Rodrigo Capella Agronegócio
Xeque-mate no Agro
Ou aproveitamos o cenário positivo, em seus vários aspectos, ou nos esbarramos em retrocessos e obstáculos eminentes.
Por Rodrigo Capella*
Este ano será decisivo para o nosso agronegócio. Ou aproveitamos o cenário positivo, em seus vários aspectos, ou nos esbarramos em retrocessos e obstáculos eminentes.
O bom momento é impulsionado sobretudo pelas perspectivas da ONU: tudo indica que chegaremos a 2050 com cerca de 9,6 bilhões de habitantes no mundo. Hoje, estimativas indicam que há menos de 8 bilhões de pessoas.
O mercado para o nosso agronegócio é, então, enorme e, para aproveitá-lo, precisamos priorizar algumas questões, como, por exemplo, melhor relacionamento com países desenvolvidos, segurança com maior efetividade no campo, fim da burocracia para a liberação de determinados produtos e constante investimento na inovação.
Em relação ao melhor relacionamento com países desenvolvidos, há um claro movimento do atual governo brasileiro em estreitar laços com potenciais compradores de nossos produtos e também em estabelecer conexões com países que detém expertise em tecnologias agrícolas.
A segurança do campo, ponto de grande preocupação dos agropecuaristas, precisa de atenção semelhante às relações internacionais, uma vez que ainda é comum os roubos de maquinários, gado e plantações. O governo precisa de imediato apresentar soluções efetivas e de rápida adesão. Garantir uma produção segura é contribuir para processos produtivos contínuos.
Queixa muito comum entre as empresas de agronegócio e entre os agropecuaristas, a burocracia para a liberação de produtos precisa ser diariamente revista, em seus vários aspectos. Muitas soluções que seriam de alta qualidade chegam ao campo já obsoletas e com pouca eficácia.
Neste contexto, o forte investimento em inovação é tão importante quanto o relacionamento com países desenvolvidos, a segurança no campo e a maior agilidade para a liberação de determinados produtos.
Apoiar com intensidade as iniciativas que estimulam o desenvolvimento de soluções efetivas para o campo, como hubs de tecnologia e eventos de agritechs e agtechs, as startups de agronegócio, é fundamental dentro deste processo.
As inovações precisam fazer, cada vez mais, parte das propriedades e também do dia a dia do agropecuarista, contribuindo para a imediata evolução do setor e para uma maior rentabilidade do campo.
Fica aqui o alerta: o momento exige definitivamente ação imediata. O agronegócio, que tanto contribui para o desenvolvimento do Brasil, não pode levar um xeque-mate.
(*) Rodrigo Capella é influenciador digital do agronegócio, palestrante, consultor e diretor geral da Ação Estratégica – Comunicação e Marketing. Capella atua no agronegócio desde 2004 e é autor de vários livros, entre eles “Como turbinar as vendas de uma empresa de agronegócio com ações de marketing e comunicação”. E-mail: capella@acaoestrategica.com.br
Rodrigo Capella Opinião
Produtores rurais ampliam investimentos em sustentabilidade
Afinal, essa é uma demanda clara e objetiva do consumidor
Artigo escrito por Rodrigo Capella é diretor geral da Ação Estratégica – Comunicação e Marketing no Agronegócio
Um fenômeno vem ganhando cada vez mais força no campo: a expressiva preocupação do produtor rural com a sustentabilidade.
Este movimento tem muitas explicações: a) o produtor rural é, atualmente, um gestor da propriedade e entende com primazia a necessidade de ter um sólido ecossistema; b) o movimento ILF (integração lavoura floresta) está consolidado em seus vários aspectos; e c) a habilidade do produtor rural em entender tendências de mercado e ampliar a sua sintonia com o consumidor final.
Percebo a intensidade desses pontos, aqui apresentados, em muitas visitas a fazendas e em profundas conversas com cooperativas e produtores rurais.
Mas, quanto é investido em defesa da sustentabilidade? Conforme já declarou Evaristo de Miranda, chefe geral da Embrapa Territorial, os produtores rurais investem cerca de 20 bilhões de reais por ano para proteger o meio ambiente.
Arrisco dizer que esse número é até maior, por conta da enorme conscientização por parte dos produtores rurais em relação aos temas ambientais e também devido a alguns mecanismos que tiveram grande aceitação dentro das porteiras, como a Lei 12.651, que dispõe, entre outros pontos, sobre a proteção da vegetação nativa.
O artigo 29 estabelece o Cadastro Ambiental Rural. De acordo com o documento, o CAR é “obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento”.
Outro ponto interessante da Lei é o apoio à preservação e recuperação do meio ambiente, previsto no artigo 41. Entre as medidas, estão os “incentivos para comercialização, inovação e aceleração das ações de recuperação, conservação e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa”.
Tudo isso tem um grande reflexo no varejo, com os supermercados abrindo suas gôndolas para produtores que respeitam o meio ambiente, em todas as etapas do processo produtivo.
Afinal, essa é uma demanda clara e objetiva do consumidor. Quem não atendê-la, certamente fechará as portas.
Notícias Opinião
Produtores e cooperativas intensificam busca por tecnologia
O ecossistema do agronegócio busca, diariamente, por soluções inovadoras e efetivas que contribuam para elevados índices produtivos.
Artigo escrito por Rodrigo Capella é diretor geral da Ação Estratégica – Comunicação e Marketing no Agronegócio
Com o objetivo de verificar qual a maior demanda de produtores rurais e cooperativas, realizei uma enquete especial no meu perfil do LinkedIn, com a pergunta “O que você gosta de ver em um evento agro?”.
Cada um dos 223 participantes da enquete escolheu uma entre as três alternativas disponíveis: máquinas agrícolas, soluções para cultivos e tecnologias em geral.
A opção “máquinas agrícolas” começou a liderar a pesquisa logo nos primeiros minutos, sendo ultrapassada no final do primeiro dia por “tecnologias em geral” e, logo na sequência, por “soluções para cultivos”.
O resultado da enquete ficou assim:
Tecnologias em geral (63%)
Soluções para cultivos (22%)
Máquinas Agrícolas (15%).
A expressiva liderança de “tecnologias em geral” reforça que o ecossistema do agronegócio busca, diariamente, por soluções inovadoras e efetivas que contribuam para elevados índices produtivos.
Tais soluções, quando bem utilizadas, favorecem a harmonia de todos os elementos essenciais, desde o manejo do solo até a efetividade plena da colheita.
Mas, para obter sucesso com o uso da tecnologia, algumas etapas precisam ser seguidas. São elas:
– Faça, com calma, uma lista de prioridades da sua propriedade. Verifique o que precisa ser feito agora, em médio prazo e em longo prazo;
– Solicite vários orçamentos, abrangendo tecnologias equivalentes. Crie critérios para avaliar qual a melhor tecnologia para a sua propriedade.
– Escolha um talhão para fazer um teste comparativo com outro talhão que não tem a tecnologia embarcada.
– Fique atento aos dados e faça uma análise criteriosa. Se precisar, conte com a ajuda de um profissional especializado em análise de campo.
– Por último, se a tecnologia ajudar a propriedade a elevar os índices produtivos, implemente a ferramental digital.
Desejamos sucesso nas suas escolhas e não esqueça de compartilhar conosco os resultados. Força Agro! Forte Abraço a Todos.
Rodrigo Capella Opinião
Dicas para você aproveitar um evento virtual
São dicas para você dar os melhores cliques e não se perder na navegação virtual
Artigo escrito por Rodrigo Capella é diretor geral da Ação Estratégica – Comunicação e Marketing no Agronegócio
Recentemente, publiquei uma enquete no meu perfil do LinkedIn, com a seguinte pergunta: Teremos eventos presenciais de agro neste ano?
Dos 289 participantes, compostos por produtores rurais e profissionais que trabalham em cooperativas, associações e empresas do agro, 58% responderam “Não” a pergunta, contra 42% que optaram pelo “Sim”.
Diante deste contexto, comecei a pensar: afinal, como podemos aproveitar melhor um evento virtual?
O resultado desta investigação eu compartilho a seguir. São dicas para você dar os melhores cliques e não se perder na navegação virtual.
Acompanhe:
1) Lista
Escreva em um papel ou na agenda de seu celular as empresas que você deseja visitar no evento. Foque nas suas necessidades atuais e busque informações sobre soluções que irão ajudá-lo neste exato momento. Mas, lembre-se: o ideal é que você visite pelo menos duas empresas novas em cada evento para aprimorar os conhecimentos e conhecer novidades e tecnologias.
2) Mapa
Verifique se o evento tem um mapa de navegação ou se ele tem um indicativo claro de áreas ou salas. Isso irá ajudar você a poupar tempo e a encontrar as informações com mais assertividade. Muitas vezes o painel com o logo das empresas é clicável, ou seja, basta você clicar no logo de uma empresa para acessar diretamente o estande dela.
3) Relógio
A dispersão é a maior inimiga de um evento online. Por isso, evite andar virtualmente pelos corredores e dedique seu tempo para o que você realmente quer ver. Depois, se sobrar alguns minutos, aventure-se por meio dos cliques e explore a potencialidade do evento. Deixe o relógio perto de você e sempre o consulte.