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Flávio França Jr. destacou as tendências do mercado de commodities

O consultor fez uma explanação sobre soja, milho e trigo

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O ciclo de palestras Seminário Tendências de Mercado, promovido pelo Sistema FAEP, encerrou-se no último dia 28 de julho, em Guarapuava, com explanação do consultor Flávio França Jr. sobre os mercados de soja, milho e trigo.

Na oitava e última cidade a sediar o evento, o seminário aconteceu no Sindicato Rural, reunindo cerca de 90 participantes, entre produtores rurais, profissionais ligados ao agronegócio e diretores da entidade.

Em cerca de duas horas de apresentação, respondendo também a perguntas, França Jr disse ver para os próximos meses um quadro diferente do ano passado: considerando o fim do forte El Niño de 2015, os níveis de estoques mundiais, as perspectivas de safras em âmbito global e a saída do Reino Unido da União Européia, o consultor avaliou que o mercado deve operar sem grandes perspectivas de altas expressivas. 

Na soja, França Jr analisou que, em nível mundial, o momento é negativo: “O episódio do Reino Unido com a União Europeia trouxe para o mercado financeiro um grau de nervosismo e indefinição muito grande. Os fundos de investimento, nas últimas três semanas, saíram de posições de risco. Venderam petróleo, ações e venderam soja, milho e trigo” – commodities agrícolas, assinalou, são considerados investimentos de risco, o que leva os investidores a vendê-las diante de algum receio sobre a evolução da economia.

De acordo com ele, esta foi uma das razões que neste período provocou queda no bushel da soja na Bolsa de Chicago (CBOT), fazendo a cotação baixar de US$ 11,80 para US$ 10,00. “Outra causa é que a safra norte-americana vai muito bem. Apesar da área deles ser mais ou menos igual, ligeiramente maior, o sentimento é de que colham uma safra cheia”, completou. Com isso, a tendência de preços estimou que seja “destes níveis atuais talvez um pouco para cima”. Dois fatores contribuiriam para esta possibilidade: primeiro, o consultor conta que, por experiência, se tem visto reacomodações do mercado financeiro; além disso, lembrou, nos Estados Unidos, “ainda tem cinco ou seis semanas para fechar o ciclo da soja”. Mesmo se houver safra cheia, ele contextualizou que os estoques globais da soja, tanto nos Estados Unidos quanto em outros países, tendem a ser um pouco menores no próximo ano. “Em termos de média de preço, entendo que esta temporada 2016/2017, será um pouco melhor do que a do ano passado”, resumiu.

No milho, o consultor chamou a atenção para a formação de um novo quadro de preços no Brasil. A pouca oferta do produto no país fez os preços se descolarem das tendências mundiais, refletindo numa alta das cotações. Como consequência, citou um recorde de preço em maio deste ano. “Vendemos muito milho, ano passado, na exportação. Isso enxugou completamente a disponibilidade do grão. Mesmo com a colheita da safra de verão deste ano, o mercado absorveu isso muito rápido. Apertou a oferta de produto internamente. Não foi pelo câmbio, por Chicago, foi por questão de escassez interna mesmo”, relatou.

Agora, o Brasil está colhendo o milho de inverno. Mas para França Jr, esta é uma safra bem complicada: “No Paraná, temos uma perda de 15% a 20%, mas no Brasil é maior do que isso. Nesta mesma época do ano passado, tínhamos grandes excedentes de milho. Estávamos colhendo uma safra gigante, de inverno, de 87 milhões de toneladas”. Uma safra recorde, muito grande”. Neste ano, prosseguiu, não há um grande suporte no mercado externo. A área americana, mencionou, cresceu 7%, sob um clima “que vai muito bem”. Por outro lado, o ciclo da cultura já está se encerrando, devendo finalizar no máximo em duas semanas. “O milho está muito próximo de uma super safra nos Estados Unidos”, afirmou. Nesse quadro, os estoques americanos e mundiais, antecipou, deverão aumentar: “No milho, o perfil de preço é para baixo e não para cima”. Lembrando que no Brasil o câmbio não tem perspectivas de “grandes melhoras”, o consultor avaliou que, no país, quem está mandando no preço “é o mercado interno”. Em paralelo, a safra deste ano é bem menor do que a de 2015: 72 milhões de toneladas. “É uma perda considerável”, explicou.

No trigo, entre vários fatores que influenciam o preço, França Jr destacou os estoques mundiais elevados, uma safra Argentina que, de acordo com ele, não deve baixar as cotações no âmbito brasileiro e ainda a influência da alta do milho, ajudando a sustentar o valor daquele cereal de inverno. Em síntese, ele afirmou não perceber espaço para quedas acentuadas. “Os estoques mundial e norte-americano estão aumentando. A safra, no geral, no mundo, vai bem”. No Brasil, o plantio se reduziu, mas em sua avaliação o país está diante de “uma safra boa”, considerando possível até que, se o clima colaborar, a colheita de 2016 seja maior do que a do ano passado. A safra argentina, no entender do consultor, “não vai trazer muitos estragos para o preço ao produtor brasileiro”. Mas as cotações do momento no mercado interno, alertou, são passageiras: “Este preço atual, de R$ 900,00 a R$ 950,00 a tonelada, não é parâmetro. Estamos na entressafra. Este nível vai cair na sequência”. França Jr disse esperar um patamar em torno de R$ 700,00 R$ 750,00. “O que vai ajudar também o trigo a não cair muito é o próprio milho. Esses preços de milho, a R$ 40,00, não vão permitir que o trigo fique muito barato. Porque na verdade, se baixar demais, mesmo o trigo bom vai para ração. O perfil de preços não é empolgante, mas acho que é bem razoável”, avaliou. A venda, entretanto, sublinhou, segue com seus desafios, com diferenças entre vendedores e compradores quanto ao momento de fazer negócio. “O trigo só tem o velho problema da liquidez. Não é um produto que você vende a hora que quer. É na hora em que o comprador quer comprar. A gente colhe em setembro, outubro. Se o produtor tem condição – o que não é muito fácil – de segurar este trigo para a entressafra, pega preço melhor. Mas é muito difícil. Entendo que o mais importante é colher bem, com boa qualidade”, preconizou.

O Seminário Tendências de Mercado teve início em 20 de junho, abrangendo oito municípios: Cornélio Procópio, Londrina, Maringá, Campo Mourão, Cascavel, Pato Branco e Ponta Grossa, encerrando-se em Guarapuava.

Fonte: Assessoria

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Simpósio Matrizes encerra calendário anual de eventos da Facta com foco em sustentabilidade e novos mercados

Evento vai abordar a importância das matrizes para a produção de pintos de um dia e estratégias para atender às novas demandas de mercado.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

O Simpósio Matrizes, promovido pela Facta, marca o encerramento das atividades da instituição em 2024 com um enfoque estratégico na importância das matrizes para a avicultura. O evento, que ocorrerá nos dias 15 e 16 de outubro, no Mogano Business Hotel, em Chapecó (SC), foi idealizado com o objetivo de discutir e aprimorar aspectos essenciais relacionados à sanidade, ambiência e qualidade intestinal das aves.

Presidente da Facta, Ariel Mendes: “O Simpósio Matrizes representa uma oportunidade significativa para os profissionais do setor se atualizarem e se prepararem para as novas demandas do mercado global”

De acordo com o presidente da Facta, Ariel Mendes: “Deixamos como último evento do ano o Simpósio Matrizes, pois as reprodutoras são a base para a produção sustentável de pintos de um dia e balizam as estratégias de alojamento em função das demandas dos novos mercados abertos para a carne de frango brasileira e para material genético”.

Com a crescente demanda por carne de frango e material genético, é imperativo que os produtores compreendam e atendam às exigências dos novos mercados. “As matrizes, sendo a fonte inicial da cadeia produtiva, desempenham um papel vital na garantia da qualidade dos pintos de um dia, refletindo diretamente na eficiência e sustentabilidade da produção avícola”, acrescenta o presidente.

Além de abordar os desafios atuais, o evento proporcionará uma plataforma para a troca de conhecimentos sobre inovações tecnológicas, melhores práticas de manejo e estratégias de ambiência que podem impactar positivamente o bem-estar das aves e a eficiência das operações avícolas. “O Simpósio Matrizes representa uma oportunidade significativa para os profissionais do setor se atualizarem e se prepararem para as novas demandas do mercado global”, reforça Mendes.

Vendas do segundo lote

As inscrições podem ser feitas pelo site da Facta. Os valores, com desconto do segundo lote, variam de R$ 490,00 para profissionais à R$ 245,00 para estudantes. Estes valores estarão disponíveis até o dia 11 de outubro.

2025: Vem aí

Para 2025, a Facta já tem programação de eventos que trarão novas perspectivas e soluções para o setor avícola. Em fevereiro, será realizado o Seminário sobre Imunossupressão e Enfermidades de Notificação Obrigatória em Aves, focado nos desafios e avanços nessa área crítica. Além disso, em setembro, será realizada a Conferência Facta 2025, com o tema “Gestão, Inovação e Excelência na Produção de Alimentos Seguros”, que explorará práticas e tecnologias voltadas para assegurar a qualidade e segurança alimentar na avicultura.

Em 2025, também estão previstos o Simpósio de Atualização em Avicultura Industrial, nos dias 07 e 08 de maio, em Recife (PE), o Simpósio de Nutrição, nos dias 23 e 24 de setembro, em Balneário Camboriú (SC), e o Simpósio Sanidade: Aves e Suínos, nos dias 22 e 23 de outubro, em Santos (SP).

Fonte: Assessoria Facta
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Lei Amado de Oliveira Filho

Acrimat comemora lei que permite pecuária extensiva em áreas alagadas do Pantanal.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com a alteração dos dispositivos da legislação ambiental estadual de 2008, a Lei 12.653/2022 tornou permitida a pecuária extensiva (ou seja, a pasto), em áreas alagadas e em reserva legal com pastagem nativa na planície alagável do Pantanal.

A norma proíbe o cultivo de gramíneas não nativas no ecossistema das reservas legais, porém autoriza o plantio de pastagens cultivadas em até 40% da área total nas planícies alagáveis do Pantanal. Além disso, a legislação expande as opções para a renovação de pastagens, anteriormente limitadas a algumas espécies específicas de gramíneas.

Para a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a sanção da lei é motivo de comemoração não apenas para produtores, mas para a sociedade em geral.

“Ao longo dos anos e mais fortemente na última década, o homem pantaneiro foi economicamente expulso de suas terras, quer pela falta de recursos quer pela falta de estrutura e logística provocados por essas restrições no uso, o que fez com que os rebanhos diminuíssem consideravelmente. A exploração pecuária no Pantanal remonta mais de três séculos e hoje é o ecossistema com a maior área privada, passando de 90%”, afirma o Diretor Técnico da Acrimat, Francisco Manzi.

Lei Amado de Oliveira Filho

Um dos grandes defensores do equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e ambiental, o economista, especialista em direito ambiental e consultor da Acrimat, Amado de Oliveira Filho, falecido em 12 de fevereiro de 2024, lutou até os últimos dias de sua vida pelo sancionamento desta lei que beneficia o Pantanal.

Amado sempre dizia que a pecuária de Mato Grosso, hoje com 31 milhões de cabeças de gado, não precisaria mais do Pantanal, porém o Pantanal precisa da pecuária, pois sem ela não tem o homem no bioma e sem o homem pantaneiro raiz, que conhece a natureza e a peculiaridade local vem os incêndios e a diminuição do turismo local.

“Defendemos que esta nova lei carregue como homenagem o nome de Amado, que dedicou mais de 30 anos de sua carreira ao desenvolvimento econômico e do agronegócio.  Sendo também um dos colaboradores para a aprovação do Código Florestal e pelas lutas do pantaneiro”, frisa o Presidente da Acrimat, Oswaldo Ribeiro Jr.

Amado foi também o primeiro superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Fonte: Assessoria Acrimat
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Ministério da Agricultura apresenta mudanças nas Regras de Análises de Sementes

A última revisão foi feita em 2009, o que torna essa atualização necessária, especialmente diante das mudanças no setor ao longo dos últimos anos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As novas Regras de Análises de Sementes (RAS) do Ministério da Agricultura e Pecuária, fundamentais para a padronização e garantia da qualidade nas técnicas laboratoriais, foram o ponto alto da primeira edição do Simpósio Brasileiro de Análise de Sementes, realizado recentemente dentro do 22º Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes 2024) em Foz do Iguaçu (PR).

Representante do Mapa Laso-MG, Júlio Garcia, destacou durante o 22º CBSementes a nova revisão das RAS, que está em andamento, com mudanças e adições importantes para o setor – Foto: Valdecir Gomes

Júlio Garcia, representante do Mapa Laso-MG, destacou a nova revisão das RAS, que está em andamento, com mudanças e adições importantes para o setor. A última revisão foi feita em 2009, o que torna essa atualização necessária, especialmente diante das mudanças no setor ao longo dos últimos anos. “Já havia uma reivindicação do setor, mas como é um processo muito complexo, preferimos fazer um trabalho com um grupo um pouco mais fechado”, disse Garcia.

Segundo ele, o processo envolveu 12 auditores atuantes em laboratórios oficiais, que identificaram a necessidade de correções, como a atualização de nomes científicos de sementes e a inclusão de espécies que, em 2009, não tinham relevância econômica no Brasil, como quinoa e chia.

O representante do Mapa também informou que as regras para a produção por análise de misturas de sementes serão mais claras, e o processo de amostragem será revisado. Além disso, um capítulo específico será dedicado às sementes florestais, uma antiga demanda do setor, que antes estava com informações dispersas ao longo do texto. “Sendo destaque a introdução do capítulo sobre análise de mistura, oferecendo maior clareza e suporte técnico para os laboratórios”.

A proposta será apresentada ao setor, com espaço para que as Comissões Estaduais de Sementes e Muda se manifestem sobre o que pode ser alterado. A palavra final será do Mapa, mas Garcia ressaltou que a contribuição da sociedade será levada em conta. “A previsão é que as novas regras sejam publicadas no início do próximo ano, proporcionando maior segurança e clareza ao setor”, resumiu.

De acordo com Francisco Carlos Krzyzanowski, que atuou como moderador no simpósio, as discussões foram extremamente produtivas para sanar dúvidas e ajustes na RAS. “Os ajustes não são muitos, mas trazem uma simplificação em algumas áreas que eram importantes. A contribuição do Ministério da Agricultura foi excelente, para atualizar a indústria brasileira de sementes, aqui representada pelos laboratórios. Houve um melhor entendimento da parte legal e isso ficou claro nas colocações do representante do Ministério”, expôs.

“A disponibilidade do Ministério de vir ao Congresso Brasileiro de Sementes e apresentar as mudanças ao Comitê de Análise de Sementes foi uma contribuição muito grande para a sociedade”, frisou Krzyzanowski.

Nova metodologia

Uma nova metodologia para testar a germinação de sementes tratadas de soja e milho, aprovada recentemente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, foi apresentada durante o simpósio pela engenheira agrônoma Débora Rocha, vice-coordenadora do Comitê de Análise de Sementes.  Essa inovação visa melhorar a qualidade das análises e das sementes comerciais em geral.

Os estudos começaram em 2020, sendo um aprovado em 2023 e outro em 2024. “O Ministério da Agricultura analisou o trabalho e emitiu uma portaria que autorizou os laboratórios credenciados a utilizar essa metodologia em suas rotinas”, explicou Débora.

A nova metodologia consiste no chamado rolo de papel + vermiculita, um mineral natural leve e não tóxico, amplamente utilizado em jardinagem, mostrando-se eficiente como substrato por melhorar a drenagem e aeração. Débora explicou que no processo de germinação em papel, a vermiculita age de forma semelhante a um colóide do solo, com sua estrutura em camadas permitindo uma boa retenção de água. “Quando usamos o substrato, os resultados refletem melhor a verdadeira qualidade do lote de sementes”, garantiu.

Desafios

A pesquisadora Fátima Zorato ressaltou que o produtor está mais exigente e que o setor de análise precisa evoluir e adaptar-se. Fátima falou que, estaticamente, 18% dos profissionais que atuam nos laboratórios estão de fato engajados com o setor, sendo que se faz necessário a valorização desse profissional.

Nos laboratórios, por exemplo, é possível expandir os testes tradicionais, integrando novas tecnologias, como as de imagens, que ainda estão restritas às academias. Segundo a assessora, a falta de uso em larga escala se deve, em parte, à necessidade de maior capacitação das equipes, já que implementar essas novas tecnologias em organismos biológicos não é tarefa simples. “A incorporação dos testes de imagem vai nos validar naquilo que nós estamos fazendo, o que o humano está colocando a mão no teste de imagem irá validar”, enfatizou.

Ela acrescentou ainda que esse teste de imagem é um complemento das técnicas já utilizadas em laboratório. “Nós não estamos competindo, nós estamos somando, porque o importante é que jamais algum produtor perca pelas nossas mãos”, ressaltou.

Fonte: Assessoria CBSementes
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IFC

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