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Diferença de renda entre campo e cidade diminui no Paraná

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No Paraná, a diferença entre o ganho mensal médio do trabalhador urbano em comparação com o rendimento do rural teve diminuição significativa em pouco mais de uma década: em 2001, os valores pagos eram de R$ 432 e R$ 216, respectivamente. A diferença de 100% caiu para 62% em 2013, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números do IBGE apontam uma evolução de 26,55% na renda do trabalhador do campo entre 2011 e 2013. Com a variação positiva, o ganho médio da mão de obra no meio rural passou de R$ 659 para R$ 834 no período. A renda média urbana está em R$ 1.351. O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirma que as políticas públicas para melhorar a qualidade de vida de quem trabalha na terra e os avanços tecnológicos do setor agropecuário foram fundamentais para a redução da diferença de renda. “Os programas institucionais têm importante papel para a melhoria da qualidade de vida e da renda do pequeno e do agricultor familiar. Com a tecnologia houve aumento de produtividade. O pequeno agricultor passou a produzir resultados, o que reflete em sua renda e estimula a permanência ou o retorno das pessoas ao campo”, avalia Ortigara. 
Entre os vários programas do governo voltados à agricultura familiar, Ortigara também cita a retomada do programa de calcário, a melhoria de manejo e boas práticas com economia no uso de agroquímicos e a readequação das estradas rurais, que gera economia no frete. “A produção para a merenda escolar criou um mercado cativo para eles. Também há os programas sociais, como a construção de casas rurais e sistema de abastecimento de água”, completa o secretário.
Entre os exemplos de economia na produção agrícola está o Manejo Integrado de Pragas, houve redução de 5 para 1,3 aplicação de agrotóxicos, com economia de R$ 280 por hectare. A adoção do Manejo Integrado de Doenças reduziu de duas para 0,7 aplicação de agroquímicos. Com isso, o gasto cai em R$ 215 por hectare. 
Viabilidade
Para Julio Takeshi Suzuki Júnior, diretor do Centro de Pesquisas do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a adoção de políticas públicas viabiliza economicamente os micros e pequenos produtores rurais. “Esses programas buscam principalmente elevar a renda no campo. Por isso, a queda substancial da diferença entre o rendimento médio dos residentes no meio urbano e o da população rural paranaense, apontada pelo IBGE, sinaliza a redução das desigualdades sociais e regionais no Estado”, explica Suzuki. 
Hoje, o Governo do Estado desenvolve diversos programas em benefício dos agricultores, especialmente para a agricultura familiar. A volta da distribuição de calcário exigiu um investimento de R$ 45 milhões desde 2011. Neste ano a previsão é atingir 35 mil pequenos produtores nos 399 municípios paranaenses. O programa Estradas da Integração prevê o calçamento de 1,28 mil quilômetros de estradas rurais com pedras irregulares, além de 35 quilômetros com blocos sextavados. A melhoria atingirá 248 municípios com investimento de R$ 238,3 milhões a serem repassados às prefeituras. 
O objetivo é manter a trafegabilidade em trechos críticos, contribuir para que produtores rurais tenham transporte seguro de insumos e safras agrícolas e também para que as comunidades tenham suas necessidades básicas atendidas, especialmente no que se refere à saúde, transporte escolar, lazer e abastecimento. Dentro do programa há o trabalho de adequação e melhorias de estradas rurais com a Patrulha do Campo, que envolve o Governo do Estado em parceria com consórcios municipais. Até o momento, as primeiras 30 patrulhas foram destinadas a 20 consórcios, integrados por 200 municípios. 
Segundo a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), que coordena o projeto, já foram adequados 2,8 mil quilômetros de estradas, beneficiando mais de 350 mil pessoas, entre agricultores, alunos e moradores da área rural. Também foram capacitados 1.140 técnicos e operadores de máquinas para a execução do serviço. 
Pecuária
Outro exemplo de política pública voltada para a agricultura familiar é o incentivo que o governo estadual dá à pecuária leiteira, importante atividade de diversificação de produção que ocupa a mão-de-obra da propriedade e é fonte de renda mensal para as famílias. Em busca da produção sustentável e aumento da competitividade, o investimento é direcionado para as áreas de melhoramento da alimentação e da genética dos animais, além de sistemas comunitários de resfriamento de leite em várias regiões. Até o momento foram investidos aproximadamente R$ 15,5 milhões. 
Há ainda o Pró-Rural, que estabeleceu investimentos para estimular a geração de renda e a melhoria da qualidade de vida no meio rural, especialmente nos municípios do Centro do Estado e do Vale da Ribeira. Como parte do projeto, foram liberados R$ 28,9 milhões, em recursos do Banco Mundial (Bird), para a melhoria da infraestrutura rural.

Fonte: AENotícias

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Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
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Competitividade da carne suína sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Preços médios destas carnes vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

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Foto: Shutterstock

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina.

Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola.

Fonte: Assessoria Cepea
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