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Simpósio do Leite: Cinco assuntos estiveram em debate durante as palestras do evento

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Inseminação artificial em tempo fixo, gerenciamento da propriedade, composição do leite como ferramenta de avaliação nutricional de vacas leiteiras e análise de mercado foram os temas apresentados por cinco palestrantes no segundo e último dia do Simpósio do Leite de Erechim.
Palestrantes renomados fizeram parte do evento que este ano chegou a sua 10ª edição e teve um público superior a 1,2 mil pessoas, mantendo-se como o maior evento do segmento no Sul do Brasil.
 
Unidade de negócio
A primeira palestra desta quarta-feira tratou da pecuária leiteira como unidade de negócio. O palestrante Jônadan Ma, da Fazenda Boa Fé, Conquista, MG destacou a importância de se buscar uma propriedade viável e com qualidade na produção.
Mostrou exemplos encontrados na propriedade em que é o diretor e de que maneira atingem números expressivos na produção leiteira. Jônadan ressaltou a importância do produtor acreditar e trabalhar pelo seu próprio potencial. “Temos que deixar de “trabalhar com leite” e passar a ser produtores de leite, trabalhar com pecuária leiteira. Não podemos ser apenas tiradores ou retireiros de leite”, acrescentou.
Para ele, o produtor precisa valorizar seu próprio negócio. “O que tem que mudar são as cabeças das pessoas, os conceitos, de como se vê o negócio. Não é depender de governos, laticínios, é você se valorizar”, frisou.
Jônadan destacou ainda que a simples mudança de comportamento muda as coisas na propriedade sem a necessidade de grandes investimentos.  Ele citou ainda que no mundo atual, as palavras chaves são a competitividade e a rentabilidade. “Temos que ter dados, referência e usar para melhorar a produção, a renda, enfim, traçar metas, objetivos. Ter todo final de mês os resultados do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE). As coisas não vem de graça, é preciso trabalhar e este evento é uma oportunidade de o produtor se capacitar para que passe a gerar resultados melhores na propriedade”, encerrou.
 
Inseminação Artificial em Tempo Fixo 
Márcio Flores da Cunha Chaiben, Coordenador Tecnico Regional Sul Agener União Saúde Animal tratou do assunto ligado a Inseminação Artificial em Tempo Fixo, IATF. A palestra mostrou a importância do uso da IATF em rebanhos leiteiros.  Sobre a inseminação artificial em tempo fixo em rebanhos leiteiros Márcio abordou todas as vantagens que esta técnica de biotecnologia tem a oferecer de benefícios nas propriedades leiteiras , focando a parte de fisiologia da reprodução, explicando como uma vaca leiteira responde a reprodução. Abordou também problemas patológicos no pós parto, e que, de acordo com o palestrante, interferem muito no processo reprodutivo.
“Hoje podemos dizer que somos grandes conhecedores da técnica. Os desafios que temos e principalmente quando formos adotar um programa de IATF ou TETF ou FIV, que são as técnicas mais usadas para melhoramos índices reprodutivos, temos que fazer com eficiência, pois se não for feito corretamente, podemos ter frustrações”, explicou o palestrante.
Para Márcio Flores da Cunha Chaiben, as principais vantagens no uso da Inseminação Artificial em Tempo Fixo está na inseminação de vacas no período pós parte, mais cedo. “Recuperamos vacas que estão em anestro e principalmente não precisamos mais observar cio, este sendo um dos principais erros dentro de uma propriedade leiteira e assim ocasionado em um intervalo entre partos maior, dando prejuízos, pois quanto mais cedo a vaca estiver prenha mais cedo ela vai entrar no período seco e mais rápido ela vai parir , assim começando uma nova lactação com a produção em alta”, enfatizou Márcio.
 
Avaliação de índices relacionados à composição do leite
Outro tema abordado foi a composição do leite como ferramenta de avaliação nutricional de vacas leiteiras. O palestrante Euler Rabelo, da ReHagro, de Belo Horizonte, MG, apresentou aos participantes como a nutrição afeta a composição do leite e como a análise dos números de composição do leite pode ajudar o produtor e técnicos a monitorarem a qualidade do programa nutricional dentro de uma fazenda leiteira. 
Para ele, o maior desafio nesta área é implementar uma rotina sistemática de avaliação de índices relacionados a composição do leite e tomar decisões baseada nos números. “Hoje nós temos um bom conhecimento de como a nutrição de vacas afeta a composição do leite, portanto o monitoramento da composição do leite serve como uma ferramenta de monitoramento de como anda o programa nutricional na fazenda, componente essencial para a eficiência na produção leiteira”, disse Euler. 
A produção do leite no Brasil cresce anualmente numa taxa de 3 a 7%. “Os custos de produção crescem e o valor do leite no mercado não acompanha os aumentos dos custos.  Isso faz com que a margem por litro de leite produzido venha diminuindo ao longo dos anos. O produtor neste contexto deve buscar eficiência de produção de leite, tendo maiores volumes de produção com margens maiores por unidade de produto comercializado. O produtor deve buscar a capacitação visando ampliar a visão do seu negócio e aplicar tecnologias que se traduzam  em melhores resultados econômicos”, conclui Euler Rabelo.  
 
Gerenciamento da propriedade
Sandro Luiz Viechnieski, sócio proprietário da Fazenda Iguaçu/Star Milk abriu a série de palestras na parte da tarde tratando do gerenciamento de propriedades produtoras de leite. O palestrante apresentou aos produtores que o gerenciamento é essencial para que as propriedades tenham sucesso na atividade. “A leiteria tem que virar uma empresa e isto passa pela profissionalização da atividade”, disse Sandro. 
Para Sandro, falta uma mudança de posicionamento, de atitude, a qual chama de evolução, para que se chegue a um nível desejável de gerenciamento das propriedades. “Na minha opinião, para iniciar o processo, é preciso a coleta de informações. Nem isto muitas vezes as propriedades tem, então não sabem nem como começar a agir”, explica Sandro.
Um bom gerenciamento, na visão do palestrante também pode contribuir significativamente para uma melhor qualidade na produção leiteira. “Somente com o gerenciamento o produtor começa a conhecer os seus gargalos e isto faz com que haja mudanças contínuas nas propriedades, e como consequência existe uma melhora nos processos internos da propriedade”, enfatiza Sandro.
 
Análise de mercado
Marcelo Pereira de Carvalho, da Milk Point, foi painelista do Fórum Nacional de Lácteos, que integrou a programação do Simpósio do Leite de Erechim na terça-feira, e nesta quarta palestrou sobre a análise e perspectiva do mercado nacional e internacional do leite.
Ele salientou as oportunidades que o mercado pode gerar com a expectativa de aumento da demanda e produção de leite projetada para os próximos anos.

Fonte: Ass. Imprensa do Simpósio do Leite

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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

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Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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