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Colheita confirma baixa qualidade do trigo no Rio Grande do Sul

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Com o predomínio do sol em boa parte do último período, os triticultores puderam intensificar o trabalho de colheita das lavouras. Conforme o informativo conjuntural divulgado nesta quinta-feira pela Emater, o avanço em relação à semana passada foi de sete pontos percentuais, alcançando 79% da área cultivada. Importantes regiões produtoras de trigo, como Santa Rosa e Ijuí, praticamente já encerraram o processo de retirada dos grãos das lavouras, com mais de 95% da área colhida.

Apesar do avanço, a colheita do trigo no Rio Grande do Sul está atrasada quando comparada à safra passada. Nesta mesma época, os produtores haviam colhido 85% da área. As baixas produtividades e a qualidade inferior do grão explicam o desinteresse por parte dos agricultores em efetuar a colheita. Em muitos casos, os rendimentos sequer proporcionam a cobertura dos custos de produção. Restando pouco mais de 20% da safra para ser colhida no Estado, os prejuízos parecem estar consolidados.

Tendo em vista esse cenário, a Emater finalizou durante a primeira quinzena deste mês, um novo levantamento sobre a situação das lavouras de trigo, realizado em 264 municípios – 85% da área plantada com o cereal. Os números analisados refletem as péssimas condições enfrentadas pela cultura ao longo de todo seu ciclo. As áreas mais afetadas se concentraram entre o Norte e o Noroeste do Estado, embora quase todas tenham sido afetadas. A região administrativa da Emater de Santa Rosa, por exemplo, que concentra 19% da produção do Estado, indica uma produtividade média de apenas 1.150 quilos por hectare, o que representa 60,28% menos da estimativa inicial, de 2.895 quilos por hectare. Na região de Ijuí (27% da produção), a produtividade esperada inicialmente era de 2.976 quilos por hectare, e a obtida foi de 1.498 quilos por hectare (-49,67%).

Em âmbito geral, os números indicam uma produtividade média para o Rio Grande do Sul de apenas 1.576 quilos por hectare, marcando uma diferença de -50,18% em relação à obtida no ano passado (3.164 quilos por hectare). Se comparada com a estimativa inicial, a diferença fica em -42,37%. Levando-se em conta essa produtividade, a produção projetada para este ano cai para 1,817 milhão de toneladas, ficando 45,75% menor que a do ano passado.

O leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) de trigo, realizado, nesta quinta-feira, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), comercializou um valor de prêmio referente à venda e escoamento de quase 76 mil toneladas do produto. Esta quantidade equivale a 50,63% do total pretendido, de 150 mil toneladas. O trigo é em grãos e oriundo da safra 2014/2015.

A operação de incentivo vai contemplar produtores e suas Cooperativas nos estados do Paraná (21,9 mil toneladas), Rio Grande do Sul (51,9 mil toneladas) e Santa Catarina (2 mil toneladas). Para fazer jus ao prêmio, o produtor e/ou cooperativa deve vender o produto para comprador da iniciativa privada sediado fora dos estados de plantio e das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A venda pode ser feita também para comerciantes instalados nestes estados, desde que atendam esta recomendação. O resultado do leilão está disponível no site da Conab.

Segundo a Emater, a semeadura das principais lavouras de verão avançou na última semana. Na cultura do arroz, com as condições meteorológicas beneficiando os produtores, foi possível aumentar em 13 pontos percentuais o índice de área semeada, passando para 75% do total projetado para este ano. Se as condições se mantiverem favoráveis, é provável que os orizicultores consigam finalizar o plantio em tempo hábil, uma vez que este se estende até meados de dezembro, dependendo da região e das variedades selecionadas.

Nas lavouras recentemente implantadas, os produtores tratam de efetuar o controle de invasoras e eventuais pragas. Nas mais adiantadas o foco volta-se para adubações em cobertura e Irrigação. Nesse sentido, os agricultores não deverão enfrentar problemas quanto à falta de água. As chuvas ocorridas nos meses anteriores foram mais que suficientes para colocar os reservatórios em suas cotas máximas. Rios e arroios também apresentam vazão dentro da normalidade.

O milho segue sendo plantado em ritmo satisfatório, segundo técnicos e produtores, assim como é considerado bom o desenvolvimento das lavouras já implantadas. De maneira geral, as condições meteorológicas têm sido favoráveis à cultura, proporcionando boa umidade e temperaturas adequadas, em que pese a falta de chuvas mais abundantes registrada nos últimos 15 dias em áreas da Metade Norte do Estado. Em alguns casos, como Erechim, Ijuí e Santa Rosa, a última precipitação expressiva ocorreu no dia 7 deste mês. Neste momento, a preocupação dos produtores volta-se para o forte calor e a baixa umidade do ar, aliados ao vento seco, que coincidem com a fase de floração e enchimento de grãos, situação essa que já atinge 20% das lavouras.

O plantio da Soja seguiu de forma intensa, em que pese a falta de umidade mais adequada em áreas do Norte do Estado. O avanço foi de 15 pontos, passando o índice de área semeada para 45% do total projetado e praticamente se igualando ao registrado em 2013. Com o retorno das chuvas previsto para os próximos dias, esse percentual deverá aumentar ainda mais.

Fonte: Jornal do Comercio- RS

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Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
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Competitividade da carne suína sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Preços médios destas carnes vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

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Foto: Shutterstock

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina.

Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola.

Fonte: Assessoria Cepea
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