal devem apresentar boa qualidade e não ter sido sobreprocessadas (o que baixa a digestibilidade). O uso de aditivos alternativos nas dietas para compensar a retirada dos AGPs, tais como probióticos, prébióticos, enzimas, ácidos orgânicos e derivados de plantas (fitoterápicos), passarão a ser usados de forma mais consistente.

OP Rural – E com as aves de postura. Qual é o cenário brasileiro e o que muda na nutrição ao longo de sua vida produtiva?

EK – No caso das aves de postura, elas em geral, por estarem sendo criadas em gaiolas (distante das fezes) dependem menos de antibióticos. Contudo, o mundo sinaliza para que as aves sejam criadas fora das gaiolas, sobre cama. Neste caso, as medidas deverão ser muito parecidas com aquelas apontadas para frangos de corte.

OP Rural – Como a nutrição pode influenciar beneficamente a saúde do animal?

EK – Na atualidade sabemos que determinados nutrientes têm um papel muito específico dentro do animal, favorecendo determinados órgãos ou tecidos. Por exemplo, alguns aminoácidos são fundamentais para que o animal tenha um intestino mais saudável, e assim digerindo e aproveitando melhor o alimento, isso ao final significa que este lote terá uma melhor conversão alimentar e melhor ganho de peso, o que é importante tanto para a remuneração do produtor quanto para a lucratividade das empresas integradoras. Aves bem nutridas estarão melhor preparadas para desafios, respondendo melhor a infecções, na ausência de antibióticos.

OP Rural – A indústria brasileira já conseguiu uma ração ideal livre de promotores?

EK – Cada empresa tem seus critérios de composição nutricional. Em geral, pode-se afirmar que a maioria delas já tem uma ideia de como ajustar as dietas para o momento da retirada dos AGPs.

OP Rural – Sem os antibióticos, a pressão de doenças tende a aumentar. Como manter (ou amentar) os índices zootécnicos e de eficiência atuais?

EK – O que está em questão é o não uso de antibióticos em doses baixas nas dietas, de forma continuada. Isso ao longo do tempo fará com que, no momento em que ocorrer algum problema de infecção, os antibióticos (conforme a legislação) poderão ser usados de forma curativa, de acordo com a recomendação do veterinário. Espera-se que neste momento as bactérias já tenham se tornado novamente sensíveis aos antibióticos para os quais antes já haviam desenvolvido resistência. Isso é chamado de "quebra de resistência", e é importante, pois torna o tratamento mais eficiente, usando menos medicamento, deixando menos resíduo e a um custo menor.

OP Rural – Essa nova nutrição pode afetar índices como ganho de peso diário, conversão alimentar, rendimento de carcaça?

EK – A princípio, o que se espera é que o desempenho das aves seja mantido (evitarão que haja perda), e a sua formulação visará essencialmente reforçar o sistema imunológico.

OP Rural – Essa mudança afeta de que maneira os profissionais da indústria e o produtor?

EK – Na granja deverá ser dado mais atenção às condições dentro dos aviários, como ventilação, cuidados com a cama, qualidade da água e densidade. Já o corpo técnico estará mais voltado para a identificação de pontos críticos de campo, e possivelmente muito foco em administração de vacinas – essa área deverá crescer.

OP Rural – A academia e os centros de pesquisa, como a Embrapa, voltam os olhos para essa nova era com a produção AGP free?

EK – Sim. Em nossas pesquisas estamos sempre estudando aditivos que favoreçam a saúde intestinal de aves, focando o uso de aditivos alternativos (enzimas, pré e próbióticos), o efeito do processamento das rações, entre outras medidas.

OP Rural – Sem os antibióticos promotores, há outras mudanças que precisam ser feitas no processo produtivo de frangos e aves de postura?

EK – Sim, essencialmente as medidas de biosseguridade deverão ser cada vez mais rígidas. A entrada de pessoas estranhas nas granjas, que já é controlada, tende a diminuir cada vez mais. O vazio sanitário possivelmente será revisto, e outros diversos aspectos de manejo serão muito importantes. Um exemplo disso pode ser a questão do uso de vacinas. Algumas vacinas, por exemplo, funcionam melhor quando o ambiente apresenta condições de umidade e temperatura específicas. Assim, a ideia de que a cama deve estar o mais seca possível talvez já não seja mais o ideal. Assim como também não deve ser úmida em excesso. Esse controle fino é apenas um exemplo do que se pode esperar como uma das mudanças a campo.

Mais informações você encontra na edição de Aves de setembro/outubro de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Avicultura

Apesar de isolado, foco de Newcastle no Rio Grande do Sul preocupa setor

Uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços.

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Foto: Shutterstock

A confirmação de um foco da doença de Newcastle numa granja comercial de frangos no município de Anta Gorda (RS), na região do Vale do Taquari, no final da semana passada, vem deixando o setor em alerta.

Segundo pesquisadores do Cepea, uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços, podendo, inclusive, afetar a relação de competitividade com as concorrentes bovina e suína.

Diante disso, no curto prazo, pesquisadores do Cepea explicam que devem ocorrer ajustes no alojamento de aves.

O Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne de frango do mundo. No segundo trimestre, os embarques superaram em 12,1% os dos três primeiros meses do ano e em 4,1% os de abril a junho do ano passado, conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Avicultura

Área de emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle é limitada a cinco municípios gaúchos

Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

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Foto: Julia Chagas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) restringiu a área de abrangência da emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle, limitando-a aos municípios que estão no raio de dez quilômetros a partir do foco confirmado: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. O Governo do Estado publicou, na quinta-feira (25), decreto em que declara estado de emergência de saúde animal nos mesmos municípios.

Inicialmente, o Ministério havia publicado, em 18 de julho, uma portaria colocando todo o Rio Grande do Sul em estado de emergência zoossanitária. “O trabalho da Secretaria da Agricultura foi essencial para a revisão do perímetro do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul. Foi com nossos dados e informações que o Ministério se embasou para tomar esta decisão”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares.

O estado de emergência tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogado em caso de evolução do estado epidemiológico. Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

Até quarta-feira (24), o Serviço Veterinário Oficial do estado já havia vistoriado todas as propriedades dentro do raio de três quilômetros (área perifocal) e iniciava revisitações a estes locais. Foram visitados 78% dos estabelecimentos incluídos no raio de dez quilômetros (área de vigilância) a partir do foco. Somando as duas áreas, são 858 propriedades no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência.

As barreiras sanitárias continuam funcionando, ininterruptamente, em quatro pontos na área perifocal e dois locais na área de vigilância. Até o momento, foram abordados 726 veículos alvo na área perifocal e 415 na área de vigilância.

Após o caso confirmado que levou ao decreto de estado de emergência zoossanitária, não houve novas suspeitas de foco da doença. Duas amostras coletadas no município de Progresso, com suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP) e apresentaram resultado negativo.

Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

Fonte: Assessoria Seapi
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Avicultura

Carne de frango ganha cada vez mais espaço na mesa do brasileiro

Preço acessível, alto valor nutricional e ampla aceitação cultural e religiosa estão entre as vantagens da proteína.

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Produção do frango é mais rápida e sustentável do que outras proteínas - Foto: Jonathan Campos

Considerada uma das melhores opções nutricionais para compor o cardápio, a carne de frango é a proteína animal mais consumida no Brasil. A preferência é atribuída a vários fatores, incluindo preço acessível, alto valor nutricional, versatilidade na culinária e ampla aceitação cultural. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023, o consumo per capta de carne de frango no país chegou a aproximadamente 45,1 kg, confirmando suas vantagens nutricionais e acessibilidade econômica. Em 2009, o consumo individual no Brasil era de 37,5 kg por ano, mas vem crescendo a cada ano.

Nesse mercado, o Paraná é o maior produtor e exportador de aves e derivados do Brasil. O estado é responsável por cerca de 36% da produção nacional, além de 42% do volume de exportações do segmento. O empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), destaca que os mercados nacional e internacional estão atentos às vantagens e ao custo-benefício da carne de frango, o que vem impulsionando a demanda gradativamente. “Além do consumo interno, o produto brasileiro tem compradores em diversos países, em especial na Ásia e Oriente Médio, que são locais com grande demanda em função de questões religiosas e culturais”, analisa.

Em países com predominância de culturas muçulmanas e hindus, o consumo de carne bovina é proibido ou restrito devido às práticas religiosas. O frango, por outro lado, é amplamente aceito, pois não está sujeito às mesmas restrições religiosas. “Além disso, a culinária asiática e do Oriente Médio inclui muitas receitas tradicionais que utilizam carne de frango”, comenta Kaefer.

Custo-benefício

A eficiência produtiva da carne de frango é outro diferencial. Cassiano Marcos Bevilaqua, diretor associado de Marketing LatCan, explica que a produção de frango possui um ciclo significativamente mais curto e econômico comparado a outras proteínas animais. Segundo ele, um frango consome cerca de 1,5 kg de ração para cada quilo de carne produzida, levando aproximadamente 42 dias para atingir o peso ideal de abate. O prazo é bem inferior ao da produção de suínos e bovinos, que têm ciclos de produção muito mais longos e menos eficientes.

Bevilaqua fala que um porco, por exemplo, precisa consumir 3 kg de ração e leva mais de 150 dias para ser abatido. No caso do boi, a taxa de conversão é de 4×1 e precisa de pelo menos dois anos para ser abatido. “Por ter um ciclo mais rápido e mais eficiência produtiva, o frango elimina menos dejetos, consome menos alimento e necessita de menos espaço para a produção, o que torna a carne de frango muito mais sustentável do que as demais”, esclarece.

Dieta equilibrada

Foto: Divulgação/OP Rural

Um dos grandes atrativos da carne de frango é o seu valor nutricional. Trata-se de um alimento rico em proteínas de alta qualidade e que fornece todos os aminoácidos essenciais que o corpo humano necessita, segundo a USDA National Nutrient Database. Em 100 gramas de peito de frango cozido, por exemplo, há cerca de 31 gramas da proteína, essencial para o crescimento e reparação dos tecidos.

Outra vantagem é o baixo teor de gorduras saturadas, especialmente quando consumida sem pele, com aproximadamente 3,6 gramas de gordura total por 100 gramas, e um total de 165 kcal. A carne de boi, por outro lado, contém mais gorduras saturadas (10g de gordura total por 100g de carne magra cozida) e é mais calórica (250 kcal por 100g). O mesmo ocorre com os suínos, que tem de 10 a 12g de gordura total por 100g de carne magra cozida e 242 kcal.

Composição nutricional

Roberto Alexandre Yamawaki, gerente de Serviços Técnicos e Produtos para a América Latina da Hubbard, aponta outros benefícios nutricionais. Ele pontua a presença de nutrientes que são essenciais para a dieta, tais como aminoácidos essenciais e proteínas de alta qualidade, importantes para a construção e reparação de tecidos, bem como para a produção de enzimas e hormônios.

Segundo o especialista, o consumo regular de carne de frango oferece múltiplos benefícios para a saúde. A inclusão da proteína na dieta pode ajudar no controle de peso, fortalecer o sistema imunológico, melhorar o crescimento muscular e fornecer energia sustentável.

Entre os nutrientes presentes no frango estão Omega-6 e colina, vitaminas do Complexo B – como Vitamina B3 (Niacina), Vitamina B6 (Piridoxina) e a Vitamina B12 (Cobalamina) –, além de minerais como fósforo, selênio e zinco. “A carne de frango possui vários benefícios específicos que a torna uma escolha adequada e popular para o consumo. Pois ela possui uma grande versatilidade culinária, o que a torna uma opção prática para diferentes refeições e estilos de culinária”, reforça.

Sindiavipar

O Sindiavipar representa as indústrias de produtos avícolas. A carne de frango produzida no Paraná é exportada para 150 países.

O processamento de aves no Paraná se concentra em 29 municípios e 35 indústrias. Além disso, a avicultura gera 95,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 milhão de empregos indiretos no Estado. São mais de 19 mil aviários, aproximadamente e 8,4 mil propriedades rurais distribuídas em 312 municípios paranaenses. As indústrias associadas ao Sindiavipar são responsáveis por 94% da produção estadual.

Segundo o Relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil ocupa o primeiro lugar no mercado global de carne de frango, sendo o principal exportador do produto.

 

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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