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Pesquisadores falam sobre situação atual, ocorrência e controle dos nematoides

Eles recomendaram que ao menor sinal de incidência, deve-se começar o manejo

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Os danos causados pelos nematoides estão afetando a produtividade da soja brasileira. No caso da soja louca II, principalmente em regiões quentes e chuvosas dos estados do Maranhão, Tocantins, Pará e Mato Grosso. De acordo com pesquisadores que estiveram no XVIII Encontro Técnico realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, nas regiões de maior ocorrência da doença, o produtor rural e sua equipe devem ficar atentos. Eles recomendaram que ao menor sinal de incidência, deve-se começar o manejo.

Na apresentação feita no evento, a pesquisadora Luciany Favoreto, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), falou sobre os sintomas da soja louca II. Segunda ela, as plantas afetadas permanecem verdes e enfolhadas depois que as sadias atingem o ponto de colheita. Ocorre acentuado abortamento de flores e, em alguns casos, rosetamento dos racemos florais. Há redução no número de vagens, e as remanescentes geralmente apresentam deformações, lesões necróticas marrons, apodrecimento e redução do número de grãos. As folhas ficam com coloração mais escura, ocorre formação de bolhas no limbo foliar e engrossamento das nervuras e dos nós.

Além dessas informações, Luciany apresentou para os participantes do XVIII Encontro Técnico Fundação MT medidas de controle da soja louca II. “É preciso fazer controle eficiente de plantas invasoras (pré e pós emergência). Fazer manejo de plantas invasoras na cultura de cobertura de solo (entressafra). É importante que a semeadura da soja seja feita em palhada completamente dessecada. A safrinha de milho ou de outra cultura que não propicie a multiplicação do nematoide é muito importante, devemos tirar o alimento do nematoide. Sem comida ele não sobrevive.”

O pesquisador Waldir Pereira Dias, da Embrapa Soja, também foi enfático ao afirmar que “os nematoides precisam ter comida sempre”. A rotação de culturas e, quando disponível, a semeadura de cultivares de soja resistentes é a forma de matar esses bichos de fome. Mas, segundo o especialista é importante também atentar que alguns nematoides são comuns a mais de uma cultura, como por exemplo soja/milho ou soja/algodão. “Se tiver comida o ano inteiro para eles, eles não morrem, pelo contrário, multiplicam-se”.

Conforme Waldir Dias, o nematoide de cisto de soja, por ser muito específico da soja, é aquele mais facilmente controlado pela rotação de culturas. “É só substituir a soja pelo plantio de outras culturas como arroz, cana e capim”. Outra estratégia eficiente para controle do nematoide de cisto é a utilização de cultivares de soja resistente. O grande problema, segundo o pesquisador, é que no Mato Grosso existem várias raças do nematoide de cisto. Então, o produtor tem que saber qual é a raça presente em sua lavoura e, a partir de tal informação, precisa selecionar a cultivar resistentes adequada. Para aumentar a durabilidade da resistência, o produtor “nunca” deve adotar a monocultura de uma mesma cultivar resistente ou de cultivares resistentes oriundas de uma mesma fonte.

O ideal é ele rotacionar cultivares com resistência vinda de fontes diferentes. “Se o produtor rural começar a praticar a monocultura de cultivares resistentes ela acaba selecionando outras raças que vencem a resistência dessas cultivares. A estratégia para aumentar a durabilidade da resistência é os programas de melhoramento de soja diversificarem as fontes de resistência e os agricultores fazerem a rotação das cultivares resistentes geradas.  Por exemplo, se plantar em um determinado ano uma cultivar derivada de Peking (fonte de resistência para as raças 1,3 e 5) no ano seguinte ele deverá utilizar uma cultivar derivada de outra fonte, por exemplo PI88788 (fonte de resistência para as raças 3 e 14)”, explicou Waldir Dias durante sua apresentação no XVIII Encontro Técnico Fundação MT realizado semana passada em Cuiabá/MT.

Outro risco que vem acontecendo, de acordo com Waldir Dias, principalmente na região de Sorriso/MT, é a existência de raças do nematoide que vencem a resistência da fonte mais completa (PI 437654). “Se o agricultor começar a fazer monocultura de cultivares derivadas dessa fonte, ele acabará selecionando essas raças que acabaram vencendo a resistência dessa fonte e de cultivares com resistência múltipla derivadas da mesma. E como não existe outras fonte melhores, o produtor acabará deixando de ter o uso de cultivares resistentes como ferramenta para controle do nematoide de cisto naquela região, e assim terá que plantar milho em vez de soja”.

Rosangela Silva, pesquisadora da Fundação MT, também recomendou, como medidas eficientes para controle dos nematoides, o monitoramento constante da lavoura e o empilhamento de manejo, aquele que concilia várias ferramentas, que inclui o manejo genético, o cultural, o químico e o biológico. Segundo a especialista na safra 2017/2018 aumentou a incidência do nematoide reniforme (Rotylenchulus reniformis). “Isso pode ter ocorrido, possivelmente devido ao aumento da área de soja com cultivares sem resistência”.  Já para o nematoide de cisto da soja, a maior incidência nas lavouras de Mato Grosso, foi das raças 2, 4 e 5. A raça 2 teve alta incidência principalmente na região do Parecis e a raça 4 no sul do Estado. “A diminuição da sobrevida dos nematoides passa pelo uso de um conjunto de táticas de manejo. O uso de ferramentas integradas é que garantirá ao produtor rural ter áreas mais saudáveis, sustentáveis e rentáveis”, destacou a pesquisadora aos participantes do evento.

Fonte: Assessoria

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Pork Meet 2024 bate recorde de público e registra mais de 1,7 mil visualizações online no YouTube

A programação, que reuniu palestrantes de renome, focou nos principais desafios e oportunidades da suinocultura atual.

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Fotos: Divulgação

O Pork Meet 2024, realizado no dia 26 de setembro, foi um sucesso absoluto, consolidando-se como um dos eventos mais relevantes para a suinocultura no Brasil. Com a participação presencial em Rio Verde (GO) e mais de 1,7 mil visualizações online no YouTube, o evento atingiu um público recorde, superando todas as expectativas.

A programação, que reuniu palestrantes de renome, focou nos principais desafios e oportunidades da suinocultura atual. Ao longo de mais de 8 horas de conteúdo, foram realizados três painéis com temas abrangendo mercado e inovação, sanidade e manejo e gestão de pessoas. O evento, organizado pela Associação dos Granjeiros Integrados do Estado de Goiás (Agigo), teve o apoio de importantes entidades do setor, como a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e a Abraves Goiás..

Programação de destaque com foco nos desafios da suinocultura

A abertura do evento, às 9h, deu início ao painel sobre mercado e inovação, com a palestra “Panorama da suinocultura mundial – desafios e oportunidades” apresentada pelo Dr. José Henrique Piva, uma referência global na área. O painel também contou com o Dr. Mario Penz, que trouxe insights sobre a produção sustentável de suínos, e o Dr. Mauricio Dutra, que compartilhou sua experiência no sudeste asiático, traçando paralelos e oportunidades para a suinocultura brasileira.

À tarde, o painel de sanidade abordou temas críticos como a integridade intestinal dos suínos e as causas de mortalidade em porcas, com palestras dos especialistas Dr. Roberto Guedes e Dr. David Driemeier. Esses temas foram cuidadosamente selecionados para refletir as questões mais urgentes do setor, tanto do ponto de vista econômico quanto sanitário.

No último painel, focado em manejo e gestão de pessoas, o Dr. Geraldo Shukuri apresentou inovações no manejo de fêmeas hiperprolíficas, destacando a importância de ajustes no manejo frente à evolução genética. O encerramento ficou por conta da dra. Roberta Leite, que abordou os desafios da comunicação nas granjas, trazendo estratégias para melhorar a comunicação interpessoal e intergeracional nas equipes de produção.

Sucesso de público e engajamento

O Pork Meet 2024 superou as expectativas com um público engajado tanto no formato presencial quanto online, com números expressivos de participação e visualizações. O Pork Hour, confraternização que encerrou o evento, foi outro destaque para os participantes presenciais.

O diretor executivo da Agigo, Iuri Pinheiro Machado, responsável pela definição da programação, destacou a importância de debater temas tão relevantes para o futuro da suinocultura. “A escolha dos painéis e dos palestrantes foi feita com o objetivo de oferecer uma visão ampla e aprofundada dos principais desafios e oportunidades da suinocultura no Brasil e no mundo. O sucesso do evento reflete a relevância desses temas para o setor”, comentou.

Fonte: Assessoria
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Sistema Faep realiza levantamento de custos de aves e suínos

Entidade promove painéis de forma remota junto às Cadecs, para verificar os gastos para produzir as duas proteínas animais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Paraná é o maior produtor de aves e o segundo maior produtor de suínos do Brasil. Ambas as cadeias, de suma importância para a economia estadual, precisam de equilíbrio nas contas para seguir gerando empregos e riquezas ao Estado. Por isso, entre o fim de setembro e começo de outubro, o Sistema Faep vai promover uma série de painéis remotos para o levantamento dos valores gastos por produtores rurais das respectivas cadeias produtivas.

O levantamento ocorre em nível estadual, com os encontros realizados nas Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs). A metodologia utilizada é aplicada há décadas pelo Sistema Faep, elaborada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A última pesquisa envolvendo as duas cadeias produtivas nesse modelo ocorreu no final de 2023.

Foto: Ari Dias

O objetivo do trabalho é fornecer embasamento para as negociações com as agroindústrias, de modo a garantir uma remuneração justa. Os dois setores contabilizam inúmeros exemplos de melhorias ao setor produtivo, tendo como base o que de fato ocorre no dia a dia das propriedades.

Na cadeia de aves, o levantamento de 2024 vai abranger nove Cadecs, nas principais regiões produtoras. O técnico Fábio Mezzadri, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep, enfatiza a importância do engajamento dos produtores nos painéis. “As planilhas são enviadas com antecedência. É importante que os produtores preencham os dados para levar os números às reuniões”, pontua.

No caso dos suínos, a rodada dos painéis de levantamento de custos de produção também ocorre por Cadecs. A pesquisa deve reunir produtores rurais integrantes dessas comissões, profissionais das integradoras e outros elos da cadeia produtiva. “Contamos com o engajamento dos suinocultores, como sempre ocorre, para promover um levantamento de custos condizente com a realidade”, enfatiza Nicolle Wilsek, técnica do DTE do Sistema Faep.

Orientações

A orientação é que o produtor rural compareça ao sindicato rural para participar da reunião. Assim, se houver qualquer dúvida, os colaboradores do sindicato podem ajudar no repasse correto dos dados referentes ao levantamento. Os sindicatos rurais contam com estrutura de transmissão de áudio e vídeo para a realizar as reuniões. Tanto para avicultura como para suinocultura, é importante que os produtores guardem notas de insumos, benfeitorias ou construções, recibos de mão de obra, gastos com madeira, combustível e energia elétrica, além de outros itens relacionados à produção. “Todas essas variáveis podem ter mudanças e impactar nos custos”, aponta Mezzadri.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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Ministério da Agricultura tem crédito extraordinário de R$ 60 milhões para apoiar o Rio Grande do Sul

Recursos serão disponibilizados para apoiar na produção e divulgação de informações meteorológicas e climatológicas, além de reforçar a defesa agropecuária do estado gaúcho.

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Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou a Medida Provisória nº 1.260, que autoriza a abertura de crédito extraordinário no valor de R$ 1,659 bilhão em favor dos Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), de Portos e Aeroportos (MPOR) e para Operações Oficiais de Crédito.

A MP foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (30). Para o Mapa, serão destinados R$ 60,643 milhões, que serão aplicados nas áreas de meteorologia, climatologia e defesa agropecuária. Esses recursos são destinados para apoiar o estado do Rio Grande do Sul.

Com foco na agropecuária sustentável, foram aprovados R$ 25,143 milhões para a produção e divulgação de informações meteorológicas e climatológicas.

Para o fortalecimento da defesa agropecuária, foram alocados R$ 35,500 milhões, que serão utilizados no reforço do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

O crédito extraordinário, autorizado em função do estado de calamidade, será distribuído por diversos setores no Rio Grande do Sul. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) receberá R$ 998,121 milhões para a formação de estoques públicos. Já para os pequenos produtores rurais gaúchos, serão disponibilizados R$ 6,554 milhões para assistência técnica e extensão rural.

Saiba mais sobre a Medida Provisória aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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