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Conferência FACTA 2017 reúne setor e coloca a avicultura de baixa emissão de carbono em discussão

Os vencedores do Prêmio Lamas foram anunciados no último dia

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A 34ª Conferência FACTA, um dos principais eventos técnicos da avicultura, reuniu profissionais, acadêmicos e estudantes durante os dias 23, 24 e 25 de maio, em Campinas (SP). O encontro abordou temas como manejo, nutrição, saúde e produção de aves, além de discussões sobre a produção orgânica, avicultura de baixa emissão de carbono e controle de enteropatógenos de origem avícola para saúde pública, que geraram diversos questionamentos e debates de alto nível.

Segundo a presidente da FACTA, Irenilza de Alencar Nääs, a produção avícola brasileira vem de uma evolução bastante positiva nos últimos 30 anos. “Embora já tenhamos atingido números bastante significativos, em termos mundiais inclusive, as demandas se alteram e os mercados ficam cada vez mais exigentes. Já vencemos o desafio do bem-estar animal e o prognóstico atual é que teremos que lidar com a avicultura de baixa emissão de carbono e uma produção avícola mais limpa, no geral, respondendo a uma demanda internacional. Na esfera nacional, acredito que o agronegócio brasileiro e a avicultura, em particular, vão vencer o momento pelo qual o Brasil passa, porque temos a tecnologia, sabemos fazer e fazemos bem”. 

A zootecnista Karina Dosualdo, que participou pela primeira vez da Conferência, ficou impressionada com os conteúdos apresentados. “Excelentes palestras, com temas muito atuais e que aproximam a tecnologia e a ciência da produção. São assuntos necessários, como o bem-estar animal e a questão dos orgânicos, por exemplo. Temos que aproximar a sociedade civil dessa área técnica”, ressalta.

Para José Laércio, gerente de incubatório da granja São José, a Conferência tratou de temas muito relevantes para o mercado atual. “Vi muitas coisas relacionadas a orgânicos e achei oportuno, porque o mundo está olhando para essa questão. Os assuntos abordados pelo evento estão acompanhando o que o mercado precisa. Como também trabalhamos com criação de orgânicos, levaremos muita coisa para o nosso dia a dia, principalmente o tema da baixa emissão de carbono, que vale para o incubatório, para a criação de frango e para a vida”, detalha.

“Para mim, a Conferência foi uma grata surpresa este ano, pela excelente organização e o nível das palestras, todas de excelente qualidade, com temas de relevância para o setor de forma geral e também pela participação do público, o que mostra a importância do crescimento técnico do evento para atrair pessoas da área”, destaca o médico veterinário Rodrigo Tedesco, da Aviagen.

Sobre a edição 2017 da Conferência, Irenilza explicou ainda que a FACTA foca justamente em preparar o profissional técnico para esses e outros desafios para que tenha informação e tecnologia suficientes para aplicar todo o conhecimento adquirido na empresa em que atua. “Fico muito feliz de que nós, com todo esse contexto de dificuldade que o país passa, tenhamos recebido aqui cerca de 460 participantes, o que demonstra que realmente houve uma aceitação muito boa. Os técnicos vieram discutir e encheram as salas. Isso demonstra a pujança da nossa avicultura”, finaliza a presidente da entidade.

Prêmio Lamas

O Prêmio Lamas 2017, promovido pela FACTA com o objetivo de fomentar a pesquisa acadêmica e laboratorial, premiou os trabalhos inscritos nas categorias Nutrição, Sanidade, Produção/Incubação e Outras Áreas (Fisiologia, Processamento, Comercialização, Industrialização etc.).

Confira todos os ganhadores

Sanidade

Vencedor Oral – Clarissa Silveira Luiz Vaz. Instituição: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Trabalho: “Efeito de tratamentos de cama aviária sobre a infectividade de vírus e bactérias”.

Menção Honrosa – Vagner Ricardo Lunge. Instituição: Simbios Biotecnologia. Trabalho: “Salmonella Gallinarum: análise genômica permite rastrear a origem e a diversificação de recentes surtos de tipo aviário e pulorose no Brasil”.

Vencedor Pôster – Thais Fernanda Martins dos Reis. Instituição: Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Trabalho: “Associação entre a presença de genes do grupo ESBL e os genes ampC e a resistência fenotópica ao Ceftiofur em E.coli resistentes a amoxilina”.

Vencedor Pôster – Rafaela Altarugio. Instituição: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Trabalho: “Seleção e caracterização probiótica in vitro de lactobacillus spp. com potencial de inibição de salmonella Heidelberg isolados de perus”.

 Nutrição

Vencedor Oral – Fernando de Castro Tavernari. Instituição: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMPBRAPA). Trabalho: “Coeficientes de digestibilidade ileal de aminoácidos de rações fareladas e peletizadas para frangos de corte determinados com diferentes indicadores”.

Menção Honrosa – Rafaela Pereira. Instituição: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Trabalho: “Combinação de prebióticos e um simbiótico na ração de frangos de corte”. 

Vencedor Pôster – José Eduardo Butolo. Instituição: BIOJEB. Trabalho: "Avaliação do desempenho de frangos de corte alimentados com ração suplementada com ácido guanidionoacético até 40 dias de idade". 

Vencedor Pôster – Veridiana Aparecida Limão Barbero. Instituição: Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Trabalho: “Coeficiente de digestibilidade de nutrientes em dietas de galinhas poedeiras com diferentes níveis de incluso do calcário granulado”.

Produção

Vencedor Oral – Nilsa Duarte da Silva Lima. Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Trabalho: “Pegada de carbono na produção de frangos de carte”.

Menção Honrosa – Maria Júlia Macedo Franco. Instituição: Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Trabalho: “Mortalidade embrionária e qualidade do pinto ao nascer oriundo de ovo de casca vítrea de matriz pesada (Gallus gallus)”.

Vencedor Pôster – Rafael Belintani. Instituição: Universidade Federal de Dourados (UFGD). Trabalho: “Condenações por aerossaculite e síndrome ascítica em frangos de corte”.

Vencedor Pôster – Jorge Ikefuti Filho. Instituição: Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Trabalho: “Manipulação térmica e o rendimento de incubação de ovos de pesos distintos de matriz leve”.

Outras Áreas

Vencedor Oral – Ianê Correia de Lima Almeida. Instituição: Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Trabalho: “Latency to lie e gait socre em frangos de corte”.

Menção Honrosa – Jonas Irineu dos Santos Filho. Instituição: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Trabalho: “Impacto da logística brasileira no reço do milho e na cadeia produtiva do frango”.

Vencedor Pôster – Gerson Neudí Scheuermann. Instituição: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Trabalho: “Caracterização do estado de inconsciência dos frangos após eletronarcose com baixa corrente e alta frequência”.

Vencedor Pôster – Nilsa Duarte Silva Lima. Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Trabalho: “Incidência de miopatía peitoral em frangos de corte”. 

Fonte: Assessoria

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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