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A produção de leite muda a vida no campo

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A produção de leite no Brasil tem crescido a cada ano e transformado cada vez mais a maneira de se viver no campo. É com este olhar que o Simpósio do Leite de Erechim apresenta uma importante palestra na sua 12ª edição, que acontecerá entre os dias 23 e 24 de junho deste ano, junto ao Parque da Accie.
O produtor Nivaldo Michetti vai destacar a maneira como a produção leiteira muda a vida dos produtores em todo o País. “Pretendo levar aos presentes ânimo, considerando que tendo saído do "nada" consegui, com minha família, grande mudança de vida, inclusive e principalmente, resgate da dignidade de homem do campo, que passou a entender a sua importância dentro da sociedade”, aponta Michetti.
Ele destaca que sua entrada na produção leiteira foi quase casual. “Eu procurava uma forma de autonomia, era até então, empregado de usinas de açúcar e álcool pelo País, e em um desses empregos conheci um senhor, do qual éramos vizinhos, que vivia da atividade e falava bem dela. Por acreditar que o que importa para se obter resultado é o como, e não necessariamente o que faremos como empreendedores, e  isso fica-me muito evidenciado por observar que em todos os setores dos negócios, ha pessoas prosperando e pessoas falindo, decidi entrar na produção de leite”, explica Michetti.
Hoje sua vida é completamente diferente e produzir leite se tornou uma maneira de garantir subsistência com equilíbrio e sustentabilidade. Para Michetti, há bons motivos para se investir na produção de leite no Brasil. “O principal fator pró é me permitir certa autonomia, fato que nem sempre ocorre em várias outras atividades. Um outro pró que vejo, é que por ser uma atividade que exige pertinácia não se encaixa muito no espírito do nosso povo que é muito dado ao modismo e em enriquecer rápido, por isso vemos tanta gente saindo da atividade. Mais um outro é o fato de saber que o produto leite sempre faltou no mercado brasileiro, haja visto que não conseguimos a auto suficiência na produção. Isso fica absolutamente claro toda vez que explodem os preços, nas entressafras, numa tentativa bem sucedida de conter o consumo e não acontecer o desabastecimento total, o que seria caótico”, define o produtor.
Buscando produção e rendimento
Estar na produção de leite também requer alguns cuidados por parte do produtor, para que sua atividade obtenha bom rendimento e consequentemente geração de renda. “É preciso levar em consideração a grande necessidade de informação que a atividade demanda, diferentemente daquilo que se acredita, por ser uma atividade secular e achar-se que há o domínio do assunto. Também deve-se levar em conta que há uma grande pressão de todo o restante da cadeia, compradores e fornecedores de insumos e serviços, com os mais variados argumentos, de que temos que crescer em escala e para isso temos que construir, adquirir ou adotar isso e aquilo”, explica Nivaldo Michetti.
Ele argumenta ainda que é preciso saber se há realmente vocação pessoal, na propriedade onde será explorada a atividade e até se a região tem compradores suficientes, além de se entender se há a oferta dos insumos necessários para a produção.
“A presença da família, é importante quando conseguimos separar família e empreendimento, há que se ter bem claro quem é líder e quem é liderado, do contrario abre-se espaço para incompreensões e desentendimentos. Temos que buscar meios de promover a atividade como algo bom e libertador, mas para que isso ocorra, há que se ter boa renda e principalmente formas de se tirar folgas e férias com dinheiro, enfim, qualidade de vida. Costumo ver exatamente o contrário, gente maldizendo e reclamando da ‘escravidão”, explica o produtor.
Michetti aponta também algumas necessidades que o setor ainda busca. “Falta um sentido profundo de cooperativismo por parte dos produtores, que levaria as facilidades que operações de compra, venda e busca de informação em conjunto proporcionam. Porém, antes e principalmente, levaria ao respeito e a atenção por parte da sociedade, consumidores e autoridades, que têm por grupos organizados. A formalização de uma classe com representação digna também seria muitíssimo importante, pois não há, na prática, quem nos represente”, completa Nivaldo Michetti.
Inscrições abertas
Já estão abertas as inscrições para a 12ª edição do Simpósio do leite de Erechim, evento que acontecerá entre os dias 23 e 24 de junho deste ano, junto ao Parque da Accie. As inscrições estão abertas para os três eventos que farão parte da programação: Simpósio, 6º Fórum Nacional de Lácteos e também a 4ª Mostra de Trabalhos Científicos. 
Produtores, estudantes, técnicos, professores e pesquisadores, além do público interessado em participar da programação, podem acessar o site oficial do evento, www.simposiodoleite.com.br e fazer sua inscrição.
Mais informações podem ser obtidas no site oficial, ou também pelos telefones (54) 9691-8408 e 9680-1635. O Simpósio do Leite é organizado pela Associação dos Médicos Veterinários do Alto Uruguai (Amevau).

Fonte: Ass. Impr. do Simp. do Leite

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Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
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Competitividade da carne suína sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Preços médios destas carnes vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

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Foto: Shutterstock

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina.

Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola.

Fonte: Assessoria Cepea
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