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Kátia Abreu divide opiniões para assumir ministério

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No que diz respeito à senadora Kátia Abreu, cabe bem o dito popular de no agronegócio você a ama ou odeia. Ela está no olho do furacão nesta semana, depois que a presidenta Dilma Rousseff  publicou em seu blog que a parlamentar comandará na próxima gestão o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).  Kátia, que foi reeleita presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) não tem unanimidade e atrai muitas críticas. Contudo, ninguém nega o conhecimento de causa (agronegócio) que ela tem.
A senadora Kátia Abreu tornou-se uma aliada muito próxima da presidenta Dilma. As duas se aproximaram quando a presidenta ainda estava em tratamento contra o câncer, em 2010 e a senadora estava no DEM. Logo tiveram afinidade e para o relacionamento ficar ainda mais estreito, Kátia filiou-se ao DEM e logo depois ao PMDB. Teoricamente mudou de lado, mas muito governistas continuaram olhando a parlamentar com desconfiança. Talvez pelo jeito até “radical” de se manifestar, criticando inclusive aliados do governo, caso do grupo JBS, principal financiador da campanha de Dilma e que agora entra em atrito com a presidenta. Para o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, é uma afronta ter a presidente da CNA como ministra. Como representante de pecuaristas, à frente da CNA, Kátia Abreu por muitas vezes promoveu críticas duras à atuação da JBS, que segundo ela tem influenciado no valor da carne, prejudicando o mercado. A futura ministra também enfrenta resistência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, de lideranças indígenas, ambientalistas e por aí vai.
Perfil
O destino levou Kátia Abreu para o agronegócio. Psicóloga de formação, a viuvez precoce (1987) a empurrou para frente dos negócios da família, em Tocantins. Mudou-se para a fazenda e no cofre encontrou uma espécie de inventário do marido, com orientações sobre o que deveria fazer. Não demorou já era presidente do Sindicato Rural de Gurupi e depois presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (1995 a 2005). Em 2008 chegou à presidência da CNA, cargo para o qual foi reeleita recentemente, com direito a contestações da Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná (Faep) e briga na Justiça.
Paralelo à carreira de líder do setor, também percorreu uma carreira política. Em 1998 foi eleita suplente de deputado federal por seu Estado, tendo assumido a cadeira em algumas oportunidades. De suplente, foi ser a mais votada em 2002 em Tocantins para a Câmara Federal, credenciando a disputar e ganhar uma vaga para o Senado em 2006. Já foi considerada uma das personalidades mais influentes do Brasil e no governo Lula sempre fez duras críticas ao Mapa, Ministério do Meio Ambiente e também ao de Trabalho.
 
Debates
Para o economista especialista em agronegócio e ex-secretário de Agricultura do Paraná, Eugênio Stefanello, seja Kátia Abreu ou qualquer outro, não é uma tarefa nada fácil assumir o Mapa. Ele avalia que o ministério, nas últimas gestões, de uma forma geral, foi relegado a um segundo plano e para ações efetivas tem esbarrado em um orçamento muito limitado para a importância que tem para a economia do Brasil (agronegócio tem assegurado o superávit na balança comercial, responde por um terço dos empregos gerados no país e 23% do Produto Interno Bruto etc). “O Mapa vem atuando em um nível inferior que deveria ser para continuarmos uma escala de ascensão do agronegócio”, afirma Stefanello. 
O economista destaca que devido à limitação de poder e recursos do Mapa, as políticas agrícolas do Brasil ainda são limitadas demais. “Para mudar esse quadro precisa esforço pessoal, no caso do ministro, e recursos orçamentários, além de uma completa reorganização do Mapa, que perdeu importância de forma drástica ao longo dos anos”, relata Stefanello. Ele vai além e diz que o setor só não teve reflexos piores porque a valorização das commodities agrícolas e um quadro de mercado externo tem favorecido o agronegócio nacional. E é neste contexto, diz ele, que Kátia Abreu será cobrada. “A fragilidade do Mapa está mascarada”, lamenta.
Para o analista, não devemos só olhar o ministro em si, mas o ministério, que precisa ser fortalecido. Ele analisa que a Kátia Abreu tem, ao longo de sua história, trabalhado pelo setor e tem uma história junto ao agronegócio que abona sua nomeação. “Não podemos negar que ela conhece todos os problemas, gargalos, carências e potenciais do agronegócio do Brasil e, portanto, ela tem condição de conhecimento para trabalhar, até porque, até aqui, ela tem demonstrado que reconhece a importância do setor para o Brasil”, pontua. 
Apesar de não ser unânime, Stefanello acredita que Kátia pode fazer uma boa gestão no Mapa, mas para isso precisa conseguir recursos e sensibilizar o Ministério da Fazenda e a presidenta Dilma Rousseff sobre políticas prioritárias. “Tem tudo para trabalhar eficazmente e ter uma boa gestão brilhante se mantiver uma postura combativa em prol do setor, como sempre fez, mas se não tiver pulso firme, vai ser apenas mais uma no primeiro escalão”, conclui Eugênio Stefanello. 
Lideranças têm opiniões divergentes
O Presente ouviu a opinião de lideranças de setores do agronegócio sobre a quase certa nomeação de Kátia Abreu, que ganhou ainda mais espaço depois que irmãos do atual ministro da Agricultura, Neri Gheller, passaram a ser investigados pela Polícia Federal. Uma coisa todos concordam, Kátia Abreu já conta com o principal apoio que precisa, que é o da presidenta Dilma Rousseff. 
José  Sismeiro (Zezé), presidente da Aprosoja-Pr
“Não é a pessoa mais indicada, tanto que ela já está encontrando muita oposição e terá que apaziguar muitos conflitos se assumir. Ela está ligada ao setor e precisamos alguém vinculado à classe, mas não poderia ser com vinculação partidária. É lamentável que o governo não tenha ouvido a opinião do setor”.
Silvanir Rosset – presidente do Sindicato Rural de Guaíra
“É uma incógnita devido à situação do Mapa no contexto do governo federal. A Kátia Abreu conhece todos os problemas que o Brasil enfrenta na Agricultura e trabalhou para chegar a esse cargo. Temos que dar um voto de crédito até porque, nas suas ações, é alguém que tem ficado do lado do agricultor. Mas ela precisa de espaço para trabalhar, porque hoje há muitos problemas e o governo não tem dado condições de trabalho ao ministério (Mapa). Acho que ela vai mais se queimar do que se beneficiar porque qualquer um que entrar agora vai enfrentar dificuldade. Mas temos que ter esperança porque pelo menos é alguém do setor e que não pode alegar desconhecimento”.
Marcelo Lopes – presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS)
“Temos boas expectativas com relação à nomeação de Kátia Abreu. Ela é uma pessoa preparada para assumir, com conhecimento do setor e inclusive, como produtora rural. Apesar de ser uma opção política, ela está vinculada ao agronegócio brasileiro, sendo um nome forte, que tem capacidade de promover políticas agrícolas que beneficiem o setor. Há todo um contexto de governo, mas a senadora sempre foi uma líder combativa a favor do agronegócio, por isso eu acredito que é uma boa opção”.
Luiz Bernartt – presidente da Associação dos Avicultores do Oeste do Paraná (Aaviopar)
Para Noé uma pessoa que conhece o setor. É pior quando coloca alguém exclusivamente político. Ela conhece o setor e se quiser pode fazer. Hoje tem resistências, mas a expectativa é boa, porque tem se envolvido com as bandeiras do setor. Ela é uma entusiasta. Esperamos que mantenha seu perfil e suas raízes.
Rodrigo Bellé – presidente da Associação Leite Oeste
“Conservadores são contra ela, pela mudança do partido, pelas ações na CNA, e até pela postura que vem adotando. Ela está á frente de uma entidade representativa dos produtores rurais e como representante deles não poderia assumir o Mapa e deve renunciar à CNA porque as atividades são incompatíveis. Não podemos negar que conhecimento a senadora tem, mas hoje não sabemos o que ela vai defender e se vai ser submissa aos interesses do grupo político. Vai ter muita dificuldade para trabalhar até porque os ruralistas estão descontentes com o atual governo”.
Waldemar Kaiser – presidente do Sindicato Rural de Marechal Cândido Rondon
“Acho muito difícil a senadora Kátia Abreu fazer uma boa gestão. Ela trabalha muito para o Estado dela e a sua região e não tem preocupação com a região Sul. Em suas ações, o Sul tem sido esquecido. Acho que pode trabalhar bem na região Norte, mas o Sul vai ser prejudicado. Devia ser alguém do Sul”.
Dilceu Sperafico – deputado federal da bancada ruralista
“A senadora Kátia Abreu é uma pessoa ligada ao setor e está preparada para comandar o Ministério da Agricultura. Ela tem o conhecimento necessário e vontade de trabalhar, o que ficou claro nas suas ações anteriores. A Kátia Abreu já foi presidente da Frente Parlamentar da Agricultura e tem vasto conhecimento sobre o agronegócio brasileiro. Está preparadíssima e tem a confiança da Presidência da República para trabalhar. Isso já vai ajudar bastante e tenho boas expectativas que o agronegócio vai ter uma atenção diferenciada.
Vilmar Saar – coordenador do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (Capa)
“Temos que partir do princípio que o Brasil fez a opção de ter dois ministérios para o setor agropecuário, o Mapa e o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA). O Mapa tem trabalhado ações mais abrangentes enquanto o MDA está voltado mais para a agricultura familiar. A nomeação da Kátia Abreu é meramente política. A nomeação dela  é legítima porque é alguém do setor e o Brasil não pode negar sua vocação agrícola, porém, sua atuação está mais vinculada à proximidade política com a presidenta Dilma Rousseff do que suas qualidades. Ela não é unanimidade e já assume com muitas críticas, o que já demonstra que vai ter dificuldades na sua gestão”

Fonte: O Presente Rural

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Depois de quatro meses de alta, preço do suíno vivo estabiliza

Veja um panorama completo do mercado de suínos em setembro de 2024!

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Foto: Shutterstoke

Desde que as cotações do suíno começaram a subir de forma consistente, em maio deste ano, o setor se perguntava qual seria o teto. Depois de mais de 20% de aumento no preço do suíno vivo, tanto na Bolsa de Belo Horizonte/MG (tabela 1), quanto nas principais praças de comercialização do Brasil (gráfico 1), atingiu-se o maior patamar do ano em meados de agosto/24, se mantendo relativamente estável desde então.

Tabela 1. Preço da Bolsa de suínos Belo Horizonte (BSEMG) em cada semana do ano de 2024 (R$/kg vivo). Na legenda (cores) é possível verificar o destaque para alguns movimentos relevantes do mercado de suíno vivo – Elaborado por Iuri Pinheiro Machado com dados da BSEMG

 

Gráfico 1. Indicador suíno vivo CEPEA/ESALQ (R$/kg) em SP, MG, PR, SC e RS nos último 60 dias úteis, até dia 13/09/2024 (cotação indicada no gráfico) – Fonte: CEPEA

 

A cotação da carcaça suína na Grande São Paulo, ultrapassou a marca dos R$ 13,00 em setembro/24 (gráfico 2), algo que só ocorreu em novembro de 2020 (gráfico 3)

Gráfico 2. Preço médio mensal da carcaça suína especial em São Paulo (R$/kg) nos último 2 anos, até dia 13/09/2024 (cotação indicada no gráfico). Fonte: CEPEA.

Gráfico 3. Preço médio mensal da carcaça suína especial no atacado da Grande São Paulo (R$/kg) de 2020 até agosto de 2024. Fonte: CEPE-Esalq/USP

 

Certamente, uma das explicações para o preço do suíno atingir este teto momentâneo é a competitividade em relação às outras proteínas, com o preço da carcaça suína se aproximando da bovina e se afastando da de frango (tabela 2). Na referida tabela observa-se que a menor competitividade em preço no ano foi atingida em agosto/24 e nas primeiras semanas de setembro/24.

Tabela 2. Spread em porcento (R$/kg de carcaça) do boi em relação ao suíno, e do suíno em relação ao frango resfriado em São Paulo em 2021, 2022, 2023 e de janeiro a setembro de 2024 e no dia 13/09/24. Dados de setembro/24 até dia 13/09. – Elaborado por Iuri Pinheiro Machado com dados do CEPEA

O IBGE publicou em 05 de setembro os dados completos de abate do segundo trimestre/24, reforçando, no acumulado do 1° semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, a estabilidade na produção e disponibilidade interna das carnes de frango e suína e destacando a alta oferta de carne bovina (tabela 3). Na referida tabela a projeção de consumo per capita nos primeiros 6 meses do ano representa um aumento de 6,5% no consumo somado das três carnes, sendo quase praticamente todo este incremento se deve somente à carne bovina. Ou seja, o brasileiro está comendo 6 kg a mais de carne bovina no ano, sem diminuir o consumo das demais carnes.

Tabela 3. Produção brasileira, exportação e disponibilidade interna mensais (em toneladas) das três carnes no primeiro semestre de 2023 e 2024. Volumes de exportação líquidos (descontados volumes importados). Consumo per capita ano projetado p/2024 sobre a mesma população do ano passado. – Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE e Secex.

Analisando exclusivamente o mercado de carne suína, se por um lado houve estabilização da produção, com crescimento insignificante do abate no 1° semestre em relação ao mesmo período do ano passado e retração em relação ao segundo semestre de 2023 (tabela 4 e 5), as exportações no acumulado do ano, até agosto/24, continuam superando os volumes do ano passado (tabela 6), com quase 5% a mais de embarques de carne suína in natura, sendo que, pela primeira vez na história, dois meses consecutivos (julho e agosto/24) ultrapassaram a marca de 100 mil toneladas de carne in natura exportadas.

Tabela 4. Abate semestral de 2015 e 2024 em cabeças e em toneladas de carcaças de suínos e evolução percentual em relação ao semestre anterior e o mesmo semestre do ano anterior. – Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE.

Tabela 5. Abate do 1°  semestre de 2024 e 2023 por estado, em cabeças e toneladas de carcaças e diferença entre um período e outro. – Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE.

 

Tabela 6. Volumes exportados de carne suína brasileira in natura (em toneladas), mês a mês, em 2021, 2022, 2023 e 2024 e comparativo percentual de 2024 (de janeiro a agosto) com o mesmo período do ano passado. – Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

O mercado chinês e Hong Kong continuam em retração, enquanto Filipinas, Chile, Singapura, Japão, México e Coreia do Sul mais que compensam esta queda (tabelas 7 e 8), seguindo o tão esperado processo de pulverização das exportações.

Tabela 7. Principais destinos da carne suína brasileira in natura exportada entre janeiro e agosto de 2024, comparado com o mesmo período de 2023, com valor em dólar (FOB). Ordem dos países estabelecida sobre volumes de 2024. – Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

Tabela 8. Principais destinos da carne suína brasileira in natura exportada em agosto de 2024, com valor em dólar (FOB). – Elaborado por Iuri P. Machado com dados da Secex

A pergunta do momento é: “será que o último trimestre apresentará um novo patamar de preço, acima do que estamos vendo neste 3° trimestre?”

Ainda é cedo para responder a esta pergunta de forma categórica, mas, se analisarmos o histórico dos últimos 9 anos (gráfico 4), sempre o preço médio do suíno no 4° trimestre supera o preço médio do terceiro trimestre.

Gráfico 4. Preço em R$/kg de carcaça suína especial na Grande São Paulo, média trimestral, de 2015 até 2024, sem correção inflacionária. No gráfico está marcado (em pontilhado vermelho) o crescimento do preço do quarto trimestre em relação ao terceiro, em todos os anos. *média do terceiro trimestre de 2024 até o dia 13*09*2024. – Elaborado por Iuri P. Machado com dados do CEPEA

Resta saber se os demais fatores contribuirão para que esta alta se repita no final de 2024. Exportações de carne suína em bom ritmo e carcaça bovina em alta (melhorando a competitividade da carne suína) são favoráveis à concretização deste novo ciclo de elevação de preço no fim de ano, mas é a relação oferta e procura da carne suína o maior determinante. Como não se espera crescimento expressivo da produção de suínos nos próximos meses e o mercado consumidor doméstico, com desemprego em baixa e a entrada do 13° salário, deve manter o viés de alta, especialmente nos meses de novembro e dezembro.

Milho sobe após a colheita, mas relação de troca está muito favorável ao suinocultor

O custo dos principais insumos, principalmente o milho (gráfico 5), cuja segunda safra se encerrou, teve alta nas últimas semanas, mas não na mesma intensidade da alta do preço do suíno. Da mesma forma, o farelo de soja tem se mantido estável. Este comportamento do mercado resultou em um momento de melhor relação de troca do suíno com o mix de milho e farelo de soja (gráfico 6).

Gráfico 5. Preço do milho (R$/SC 60kg) em Campitas(SP), nos últimos 24 meses, até dia 13/09/24. – Fonte: CEPEA

 

Gráfico 6. Relação de troca suíno : mix milho + farelo de soja (R$/kg) em São Paulo, de julho/21 a set/24.
Composição do mix: para cada quilograma de mix são 740g de milho e 260g de farelo de soja por quilograma de mix – *média de setembro/24 até dia 13/09 – Elaborado por Iuri P. Machado com dados do CEPEA – preços estado de São Paulo

Segundo o levantamento mensal de custos da Embrapa, cruzando com dados de preço do suíno do CEPEA (tabela 9), o mês de agosto foi o melhor dos últimos anos em termos de margens financeiras para o produtor nos três estados do Sul.

Tabela 9. Custos totais (ciclo completo), preço de venda e lucro/prejuízo estimados nos três estados do Sul (R$/kg suíno vivo vendido), em 2023 e de janeiro a agosto de 2024. – Elaborado por Iuri P. Machado com dados: Embrapa (custos) e Cepea (preço).

Ainda é cedo para projetar a safra 2024/25. O plantio do milho 1ª safra (verão) já foi iniciado nos estados ao Sul. Segundo a consultoria MBagro, por enquanto há pouca informação disponível. O plantio da soja, embora já autorizado para início de setembro, avança a partir de meados do mês. O clima mostra precipitações no Brasil restritas aos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amazonas, mas com baixos acumulados. No restante do país o tempo seco e com temperaturas acima da média prevalece, mas está dentro do calendário normal. Segundo a mesma consultoria até o momento não há comprometimento da safra verão ou perspectiva de que o plantio da segunda safra fique fora da janela ideal.

Considerações finais

Para Marcelo Lopes, presidente da ABCS, “Com o mercado externo e doméstico aquecidos, a suinocultura brasileira consolida margens positivas e se prepara para o período historicamente mais favorável, o último trimestre. Todas as atenções ficam por conta do plantio da safra 2024/25 que, conforme o clima pode colocar pressão sobre os custos de produção”, finaliza.

Fonte: Assessoria ABCS
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Centro de inteligência e mercado em aquicultura chega aos cinco anos

Iniciativa da Embrapa e de parceiros reúne dados e informações do setor.

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Foto: Arquivo/OPR

Neste mês de setembro, o Centro de Inteligência e Mercado em Aquicultura (CIAqui), coordenado pela Embrapa, completa cinco anos. Num mesmo espaço digital (https://www.embrapa.br/cim-centro-de-inteligencia-e-mercado-em-aquicultura), os usuários podem acessar diferentes tipos de dados e informações dessa cadeia produtiva de valor que cresce a cada ano. Mesmo ainda longe de transformar todo o seu potencial aquícola em realidade, o Brasil vem aprimorando a atividade. Disponibilizar conteúdos de maneira organizada e constante ajuda no crescimento da aquicultura nacional.

Manoel Pedroza é pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) na área de economia aquícola e coordena o centro, que vem evoluindo com o tempo. “Ao longo desses cinco anos, o CIAqui incorporou novos painéis de dados, tais como cotações de alevinos e filés de peixe, infomapas, custos de produção de tilápia e novos dados de produção. Além disso, passou por mudanças no seu design, o tornando mais funcional. Atualmente, o centro conta com uma média de 1.500 acessos por mês, por pessoas de todo o Brasil e também do exterior”, explica.

Um dos principais produtos disponibilizados é o Informe de Comércio Exterior da Piscicultura, editado a cada trimestre. Desde 2020, ele divulga números e outros conteúdos sobre as movimentações do Brasil na venda e na compra de produtos do setor, com natural destaque para a tilápia, principal espécie tanto na produção como na exportação nacionais. A próxima edição do boletim (de número 19) sairá em outubro, compreendendo o terceiro trimestre de 2024. Segundo Manoel, o informativo é “utilizado por diversos atores da cadeia produtiva. Os
dados de exportações apresentados também podem ser acessados de forma interativa por meio dos painéis do CIAqui”.

Uma das pessoas que costuma acessar o centro é Rui Donizete Teixeira, chefe de divisão do Departamento de Indústria do Pescado (DIP) do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). “Geralmente, tem sido utilizado como consulta para auxiliar em levantamento estatístico de
balança comercial do pescado. Com os dados obtidos, tenho feito comparação com outras fontes de informações, gerando material para auxiliar nas políticas públicas do departamento”, relata.

Confiabilidade e melhorias – Rui elogia a iniciativa de construção do CIAqui: “a base para se fazer gestão pública e governança de uma cadeia produtiva inicia com informações confiáveis. Portanto, a consulta a um site confiável, como o CIAqui, oriundo de uma instituição conceituada e de referência como a Embrapa, nos tranquiliza quanto aos dados disponibilizados”.

Entre os tipos de conteúdos disponíveis, estão a produção nacional por ano, cotações e custos de produção. Para os próximos meses, uma novidade está sendo preparada: “em breve, lançaremos um aplicativo voltado especificamente para dados de comércio exterior da
piscicultura. Além disso, pretendemos implementar novas parcerias com instituições e empresas visando a levantar e disponibilizar novos ndados e estudos. A implementação da versão em inglês é outra melhoria prevista para o CIAqui”, adianta Manoel.

Os parceiros da Embrapa nesse trabalho são o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), as secretarias estaduais da Agricultura e Pecuária (Seagro) e da Aquicultura e Pesca (Sepea) do Tocantins, além dos ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA) e da Agricultura e
Pecuária (Mapa).

Fonte: Assessoria Embrapa Pesca e Aquicultura
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Frísia é uma das maiores organizações do Brasil

Informação foi apresentada na edição especial Valor 1.000, elaborado pelo jornal Valor Econômico.

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Unidade de recebimento de grãos Frísia em Carambeí (PR) - Foto: Divulgação/Arquivo Frísia

A Frísia, com presença nos estados do Paraná e Tocantins, é uma das maiores organizações do Brasil. A cooperativa está na posição 198 de 1.000 empresas ranqueadas na edição especial Valor 1.000, elaborada pelo jornal Valor Econômico. Já na região Sul, a Frísia está alocada na 40ª posição.

O faturamento da cooperativa em 2023, ano de análise da edição, foi de R$ 6,45 bilhões. Ano passado, a Frísia produziu 334,7 milhões de litros de leite, crescimento de quase 7% sobre o período anterior.

A produtividade média diária dos cooperados saltou de 3.342 litros para 3.680 litros. Em relação a grãos, as unidades operacionais do Paraná e Tocantins receberam, em conjunto, mais de um milhão de toneladas, sendo 818.066 toneladas no Paraná e 186.143 toneladas no Tocantins.

O caderno especial tem a parceria do Serasa Experian e do Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGVcef).

A análise é baseada em dados contábeis e financeiros públicos ou fornecidos pelas empresas para avaliar os diferentes aspectos de negócios.

Fonte: Assessoria Frísia
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IFC

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