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XVIII Congresso Abraves atinge mais de 500 inscritos

Momento de retomada da suinocultura impulsiona procura pelo evento que deve reunir cerca de 1 000 participantes de 17 a 19 de outubro, em Goiânia

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A dois meses do evento, o XVIII Congresso Abraves superou a marca de 500 inscritos confirmados. O atual momento de retomada da suinocultura, não apenas em relação ao preço do suíno pago ao produtor, como também os recentes anúncios de novos investimentos de empresas do setor impulsionaram a procura por inscrições e cotas de patrocínio, acredita o médico veterinário e membro da comissão organizadora do evento, Carmos Triacca. “A procura pelo evento já vinha crescendo nos últimos meses e tivemos um aumento significativo agora, em agosto”.

Consolidado pelo elevado nível técnico das palestras e palestrantes, o evento vai reunir alguns dos mais renomados pesquisadores da suinocultura mundial e profissionais de todos os elos da cadeia produtiva para debater o futuro da atividade, bem como os principais desafios e oportunidades do segmento nos próximos anos. O objetivo é promover um encontro entre a academia e os profissionais que trabalham no dia a dia do campo para uma troca de informações e antecipar tendências e necessidades de cada lado, afirma Triacca. 

Para esta edição, a expectativa dos organizadores é que o evento siga a linha de retomada do espírito abraveano, que levou ao sucesso das edições anteriores com maior união e integração entre seus associados. Com uma projeção de cerca de 1 000 participantes, o público deve reunir médicos veterinários, zootecnistas, pesquisadores, empresários, produtores independentes, profissionais da agroindústria e representantes das mais importantes empresas da cadeia produtiva. Outras informações sobre o XVIII Congresso Abraves, que vai acontecer de 17 a 19 de outubro, em Goiânia, Goiás, estão disponíveis no site do evento (www.abraves2017.com.br), através do telefone (62) 3241.3939 ou do e-mail abraves2017@gmail.com.

Programação

Entre os temas dessa edição estão o bem-estar animal – abordando além da gestação coletiva, saúde intestinal –  discutindo conceitos de nutrição que interferem na saúde intestinal do animal e consequentemente em seu desempenho produtivo, uso de prebióticos e probióticos, uso de antimicrobianos e as alternativas para sua redução, e enfermidades emergentes e reemergentes.

A coordenadora da Comissão Científica e professora da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Lívia Mendonça Pascoal, explica quais foram os critérios adotados na seleção dos temas escolhidos. “Os temas selecionados para compor a programação científica do evento tratam de assuntos relevantes que estão sendo discutidos no Brasil e no mundo por serem de grande importância para a suinocultura atual e tendências para os próximos anos”.

Um Painel sobre Bem-Estar Animal abre a programação na terça feira, dia 17 de outubro, vai debater resultados científicos de trabalhos brasileiros em gestação coletiva e individual, as principais diferenças de manejo em diferentes sistemas de gestação coletiva e a experiência brasileira na implantação da gestação coletiva: relatando o sucesso daqueles que já estão utilizando o sistema.

Na sequência, serão debatidas Boas práticas no manejo geral do leitão e vai abordar formas de evitar a castração, enriquecimento ambiental para suínos e o que é necessário no manejo com recém-nascidos.  O conforto e desempenho em ambiência e climatização e os mecanismos de termorregulação, comportamentos e necessidades térmicas dos suínos e alternativas de climatização para granjas brasileiras dão continuidade. O impacto produtivo e econômico da climatização de granjas e cases de sucesso também são tema da mesa redonda ao final.

O segundo Painel, que será simultâneo ao de Bem-estar, vai destacar saúde intestinal e um profundo estudo para entender a fisiologia e imunologia intestinal como base para a eficiência alimentar. Logo depois haverá uma apresentação sobre nutrição como ferramenta na modulação da saúde intestinal e fatores anti-nutricionais que podem influenciar negativamente o desempenho dos animais: inimigos ocultos. O painel encerra com perguntas e debates entre palestrantes e congressistas.

O evento vai discutir doenças entéricas e como análises laboratoriais podem contribuir com ações no campo, além do papel de produtos como probióticos, prebióticos e acidificantes na prevenção e controle dessas enfermidades entéricas. Os debates também vão tratar da situação atual e perspectivas do uso de aditivos promotores de crescimento mostrando a visão da agroindústria e do MAPA sobre o tema.

O painel encerra com uma abordagem sobre a situação atual e perspectivas do uso de aditivos promotores de crescimento na visão do MAPA. Esta programação foi elaborada com palestras que permitam aos profissionais receberem e discutirem informações para serem aplicadas no campo de forma imediata auxiliando na tomada de decisão do dia-a-dia, declarou a coordenadora e professora da UFG, Lívia Pascoal.

Palestras Magistrais: aprofundando os debates

Na quarta-feira, dia 18 de outubro, as Palestras Magistrais vão destacar o uso de antimicrobianos na suinocultura em cenário de restrições e novas abordagens terapêuticas observando os cenários nacional e internacional. Os debates vão tratar ainda dos antimicrobianos como ferramentas para erradicação de patógenos em granjas suínas e a influência dos sistemas de produção na redução de desafios sanitários. A primeira manhã encerra com uma palestra sobre “Estratégias nutricionais no auxílio da redução do uso de antimicrobianos – Case EMBRAPA”.

Dentro do tema Sanidade, o foco serão as doenças emergentes e reemergentes que vai falar sobre “Salmonella cholerasuis: um novo desafio para a suinocultura brasileira”, “Situação atual da circovirose no Brasil” e “Dinâmica de infecção das doenças respiratórias após a entrada da Influenza no Brasil”. Na sequência, será abordada a “Utilização de amostras populacionais para monitoramento sanitário e diagnóstico precoce de enfermidades” e “Programas vacinais: falhas nas estratégias e nos procedimentos”.

Entre os temas magistrais será debatido ainda Gestão, Manejo e Bem-Estar com palestras sobre “Gestão da qualidade dos insumos correlacionada com a lucratividade na suinocultura”, “Ambiência: novas tecnologias agregando ganho em todas as fases de produção” e “Indicadores de BEA”.  O tema “Fertirrigação de dejeto suíno: novos conceitos, desafios e oportunidades” encerra a grade antes do espaço para perguntas e debates.

Fechando a programação

Na quinta-feira, dia 19 de outubro, as palestras iniciam com debates sobre perspectivas macro, com temas como “Brasil frente ao cenário internacional de doenças emergentes: Como nos protegemos? Quais as oportunidades?”; “Gestão da produção baseada em modelagem matemática” e “Nutrição de precisão para suínos em fase de crescimento e terminação”. Na sequência, dentro da área de Nutrição, serão discutidos “Epigenética e nutrição: preparando a nutrição da matriz com vistas a melhorar o desempenho da sua prole”; “Matriz nutricional de enzimas exógenas: uma nova abordagem”, além de “Prevalência das micotoxinas no Brasil e impacto sobre a produção” e “Influência da nutrição na imunidade e saúde do leitão de creche”.

O tema Reprodução e Genética encerram o XVIII Congresso Abraves com palestras sobre “Taxa de descarte, mortalidade de matrizes e melhoramento Genético de linhas fêmeas: como as empresas de melhoramento genético estão pensando a fêmea do futuro”, “Estratégias nutricionais pós cobertura visando redução de leitões baixa viabilidade”, “Situação da IATF e genética líquida na Europa” e “Desafios para tornar a IATF acessível em larga escala no Brasil”.

 

Fonte: Ass. de imprensa

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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