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Cúpula da Conab-PR é afastada em operação da PF

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Na manhã desta terça-feira (24), a Polícia Federal no Paraná deflagrou a Operação Agro-fantasma, visando o cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva, sete mandados de suspensão cautelar da função pública, 37 mandados de busca e apreensão e 37 mandados de condução coercitiva em 15 municípios do Paraná, além de Bauru/SP e Três Lagoas/MS, todos expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba/PR.  A operação revela um grande esquema de desvio de recursos públicos oriundos de um dos programas do “Fome Zero”, do Governo Federal, denominado Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da ação de Compra Direta da Agricultura Familiar com Doação Simultânea –, repassados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a associações e cooperativas rurais. Toda a cúpula da Conab/PR e fiscais ligados ao grupo estão sendo afastados, em razão de fortes indícios de participação nos crimes. 
A investigação, iniciada em 2011, foi realizada pela Polícia Federal de Guarapuava, a partir da deflagração de outra operação, denominada Feira Livre, que investigou as fraudes em um dos municípios. Foram investigados 22 programas, dos anos de 2009 a 2013, nos municípios paranaenses de Guarapuava, Foz do Jordão, Honório Serpa, Candói, Ponta Grossa, Irati, Rebouças, Teixeira Soares, Inácio Martins, Fernandes Pinheiro, Itapejara D’Oeste, Goioxim, Pinhão e Querência do Norte. Cerca de 200 policiais participaram da ação. Em todos os programas investigados foram encontradas evidências de desvio de recursos.
Tendo em vista que durante a investigação também foram apuradas irregularidades idênticas, do mesmo programa, em outros 24 municípios paranaenses e seis Estados brasileiros, a Polícia Federal está disponibilizando para denúncias o telefone (42) 3035-8713 e email dpf.gab.gpb.srpr@dpf.gov.br. 
Indiciados
De acordo com nota da Polícia Federal, até o momento, 58 pessoas foram indiciadas nos crimes de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A), estelionato contra a Conab (art. 171 §3º), quadrilha ou bando (art. 288 caput), falsidade ideológica (art. 299), ocultação de documento (art. 305), peculato doloso (art. 312 caput), peculato culposo (art. 312 §2º), emprego irregular de verbas públicas (art. 315), prevaricação (art. 319), condescendência criminosa (art. 320) e violação de sigilo funcional (art. 325), todos previstos no Código Penal Brasileiro.
Irregularidades
O programa investigado (PAA – Programa de Aquisição de Alimentos) foi implementado em 2003, e movimenta anualmente bilhões de reais em todo o Brasil. Na investigação foram constatadas as seguintes irregularidades:
Desvio de finalidade do programa;
Programas abrigados, com total controle, por prefeituras municipais, fazendo propaganda em face de programa do governo federal;
Desconhecimento das normas e procedimentos do programa pela imensa maioria dos produtores rurais e representantes das entidades recebedoras de produtos;
Pessoas que não eram produtores rurais, tendo seus nomes utilizados pelos coordenadores dos programas para desvio dos recursos;
Participantes dos programas sem capacidade produtiva de determinados produtos, recebendo os recursos sem a efetiva entrega dos produtos;
Participantes dos programas entregando menos produtos do que os que constam nos relatórios de entrega – ora recebendo pelo valor integral, ora não recebendo nada;
Produtores rurais, em sua grande maioria, sem a posse de suas respectivas Notas Fiscais de Produtores Rurais;
Notas Fiscais de Produtores Rurais com dados falsos e sem conhecimento dos produtores rurais;
Compensação de preços de produtos com a apresentação física menor em relação aos termos de recebimento e aceitabilidade – acordos entre produtor, entidade e coordenação para entregar menos produtos, mas recebendo como se estivesse entregando a mais, para compensar o baixo valor pago pelo produto;
Compra ou empréstimo de produtos de terceiros para entrega no projeto;
Troca de produtos não autorizada pela Conab;
Toneladas de produtos inexistentes ou acima de suas quantidades pagos pela Conab, constando como sendo entregues nas entidades, mas não sendo efetivamente entregues; 
Pessoas que não faziam parte do programa, assinando documentos importantes que fazem parte da prestação de contas, sem sequer trabalhar no local de recebimento dos produtos, não tendo como acompanhar a real entrega desses produtos;
Pessoas que não poderiam ter responsabilidades no recebimento dos produtos, interferindo no procedimento;
Pessoas assinando documentos sem ter ciência do que estavam assinando;
Não conferência dos produtos pelos recebedores nas entidades;
Produtos constando como sendo entregues em grandes quantidades em períodos climáticos desfavoráveis para sua produção – 
Exemplo: produtos de verão entregues no inverno;
Assinaturas falsas dos representantes das entidades recebedoras;
Ausência de controle sanitário e de qualidade em quase a totalidade do processo de produção dos produtos;
Ausência de fiscalizações das vigilâncias sanitária federal, estadual e/ou municipal nos locais de transformação de produtos de origem animal ou vegetal, relacionados ao tema Segurança Alimentar; 
Pagamento do ressarcimento Funrural feito pelo Conab, às associações, sem apresentação dos documentos mínimos necessários exigidos pela lei;
Retenção indevida do Funrural dos agricultores pelos coordenadores dos programas, discriminadas nas respectivas Notas Fiscais de Produtores Rurais;
Fichas de controle de brucelose e tuberculose fraudadas para comprovar plantel de vacas leiteiras inexistentes;
Produtos não contemplados pelo programa, mas recebidos e pagos normalmente pela Conab;
Não comunicação das irregularidades pela Conab à Secretaria de Controle Interno da Presidência da República;
Informações falsas sendo redigidas pelos servidores da Conab em diversos relatórios de supervisão e outros documentos oficiais;
Ausência completa de qualquer supervisão da Conab, em alguns casos;
Não apresentação, pelos servidores da Conab, durante as supervisões dos programas, dos relatórios de entrega e dos termos de recebimento e aceitabilidade aos produtores rurais e representantes das entidades, necessários para uma efetiva fiscalização;
Pagamentos sendo aprovados pela Conab em programas com graves indícios de desvio de recursos constatados pela própria Companhia; 
¬- Ocultação de documentos noticiando irregularidades, que deveriam fazer parte das CPR’s – Cédula de Produto Rural; 
Servidores da Conab sendo enviados a campo para encobrir irregularidades;
Aviso prévio da Conab aos coordenadores dos programas acerca da data e roteiro das “fiscalizações”;
Programas com graves indícios de desvios de recursos sendo renovados pela Conab com as mesmas associações/cooperativas, mesmo com o conhecimento das irregularidades; 
Conluio dos servidores da Conab com os coordenadores dos programas, a fim de serem encobertas e desconsideradas as irregularidades constatadas, com a continuação dos programas.

Fonte: Assessoria

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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