Conectado com
VOZ DO COOP

Suínos / Peixes

Workshop PEDv prepara suinocultura contra enfermidade

Publicado em

em

A suinocultura brasileira está mais preparada para evitar a chegada do vírus PEDv (Porcine Epidemic Diarrhea (PED) vírus) depois do Workshop sobre o tema realizado no último dia 28 de março em Brasília. O evento reuniu especialistas da iniciativa privada, governo e lideranças do setor para alinhar informações, planos de contingencia e medidas estratégicas contra a doença que está causando grandes prejuízos nos EUA e já chegou a países da América Latina.
Organizado pela ABEGS (Associação Brasileira das Empresas de Genética Suína), ABCS (Associação Brasileira de Criadores de Suínos), Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Embrapa, o evento apresentou um quadro sobre epidemia e indicou medidas a serem adotadas pelo governo brasileiro. 
“O evento foi muito importante para alcançar um alinhamento no setor. Trouxe informações importantes, pois pouco se sabia sobre essa doença muito grave. Temos que estar atentos e trabalhar junto com o governo medidas para evitar que a doença atinja o rebanho brasileiro”, avaliou o conselheiro da ABCS e presidente da ACSURS, Valdecir Folador.
Primeiro evento a discutir o tema no Brasil, o Workshop PEDv permitiu nivelar o conhecimento sobre a doença entre técnicos do setor privado e do governo, além de produtores e líderes, o que fortalece toda a cadeia produtiva no esforço para evitar a entrada do vírus causador da doença no território nacional.  
Na palestra do gerente de serviços técnicos e gestão sanitária da Agroceres PIC, Daniel Linhares, os participantes puderam conhecer as causas do vírus, seu  impacto na suinocultura e os modos ainda em estudo sobre a de transmissão da doença. Linhares revelou que o PEDv está entre as enfermidades mais desafiadoras para o setor e vem testando práticas "padrões" de biossegurança, se alastrando rapidamente entre granjas e países. 
Cesar Corzo, sanitarista da Agroceres PIC Estados Unidos e América Latina, ministrou a palestra “Epidemiologia no mundo, os Diagnósticos, Controle, Eliminação e Contingências”, em que destacou que um dos motivos para a rápida disseminação da doença entre países pode ser o transporte de suínos. “A PEDv é um risco eminente, mesmo quando não são introduzidos suínos no país. Infelizmente não conhecemos bem sua epidemiologia, mas conhecemos fatores que podem nos ajudar a combatê-la, como por exemplo, que ela não é transmitida por material fecal. O que podemos fazer agora é informar, educar e estar preparados para atuar. Incentivar produtores a monitorar e reportar suspeitas é fundamental nessa situação, explica Corzo.
O coordenador de trânsito e quarentena animal do MAPA, Alberto Gomes, ministrou a palestra “Biossegurança Nacional Contra PEDv: Ações em Curso para Evitar a Introdução de Doenças Exóticas no Brasil”, abordando as principais ações para evitar a entrada da PEDv no país. Entre elas, Gomes reforçou a utilização da Estação Quarentenária de Cananeia, que será reinaugurada ainda no mês de abril, já que os animais ficarão sob supervisão por período integral, possibilitando maior controle para evitar a introdução de doenças exóticas ao plantel nacional. 
Para falar da visão da Agroindústria com relação a PEDv, o gerente de sanidade animal da JBS Foods, Mario Sergio Assayag Jr, expôs as oportunidades e desafios para enfrentar a doença. Entre os pontos levantados para evitar a entrada do vírus, Mario falou sobre o manejo de imunização, adequação do uso de energéticos para os leitões fracos, garantir a lavagem e desinfecção adequada de veículos.
Encerrando o Workshop PEDv, a pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves, Janice Zanella, estimulou os participantes a traçarem alternativas para que a doença não entre nas granjas. “Ainda não temos o problema, mas precisamos pensar como solucioná-lo caso a enfermidade chegue ao país e como atuar de forma preventiva para proteger nossas granjas” comenta Janice, que acrescentou exemplificando possíveis formas de transmissão do vírus, como contato com a água, animais, fábrica de ração, carcaças e acesso de visitantes. “É um vírus resistente e agressivo, mas, também uma oportunidade para reforçar nossos protocolos de biosseguridade para esta e outras doenças. Se mantivermos vazios sanitários de 72 horas para visitantes e aumentarmos nossa atenção ao que vem importado, podemos evitar a doença. A responsabilidade é de todos”, disse a pesquisadora ao lembrar que o teste sobre o PEDv é disponível no Brasil
Para o diretor do departamento de saúde animal do Mapa, Guilherme Marques, o objetivo do Workshop foi plenamente alcançado. “O interesse demonstrado pelos técnico indica que podemos reforçar ainda mais a parceria público-privada para enfrentar desafios. Faremos um esforço conjunto para impedir a entrada da doença e, caso ela chegue, ter uma ação rápida de isolamento”, comentou.

Fonte: Ass. Imprensa da ABCS

Continue Lendo

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

Publicado em

em

Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.