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Irrigação por gotejamento é alternativa para a crise hídrica

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O atual cenário na agricultura do Brasil é de crise hídrica. No estado de São Paulo, por exemplo, há rumores de que o governo tenha que restringir o uso da água na agricultura devido ao baixo nível dos reservatórios. Sem a água, faltará produtos nos supermercados, sem contar o prejuízo para os agricultores.

“O racionamento na agricultura, além de prejudicial, pode não ter efeito prático, pois algumas regiões já não tem água para irrigar, com as nascentes comprometidas pela estiagem”, explica Carlos Sanches, gerente agronômico da Netafim. Outro agravante é como a sociedade está vendo o setor. “A população acha que a irrigação é a grande vilã e que os produtores não tem consciência do uso correto da água. E isso não é verdade. Mas claro que podemos melhorar, principalmente com o uso de tecnologias que ajudem a economizar os recursos naturais”, acrescenta.

O sistema de irrigação por gotejamento deve ser o grande aliado nesse período de crise. Dados da Netafim, empresa israelense que já viveu este período de crise hídrica em Israel, mostram que a economia no volume de água proporcionada pelo gotejamento varia entre 30% e 50% quando comparada com a irrigação por aspersão. O saldo de economia de água para consumo humano pode variar de 20% a 40%.

“A economia do recurso hídrico na irrigação por gotejamento acontece através da disponibilização de água junto ao sistema radicular da planta, enquanto que no sistema mais usado no país (por aspersão) a água é distribuída por toda a extensão da planta, necessitando de um volume maior de água para atender a demanda da cultura”, detalha Sanches.

Um exemplo é a cultura de café: A planta do café necessita de cerca de cinco litros de água por dia para ter pleno desenvolvimento. No método tradicional de aspersão são gastos entre sete e oito litros para que a planta absorva cinco litros necessários. Com o método do gotejamento, portanto, a economia é de 33%.

Outros benefícios são evidentes ao adotar o sistema de irrigação por gotejamento como a fertirrigação, que é o método de aplicar os nutrientes necessários direto na raiz da planta fazendo com que ela cresça mais rápido que as demais. “O sistema aumenta a produtividade. Exemplo: temos um cliente de tomate que colhe 120 por hectare. A média do produtor é de 50 a 60. É muito mais eficiente. Outro caso interessante é o café. Enquanto que numa cultura tradicional o rendimento varia de 19 a 20 sacas por hectares, com a fertirrigação já registramos casos em que o cafeicultor colheu 55 sacas por hectare. Diante disso, o produtor consegue ter retorno de investimento já na primeira safra”, explica o gerente agronômico.

Vale destacar também que ao adotar essa tecnologia, o produtor ganha em qualificação profissional já que precisa reter profissionais capacitados para trabalhar com os sistemas adotados. “Tem um mito de que a tecnologia é cara. Ela tem um custo mais alto, porém o retorno financeiro é garantido. Na cultura de café, por exemplo, o investimento para a implementação vai de R$ 3,5 mil a R$ 7 mil por hectare. Porém, o retorno é obtido em até dois anos, sem contar o ganho em produtividade”, afirma Sanches.

A Netafim espera ainda crescer 30%, superando os bons números de 2014 quando a companhia expandiu entre 25% e 30%. “Há ainda muito para se projetar, já que o Brasil tem uma área de 70% a 80% ainda irrigadas por aspersão. Além disso, com todo esse cenário de crise hídrica, o país tem agora a chance de constatar que o uso racional da água é uma questão estratégica para obter produtividade com sustentabilidade”, finaliza.

Sobre a Netafim
Fundada há mais de 45 anos e com cerca de 30 subsidiárias em todo o mundo, a Netafim oferece as melhores soluções aos agricultores de mais de 110 países por meio 15 unidades produtivas, milhares de distribuidores e mais de 4.000 funcionários. No Brasil são três unidades: Campinas/SP, Ribeirão Preto/SP e em Cabo de Santo Agostinho/PE. O portfólio de produtos inclui sistemas completos de irrigação por gotejamento, microaspersão, controle e monitoramento automatizados, dentre outras. 

Fonte: Ass. de Imprensa Netafin

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Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
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Competitividade da carne suína sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Preços médios destas carnes vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

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Foto: Shutterstock

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina.

Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola.

Fonte: Assessoria Cepea
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Preços da carne bovina no atacado atingem máximas do ano

Atacadistas da Grande São Paulo comentam que, além de a oferta dos frigoríficos estar um pouco menor, o consumo se aqueceu.

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Foto: Arquivo/OPR

As valorizações de todos os cortes com osso levantados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) no mercado atacadista de carne da Grande São Paulo estiveram por volta de 4% ao longo dos últimos sete dias.

Diante disso, a carcaça casada do boi gordo (junção do traseiro, do dianteiro e da ponta de agulha) vem sendo negociada nesta semana no maior patamar nominal deste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, atacadistas da Grande São Paulo comentam que, além de a oferta dos frigoríficos estar um pouco menor, o consumo se aqueceu – de fato, alguns indicadores macroeconômicos (desemprego e massa de rendimentos) dão sustentação a esse comportamento.

Fonte: Assessoria Cepea
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