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Gabinete Itinerante do Mapa faz levantamento dos principais danos e medidas de recuperação em áreas agrícolas do Rio Grande do Sul

Comitiva realizou visitas nas áreas rurais dos municípios Caxias do Sul, Feliz, Nova Petrópolis, Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Bento Gonçalves.

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Na segunda semana de atuação do Gabinete Itinerante do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a equipe técnica realizou reuniões nos municípios da Região Metropolitana da Serra Gaúcha, que foram afetados pelas fortes chuvas e cheias que assolaram o estado gaúcho. O Gabinete faz parte do Programa Emergencial de Reconstrução do Agro no Rio Grande do Sul (PERSul).

A comitiva do Mapa realizou visitas nas áreas rurais dos municípios Caxias do Sul, Feliz, Nova Petrópolis, Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Bento Gonçalves, com a participação de representantes das Secretarias Municipais da Agricultura, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS) e de Cooperativas de Agricultores e Agroindústrias, dentre outras entidades e autoridades locais.

Também foram observados a constatação da urgência no escoamento da produção agroindustrial e a retomada do turismo, atividade que também se conecta com a atividade vitivinícola.

Fotos: Divulgação/Mapa

A equipe contou com a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Mapa, Renata Miranda, e foi conduzida pelo diretor do Departamento de Apoio à Inovação Agropecuária Alessandro Cruvinel. Também fizeram parte da comitiva o superintendente Federal de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul, José Cleber Dias e sua equipe local.

Segundo Cruvinel, a experiência de escuta e visita local foi de grande importância para compreender a realidade local e direcionar as próximas ações da pasta em atendimento ao setor no estado. “Na região da Serra Gaúcha, por exemplo, os maiores danos foram de deslizamentos e inundações, portanto as ações em estradas vicinais e recuperação de solos será fundamental”, disse.

Ainda, nesta semana, o Mapa publicou a Portaria nº 687/2024, autorizando medidas excepcionais para as pessoas jurídicas participantes do Programa Mais Leite Saudável (PMLS). A medida visa permitir a adequação dos projetos submetidos ao Programa para atender às diversas demandas geradas pela situação de calamidade pública no estado gaúcho, possibilitando a flexibilização das regras a fim de direcionar o uso dos recursos da iniciativa para fomentar o retorno das atividades da produção de leite.

A Portaria permite a aquisição de insumos, equipamentos, realização de obras civis e de infraestrutura, aquisição de vacas leiteiras, recuperação de pastagens, bem como outras aquisições e serviços, a fim de fomentar a reconstrução das propriedades rurais e possibilitar o retorno às atividades produtivas para os produtores afetados pela calamidade no estado gaúcho.

Programa emergencial de reconstrução do agronegócio 

O PERSul foi lançado durante visita do ministro Fávaro ao estado no dia 28 de maio por meio da Portaria nº 863/2024 e visa apoiar a recuperação das atividades agropecuárias nas regiões severamente afetadas por enchentes e deslizamentos, devido às intensas chuvas que assolaram o estado gaúcho. O programa tem vigência até o dia 31 de dezembro de 2024.

A iniciativa visa reparar os danos e fortalecer a resiliência do agronegócio gaúcho, demonstrando o compromisso do Governo Federal em apoiar as áreas rurais afetadas, além de garantir a continuidade das atividades agrícolas no estado.

Fonte: Assessoria Mapa

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O agronegócio goiano guiado por contratos marítimos

Esses contratos são mais do que simples documentos; são a base para operações marítimas seguras e eficientes, regulando as interações entre os envolvidos no afretamento.

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Foto: Claudio Neves

“Regular é garantir”, dizia um velho professor de Direito Marítimo que conheci em um curso de especialização. Ele acreditava que a precisão nas normas contratuais era a chave para o sucesso no comércio internacional. Sou goianiense, nascido e criado em Goiás, acostumado ao clima seco do cerrado, e há pouco mais de um ano, mudei para Florianópolis (SC), a encantadora Ilha da Magia, onde fui enfeitiçado por novos temas. Aqui, comecei a entender na prática a crucial relação entre o agronegócio e os contratos de afretamento marítimo.

Goiás, com sua vastidão territorial e diversidade agrícola, é um gigante do agronegócio brasileiro. Líder na produção de girassol, sorgo e tomate, e um dos maiores produtores de soja, milho e algodão, o estado produziu 28,8 milhões de toneladas de grãos em 2023, garantindo sua posição como o terceiro maior produtor do país. Essa abundância se reflete nas exportações.

Para escoar essa produção imensa aos mercados internacionais, a logística é a chave. E é aí que os contratos de afretamento marítimo entram em cena, garantindo que os produtos goianos cheguem aos seus destinos globais de forma eficiente e segura.

Os contratos de afretamento marítimo desempenham um papel crucial na logística global. Eles permitem que fretadores e afretadores estabeleçam claramente as condições para a disponibilização de embarcações, assegurando que cada parte saiba exatamente suas responsabilidades e direitos. No Brasil, essas relações são solidamente ancoradas pela Lei 9.432/97 e pela Convenção de Haia, que fornecem uma base legal robusta e alinhada com os padrões internacionais.

Há uma clara distinção entre contratos de afretamento e contratos de transporte marítimo. Enquanto o contrato de transporte foca na entrega de mercadorias de um ponto a outro, o afretamento envolve a própria embarcação, criando uma gama de responsabilidades específicas.

Os contratos de afretamento marítimo podem ser categorizados em três principais modalidades, cada uma com suas especificidades e responsabilidades:

  • Na modalidade Afretamento a Casco Nu (Bareboat Charter), o afretador assume o controle total da embarcação, desde a gestão até a equipagem. É uma responsabilidade que requer profundo entendimento da operação náutica.
  • No Afretamento por Tempo (Time Charter), o fretador fornece o navio pronto para navegar, enquanto o afretador administra as operações por um período específico. Esse tipo de contrato equilibra responsabilidades, facilitando a divisão de tarefas entre as partes envolvidas.
  • No Afretamento por Viagem (Voyage Charter), o fretador oferece espaço no navio para viagens determinadas, mantendo a gestão náutica e comercial da embarcação. É uma escolha ideal para aqueles que precisam de soluções específicas e pontuais no transporte marítimo.

Esses contratos são mais do que simples documentos; são a base para operações marítimas seguras e eficientes, regulando as interações entre os envolvidos no afretamento. Com a precisão das obrigações contratuais, conforme as normas, garante-se a fluidez das operações, minimizando disputas e promovendo confiança mútua — vital para o comércio internacional.

“Regular é garantir”, digo com a mesma firmeza do meu velho professor, cujas décadas de prática jurídica me legaram uma sabedoria inestimável. Esses valores não só garantem a legalidade, mas também a prosperidade das transações internacionais.

Fonte: Por Wesley Cesar Gomes Costa, advogado empresarial especialista em Direito Marítimo.
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Consumidores de São Paulo, Pará e Bahia lideram ranking dos estados com maior procura por financiamento de energia solar

Paulistas representam 14,4% do total de pedidos de crédito para instalação de painéis fotovoltaicos no primeiro trimestre deste ano   

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A maior oferta de soluções para financiamento de kits de energia solar no Brasil tem elevado o interesse dos brasileiros em instalar painéis fotovoltaicos. De acordo com balanço da plataforma Meu Financiamento Solar, os consumidores do estado de São Paulo lideram a busca por crédito para implantação de sistemas solares em telhados e pequenos terrenos.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Segundo o mapeamento, os paulistas representam 14,4% do total de pedidos de crédito na plataforma para instalação de painéis fotovoltaicos no primeiro trimestre deste ano. Em seguida, o ranking traz os estados do Pará e da Bahia, com 10,7% e 9,3% da procura por financiamento no País, respectivamente (veja top 5 estados abaixo).

São Paulo é protagonista na produção de energia solar entre os estados brasileiros, registrando maior potência instalada de energia fotovoltaica na geração própria em telhados, pequenos negócios e terrenos. Segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a região possui mais de 3,9 gigawatts (GW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

O estado possui mais de 412 mil conexões operacionais, espalhadas por 645 municípios, ou 100% dos municípios paulistas. Atualmente são mais de 486 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.

Já o Pará possui mais de 106 mil consumidores abastecidos pela geração própria solar. O estado tem atualmente mais de 82 mil conexões operacionais da fonte fotovoltaica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, espalhadas por 143 cidades, ou 99,3% dos 144 municípios paraenses.

No caso da Bahia, o estado possui mais de 1,2 gigawatt (GW) de potência instalada em mais de 145 mil conexões operacionais, espalhadas por 417 cidades, ou 100% dos municípios da região. Atualmente são mais de 229 mil consumidores baianos de energia elétrica que já contam com o uso da tecnologia fotovoltaica.

TOP 5 estados com maior procura por financiamento de painéis solares no Brasil

1º – São Paulo – 14,4%
2º – Pará – 10,7%
3º – Bahia – 9,3%
4º – Mato Grosso – 8,5%
5º – Pernambuco –7,8%

Fonte: Assessoria Meu Financiamento Solar
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Tokenização do agronegócio: a tecnologia revoluciona financiamento para o setor

Tecnologia tornou possível transformar fundamentalmente a forma como os ativos agrícolas são financiados, negociados e gerenciados, abrindo novas oportunidades para investidores e produtores para avanços significativos nesse mercado.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Uma nova revolução na agricultura está surgindo pela tecnologia. É a ampliação do financiamento da produção agrícola pela tokenização, que facilita o acesso de investidores a esse mercado. A tokenização é o ato de  transformar bens tangíveis ou intangíveis em tokens digitais (representações digitais de ativos), que são registrados em uma blockchain, possibilitando sua divisão e representação em frações.  Com isso cria-se um símile digital de ativos físicos, como terras, colheitas ou maquinários.

Os produtores podem tokenizar suas safras, permitindo que investidores de todos os portes adquiram tokens que representam a produção, gerando lucros com sua venda. Esse processo diminui a dependência de fontes de financiamento tradicionais, oferece menos custo e burocracia, e promove uma distribuição mais justa dos benefícios econômicos.

A blockchain é essencial nessa modalidade, uma vez que fornece um registro transparente e seguro de todas as transações relacionadas aos ativos agrícolas tokenizados. Além disso, a execução de contratos inteligentes automatiza e garante a execução de acordos, aumentando a eficiência e reduzindo a necessidade de intermediários.

Outro benefício também trazido por conta da tokenização é o crowdfunding agrícola, que permite que produtores angariar financiamento diretamente de investidores interessados. Esse modelo é representado pelos fundos de investimento especializados, proporcionando aos investidores acesso a uma carteira variada de ativos agrícolas. Além disso, surgem os mercados de tokens exclusivamente voltados para a agricultura, simplificando a negociação entre os investidores.

Como ponto de atenção para esse tipo de investimento, podemos citar a volatilidade dos preços agrícolas, eventos climáticos adversos e a falta de regulamentação. No entanto, com uma abordagem cuidadosa e gerenciamento de risco adequado, muitas dessas ameaças podem ser mitigadas.

Olhando para o futuro, espera-se que a tokenização do agronegócio continue a crescer com uma maior adoção da tecnologia blockchain na agricultura. Novos modelos de negócios estão surgindo, aproveitando as capacidades únicas da tecnologia para criar formas de investimento e financiamento na agricultura.

A tecnologia tornou possível transformar fundamentalmente a forma como os ativos agrícolas são financiados, negociados e gerenciados, abrindo novas oportunidades para investidores e produtores para avanços significativos nesse mercado.

Fonte: Por Daniel Eron Cavalcante, especialista em Blockchain.
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