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Pesquisadora de Londrina recebe Prêmio ABPA de Pesquisa Aplicável

Raquel Arruda Leme, foi a vencedora da edição 2017 do Prêmio ABPA de Pesquisa Aplicável, iniciativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)

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A médica veterinária e pesquisadora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Raquel Arruda Leme, foi a vencedora da edição 2017 do Prêmio ABPA de Pesquisa Aplicável, iniciativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) para incentivar a pesquisa voltada para a aplicabilidade no cotidiano do setor agroindustrial.

A pesquisadora venceu o prêmio com o estudo “Desenvolvimento de plataforma de diagnóstico para identificação e monitoramento de uma infecção antes exótica em suínos brasileiros: avanços nos estudos sobre o Senecavirus A”. A pesquisa descreve o direcionamento dos esforços de um laboratório multiusuário em saúde animal para a elucidação de uma infecção vesicular exótica que se disseminou entre rebanhos de suínos brasileiros, em 2015.   O estudo contempla, ainda, uma investigação sorológica relacionada ao vírus ao longo da última década.

Em seus objetivos, o trabalho da veterinária ressalta a importância do monitoramento constante de doenças exóticas que possam impactar a produção suinícola do Brasil, destacando a sanidade como um dos mais importantes patrimônios da suinocultura brasileira.

“O trabalho científico apresentado ressalta a importância do constante e efetivo monitoramento de doenças exóticas que podem comprometer rebanhos brasileiros e destaca a importância de uma rede de laboratórios capaz de rapidamente identificar microrganismos endêmicos, epidêmicos, emergentes, reemergentes e exóticos no país. O trabalho foi desenvolvido por uma equipe de profissionais que trabalham de maneira integrada no Laboratório Multiusuário em Saúde Animal da UEL. Portanto, esse Prêmio não é só meu, mas de todos que contribuíram para a construção desse estudo, especialmente o nosso orientador, Prof. Dr. Amauri Alfieri”, ressalta Raquel.

O prêmio foi entregue em 31 de agosto, último dia do Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS), realizado no Anhembi Parque, em São Paulo (SP).   Como vitoriosa na premiação científica, Raquel será convidada a acompanhar a ABPA em uma de suas missões internacionais em feiras de alimentos globais.

“Eu acompanho com muita admiração o trabalho feito pela ABPA como representante dos setores avícola e suinícola no país em prol do fortalecimento dos dois segmentos e da promoção da qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos das duas cadeias produtivas. Com isso, é muito difícil achar as palavras certas para expressar o quanto é significativo e, portanto, o quanto estamos gratos por receber o Prêmio. Esse prêmio representa, na verdade, o reconhecimento pela ABPA da importância e aplicabilidade das nossas pesquisas, o que é realmente uma honra. Parabenizo a ABPA por valorizar pesquisas acadêmicas, especialmente aquelas que têm aplicabilidade para os setores. Iniciativas como essas são muito importantes para estimular o desenvolvimento de pesquisas e popularização da ciência”, destaca a pesquisadora.

Raquel Arruda Leme – Médica Veterinária formada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2002, Raquel possui Mestrado e Doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Ciência Animal da mesma Instituição. Atualmente é bolsista de Pós-doutorado Júnior (PDJ) pelo CNPq e realiza suas pesquisas no Laboratório de Virologia Animal/DMVP/CCA/UEL. Tem experiência na área de Doenças Infecciosas de Animais, atuando principalmente no tema Doenças Emergentes e Reemergentes de Suínos.

 

O SIAVS – O SIAVS – Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura é o maior evento da avicultura e da suinocultura do Brasil. Foi realizado entre os dias 29 e 31 de agosto, no Anhembi Parque, em São Paulo (SP).

Números expressivos marcaram esta edição – a maior já realizada pela ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal, idealizadora e promotora da iniciativa.

Ao todo, 15,3 mil visitantes provenientes de 51 países estiveram na edição 2017 do SIAVS – em 2015, foram 12 mil visitantes. São produtores, presidentes e diretores de empresas do setor, gerentes de compra, técnicos e outros players do setor.

Durante o SIAVS, 151 empresas expositoras estiveram presentes nos mais de 15 mil metros quadrados de área comercial.

Um dos destaques do evento, a presença de 31 agroindústrias produtoras e processadoras de aves, suínos e ovos gerou apenas durante o evento US$ 19 milhões em negócios internacionais. A partir dos contatos feitos na feira, as agroindústrias do setor projetam a viabilização de US$ 173 milhões em vendas nos próximos 12 meses.

O evento também contou com a presença de mais de 1,4 mil avicultores e suinocultores (em 2015, foram 1,2 mil produtores) participaram do Projeto Produtor, uma iniciativa pioneira da ABPA com o objetivo de estimular as boas práticas de produção.

A maior programação de palestras do setor produtivo contou com a participação de 1,7 mil congressistas. Na edição anterior, foram 1,5 mil expectadores.

Foram patrocinadores do SIAVS o Banco do Brasil, Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo  (FAESP), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, (FAPESP), Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (SINDAN),  Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul (SIPS), Elanco, Phibro, Bayer, Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) e Sistema OCB.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (SINDIRAÇÕES), A Associação Nacional dos Fabricantes de Equipamentos de Aves e de Suínos (ANFEAS), O Instituto Ovos Brasil, A Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (ALANAC) e a Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos (ABIQUIFI) são apoiadores do evento.

 

Fonte: Ass. de imprensa ABPA

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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