Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias Artigo

Acidentes por raios na área rural

Os bovinos, quadrúpedes, tem por agravante o coração ficar no caminho do raio (entre os membros). Quando este atinge direta ou indiretamente o animal, torna o incidente quase sempre fatal

Publicado em

em

Marcus Rezende

Um perigo conhecido do produtor rural, os raios são fenômenos naturais que causam grandes prejuízos e até mortes na área rural com maior frequência do que muitos imaginam.

A perda de animais em decorrência de descargas elétricas é um fato mais comum que muitos podem pensar. No campo, não é raro tomarmos conhecimento de um ou outro caso de animais mortos na beira de cercas, embaixo de árvores ou mesmo dentro de currais atingidos por raios.

Um fato ainda mais grave é o produtor ter por hábito separar os lotes a serem enviados para o frigorífico e os deixar em um piquete de fácil acesso. Assim, em uma fatídica noite cai uma chuva, os animais se recolhem e se reúnem embaixo de uma árvore ou em um canto de cerca para se protegerem e um raio que cai leva em um “estalo” todo o lucro do trabalho de mais de dois anos.

Os raios têm um grande potencial destrutivo. Sua descarga elétrica pode superar a 100.000 Ampères (A) e a vários milhões de Volts (V), com duração instantânea de alguns milissegundos. E os bovinos, quadrúpedes, tem por agravante o coração ficar no caminho do raio (entre os membros). Quando este atinge direta ou indiretamente o animal, torna o incidente quase sempre fatal.

Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), caem anualmente no Brasil uma média de 57,8 milhões de raios e, a cada 50 mortes por raio no mundo, uma ocorre no Brasil. Para quem gosta de loteria eu lembro que, no Brasil, é duas vezes mais provável um indivíduo ser atingido por raio do que acertar na Mega Sena.

 

Onde os raios caem

O raio é a consequência da descarga elétrica gerada pelo choque entre as nuvens. A atmosfera tem uma grande capacidade de gerar cargas elétricas e quando isso ocorre as descargas são inevitáveis. Os raios tendem a cair em pontos mais altos do relevo:  arvores, morros e torres de igrejas são alguns dos alvos “preferidos” dos raios e, por isso, se repetem em um mesmo lugar. Só a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, é atingida anualmente por seis raios, em média. Assim, conhecendo como os raios ocorrem e associando isso ao comportamento dos animais, temos um rico material a ser usado na minimização dos prejuízos causados por este fenômeno natural.

Se houver um terreno descampado, sem árvores ou qualquer cume, o animal poderá ser o ponto de atração dos raios. Por isso, se formos surpreendidos por uma tempestade de raios em uma região descampada, a recomendação é deitar-se no solo e jamais buscar abrigo debaixo de árvores ou próximo a cercas.

 

Qual o motivo da letalidade mais elevada nos bovinos que em outras espécies?

Como citado, ao atingir a superfície do solo, a corrente elétrica tende a se difundir radialmente ampliando o seu alcance. Assim, muitos animais atingidos por raios, na verdade são atingidos indiretamente pelo raio, que caiu sobre uma árvore, que estava perto de uma cerca, que conduziu a corrente elétrica e matou o animal. Parece uma história longa, mas o tempo para tudo isso ocorrer é de um piscar de olhos!

Como adiantado, os bovinos têm como agravante uma tensão de passo entre os membros dianteiros e traseiros maior que a do homem, e o coração está no trajeto da corrente de choque, entre os membros. Por isso, é maior a letalidade para acidentes por raios com bovinos do que com outras espécies.

Outro ponto de alerta é que os raios caem durante tempestades e a chuva deixa o solo molhado, e o bovino, em solo encharcado, frequentemente tem parte dos cascos enterrados no solo molhado, criando um excelente ponto de contato com a terra, ou seja: um bom aterramento! Por isso, nessas espécies, com a mesma tensão de passo, a corrente de choque é muito maior.

 

Para-raios

São excelentes alternativas para as sedes, vilas dos funcionários, currais de manejo e confinamentos. É importante que sejam corretamente instalados em toda a sua extensão. Contrariamente ao que muitos pensam, é melhor não ter um para-raios a ter um para-raios ineficiente.

Existem manuais e regras para a instalação de diferentes tipos e para-raios e a obediência aos manuais é fundamental para evitar acidentes graves. Por isso a contratação de profissionais habilitados para essa atividade é fundamental.

 

Isolamento entre mourões

Separar a cerca em pequenos segmentos de, no máximo, 200 metros é a melhor alternativa. O aumento de custo é mínimo perto da segurança que isso dará ao produtor. No entanto, exigem bom planejamento e execução. Não pode haver contato entre os mourões para, deste modo, interromper o fluxo da corrente elétrica. A intensão desta prática é criar várias cercas delimitadas, definindo o alcance da corrente elétrica que, mesmo caindo sobre uma parte da cerca, a descarga ficará limitada, diminuindo assim o risco de mais animais serem atingidos.

 

Confinamentos

Projetar um confinamento sem contemplar um bom conjunto de para-raios e um sistema de isolamento das cercas e cochos bem planejado é o que chamo de granada sem pino. Nos confinamentos, o isolamento das cercas deve ser ainda menor que nos pastos.

A pergunta não é se vai acontecer um acidente, mas quando vai acontecer o acidente e qual será o tamanho do prejuízo.

Um para-raios dificilmente vai contemplar todo um confinamento, então é importante o planejamento de um conjunto, uma vez que cada para-raios tem um alcance limitado.

Cada cerca, linha de cocho e demais itens com capacidade de condução elétrica devem ser isolados e seccionados para minimizar a propagação da corrente elétrica.

O aterramento de pontos estratégicos deve ser estudado, uma vez que, por mais oneroso que seja o investimento, um confinamento é uma indústria de produção proteína animal e toda indústria deve ser minuciosamente planejada com todos os pontos críticos analisados para a tomada de decisão. No memorial descritivo de cada planta de confinamento não pode haver supressão à análise de riscos, o planejamento deve ser completo, afinal, é uma indústria ou não é? Deixamos de ser criadores de boi há muito tempo. Hoje somos empresários rurais!

 

Marcus Rezende, médico veterinário, mestre em Sanidade Animal com MBA em Gestão Empresarial, atualmente é Gerente Regional da Premix

 

Fonte: Assessoria

Notícias

Lar Cooperativa lança o programa Jovem Aprendiz Agro

Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Lar

Foi lançado na última quarta-feira (17), o programa Jovem Aprendiz Agro, uma iniciativa idealizada pela Lar Cooperativa destinada exclusivamente para filhos de associados. Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar. Uma reunião, com pais e os primeiros 30 jovens selecionados, marcou o lançamento do programa.

“A Lar tem o dever de proporcionar o caminho da educação aos seus associados e funcionários e com esse programa, cumprimos com a legislação brasileira e ao mesmo tempo com o nosso papel de ser uma cooperativa educadora. Uma iniciativa que partiu da Cooperativa, foi aprovada no Ministério do Trabalho e tem tudo para ser um sucesso”, destacou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues em sua fala aos pais e jovens presentes.

Nesta primeira etapa, as inscrições foram limitadas aos municípios de Serranópolis do Iguaçu (PR) e Missal (PR), onde foi selecionado o primeiro grupo composto por 30 jovens entre 14 e 22 anos, que deverão iniciar as atividades no dia 19 de abril. O programa é uma parceria entre a Lar Cooperativa, o Sescoop/PR e o Semear, instituição responsável por aplicar o conteúdo. As aulas serão via internet, com práticas na propriedade de cada participante, sob a supervisão dos pais e remotamente por professores.

“Os jovens terão contrato de trabalho com duração de 23 meses, com todos os direitos que qualquer outro trabalhador possui. Moldamos esse programa para se encaixar com a rotina que já existe na propriedade e com isso buscamos não só uma contribuição para a formação pessoal e profissional, mas também um projeto de vida”, explicou o superintendente Administrativo e Financeiro da Lar, Clédio Marschall, também presente na reunião de lançamento do programa.

Os benefícios profissionais e pessoais são muitos, com disciplinas variadas, que vão desde matemática comercial até empreendedorismo, informática, gestão de custos, mercado agrícola, entre outros. As áreas de Gestão de Pessoas e Assessoria de Ação Educativa da Lar Cooperativa serão responsáveis por monitorar a evolução e o resultado do programa. A expectativa é ampliar o número de participantes, com abertura de vagas inclusive para outros municípios.

A Lar é a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, encerrando o ano de 2023 com mais de 23.500 funcionários. A legislação brasileira diz que 5% do quadro de funcionários de uma empresa deve ser composto por jovens aprendizes, mas atender essa cota se tornou um desafio. Até a primeira quinzena do mês de abril de 2024, a Lar estava com cerca de 300 vagas a serem preenchidas por jovens aprendizes. Essa dificuldade na contratação foi um dos fatores que motivaram o desenvolvimento do programa Jovem Aprendiz Agro, que promete impulsionar o futuro do agronegócio.

 

 

Fonte: Assessoria Lar
Continue Lendo

Notícias

Considerada maior feira da avicultura e suinocultura capixaba, Favesu acontece em junho

Evento reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Favesu

Os preparativos para a 7ª edição da Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu) estão em ritmo acelerado. O Centro de Eventos Padre Cleto Caliman (Polentão) é o local escolhido para o evento, que acontece de 05 e 06 de junho, e reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

O município de Venda Nova do Imigrante (ES) mais uma vez vai sediar o evento bienal que é organizado pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) e Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES).

A programação inclui palestras com conteúdos técnicos e também palestras empresariais, painéis, apresentação de trabalhos científicos e reunião conjuntural, além da Feira de Negócios que reunirá, na área de estandes, grandes empresas nacionais e multinacionais apresentando seus produtos e serviços voltados aos segmentos.

O evento também é momento de avaliações do panorama atual para a avicultura e a suinocultura no contexto dos cenários econômicos brasileiro e mundial. O Presidente da ABCS, Marcelo Lopes e o Presidente da ABPA, Ricardo Santin farão a apresentação de painéis que abordarão os números,os desafios e as perspectivas para os segmentos.

Dentre os temas das palestras técnicas, a Favesu trará assuntos de suma importância na área de avicultura de corte, de postura e suinocultura, ambiência, exportação, influenza aviária, inspeção de produtos de origem animal, lei do autocontrole, modernização, entre outros temas.

Uma programação de alto nível que visa oferecer uma troca de conhecimentos e experiências fundamentais para impulsionar o crescimento e a inovação nos setores.

Mais informações sobre o evento entre em contato pelo telefone (27) 99251-5567.

Fonte: Assessoria Aves/Ases
Continue Lendo

Notícias

Produtores rurais podem renegociar dívidas do crédito rural até dia 31 de maio

Conforme a proposta do Mapa, poderão adiar ou parcelar os débitos os produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte, que sofreram com efeitos climáticos e queda de preços.

Publicado em

em

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A medida é uma proposta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiada pelo Ministério da Fazenda (MF), e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março. O prazo limite para repactuação é até 31 de maio.

Com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A resolução foi necessária diante do fato de que, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, reduzindo a produtividade em localidades específicas. Além disso, os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda dos preços diante do cenário global.

“Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O ministro ainda explicou o primeiro passo para acessar a renegociação. “Basta, então, que qualquer produtor, que se enquadre na medida, procure seu agente financeiro com o laudo do seu engenheiro agrônomo, contextualizando a situação. Com isso, será atendido com a prorrogação ou o parcelamento do débito”, reforçou.

Alcance

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

  • soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;
  • bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;
  • soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
  • soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;
  • bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.