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Pensar diferente o processo pedagógico: este é o momento
Escolas Técnicas buscam a pesquisa e a inovação para driblar as dificuldades do ensino à distância em tempos de pandemia
O isolamento social devido à pandemia do Coronavírus (Covid-19) está mostrando que existe um grande gargalo no processo pedagógico. O presidente da Associação Gaúcha dos Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea), Fritz Roloff, entende que este é um momento para repensar toda a prática educacional. Professores e alunos estão sendo desafiados diariamente a se reinventar e tentar manter o máximo possível a regularidade da prática de ensinar.
Dentro desta lógica e com o objetivo de inovar e motivar os seus alunos, a Escola Técnica Estadual Canguçu (ETEC), decidiu realizar o projeto “Eu faço a minha parte”. De acordo com a diretora Juline Fernandes da Silva, a escola percebeu que muitos estudantes estavam com dificuldade de acesso para receber material via internet, e então foi pensado pela Coordenadoria Regional de Educação, a 5ª CRE, um projeto onde também fosse trabalhada a questão da solidariedade. “E, nós, da direção da ETEC, propusemos para somar nesse projeto, uma atividade com uma horta convencional ou vertical, adaptada à realidade do nosso aluno e que possui três eixos: solidariedade, implantação da horta e uma análise crítica do momento”, explica.
No eixo da solidariedade, serão realizadas ações solidárias dentro de casa ou na comunidade dos alunos. Eles terão a liberdade de fazer individualmente ou se organizar em turmas, sendo que algumas já pensam em um projeto maior, em nível de município. Na atividade da horta, foram pensadas as várias aprendizagens que proporciona, como biologia, química e física, assim como as relações entre pais e filhos e os benefícios da alimentação, economia e na parte terapêutica. E a terceira fase é analisar o impacto do momento que a sociedade vive na economia, na alteração da rotina em casa. Juline diz que deverão ser feitos, inclusive, gráficos para serem apresentados no retorno presencial das aulas.
Para o mês de maio, a diretora informa que a proposta inicial, na primeira semana, estando em sala de aula ou à distância, a ideia é de que eles produzam alimentos como compotas, conservas, biscoitos, pão, com algum produto de horta. “O nosso objetivo é que eles criem a cultura de ter uma horta em casa, de pensar em um alimento mais saudável, sem agrotóxico, para a própria subsistência”, destaca.
Conforme Juline, este momento está sendo encarado como um desafio, porque não existe estrutura para chegar em 100% dos alunos. Informa que no município de Canguçu, em que 50% da população vive na área rural, 40% dos alunos não têm acesso à internet e, portanto, não tem como o material com as atividades escolares chegar até eles. “A gente vê os nossos alunos bem engajados, mas existe esta parcela da comunidade escolar que não consegue realizar os trabalhos e sabemos que não é por falta de vontade. Canguçu é considerada a capital da agricultura familiar e os nossos alunos também estão ajudando os seus pais no campo”, observa.
A diretora Juline entende que hoje há uma necessidade de pensar diferente “e com este projeto da horta vamos trabalhar com todos os eixos da escola técnica, visando não sobrecarregar os alunos e dar mais qualidade ao ensino neste momento”. A ETEC possui os cursos de Ensino Médio, Ensino Médio Integrado com o Curso Técnico em Agricultura e o Subsequente em Agricultura e Contabilidade.
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.