Conectado com

Notícias

Projeto paranaense será apresentado na ONU como solução para o mundo

Publicado em

em

Os produtores rurais Gedson e Elisabet Vargas, de Marechal Cândido Rondon, nunca imaginaram que receberiam tantas autoridades na sua propriedade, localizada na Linha Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon. Mas sexta-feira (23) eles receberam o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, e o presidente da Administração Nacional de Usinas e Transmissões Elétricas do Uruguai (UTE), Gonzalo Casaravilla. Eles estavam acompanhados do diretor da Itaipu Binacional, Jorge Samek, e do superintendente de Energias Renováveis, Cícero Blay, além do prefeito de Marechal Rondon, Moacir Froehlich. No início do mês, os Vargas já tinham recebido o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. As autoridades estiveram visitando o Condomínio de Agroenergia do Ajuricaba, uma iniciativa da Itaipu Binacional, que conta com parceria da prefeitura, Emater e produtores rurais. A visita teve um motivo especial, pois o projeto rondonense será replicado no Uruguai.
Antes de visitarem o condomínio, a Itaipu Binacional, a Eletrobras e a Administração Nacional de Usinas e Transmissões Elétricas do Uruguai (UTE) assinaram, em Foz do Iguaçu, um memorando de entendimento (MoU) para estudos na área de biogás. O objetivo do acordo de cooperação é desenvolver no Departamento (Estado) de San Jose, Uruguai, um projeto semelhante ao que está sendo desenvolvido na Ajuricaba.  
Iniciativa
Samek explica que a iniciativa integra as ações da Global Sustainable Electricity Partnership – GSEP (em português, Parceria Global de Energia Elétrica Sustentável), órgão que incentiva a criação de projetos de energia sustentável em países emergentes, e também tem apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). “É um momento a ser comemorado porque significa o reconhecimento da iniciativa que a Itaipu e os demais órgãos tiveram para desenvolver a agroenergia, promover estudos e desenvolvimento em energias alternativas”, citou, ao destacar a presença do presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, das autoridades uruguaias, responsáveis pela questão de energia nos seus países. Mais que isso, ele manifestou o orgulho pelo projeto do condomínio e manifestou sua expectativa de vê-lo funcionando na totalidade e que a iniciativa seja levada a mais municípios da região e do país. “O projeto (do Condomínio de Agroenergia do Ajuricaba) está revolucionando os parâmetros de produção de energia alternativa e sustentabilidade”, avalia.
Multiplicação
O presidente da Eletrobras ressaltou o fato que o condomínio rondonense está chamando a atenção do mundo como uma experiência positiva do Brasil, podendo ser difundido a outros países da América Latina, mas também Ásia e África. “É um projeto maior porque poderá ser utilizado para levar energia para áreas que ainda não contam com esse benefício (a energia)”, declarou. Segundo ele, em torno de 1,3 bilhão de habitantes do mundo ainda não contam com energia elétrica e vivem em locais de difícil acesso para os sistemas comuns, e a bioenergia é um caminho viável. 
Carvalho Neto informou que o projeto do Ajuricaba será uma das tecnologias a ser levada à Organização das Nações Unidas (ONU) para atingir até 2030 100% de eletrificação. E o projeto, explicou a autoridade, não deve ter espaço somente no exterior. A ideia é possibilitar que seja replicado também no Brasil, onde há diversas áreas que podem ser beneficiadas. “Temos muitas áreas com vocação para a pecuária e que pode ser bem utilizado. Além disso, o biogás pode ser gerado por outros resíduos, como de aterros sanitários, ou seja, é uma proposta moderna e viável”, avaliou. (Leia na próxima edição de O Presente Rural Suínos & Peixes reportagem sobre o assunto).
Mudança de realidade chama atenção de comitiva
Chamou a atenção da comitiva uruguaia o fato do Condomínio de Agroenergia possibilitar não apenas a geração de energia alternativa, mas também influenciar positivamente os produtores rurais no desenvolvimento de suas atividades. O casal Gedson e Elisabet Vargas é exemplo disso. Eles contaram que usam a energia do biogás para gerar energia na sala de ordenha, aquecer a água e estão expandindo para casa do casal. Além da economia de eletricidade, a água quente está ajudando no controle de mastite. A sanidade também melhorou porque a utilização dos dejetos para produzir biogás reduz a presença de moscas. “Agora dá gosto”, simplificaram.
O presidente da UTE, Gonzalo Casaravilla, mostrou-se bastante otimista com a possibilidade de implantar projeto semelhante em seu país. Ele disse que há uma preocupação de todos os governos para gerar energias alternativas e a agroenergia é muito viável porque utiliza mecanismos já presentes no meio e ainda incentiva o desenvolvimento no campo.
O condomínio
O projeto do Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar da Microbacia do Ajuricaba é desenvolvido pela Itaipu Binacional desde agosto de 2009, contando com a parceria do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PR) e da Prefeitura de Marechal Cândido Rondon,  além do apoio da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Embrapa, Movimento Nacional dos Pequenos Agricultores (MPA), Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI) e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI). 
O projeto contempla a instalação biodigestores nas propriedades rurais e 25,5 quilômetros de gasodutos ligados a uma microcentral termelétrica. A energia gerada é utilizada como térmica, elétrica e a previsão para o futuro é de também veicular. O condomínio tem, ainda, o acréscimo de produzir biofertilizantes. 

Fonte: O Presente Rural

Continue Lendo

Notícias

IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

Publicado em

em

Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Notícias

ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
Continue Lendo

Notícias

Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.