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Ministro da Agricultura destaca ações do Mapa para a reconstrução do agro no Rio Grande do Sul

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom

Após a instalação do Gabinete Itinerante do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no estado do Rio Grande do Sul, para dar mais celeridade nas ações de reconstrução na região, o ministro Carlos Fávaro anunciou, nesta quarta-feira (29), que será realizado um trabalho de mapeamento e consultoria aos produtores atingidos no estado gaúcho. A iniciativa terá início no dia 10 de junho e será encabeçada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O anúncio ocorreu durante a participação do ministro Fávaro no programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov. Na ocasião, Fávaro destacou as ações que estão sendo realizadas pelo Governo Federal em atenção ao estado, como o Programa Emergencial de Reconstrução do Agronegócio, o PERSul, que foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, Portaria nº 683/24, e será conduzido pelo Gabinete Itinerante. Também foi pontuada a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que autoriza as instituições financeiras a prorrogar o vencimento das parcelas de principal e juros das operações de crédito rural para o dia 15 de agosto.

Fotos: Divulgação/Mapa

“No plano da reconstrução, nós temos que dividir isso em duas fases. Primeiro, em especial na agropecuária, é o passivo que tem esse setor. A primeira medida do governo do presidente Lula foi então a suspensão imediata de todos os débitos dos produtores, quer sejam custeios e investimentos. É um período que nós teremos para então estudarmos propostas, reconstituindo e repactuando todos os débitos. A outra fase é a reconstrução de fato, com linhas de crédito, os investimentos, para que possam recompor tudo que foi perdido com essas chuvas”, ressaltou.

“O Rio Grande do Sul merece todo o nosso apoio, a nossa dedicação em especial para a agropecuária. O estado é o berço da agropecuária brasileira, foi de lá que saíram muitas tecnologias”, completou Fávaro.

Arroz

Durante a entrevista no “Bom dia, Ministro”, também foi ressaltado por Fávaro a medida provisória publicada na noite dessa terça-feira (28), com os parâmetros para a compra de até 300 mil toneladas de arroz beneficiado importado. “O arroz vai chegar com a embalagem com preço destinado, porque tem uma subvenção do governo. O governo está fazendo isso para controlar o exagero de preços e a especulação financeira, de 30, 40% em 30 dias, não é concebível uma situação como essa. Este arroz deve chegar nas gôndolas dos supermercados em 30, 40 dias” explicou.

>>> Confira aqui as ações do Governo Federal em apoio ao Rio Grande do Sul

Inovação

Diante das mudanças climáticas cada vez mais evidentes, o Governo Federal tem buscado estratégias para a descentralização da produção agrícola, com o intuito de que todas as regiões possam ter plantações ainda que não seja o plantio típico. O ministro Fávaro apresentou que no próximo Plano Safra 2024/25 terá um reforço para o estímulo à comercialização e contratos de opções para as plantações de trigo, arroz, milho, feijão e mandioca.

Fávaro também revelou que o novo Plano Safra também está sendo estruturado para atender os produtores gaúchos que foram atingidos pelas enchentes e para produtores de outras regiões que poderão ser atingidos por mudanças climáticas como a seca. Diante disso, foi apresentado que no novo Plano Safra terá mais recursos e mais subvenção do seguro rural, além de suplementação para apoio à comercialização.

Relação exterior

Foi ainda destacado o recorde de novos mercados abertos na atual gestão, atualmente foram abertos 124 novos mercados em 51 países. “A exportação brasileira gera riqueza aqui dentro e tenho certeza de que nós vamos continuar com todo o gás ampliando isso”, salientou Fávaro.

Ao final, Fávaro apresentou o bom cenário da agropecuária brasileira mundo a fora, como o anúncio do Brasil estar livre de febre aftosa, novas habilitações para a China. “O Brasil vive um bom momento nas relações diplomáticas, com a volta do presidente Lula ao comando desse país. Vivemos um bom momento na agropecuária, com qualidade, com produtos, com preços acessíveis e competitivos” destacou.

Fonte: Assessoria Mapa

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Especialistas debatem tecnologia de pulverização agrícola durante Reunião de Pesquisa de Soja

Profissionais enfatizam que o drone é uma nova ferramenta que, de forma automatizada, realiza pulverizações agrícolas, por isso, não se deve negligenciar o bom manejo do equipamento.

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Foto: Claudio Nonaka/Embrapa Soja

O painel sobre os avanços recentes e o futuro da tecnologia de pulverização na área de fitossanidade, realizado na última quarta-feira (26), durante a Reunião de Pesquisa de Soja, em Londrina (PR), teve como um dos destaques entender a atual realidade técnica e debater os fatores necessários para melhoria da pulverização com drones. Para o professor Rone Batista de Oliveira, da Universidade Estadual do Norte do Paraná, o Brasil é um dos celeiros em regulamentação de drones, porque estabelece regras para destes equipamentos em uma legislação avançada e em constante atualização.

Com relação aos itens de evolução dos drones, o professor cita indicadores como o crescimento da capacidade de carga (de 8l até os atuais 50l), o aumento da velocidade de trabalho, a melhoria na autonomia de voo, entre outros. O drone é uma nova ferramenta que, de forma automatizada, realiza pulverizações agrícolas, por isso, não se deve negligenciar o bom manejo do equipamento. “É preciso ter os mesmos cuidados que se tem com os equipamentos terrestres, em termos de limpeza, regulagens, entre outros”, alerta.

O professor reforça que os preceitos da tecnologia de pulverização continuam sendo os mesmos, seja para equipamento terrestre ou aéreo. “Isso significa que continua sendo relevante aplicar o produto no alvo, de forma econômica, na quantidade necessária, sem deriva, entre outras recomendações”, defende. “Alguns dos itens que podem afetar a qualidade da aplicação é a carga do drone, o tamanho de gotas, a altura de voo, a velocidade do vento, ou seja, precisamos usar conhecimento científico para termos resultados eficientes”, defende.

Para abordar os potenciais e as limitações da utilização da pulverização com drones em larga escala, o painel contou com a participação do Fabrício Côrrea, da cooperativa Coamo, que está presente em 13 estados e conta com cerca de 130 mil cooperados. As experiências com drone na Coamo começaram, em 2017, e se intensificaram a partir de 2022. Para o palestrante questões como legislação, operação do equipamento e tecnologia de aplicação foram os principais pontos que precisam ser observados. “Enxergamos muitas oportunidades e desafios também, por isso, vamos evoluir com os trabalhos nesta área, com bastante segurança para respaldar a atuação dos técnicos e também os produtores”, afirma Côrrea.

As inovações de tecnologia de aplicação foram apresentadas por Fabrício Povh, da Fundação ABC, que mostrou desde tecnologias específicas para aplicações localizadas até controles alternativos utilizando carregamento eletrostático de gotas, aplicação com laser, vapor quente, entre outros. Também mostrou avanços nos estudos de aplicação com taxa variada e aproveitou para reforçar o potencial de pulverização com drones. “Os conhecimentos existentes avançaram, ao longo dos anos, mas ainda é preciso seguir os estudos e aprendizagens dessa nova ferramenta para trazer respostas para os usuários”, defende.

Fonte: Assessoria Embrapa Soja
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Iniciativas para neutralidade de carbono precisam estar aliadas à responsabilidade social

Temática foi tratada durante 3º Workshop Diálogo UE-Brasil, promovido pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos, na última quarta-feira (26), em Brasília.

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Vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Ingo Ploger - Fotos: Divulgação/Abag

“A fome a miséria não podem ser aceitas em nossa sociedade, o que significa que as urgências sociais nos impulsionam a trabalhar de forma conjugada a prioridade ambiental com a responsabilidade social e econômica”, afirmou o vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Ingo Ploger, durante a abertura do 3º Workshop Diálogo UE-Brasil, promovido pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), na última quarta-feira (26), em Brasília. Palestra está disponível on demand pelo YouTube da Abag.

De acordo com Ploger, por conta dessa necessidade – e considerando a diferença de realidades entre os hemisférios Norte Sul –, o G20 (grupo que reúne os países com as maiores economias do mundo) precisa avançar em uma pauta ambiental diferenciada, dentro da responsabilidade social, que precisa ser resolvida com urgência. “O Brasil é protagonista na exportação de alimentos para o mundo e não é possível ter fome por aqui”, afirmou.

Vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Ingo Ploger

O workshop abordou a redução de metano na agricultura e nos setores de resíduos urbanos, por meio da produção sustentável de biogás e biometano. Nesse sentido, Ploger avaliou a importância do tema, pois o metano é gás de efeito estufa (GEE), que aumenta a temperatura global. Contudo, ele ponderou que é preciso tratar de forma diferente o metano de origem fóssil e não fóssil (biometano).

Um exemplo citado por ele é o etanol, que é obtido de matéria-prima que tem origem no processo fotossintético, produzindo oxigênio, capturando carbono e, por ser endotérmico, reduz o calor. “Ao olhar o ciclo do etanol, percebemos os benefícios na redução do impacto ambiental”, destacou.

Ploger destacou também a importância de posicionar melhor os ativos ambientais existentes no país e a necessidade de endereçar, de maneira correta, o tratamento do biometano, com o uso, por exemplo, de tecnologias europeias para contribuir com a transição energética. Tratou também sobre o fato de o Brasil apresentar em seu balanço de GEE, divulgado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), um passivo acima de 1 bilhão de toneladas de carbono advindo da agricultura, sendo a maior parte devido ao metano, atribuída a ruminantes.

Porém, essa métrica do metano atribuída ao rebanho bovino apresenta controvérsias científicas. O professor da Universidade de Oxford (Inglaterra), Myles Allen, analisa que não é possível tratar os ruminantes como se fossem uma petroleira, pois eles já estão neste círculo natural a milênios de anos e se alimentam de biomassa. Assim, na COP30, espera-se que uma nova metodologia para o biometano, que contemple estes fatores da realidade do tema, em base cientifica reconhecida, sejam apresentadas pelo Brasil.

A solenidade de abertura do 3º Workshop Diálogo UE-Brasil contou ainda com as participações de Marian Schuegraf, embaixadora da União Europeia no Brasil; de Waldez Goes, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR); dos senadores Zequinha Marinho (vice-presidente da Frente Parlamentar da Agricultura) e Marcelo Castro (coordenador da Câmara Temática de Energia); dos deputados Arnaldo Jardim, Daniel Almeida e Socorro Neri, e de Eduardo Corrêa Tavares (secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional).

Fonte: Assessoria Abag
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Desinformação sobre quebramento da haste da soja e de podridão de grãos foi desafio da última safra de soja

Assunto foi tema de painel durante a Reunião de Pesquisa de Soja, promovida pela Embrapa Soja, entre quarta (26) e quinta-feira (27), em Londrina (PR).

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Foto: Claudio Nonaka/Embrapa Soja

Em decorrência de uma indefinição sobre as causas dos problemas de quebramento da haste da soja e de podridão de grãos, na safra 2023/2024, houve muita desinformação circulando nas redes sociais, afirma o professor Sérgio Brommonschenkel (UFV), que participou de painel sobre o tema na Reunião de Pesquisa de Soja, promovida pela Embrapa Soja, entre quarta (26) e quinta-feira (27), em Londrina (PR). “Minha principal questão foi mostrar os diferentes sintomas que têm sido relatados e apontar os causados por fungos e aqueles causados por outros fatores (não biológicos)”, esclarece o professor.

As ocorrências de quebramento de haste e podridão de grãos na cultura da soja têm sido relatadas com maior frequência nos últimos anos, sendo a podridão de grãos, desde a safra 2018/2019 na região médio-norte de Mato Grosso e em Rondônia, enquanto o quebramento de haste desde 2020/2021, também nessa região mato-grossense, assim como nos estados do Paraná e de Santa Catarina na safra 2023/2024.

Brommonschenkel afirma que os fungos que predominam, no caso da podridão de grãos e vagens são espécies de Diaporthe, Fusarium, Colletotrichum. “Esses fungos podem ser encontrados de forma latente nas plantas e causam sintomas na fase final do enchimento de grãos, em determinadas condições climáticas”, explica.

Segundo ele, o problema da podridão ocorre em Mato Grosso, especialmente na BR 163, por conta da proximidade com o bioma amazônico que proporciona maior frequência de chuvas, ocasionando em maiores períodos de acúmulo de umidade no final enchimento de vagens. “Quando esses fatores coincidem, temos maior incidência da podridão de grãos e vagens”, diz.

Apesar dos desafios que envolvem a podridão de grãos e vagens, na safra 2023/2024, houve menor incidência do problema por conta da menor pluviosidade, em decorrência do fenômeno El Nino. “Desde que começamos a tentar identificar as causas e as estratégias de manejo para esses problemas, tínhamos o clima como fator determinante. A presença de molhamento na finalização do enchimento de grãos e na maturação é preponderante para se observar os sintomas”, explica a fitopatologista Karla Kudlawiec, da SLC Agrícola.

Tanto em Mato Grosso quanto no Paraná, dois importantes estados produtores de soja, na safra 2023/2024, os levantamentos demonstraram que a área de ocorrência de quebramento da haste foi pouco expressiva. No Paraná, o quebramento da haste foi constatado com certa intensidade na região do Vale do Ivaí, em áreas de baixa altitude, inferiores a 500 m, onde via de regra as temperaturas são mais elevadas.

Quanto a podridão de grãos, Karla explica que não foi possível avaliar se a estratégia de manejo definida seria eficiente. “Não pudemos avaliar se os manejos estabelecidos, com a rotação de diferentes princípios ativos dos fungicidas, foi eficiente porque houve baixa incidência do problema”, ressalta.

Para abordar a seleção de cultivares para quebramento da haste e podridão de grãos, o painel contou com a participação de Neucimara Ribeiro, da GDM Genética. “Já fizemos vários testes para identificar a causa e tentativas de seleção de genótipos para o problema. Mas, como ainda não há certeza das causas, ainda precisamos aguardar para avançar”, explica.

Fonte: Assessoria Embrapa Soja
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