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Foi dada a largada para a Semana do Peixe, que quer aumentar o consumo de pescado no país

A abertura oficial da Semana do Peixe, que acontece de 1 a 15 de setembro com o objetivo de incentivar o consumo de peixes e frutos do mar em todo o país, recebeu renomados chefs de cozinha e empresários do setor em evento na FIESP com mais de 300 par

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Com o tema central “Saúde e Sabor – O Pescado a Serviço da Gastronomia”, o evento objetivou engajar e levar conhecimento sobre as diversas formas e as vantagens da utilização do pescado na alimentação e no food service. O peixe é uma proteína saborosa e saudável, rica em nutrientes importantes e, devido à diversidade de espécies, acessível a todas as classes sociais. Mesmo assim, o seu consumo no Brasil é inferior a 10 kg/hab/ano, mesmo patamar mundial da década de 1960, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU). Os dados mais recentes indicam que a média mundial foi de 20kg/per capita/ano em 2014.

O chef Allan Vila Espejodestacou a relação do pescado com a gastronomia no Brasil e no mundo, e pediu maior consciência para o incentivo ao consumo. “O grande problema do peixe no Brasil ocorre desde 1500: o brasileiro não tem hábito de comer peixe regularmente, logo é uma batalha muito grande. Se não tiver esse fomento no lar, as gerações comerão cada vez menos pescado. São mais de 210 milhões de habitantes e um percentual pequeno deve saber como é bom para a saúde consumir peixes”, comenta o chef Allan.

Para o chef Jun Sakamoto,aqualidade do pescado é essencial e isso tem sido um dos maiores problemas. “Temos aqui uma questão de prática, processo e conhecimento. Isso vai desde a pesca em si ao cuidado com o alimento até chegar nos pontos de comercialização. Temos de unir forças para oferecer aos consumidores pescado de qualidade, que façam com que cada mais pessoas passem a apreciar essa proteína fantástica. Também percebi o grande impacto da gastronomia oriental para a popularização do consumo, hoje as crianças preferem ir a um rodízio de japonês do que a um rodizio de pizza”.

 Já o chef Cauê Tessuto falou que sua principal motivação é tentar trazer para o público espécies alternativas. “Precisamos informar ao consumidor o que ele está comendo. Esse ainda é um tabu e a Semana do Peixe pode contribuir muito para o esclarecimento dos consumidores. O Brasil tem uma grande diversidade de espécies e isso também tem de ser valorizado”.

Roberto Imai, diretor titular do Compesca (Cadeia Produtiva da Pesca e da Aquicultura da Fiesp), destacou que um dos grandes desafios também é manter a oferta regular. “A cadeia produtiva precisa se unir. O governo tem de cumprir a sua parte. Se queremos conquistar mais consumidores precisamos oferecer produtos de qualidade e de maneira regular. A Semana do Peixe nos proporciona essa reflexão e engajamento”, disse Imai. Outra preocupação é o desperdício. “De tudo o que é produzido, de 20% a 25% são jogados fora. Disseminar conhecimento é fundamental para mudar essa realidade”.

Meg Felippe, uma das coordenadoras da Semana do Peixe, destacou o desafio de engajar o público. “Conseguimos mobilizar o setor privado para ajudar a realização da Semana do Peixe. Ainda há muito o que fazer. A união é o primeiro passo para mudarmos a realidade e tornar o pescado tão presente na mesa quando outras proteínas animais. Temos um longo caminho pela frente, mas juntos podemos mudar essa realidade”.

O evento também contou com a participação do secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Dayvson Franklin Souza. “A Semana do Peixe é muito bem vinda. A cadeia do pescado tem grandes desafios, mas as potencialidades do Brasil nessa atividade são fantásticas”.

Sobre a Semana do Peixe

A Semana do Peixe desenvolve um conjunto de ações com foco na cadeia produtiva de peixes e frutos do mar para estimular o consumo de pescado no país. A campanha incentiva ações promocionais no varejo e food service, eventos com a cadeia produtiva, oficinas educacionais para crianças, divulgação de materiais promocionais ao consumidor final, material promocional e educativo (receitas, melhores formas de preparo, como selecionar seu peixe), promoções em insumos, serviços e equipamentos para a cadeia produtiva, campanhas promocionais na pesca esportiva, entre outras ações. A programação está disponível no site: www.semanadopeixe.com.br.

Fonte: Texto Comunicação Corporativa

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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