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Cooperalfa adquire setor de grãos da Sementes Estrela por R$ 44 milhões

O negócio envolve unidades de recebimento, secagem e armazenamento de grãos em Erechim, Paulo Bento, Quatro Irmãos, Erebango, Três Arroios, Áurea e Viadutos

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A Cooperativa Agroindustrial Alfa, com sede em Chapecó, SC, confirmou ontem pela manhã em Erechim – RS, a compra de um dos vários ramos de negócio do GRUPO GAÚCHO SEMENTES ESTRELA & FUTURA AGRÍCOLA. Trata-se de sete unidades de armazenamento de grãos, por R$ 44 milhões, sendo 100% de recursos próprios e máximo de seis meses de prazo para quitação. O presidente da Cooperalfa, Romeo Bet, anunciou a transação em coletiva de imprensa, após três curtos meses de conversação com o diretor do GRUPO GAÚCHO, Efraim Fischmann. Este, disse ser a saída da empresa do negócio GRÃOS COMERCIAIS, "uma grande oportunidade de investimentos em alta tecnologia de sementes, uma das especialidades da companhia, que comunga de valores éticos e de confiança idênticos ao da cooperativa compradora".

O negócio envolve unidades de recebimento, secagem e armazenamento de grãos em Erechim, Paulo Bento, Quatro Irmãos, Erebango, Três Arroios, Áurea e Viadutos. Os estabelecimentos negociados permitem guardar, com refinada segurança alimentar, 1,4 milhão de sacas. "Já na próxima safra estaremos aptos a receber trigo e outros cereais", antecipou Bet. Dia 01 de julho de 2017 será a data oficial de abertura jurídica e operação dessas unidades. O Noroeste gaúcho é pródigo em produção agropecuária e tem semblante geo-econômico muito parecido com o de SC, com predomínio de pequenas propriedades rurais. O presidente da Alfa destacou que os sócios podem cobrar a cooperativa, números claros, lealdade, assistências de qualidade e informações idôneas, "mas a contrapartida com o compromisso das negociações será necessária, pois é dessa relação bem próxima que emerge a solidez da corporação".

O presidente da Cooperalfa, Romeo Bet, afirma que a produção de leite da região gaúcha, bem como a de suínos e aves que aceitarem o modelo de negócios da COOPERALFA, será industrializada pela Aurora Alimentos. "Rações, concentrados, milho aos integrados, adubos, sementes, ferramentas e tudo o que o campo profissionalizado requer, teremos a ofertar", garantiu Bet, "com o diferencial de que, nossas equipes, buscam o que se chama VENDA ÉTICA". O líder cooperativo, que é natural de Antonio Prado, RS e migrou a SC bem jovem, se refere à adição de valor em favor da classe agrícola que deseja melhorar posturas produtivas. "Traremos muito conhecimento útil e vamos aprender bastante em solo gaúcho", reconheceu Bet. "De alguma forma, estamos retornando à nossa casa, pois do solo gaúcho, a maioria dos catarinenses incorporou a cultura da hospitalidade, do trabalho digno, das verdadeiras amizades e da família como cerne existencial".

Alfa aluga oito unidades da Cotrel

Na coletiva, a diretoria da Cooperalfa, que em 2017 festeja 50 anos e pretende ultrapassar a fita dos R$ 3 Bilhões em receita total, também anunciou o aluguel de oito unidades da COTREL, de Erechim, para atendimento aos agricultores e demais públicos. Estão acertadas locações no centro de Erechim, Polígono, Barra do Rio Azul, Severiano de Almeida e Gaurama. No ´pacote´, disse Bet, entrou o Posto de Resfriamento de Leite da COTREL e outras duas unidades de vendas foram arrendadas de terceiros – em Aratiba e Viadutos. Todas as lojas deverão estar em perfeito funcionamento em no máximo 60 dias. "Com essa estratégia, são 15 novos CNPJs e a Alfa passa a interagir tecnicamente com os proprietários de 300 aviários, mais 300 suinocultores – que somam perto de 16 mil matrizes -, e diretamente com 277 produtores de leite", informou o supervisor de filiais, Jorge Brock. "A meta para 2018, é superar os 300 milhões de receita bruta no RS", alinhou Brock, "10% do volume total de negócios deste ano. Hoje, já são mais de mil associados de Erechim e municípios próximos".

"Supermercados? Paciência!"

Indagado pela imprensa gaúcha sobre investimentos em supermercados no Alto Uruguai gaúcho, o Bet pediu paciência. "Vamos caminhar como sempre o fizemos, com os pés no chão. Se, no futuro, surgirem oportunidades nessa área, certamente serão estudadas com carinho". O líder cooperativo, que é natural de Antonio Prado, RS, conclamou os agricultores da região a apostarem numa organização séria. "Se a reciprocidade em negócios for vertiginosa, afinal a Alfa pertence aos seus cooperados, mais facilmente novos investimentos passam a ser viáveis". Sobre aplicação de recursos em indústria de leite, Bet disse ser impossível, por conta do Estatuto da Cooper Central Aurora, da qual a Alfa se aproxima dos 30% de Capital Social que impede cooperativas singulares de conflitar em atividades congêneres. Assim, o leite recolhido do RS pela Alfa, continuará sendo industrializado pela unidade Aurora de Pinhalzinho – SC.

Funcionários

Tanto os funcionários das oito unidades alugadas da Cotrel, quanto os atuais da Sementes Estrela área de grãos, foram, estão sendo ou serão avaliados psicológica e tecnicamente pela equipe especializada em RH da Alfa e, tendo qualificação e necessidade, serão priorizas as respectivas contratações.

Como se associar?

O 1º vice-presidente da Alfa, agrônomo, Cládis Jorge Furlanetto, explicou que os sócios da Cotrel, se desejarem, terão até três anos para acertar uma "joia" de R$ 667,00 em favor da sociedade-empresa Alfa. Essa cota de subscrição permite a associação efetiva na nova entidade. "Esse valor será quitado através das sobras e retenções, ou seja, ninguém precisará tirar dinheiro do bolso", disse Cládis. O diretor defende que a Alfa somente terá sucesso no RS, se os cooperados se envolverem, aceitarem desafios e forem recíprocos às diretrizes coletivas.

Dados: A Alfa tem 18 mil associados, 3 mil funcionários, atua em 70 municípios do RS, SC, PR e MS com unidades físicas e soma 140 CNPJs entre rede de supermercados, lojas agropecuárias, indústrias e postos de combustíveis. A previsão para 2017 é chegar a 19 milhões de sacas de grãos movimentadas. 

Fonte: Ass. de Imprensa

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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