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Paraná pede apoio aos produtores de mandioca

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A Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento encaminhou ao governo federal a solicitação de medidas urgentes de apoio ao setor de produção de mandioca. Os produtores vêm enfrentando nos últimos meses situação difícil por causa da queda nos preços da raiz, que estão abaixo do custo de produção. O Paraná é o segundo maior produtor da raiz, com 4 milhões de toneladas, e o primeiro na produção de fécula, responsável por 65% a 70% da produção nacional que abastece indústrias químicas, de medicamentos e de alimentos. 
No documento enviado pelo secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, contém pedido de medidas urgentes de apoio à comercialização do produto e na área tributária para recuperar a competitividade das empresas fabricantes da fécula no mercado internacional.
Empresas
Segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, das 69 indústrias de fécula existentes no Brasil, 40 estão localizadas no Paraná, o que representa 58% do parque nacional. As indústrias instaladas no Estado produzem, em média, entre 350 e 400 mil toneladas por ano. “Além disso, o Paraná conta também com cerca de 70 indústrias de farinha, cuja produção se destina, principalmente, ao abastecimento de outros Estados, especialmente para o Nordeste”, afirmou o economista Methodio Groxko.
Produção
A queda nos preços da mandioca se deve à elevação na produção da raiz em todos os Estados produtores. De acordo com o IBGE a produção nacional de mandioca da safra 2014 está estimada em 23,3 milhões de toneladas, cerca de 10% superior a obtida no ano anterior. Segundo Groxko, para 2015 espera-se uma produção ainda maior que pode atingir cerca de 24 milhões de toneladas. Diante do quadro de maior oferta, os preços recebidos pelos produtores desde janeiro de 2014 estão em queda. Nos últimos 12 meses, no Paraná, os preços da raiz caíram de R$ 515,00 a tonelada em janeiro de 2014 para R$ 199,00 a tonelada em janeiro de 2015. Groxko afirmou que esse preço não cobre o custo de produção, estimado em R$ 237,00 por tonelada.
Pedidos
No documento encaminhado ao Governo Federal, o secretário Norberto Ortigara pede correção de 30% no preço mínimo de garantia da raiz e seus derivados e sua implementação imediata como forma de garantir o escoamento dos excedentes de produção. Segundo o Deral, a última atualização do preço mínimo da mandioca ocorreu em 2013.
Foi solicitada, também, a disponibilização de recursos para Aquisição do Governo Federal (AGF) para compra de 20 mil toneladas de farinha de mandioca e 20 mil toneladas de fécula. E também a compra de 5 mil toneladas de farinha de mandioca para utilização na merenda escolar e compra institucional, via Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), de 10 mil toneladas de farinha.
Tributos
Por causa da carga tributária elevada o custo da fécula de mandioca para exportação no Brasil estava em torno de US$ 1.000 por tonelada, em 2014. O Paraguai coloca o produto no mercado internacional por US$ 700 a tonelada e a Tailândia, por US$ 600 a tonelada. “Daí a dificuldade para as indústrias exportarem o produto e absorver a matéria-prima que vem do campo”, explicou o secretário Ortigara.
O secretário Norberto Ortigara lembrou ainda que há outras alternativas para o governo federal amparar os produtores de mandioca, que é misturar a fécula na fabricação de pãozinho. Com isso, os moinhos podem ficar menos dependentes da importação de trigo. E também ampliar a compra de fécula para fabricação de pães e biscoitos para serem vendidos no Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, do governo federal.

Fonte: AENotícias

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Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
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Competitividade da carne suína sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Preços médios destas carnes vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

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Foto: Shutterstock

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina.

Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola.

Fonte: Assessoria Cepea
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