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Boletim Agrometeorológico indica excesso de chuvas no Sul e escassez no Norte do Paraná

O maior acumulado mensal de chuva ocorreu em Francisco Beltrão, no Sudoeste, onde choveu 343,6 mm. O menor índice pluviométrico registrado foi de 21,4 mm nos Campos Gerais. Veja o impacto nas safras.

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Foto: Divulgação/IDR-Paraná

Em maio ocorreram grandes variações de precipitação no Estado. Enquanto mais ao Sul houve um alto quantitativo de chuva provocado pela atuação nos sistemas frontais (frentes frias), nas regiões centrais e ao Norte houve escassez, com registro somente na segunda quinzena do mês. O maior acumulado mensal de chuva ocorreu em Francisco Beltrão, no Sudoeste, com 343,6 mm. O menor índice pluviométrico registrado foi de 21,4 mm nos Campos Gerais. Os dados são do Boletim Agrometeorológico de maio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).

As anomalias de precipitação foram superiores à média histórica nas regiões Sul, Sudoeste e RMC e nas demais os índices permaneceram abaixo da média histórica. O Sudoeste e Sul registraram superávits de chuva de 111,0 mm e 84,6 mm, respectivamente, em relação à média histórica. As regiões Noroeste e Norte foram as que tiveram menores índices pluviométricos, com déficits de 49 mm e 67,8 mm em relação à média histórica. A média estadual de precipitação foi de 134,4 mm, sendo que a média histórica é de 126,3 mm.

As temperaturas foram bastante elevadas para a época, especialmente as mínimas, com valores acima da média histórica em todo o Estado, devido à presença de um forte bloqueio atmosférico durante a segunda quinzena de abril e primeira quinzena de maio. Em Cambará, no Norte Pioneiro, a anomalia das temperaturas mínimas do ar atingiu 4,4 ºC. Em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, a média das temperaturas máximas do ar foi 23,9 ºC, sendo que a média histórica é 20,7 ºC.

Na média estadual, as temperaturas máxima e mínima do ar foram 1,7 ºC e 2,5 ºC acima da média histórica, respectivamente. Houve atuação de uma massa polar de fraca intensidade no final do mês, provocando apenas geadas leves e restritas a algumas áreas do Centro/Sul do Paraná. A menor temperatura registrada foi de 2,3 ºC no dia 29 de maio no município de Entre Rios, localizado na região Central do Estado.

Confira o impacto nas safras:

Milho 2ª safra

No final de maio, 52% das lavouras de milho segunda safra do Paraná estavam em boas condições, 31% medianas e 17% ruins (Seab). Houve uma piora em relação ao mês de abril (68% boas, 22% médias e 10% ruins) devido à estiagem. Praticamente todo o milho do Estado está na fase de frutificação e maturação (98%) e a colheita já iniciou em algumas áreas (7%).

Feijão 2ª safra 

No mês de maio, a colheita de feijão passou de 16% (abril) para 94% da área. Nas lavouras restantes as condições estavam 47% boas, 33% medianas e 20% ruins (SEAB). Houve uma piora em relação ao mês de abril, quando 66% das lavouras estavam em boas condições. Isso aconteceu em decorrência da chuva e umidade excessivas registradas nos últimos dois meses na região Sul do Paraná que é a principal produtora, desencadeando problemas de pragas e doenças e também na qualidade do produto colhido, dificultando inclusive a comercialização.

Trigo

A semeadura do trigo atingiu 73% até o final de maio, com 84% das lavouras em boas condições (Seab). Devido à seca, a cultura teve uma piora em relação ao mês anterior, que era 97%. Muitas lavouras tiveram germinação desuniforme ou plântulas mortas pela falta de umidade.

Cereais de inverno

A cevada chegou a 37% da área semeada, com 93% em boas condições (Seab). Prossegue também a semeadura da aveia branca e da aveia preta.

Cana-de-açúcar

Intensificou-se a colheita de cana, favorecida pelo tempo majoritariamente seco nas regiões produtoras (Norte e Noroeste). As produtividades têm sido normais apesar do déficit hídrico.

Fruticultura

O clima favoreceu as frutíferas da época como laranja, poncã e banana, as quais estão em fase de colheita e apresentam boas produtividades.

Olerícolas

As hortaliças e olerícolas em geral apresentaram boas produtividades, inclusive as áreas da segunda safra de batata, que passaram de 29% para 56% colhidas (Seab).

Café

O café apresentou uma boa frutificação e a maioria das lavouras encontrava-se em fase de maturação (65%), sendo consideradas 83% em boas condições e 17% em condições medianas (Seab). 15% do café do Paraná foram colhidos até o final de maio. Muitas lavouras apresentaram uma quantidade relevante de grãos miúdos, devido às altas temperaturas e longos períodos de estiagem durante a safra.

Pastagens

De forma geral, as pastagens apresentaram uma boa produção de massa verde, exceto em localidades em que a seca foi mais severa, como no Noroeste do Estado.

Mananciais hídricos

Os rios, represas e córregos apresentaram níveis de água dentro da normalidade.

Chuvas em maio

Diferenças de precipitação

Fonte: AEN-PR

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Agronegócio avança rumo à sustentabilidade em meio a desafios crescentes

Empresas que lideram a transformação para uma economia mais verde e sustentável conseguem mitigar riscos e aproveitar oportunidades de explorar novos mercados, aumentando a competitividade global e assegurando um crescimento contínuo.

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Foto: Shutterstock

O agronegócio brasileiro, reconhecido como um dos pilares da economia nacional, enfrenta atualmente o desafio de alinhar seu crescimento com práticas sustentáveis. Com o aumento contínuo da demanda global por alimentos e a crescente preocupação com as questões ambientais, o setor tem adotado medidas proativas, investindo em inovações e estratégias para garantir a sustentabilidade de suas operações.

A relevância desse compromisso não pode ser subestimada, pois não apenas está em jogo a preservação do meio ambiente, mas também a longevidade e a competitividade do setor no cenário internacional.

Nos últimos anos, temos observado um movimento crescente de conscientização dentro da indústria, impulsionado tanto por pressões externas quanto pela própria necessidade de preservação dos recursos naturais para as futuras gerações. Este impulso tem levado à adoção de práticas mais sustentáveis em várias áreas-chave do agronegócio, incluindo agricultura, pecuária, silvicultura e produção de biocombustíveis. “Tecnologias avançadas estão sendo implementadas em larga escala, visando a redução do uso de agroquímicos, a otimização do uso de recursos hídricos e a diminuição das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, práticas sustentáveis, como o manejo integrado de pragas, a rotação de culturas e o plantio direto, estão sendo amplamente adotadas pelos produtores”, afirma a CEO da Iwá, Heloisa Baldin.

Consumidores e investidores estão cada vez mais atentos às essas questões, e empresas que não se adaptarem a essas demandas correm o risco de perder espaço no mercado global. Por isso, companhias que lideram a transformação para uma economia mais verde e sustentável conseguem mitigar riscos e aproveitar oportunidades de crescimento e inovação. “Este compromisso não se limita a declarações de missão ou relatórios de responsabilidade corporativa. Eles estão implementando medidas tangíveis, como metas ambiciosas de redução de carbono, investimentos em energias renováveis, adoção de práticas de fabricação ecoeficientes e engajamento com partes interessadas para fomentar mudanças positivas em toda a cadeia de valor”, pontua Heloisa.

Vale ressaltar que parcerias entre setor privado e governo têm se tornado fundamentais neste processo. Programas de certificação ambiental, incentivos fiscais para práticas sustentáveis e investimentos em pesquisa e desenvolvimento são apenas algumas das ações que estão sendo implementadas para trazer uma abordagem mais equilibrada e responsável para o agronegócio.

Fonte: Assessoria Iwá
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Agro: Reforma Tributária ainda precisa ser lapidada

Novo sistema de tributação para o setor cooperativista e de insumos agropecuários ainda não estão claros para o setor produtivo.

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Já em processo de regulamentação, a Reforma Tributária (RT), que deve ser concluída em 2025, ainda gera muitas dúvidas entre entidades e empresas. Para ajudar na compreensão das mudanças, a Câmara dos Deputados tem realizado audiências públicas para apresentar as mudanças.

O Projeto de Lei Complementar que institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS) apresenta, segundo Cintia Meyer, especialista em Planejamento Tributário, gargalos que ainda precisam ser resolvidos, incluindo o sistema de tributação para alguns segmentos do agronegócio. “Vivemos um momento único que é a Reforma Tributária e devemos aproveitar. Por isso, convocamos a sociedade para contribuir na mudança e estamos aqui para dar essa contribuição técnica”, expõe.

A reforma, acrescenta, traz uma base muito ampla, mas ainda existem pontos que não ficaram claros. Um deles, que envolve principalmente o agronegócio, é em relação ao Ato Cooperativo. A proposta prevê a tributação do repasse aos associados decorrentes da comercialização de seus produtos. “Além disso, as operações entre associados e cooperativas estão sendo tratadas como alíquota zero, o que veda a apropriação de créditos para adquirentes, sejam cooperativas ou terceiros”, observa.

Cintia afirma que não é possível a alíquota zero em operações que envolvem as cooperativas. “O impacto na cadeia acarreta a eliminação de créditos para quem adquire e geração de débitos nas vendas – gerando uma dupla oneração. “Além disso, sublinha a especialista em tributação, “os cálculos que estão sendo elaborados mostram um impacto forte e colocam em risco a sustentabilidade do sistema associativista”, lamenta.

Além da questão da tarifação, outro ponto colocado pela advogada durante a audiência pública é que não está prevista a não tributação sobre a venda dos insumos, assunto que precisa ficar claro para as sociedades cooperativas.

Demais pontos polêmicos

Outro ponto polêmico do PLP 68/2024, segundo a advogada, é a ampliação da base de incidência do Imposto sobre Consumo. Um exemplo dos desdobramentos dessa base ampla é sobre doações e empréstimos. “Ainda que eu doe, empreste ou oferte qualquer brinde hoje, da forma que está o projeto de lei, passa a ser uma base de incidência de Imposto de Bens e Serviços (IBS) e Contribuição de Bens e Serviços (CBS), operações que não tem relação com consumo, e portanto, não poderiam ser base destes tributos.

Essa é a grande preocupação, lembrando que o objetivo da RT não é reduzir a carga tributária, mas que ela também não amplie o que temos hoje como base de cálculo, que são as receitas, vendas, circulação das mercadorias, serviços prestados, produção do bem e, outras hipóteses de incidência que já existem”, observa.

“Ainda há várias pontas soltas na Reforma Tributária. Queremos um país com carga tributária razoável para que haja investimentos. O projeto de lei é bom, mas é preciso amarrar as pontas. Não podemos trabalhar uma reforma nova com a cabeça antiga. Temos que fazer um esforço para modernizar o setor”, ressalta.

A advogada completa que há uma grande preocupação sobre o estabelecimento de alíquotas e como será a transição. “Esperamos que isso não vire uma guerra fiscal”, pontua.

Fonte: Assessoria Martinelli Advogados
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JBS lança hub de serviços para aumentar produtividade de pequeno produtor

Versão turbinada dos Escritórios Verdes já atende 1,5 mil fazendas, presta assistência técnica, ambiental e gerencial aos pecuaristas de todo país

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Foto: Divulgação/JBS

A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, iniciou a operação dos Escritórios Verdes 2.0, seu mais novo hub de prestação de serviços socioambientais a pequenos produtores rurais. O programa, que oferece assistência em três frentes distintas, é uma evolução do bem-sucedido Escritórios Verdes, criado pela JBS em 2021 e que, inicialmente, visava a regularização de passivos socioambientais de imóveis rurais. Hoje, há 1,5 mil fazendas em atendimento, com quase 800 mil hectares sob gestão.

Nos Escritórios Verdes 2.0, após a triagem inicial, há o encaminhamento dos produtores contemplados para uma das três frentes:

  • Escritório Verde Ambiental, para regularização ambiental e reinserção gratuita de fazendas na cadeia produtiva;
  • Escritório Verde Assistência Técnica, para suporte à melhoria da produtividade do solo, visando a recuperação de pastagem, melhoria na disponibilidade e qualidade da água com ações de proteção e recuperação de nascentes, além de promover práticas de produção sustentável que possibilitem maior rentabilidade e melhora na qualidade de vida do produtor familiar;
  • Escritório Verde Assistência Gerencial, que fornece capacitação e ferramentas que visam melhoria na gestão e produtividade para produtores aperfeiçoarem a administração de sua produção e propriedades. Esta frente é uma evolução do Fazenda Nota 10, programa implementado pela Friboi com foco na melhoria da produtividade e gestão das fazendas de pecuária.

O Escritório Verde Ambiental já conta com 20 unidades, distribuídas em sete estados brasileiros (Acre, Rondônia, Pará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás). Já o Escritórios Verdes 2.0 começa com cinco unidades, sendo quatro em Rondônia e uma no Mato Grosso, com mais dois escritórios em implementação. Atualmente, um time de mais de 30 especialistas está dedicado ao projeto. A expectativa é que outras 1,3 mil propriedades sejam atendidas até o fim de 2024.

“O lançamento dos Escritórios Verdes 2.0 representa mais um importante passo para o setor produtor de carne bovina brasileira, seja pecuaristas e indústrias beneficiados por este programa, contribuindo para o aumento de produtividade e rentabilidade dos pequenos produtores. A evolução do programa traz um foco maior na melhoria dos índices produtivos das propriedades e na qualidade de vida na família do produtor” afirma Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil.

Entre os trabalhos desenvolvidos pelo programa estão atividades de visitas de especialistas as propriedades para a realização de análises de solo e recomendações técnicas para recuperação de pastagens, além da recuperação e proteção de nascentes para garantir a disponibilidade e qualidade da água e a geração de conhecimento e promoção de tecnologias que viabilizem o aumento de produtividade e rentabilidade capazes de propiciar melhor qualidade de vida aos pequenos produtores na pecuária. Destaque para a assistência gerencial, com foco na melhoria da gestão e produtividade.

A ampliação para o conceito Escritórios Verdes 2.0 visa agregar mais tipos de serviços a produtores, com pilares de sustentabilidade como eixo estratégico. Desde a criação do programa Escritórios Verdes, em 2021, o programa já regularizou cerca de 11,5 mil fazendas e direcionou 4.400 hectares para recomposição florestal, com 20 unidades em todo o Brasil.

Com o lançamento, a companhia avança com a sua estratégia para uma cadeia de fornecimento sustentável com a expansão de plataformas de apoio a produtores, sendo o Escritório Verde Ambiental voltado aos diversos níveis e portes de produtores, o Escritório Verde Assistência Técnica voltado as pequenas propriedades e aos produtores familiares e o Escritório Verde Assistência Gerencial para produtores com maior nível de gestão na operação, mas que precisam de apoio para transformar suas fazendas em empresas, ressalta Correia. “Mais produtividade se conecta naturalmente à sustentabilidade. Com esse conceito, virão os melhores resultados aos nossos parceiros e fornecedores” afirma.

Fonte: Assessoria JBS
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