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FecoAgro/RS orienta produtores no período de colheita do trigo
Entre as recomendações está a utilização de produtos recomendados para a cultura caso seja necessário realizar a prática da dessecação
A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) está repassando orientação aos produtores associados do sistema cooperativo agropecuário sobre práticas técnicas para o período de colheita do trigo no Estado. As normas seguem recomendação discutida na Câmara Setorial do Trigo da Secretaria de Agricultura gaúcha e visa cuidados com a cultura nesta fase.
Entre as indicações está a não realização da prática de dessecação da lavoura de trigo, visando antecipar a colheita, com produtos não recomendados e registrados para a cultura. Além disso, no caso da necessidade de dessecar a cultura do trigo, a orientação é de buscar instrução com a área técnica das cooperativas que irá indicar os produtos ideais para o cereal, respeitando o prazo de carência para realizar a colheita. A norma ainda alerta que a antecipação da colheita do trigo não garante uma maior produtividade na cultura de verão.
A nota lembra ainda que resíduos destes produtos poderão tornar o trigo e seus derivados como farinha, pão, massa ou biscoito, impróprios para o consumo. Conforme o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, "Se houver necessidade de dessecação de lavoura, o produtor deve fazer com produtos registrados para não prejudicar o que for colhido. Estamos fazendo reuniões com as cooperativas de forma a manter este alinhamento. Não recomendamos em hipótese nenhuma o uso de produtos que não sejam específicos para a cultura", salienta.
Pires ressalta que a produção gaúcha do cereal, na visão das cooperativas, não deverá passar de 1,7 milhão de toneladas colhidas devido a fatores como a redução de área, baixa produtividade, excesso de chuvas em período de plantio e depois a falta de chuvas durante a safra. "Ainda tivemos uma boa recuperação mas mesmo assim a área é muito pequena para termos números maiores que 1,7 milhão de toneladas", observa.
O último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou a tendência anunciada pela FecoAgro/RS de uma redução de área no Rio Grande do Sul de 10%, fechando em 699,2 mil hectares. Já a produção sofreu queda de 28% em relação ao período anterior, com expectativa de colheita de 1,8 milhão de toneladas contra 2,5 milhões de toneladas registradas no ano de 2016.
A comercialização continua sendo uma das grandes preocupações do setor. De acordo com o presidente da FecoAgro/RS, os estoques mundiais estão altos e a safra da Argentina já tem venda futura para o mês de dezembro com grande potencial, tendo a promessa de que os argentinos deverão registrar uma colheita farta e muito deste produto deverá ser absorvido pelo mercado brasileiro, depreciando ainda mais os preços ao produtor gaúcho.
Fonte: Assessoria
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Com alta da Selic, produtores rurais devem pesquisar melhores condições de crédito
Para garantir a saúde do negócio, os agricultores devem monitorar indicadores, como índice de liquidez, margem de lucro, custo de produção, rentabilidade e alavancagem.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic – a taxa básica de juros da economia – em 0,50 ponto percentual, alcançando 11,25%. Este é o segundo aumento neste ano, em setembro o acréscimo foi de 0,25%, registrando 10,75%. Essa nova alta apresenta um desafio adicional para o produtor rural, que precisa de recursos para a próxima safra.
Com mais de 15 anos de experiência na captação de recursos para o agronegócio, Thays Moura, aponta que a expectativa de redução nos juros, frustrada pelo Plano Safra 2024/55, não é o único obstáculo enfrentado. Segundo a especialista, a falta de conhecimento amplo sobre as linhas de crédito disponíveis nos mais diversos bancos atrapalham na corrida pelo financiamento. “Havia uma grande expectativa no mercado por uma redução, mas o plano agrícola veio praticamente igual ao anterior, com taxas de até 12%. Isso significa que os agricultores que não conseguirem obter empréstimos por meio do Plano Safra terão que lidar com o aumento da Selic, enfrentando taxas mais elevadas com financiamentos convencionais”, afirma.
Nesse contexto, a informação é a maior aliada, tanto para credores quanto para o trabalhador do campo. “Na análise de risco realizada pelos bancos, é essencial dispor de dados completos que reflitam a realidade das propriedades rurais para que o crédito seja oferecido na condição mais adequada e com agilidade. Na outra ponta, o produtor precisa conhecer as melhores opções, com produtos personalizados, e, principalmente, entender esse cenário de juros altos para escolher o melhor produto”, explica Thays.
Para garantir a saúde do negócio, os agricultores devem monitorar indicadores, como índice de liquidez, margem de lucro, custo de produção, rentabilidade e alavancagem. São esses dados que indicam a saúde financeira, a sustentabilidade do negócio e ajudam a identificar áreas que precisam de melhorias ou investimentos adicionais.
Além disso, há diversas ferramentas disponíveis para apoiar os fazendeiros, como softwares de gestão financeira adaptados ao agronegócio, aplicativos móveis que permitem o controle de despesas e receitas, e sistemas de análise de dados que ajudam a prever tendências de mercado.
O planejamento financeiro de longo prazo permite que os trabalhadores rurais antecipem possíveis adversidades, aproveitem oportunidades de crescimento e mantenham a estabilidade financeira. “Para desenvolver um plano eficaz, é essencial analisar a situação financeira atual, prever cenários futuros – como possíveis aumentos ou quedas nos preços dos grãos e insumos – e ajustar o plano conforme necessário. Manter uma reserva financeira para emergências e investir em melhorias tecnológicas e de infraestrutura também são práticas indispensáveis em um bom planejamento”, afirma Thays.
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Peru abre mercado para exportação de gelatina e colágeno do Brasil
Com essa nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 199ª abertura de mercado neste ano, totalizando 277 aberturas em 61 destinos desde início de 2023.
O Brasil recebeu do governo do Peru a aprovação sanitária para exportar gelatina e colágeno de osso bovino não comestível àquele país.
Trata-se da décima abertura de mercado no Peru para produtos do agronegócio brasileiro em menos de doze meses. Entre janeiro de 2023 e outubro de 2024, as exportações agrícolas do Brasil para o país ultrapassaram US$ 1,27 bilhão, com destaque para produtos florestais, carnes e complexo soja.
Com essa nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 199ª abertura de mercado neste ano, totalizando 277 aberturas em 61 destinos desde início de 2023.
Esses resultados refletem o trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
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Parlamento da União Europeia aprova adiamento da Lei Antidesmatamento
Nova data para o início da aplicação da lei será 30 de dezembro de 2025 para grandes empresas.
O Parlamento da União Europeia (EU) aprovou, na quinta-feira (14), o adiamento da entrada em vigor da Lei Antidesmatamento, uma medida que afetará diretamente os países produtores de commodities, como o Brasil. A decisão, que recebeu 371 votos favoráveis, 240 contrários e 30 abstenções, prorroga a implementação da legislação por pelo menos um ano. A nova data para o início da aplicação da lei será 30 de dezembro de 2025 para grandes empresas e 30 de junho de 2026 para as pequenas e médias empresas.
A lei, que tem como objetivo combater o desmatamento global, exigirá que empresas importadoras para a UE provem que suas cadeias de suprimentos não contribuem para o desmatamento. Produtos como café, cacau, soja, papel e couro serão os principais afetados. Caso não cumpram as normas, as empresas podem ser multadas em até 4% de seu faturamento.
O adiamento da legislação foi proposto pela Comissão Europeia em outubro e justificado por alguns setores da economia que argumentam não estar preparados para implementar a regulamentação dentro do prazo estabelecido. De acordo com os defensores do adiamento, a falta de sistemas adequados para rastreamento e verificação nos países exportadores, como na África e América Latina, dificulta a conformidade com as exigências da nova lei.
Entretanto, a decisão foi criticada por ambientalistas e por representantes da sociedade civil. Para muitos, o adiamento poderá resultar em mais destruição das florestas tropicais, enquanto a Comissão Europeia deveria focar em ajudar os países exportadores com ferramentas de apoio, em vez de postergar a implementação da lei. A legislação, que faz parte do Acordo Verde Europeu, visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a sustentabilidade ambiental.
Países como Costa do Marfim e Gana, grandes produtores de cacau, já implementaram sistemas de rastreamento que atendem aos requisitos da legislação, demonstrando que, para alguns setores, o adiamento não é necessário.