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EuroTier mostra soluções para o futuro

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A EuroTier, a maior feira do mundo para profissionais de zootecnia, irá apresentar soluções para o futuro da agropecuária nos dias 11 a 14 de novembro em Hanôver, Alemanha. É o que comprova o número de quase 270 novidades divulgadas pelos expositores junto à organizadora da feira, a DLG. Os expositores irão apresentar inovações que garantem e aumentam de forma sustentável o sucesso das empresas. As soluções atendem aos desafios cada vez mais crescentes de conciliar no manejo condições de bem-estar animal e de meio ambiente, além de melhores condições de trabalho. A EuroTier reúne representantes de todo o mundo nas áreas de conhecimento técnico da indústria, agricultura, pesquisa e consultoria. Com sua ampla variedade de produtos e serviços, a feira oferece orientações e soluções para enfrentar os desafios do futuro da agropecuária. É o estímulo mais importante para o produtor rural e todo o setor agropecuário.

Um total de 2.300 expositores de 50 países irão oferecer um panorama completo para profissionais de zootecnia. O número de inscrições permanece ligeiramente abaixo do recorde da última edição da feira, realizada dois anos atrás. Mesmo com o adiamento da World Poultry Show para a próxima EuroTier em 2016, a participação neste ano atingiu um patamar excelente com um aumento de variedades de produtos e serviços para profissionais do manejo animal.

Enorme participação de expositores estrangeiros

Quase metade dos expositores que estarão presentes vem de países de fora da Alemanha. A Holanda tem o maior número de expositores, com 180 empresas. A França conta com a participação de 133 empresas, seguidos da China (119), Itália (91), Dinamarca (80), Espanha (62), Áustria (52), Grã-Bretanha (49), Bélgica (47), Turquia (46) e Polônia (41). A DLG vê na grande participação de expositores do exterior um sinal claro de uma tendência cada vez mais internacional das empresas, da economia agrícola em geral e a conexão com outros países. E é com a finalidade de descobrir novos mercados que as empresas irão utilizar o fórum EuroTier.

Profissionais da produção animal querem mais informações – sanidade e bem-estar animal em destaque

Os profissionais da produção animal continuam ávidos por informações. Empresários e gestores de rebanhos das propriedades rurais estão sempre à procura dos conceitos mais modernos para preparar suas empresas e negócios para o futuro. Isso vale para todas as questões referentes à criação, alimentação animal, manejo, gestão, logística e principalmente à sanidade e bem-estar animais. Em diversas palestras e rodadas de discussão serão debatidas as mais novas descobertas e soluções durante todo o período da feira. Com a realização do congresso anual da Federação Alemã de Médicos Veterinários (bpt) no Parque de Exposições de Hanôver durante a EuroTier, o visitante poderá presenciar uma intensa troca de opiniões e experiências entre médicos veterinários e agricultores de todo o mundo.

Perspectiva global: Expectativa de maior dinâmica no mercado mundial de carnes

A dinâmica da economia mundial fortalece a demanda por carne. Espera-se que a demanda mundial por carne cresça 1,5% em 2014. Com isso, a demanda sobe 0,7 ponto percentual em relação a 2013. No âmbito global, a colheita recorde de grãos e oleaginosas está reduzindo o preço da ração. Isso leva a uma maior rentabilidade no manejo animal e eleva a oportunidade de investimentos para os produtores, gerando aumento na produção de carne. Já a carne suína teve crescimento de produção na ordem de 2,1% na comparação com 2013; a América do Sul e a África subsaariana tiveram 2,0% e a Oceania (Austrália e Nova Zelândia), 2,9%. O Brasil está reforçando a produção de carcaça visando melhor competitividade nos mercados internacionais. Em decorrência do acesso mais fortalecido a esses mercados, espera-se que a produção de carne continue a crescer no Brasil. O aumento produtivo é limitado por dificuldades persistentes na logística e pela crescente falta da mão-de-obra.  O que reforça a demanda por tecnologias de automatização no manejo animal.

Conflito entre Rússia e Ucrânia

Com a proibição de importações decretada pela Rússia, produtores da União Europeia, América do Norte e Austrália estão sendo obrigados a procurar outros mercados compradores. Esse cenário pode aumentar a oferta e exercer consequentemente pressão sobre os preços. Efeitos a longo prazo vão depender da duração da proibição de importações e das oportunidades de conquista de novos mercados compradores.

Índice de Tendências da DLG Europa:

• Segundo resultados preliminares do Índice de Tendências da DLG Europa, a situação atual dos negócios na Alemanha continua estável e satisfatória, com 2,6 pontos (contra 2,5 pontos do último trimestre de 2013). Produtores de cereais, legumes e verduras nunca avaliaram a situação tão bem como agora: 1,8 ponto (contra 2,3 no segundo trimestre de 2014) – o excelente período econômico dos últimos anos trouxe grande satisfação aos produtores. A situação permanece estável para os produtores de leite (2,4 pontos). A baixa de fornecimento de leite do início do segundo semestre causou estabilidade nos preços. Criadores de suínos se mostram menos satisfeitos com a atual situação de negócios. Embora a proibição de exportação de carne suína decretada pela Rússia dure desde o segundo trimestre de 2014, juntamente com a queda de preços em fevereiro, os preços se recuperaram e estão estáveis, na marca de 1,65 €.  Essas condições engessam o nível atual dos preços e desaceleram tendências de elevação. As expectativas de evolução nos negócios diminuíram na Alemanha. O complicado ambiente de mercado atual – com baixa de preço de grãos, proibição de importação, oferta elevada de leite devido à falta de negociações com a Rússia – deixam os agricultores mais céticos em relação aos negócios dos próximos doze meses.

• Produtores rurais do Reino Unido e Polônia veem estabilidade na situação atual. Os agricultores desses países são menos dependentes de exportação e por isso sofreram menos impacto com a proibição de importações da Rússia. Também a colheita sem incidentes de 2014 motivou os produtores rurais dos dois países a considerarem estável a situação econômica. Da mesma forma, as expectativas de negócios dos agricultores britânicos e poloneses mostram estabilidade. As dificuldades no mercado de exportação não afetaram em larga escala os produtores desses países. O alívio de custos decorrente da queda de preços da ração trouxe uma mistura de otimismo e cautela em relação aos negócios dos próximos doze meses.

• Segundo os resultados preliminares do Índice de Tendências da DLG, os agricultores franceses estão novamente menos satisfeitos com a situação econômica atual. As condições desfavoráveis de colheita resultaram em parte na piora da qualidade dos grãos. Consequência disso é que esses grãos só poderão ser comercializados como ração animal. Dessa maneira, os produtores de grãos perdem a chance de ganhar com exportações e com acréscimos provenientes de melhor qualidade. Apesar de os produtores terem maior lucro com a baixa de preço das rações, a proibição de importações da Rússia teve profundo impacto nos negócios dos produtores franceses de suínos. Perspectivas de negócios dos agricultores também diminuíram muito na França. O patamar de preços pelas repetidas colheitas de grãos para ração não permitiu cobrir os custos. Compradores já procuram grãos de melhor qualidade no exterior. Aliado a esses fatores, observa-se o atraso de modernização da indústria de carnes da França, que leva a perdas no mercado internacional e menos vendas.

Alemanha, Polônia e Reino Unido mostram grande interesse em investir

Apesar do ambiente difícil do mercado, os agricultores ouvidos pela pesquisa têm intenção de investir: Metade dos agricultores tanto da Alemanha como da Polônia alegam querer investir nos próximos doze meses. Na Alemanha, os produtores de animais também estão dispostos a investir: 47% dos criadores de suínos e 55% dos produtores de gado leiteiro têm planos de investir nos próximos doze meses. No Reino Unido, 54% dos agricultores que participaram da pesquisa planejam fazer investimentos. O número corresponde a um aumento de 23% em relação à pesquisa feita no último trimestre de 2013. Os agricultores dos três países seguem assim a estratégia de desenvolvimento de suas empresas também em um ambiente de mercado difícil. Já na França, a disposição para investimentos teve uma queda considerável: Baixou de 28% no último trimestre de 2013 para 10% na atual pesquisa. Tradicionalmente, os agricultores franceses reagem com mais vigor às incertezas causadas pela política.

O objetivo principal dos investimentos dos agricultores alemães e britânicos é o aprimoramento da produção corrente. Já os agricultores poloneses estão voltados para o crescimento: querem aumentar a capacidade atual de produção. Na França, os produtores rurais querem reduzir os custos por meio de investimentos em cooperação com outros agricultores.

Os agricultores alemães planejam investir da seguinte maneira: 42% nas instalações internas da propriedade rural, 50% na produção vegetal e 8% em energias renováveis. Agricultores franceses planejam maiores investimentos nas instalações internas das propriedades: 38% do total dos investimentos serão destinados a essa área (contra 23% no último trimestre de 2013). Já na Polônia e no Reino Unido, cerca de dois terços dos investimentos irão para as instalações internas.

Contexto social desempenha um papel cada vez mais importante

Além das condições dos mercados baseados em oferta e demanda, o contexto social da produção animal desempenha um papel cada vez mais importante no desenvolvimento e implementação das estratégias operacionais dos produtores. Segundo números atuais do Índice de Tendências da DLG Europa, empresários alemães, poloneses e britânicos estão dando atenção especial à melhoria do bem-estar animal nos sistemas de manejo. Cerca de 60% dos agricultores ouvidos na pesquisa alegaram dar plena importância a esse fator. Inovações em gestão de dados para uma condução de rebanhos mais eficiente também estão no foco dos agricultores. As tendências mais aguardadas pelos agricultores são portanto mais bem-estar animal e uma condução de rebanhos mais aprimorada.

EnergyDecentral 2014

Cerca de 350 expositores especiais irão participar da EnergyDecentral 2014, a feira internacional de inovação em abastecimento de energia. Esse número representa uma ligeira diminuição em relação a 2012. O resultado das inscrições é compreensível, em virtude da alteração da lei de energias renováveis e seus efeitos negativos para os fabricantes e consumidores. Será preciso que representantes da política criem um ambiente empresarial que não dificulte, mas sim estimule o poder de inovação do setor. 

Em face das condições desfavoráveis atuais, operadores de biodigestores terão de melhorar seus sistemas, a fim de garantir a rentabilidade. A EnergyDecentral irá oferecer uma grande variedade de informações sobre a melhoria de manejo das instalações e soluções para operadores.

Expectativa de um grande número de visitantes

Circunstâncias favoráveis para a produção animal e o prestígio da EuroTier como a maior feira de zootecnia do mundo estão despertando ainda mais o interesse dos visitantes tanto da Alemanha como do exterior. A DLG espera nesta ano o mesmo número de visitantes da edição de 2010, quando 145 mil pessoas visitaram a EuroTier.

Fonte: Ass. Imprensa da EuroTier

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Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
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Competitividade da carne suína sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Preços médios destas carnes vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

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Foto: Shutterstock

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina.

Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola.

Fonte: Assessoria Cepea
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IFC

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