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Tecnologia e produção sustentável

Ciência de criar e cultivar incentivou o desenvolvimento de diversas tecnologias e hoje se beneficia, também, daquelas que se desenvolveram em áreas diversas de conhecimento

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Artigo escrito por Beatriz Domeniconi, coordenadora executiva do GTPS

Historicamente, em todas as regiões no mundo, a produção de alimentos em quantidade e qualidade adequadas à demanda sempre foi uma preocupação social e de suas representações. Grupos de técnicos, produtores e pesquisadores, bem como comerciantes e governos sempre se organizaram, cada um à sua moda, para discutir sistemas e soluções que minimizassem o risco, sempre presente, da escassez de alimentos. Quase todas as ciências estudadas foram, de certa forma, influenciadas pela razão implícita de garantir a segurança alimentar. Ocupação estratégica de territórios, relações políticas e comerciais, técnicas de cultivo, sistemas de captação e condução de água. A ciência de criar e cultivar incentivou o desenvolvimento de diversas tecnologias e hoje se beneficia, também, daquelas que se desenvolveram em áreas diversas de conhecimento.

Atualmente, no Brasil, há uma gama variada de tecnologias aplicáveis à produção de alimentos em diferentes esferas desde o campo, passando pelo processamento, transporte e armazenamento. Muito se investe em técnicas modernas de cultivo, material genético de plantas e animais, maquinário agrícola de última geração, técnicas de processamento e estudos econômicos avançados para que a comercialização dos produtos seja garantida da maneira mais lucrativa aos elos da cadeia.

Mais recentemente e também presente em diversas regiões do mundo, nova preocupação tem direcionado pesquisas e condutas daqueles que atuam nas cadeias de produção de alimentos: o impacto desta produção no meio ambiente e na manutenção de recursos naturais – o desafio da produção sustentável. Desta preocupação derivam estudos sobre emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), quantificação das áreas desmatadas em florestas tropicais, redução na vazão dos rios, e também derivam as linhas mais radicais que preconizam a redução ou mesmo a interrupção de algumas produções mais relacionadas aos impactos ambientais.

A pecuária, por ocupar grandes áreas e por ser uma atividade pioneira na ocupação territorial estando assim, diretamente relacionada à abertura de áreas nativas, é uma das atividades mais acusadas pelos grandes e negativos impactos ambientais. Por isso, organizações sociais, empresariais e governamentais têm buscado estabelecer princípios e critérios para a criação de bovinos que minimizem os efeitos negativos do sistema.

Não se pode considerar que tais acusações sejam infundamentadas, pois no Brasil a pecuária é basicamente explorada em sistemas de pastagens e, devido a falhas no manejo, baixa capacidade de investimento e dificuldades de acesso a tecnologias, grande parte dessas pastagens está degradada.

Fato é que pecuária não é sinônimo de “boi emitindo GEE”. Pecuária não é “área de floresta desmatada e subutilizada com capim improdutivo”. Pecuária é um sistema composto por solo, planta e animal e a exploração dos três fatores deve ser eficiente para que não haja perdas de recursos. Solo exposto ou mal trabalhado, planta desnutrida e com baixo desenvolvimento radicular, animal com baixa eficiência alimentar dado o manejo incorreto das pastagens resultam em atividade emissora de GEE.

Lembremos então da diversa gama de tecnologias desenvolvidas para a produção agropecuária. A adoção dessas tecnologias, das mais simples (divisão de pastos) às mais complexas (biotecnologia), é a chave para o desenvolvimento sustentável da atividade pecuária.

Um sistema de produção pecuária em pastagens tropicais, quando bem manejado, deixa de ser um problema ambiental e passa a compor parte da solução para as temidas mudanças climáticas. Sistemas solo-planta-animal bem manejados melhoram as características físico-químicas de solo, aumentam o acúmulo de matéria orgânica e água no solo, garantem biodiversidade de micro-organismos e mitigam a emissão de carbono. 

Desestimular a evolução da atividade pecuária não contribui com esforço de mitigar danos ambientais. Ao passo que o incentivo à adoção de tecnologia nos diferentes sistemas de produção de bovinos, aumenta as chances de se alcançar o equilíbrio entre a farta produção de alimento e a conservação dos recursos naturais.   

Fonte: Assessoria

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Sistema Faep realiza levantamento de custos de aves e suínos

Entidade promove painéis de forma remota junto às Cadecs, para verificar os gastos para produzir as duas proteínas animais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Paraná é o maior produtor de aves e o segundo maior produtor de suínos do Brasil. Ambas as cadeias, de suma importância para a economia estadual, precisam de equilíbrio nas contas para seguir gerando empregos e riquezas ao Estado. Por isso, entre o fim de setembro e começo de outubro, o Sistema FAEP vai promover uma série de painéis remotos para o levantamento dos valores gastos por produtores rurais das respectivas cadeias produtivas.

O levantamento ocorre em nível estadual, com os encontros realizados nas Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs). A metodologia utilizada é aplicada há décadas pelo Sistema FAEP, elaborada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A última pesquisa envolvendo as duas cadeias produtivas nesse modelo ocorreu no final de 2023.

Foto: Ari Dias

O objetivo do trabalho é fornecer embasamento para as negociações com as agroindústrias, de modo a garantir uma remuneração justa. Os dois setores contabilizam inúmeros exemplos de melhorias ao setor produtivo, tendo como base o que de fato ocorre no dia a dia das propriedades.

Na cadeia de aves, o levantamento de 2024 vai abranger nove Cadecs, nas principais regiões produtoras. O técnico Fábio Mezzadri, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep, enfatiza a importância do engajamento dos produtores nos painéis. “As planilhas são enviadas com antecedência. É importante que os produtores preencham os dados para levar os números às reuniões”, pontua.

No caso dos suínos, a rodada dos painéis de levantamento de custos de produção também ocorre por Cadecs. A pesquisa deve reunir produtores rurais integrantes dessas comissões, profissionais das integradoras e outros elos da cadeia produtiva. “Contamos com o engajamento dos suinocultores, como sempre ocorre, para promover um levantamento de custos condizente com a realidade”, enfatiza Nicolle Wilsek, técnica do DTE do Sistema Faep.

Orientações

A orientação é que o produtor rural compareça ao sindicato rural para participar da reunião. Assim, se houver qualquer dúvida, os colaboradores do sindicato podem ajudar no repasse correto dos dados referentes ao levantamento. Os sindicatos rurais contam com estrutura de transmissão de áudio e vídeo para a realizar as reuniões. Tanto para avicultura como para suinocultura, é importante que os produtores guardem notas de insumos, benfeitorias ou construções, recibos de mão de obra, gastos com madeira, combustível e energia elétrica, além de outros itens relacionados à produção. “Todas essas variáveis podem ter mudanças e impactar nos custos”, aponta Mezzadri.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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Ministério da Agricultura tem crédito extraordinário de R$ 60 milhões para apoiar o Rio Grande do Sul

Recursos serão disponibilizados para apoiar na produção e divulgação de informações meteorológicas e climatológicas, além de reforçar a defesa agropecuária do estado gaúcho.

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Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou a Medida Provisória nº 1.260, que autoriza a abertura de crédito extraordinário no valor de R$ 1,659 bilhão em favor dos Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), de Portos e Aeroportos (MPOR) e para Operações Oficiais de Crédito.

A MP foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (30). Para o Mapa, serão destinados R$ 60,643 milhões, que serão aplicados nas áreas de meteorologia, climatologia e defesa agropecuária. Esses recursos são destinados para apoiar o estado do Rio Grande do Sul.

Com foco na agropecuária sustentável, foram aprovados R$ 25,143 milhões para a produção e divulgação de informações meteorológicas e climatológicas.

Para o fortalecimento da defesa agropecuária, foram alocados R$ 35,500 milhões, que serão utilizados no reforço do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

O crédito extraordinário, autorizado em função do estado de calamidade, será distribuído por diversos setores no Rio Grande do Sul. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) receberá R$ 998,121 milhões para a formação de estoques públicos. Já para os pequenos produtores rurais gaúchos, serão disponibilizados R$ 6,554 milhões para assistência técnica e extensão rural.

Saiba mais sobre a Medida Provisória aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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Como será o clima no Brasil em outubro?

Previsão indica chuvas concentradas no Centro-Sul do País.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de outubro indica chuvas acima da média em grande parte da Região Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais (tons em azul no mapa da Figura 1a), com chances do retorno gradual das chuvas para a parte central do País, durante a segunda quinzena de outubro.

No Sudoeste do Amazonas e do Pará, bem como no norte de Rondônia, a precipitação também será ligeiramente acima da média. Já em grande parte do Nordeste, Norte de Minas Gerais e de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará, são previstas chuvas próximas e abaixo da média climatológica (tons em cinza e amarelo no mapa da Figura 1a).

Considerando o prognóstico climático do Inmet para outubro de 2024 e seus possíveis impactos nas principais culturas, a previsão de pouca chuva para o Centro-Norte aponta para uma redução dos níveis de umidade no solo, principalmente no Matopiba (região que abrange os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Já no Norte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, este cenário poderá beneficiar a finalização da colheita do algodão e do feijão terceira safra. Já as culturas de verão, podem ser beneficiadas em áreas do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Sul de Minas Gerais, onde prevê-se o retorno gradual das chuvas. Em grande parte da Região Sul, a previsão de chuvas acima da média pode ser favorável para o início do plantio e desenvolvimento da safra 2024/2025.

Temperatura

Quanto às temperaturas, a previsão indica que deverão ser acima da média em grande parte do país (tons em laranja no mapa da Figura 1b), devido à redução das chuvas, com possibilidade de ocorrência de alguns dias de calor em excesso, principalmente em áreas do Mato Grosso, oeste da Bahia, Piauí, Maranhão, onde as temperaturas médias poderão ultrapassar os 28ºC.

Em algumas localidades do Leste de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sudeste do Amazonas, Sudoeste de São Paulo, Sudeste do Paraná e Centro de Santa Catarina, são previstas temperaturas próximas à média (tons em cinza no mapa da Figura 1b).

Já no Rio Grande do Sul e áreas pontuais de Santa Catarina e Paraná, são previstos valores abaixo da média (tons em azul no mapa da Figura 1b). Em áreas de maior altitude das regiões Sul e Sudeste, são previstas temperaturas inferiores à 17ºC.

Figura 1: Previsão de anomalias de (a) precipitação e (b) temperatura média do ar do modelo climático do INMET, para o mês de outubro de 2024.
Figura 1: Previsão de anomalias de (a) precipitação e (b) temperatura média do ar do modelo climático do INMET, para o mês de outubro de 2024.

O Inmet é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.

Fonte: Assessoria Mapa
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