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Carne e leite estão longe de ser prioridade de corte em caso de aperto, diz pesquisa
Proteínas de origem animal, como carne, leite e derivados, tendem a continuar na mesa dos brasileiros
Apesar da alta nos preços dos alimentos em geral, são os doces e chocolates que vão ser cortados da lista de compras da maioria caso as finanças apertem, de acordo com pesquisa desenvolvida pela Markenz Consulting. Itens da cesta básica, como arroz, óleo, leite e derivados e carne não estão nos planos de cortes da maioria dos brasileiros.
Em caso de diminuição ou perda de renda, 29% cortariam doces, apenas 17% deixariam de comprar carne, 8% retirariam bebidas alcoólicas da lista, 7% tirariam leite e derivados, e 6% parariam de consumir massas e pães. Ao todo, somando carnes (17%), leite e derivados (7%) e embutidos (3%), as proteínas de origem animal deixariam de ser consumidas por 27% dos brasileiros, mostrando que para 73% essas não são as prioridades de corte.
“Mais de 50% dos brasileiros pretendem consumir carne no almoço, em casa ou fora, todos os dias da semana, sendo que apenas 5% consumiria ocasionalmente ou nunca”, afirma a diretora da consultoria, Letícia Marodin.
Preço ainda é decisivo para compra de alimentos, mas não é único fator
A pesquisa mostra que, apesar de itens de alimentação terem ficados mais caros, 8% dos entrevistados afirmaram sentir o impacto dos preços, mas não reduziram o consumo. “Esse comportamento mostra que o preço não é a única variável que leva o consumidor a decidir o que comprar e o que não comprar”, analisa Marodin.
Na primeira etapa da pesquisa, realizada entre março e abril deste ano, 24% dos entrevistados afirmaram considerar o preço como principal critério de escolha dos alimentos. Nesta nova fase da pesquisa, esse número chegou à marca de 33%. “Esse aumento, pode significar mais atenção e cuidado com o dinheiro, ou seja, foco em economia; contudo, ainda 67% consideram as características e ingredientes dos alimentos como fator decisivo de escolha dos alimentos que consome”, explica a diretora da Markenz e líder da pesquisa.
Considerando esse grupo, as vitaminas, os ingredientes funcionais e o nível de gordura continuam merecendo atenção especial dos brasileiros, na decisão de compra.
“Em resumo, o estudo concluiu que, mesmo o preço sendo um dos fatores fundamentais para direcionar as escolhas do consumidor, certos alimentos como as proteínas de origem animal, como carne, leite e derivados, tendem a continuar na mesa dos brasileiros”, finaliza Marodin.
A pesquisa
Conduzida pela consultoria Markenz, a pesquisa, que está em sua segunda etapa, entrevistou 517 brasileiros de norte a sul do país com o objetivo de avaliar alguns hábitos de compra de alimentos em supermercados e suas possíveis alterações em relação à pandemia da Covid-19. A primeira rodada da pesquisa foi realizada entre 27 de março e 13 da abril e observou que 83% dos brasileiros não pretendiam reduzir o consumo de proteína animal durante a pandemia, o que se confirma agora. A segunda rodada foi realizada em 17 estados brasileiros mais o Distrito Federal entre o período de 2 e 25 de agosto de 2020.
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.