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Zootecnia: formando profissionais para um desenvolvimento produtivo sustentável

Flexibilidade de atuação dos zootecnistas tem sido cada vez mais valorizada pelo mercado

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Formar profissionais preparados para planejar e administrar empreendimentos agropecuários, para atuar na indústria de rações, no manejo e na nutrição animal ou, ainda, na prestação de serviços de consultoria especializada. Tudo isso com foco não apenas na produtividade, mas na sustentabilidade do meio ambiente.

Com esse propósito, os cursos de Zootecnia promovem uma flexibilidade de atuação profissional cada vez mais valorizada pelo mercado de trabalho, como explica o zootecnista e docente Celso Carrer, presidente da Comissão Técnica de Zootecnia e Ensino do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP).

“A nova dinâmica da agropecuária, com a formação dos complexos agroindustriais, remete o profissional à análise e participação nos vários elos que compõem a cadeia alimentar. Tanto na iniciativa privada quanto no setor público, o zootecnista dá o devido suporte ao crescimento da economia”, avalia Celso.

Ainda que o avanço do agronegócio brasileiro seja uma das principais conquistas dos zootecnistas, as atividades deste profissional vão muito além de contribuir com o aumento da produtividade e da rentabilidade no campo.

A Zootecnia é uma profissão de grande abrangência e engloba áreas como nutrição animal, manipulação genética, técnicas reprodutivas e de preservação ambiental, criação de animais de companhia, entre outras.

Para a estudante Gabriela Mascellani, que está cursando o último semestre do curso de Zootecnia e Engenharia de Alimentos na Universidade de São Paulo (USP), a área apresenta um leque de oportunidades.

“Eu acho incrível como podemos atuar em tantos mercados diferentes. A profissão não para de crescer e eu, como futura zootecnista, espero auxiliar com esse crescimento”, diz Gabriela.

Sobre o curso de Zootecnia

O primeiro curso superior de Zootecnia no Brasil data de 1966. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2018, 107 cursos eram oferecidos em todas as regiões brasileiras, sendo a maior parte nas regiões Sudeste (27%) e Nordeste (25%).

O curso superior em Zootecnia tem duração de cinco anos e carga horária mínima de 3.600 horas. Esta é uma área do conhecimento bastante abrangente dentro das Ciências Agrárias.

“Neste largo espectro de campos dos saberes estão compreendidos o planejamento, a economia e a administração, assim como o melhoramento genético, a ambiência, a biotecnologia, a reprodução, o bem-estar e o manejo de animais inseridos nos sistemas produtivos, englobando ainda a nutrição, formação e produção de pastos e forragens”, pontua Celso.

Agora que está no último semestre, Gabriela faz um balanço de sua vida acadêmica. “Começo a relembrar de toda a minha trajetória dentro do curso e percebo como fiz a escolha certa. Eu sempre fui apaixonada pelos animais e tudo que envolve eles. Desde pequena queria cuidar e proteger as mais diversas espécies e foi assim que, ao prestar o vestibular, optei por fazer Zootecnia.”

Mercado de Trabalho

O perfil exigido pelo mercado, de acordo com Celso Carrer, é de profissionais conhecedores de técnicas e tecnologias, capazes de aumentar a eficiência e a produtividade das empresas. “O zootecnista também deve saber viabilizar a comercialização de produtos e serviços, sem deixar de atender as principais tendências do público-alvo, possuindo uma visão de mercado cada vez mais demandada”, complementa.

A diminuição das áreas agrícolas e a crescente demanda por oferta de alimento fazem com que o profissional de Zootecnia esteja numa posição de destaque dentro do contexto socioeconômico, tendo como meta uma produção rápida, lucrativa e eficiente.

Para o presidente da Comissão Técnica do CRMV-SP, muitas das exigências do atual mercado de trabalho estão relacionadas às características comportamentais dos profissionais, como saber atuar com flexibilidade; trabalhar em equipe; ter conhecimento do negócio; ter uma visão global do que o cerca; ter conhecimento de técnicas e tecnologias, entre outras.

“Essas exigências demandam profissionais que se adaptem mais facilmente ao local de trabalho. Por isso, é importante que o profissional tenha, além de conhecimentos técnicos e competência, visão e atuação sistêmica para agregar valor”, finaliza o zootecnista.

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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