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Workshop da FACTA debate principais maneiras de controle da Bronquite Infecciosa, Laringotraqueíte e Influenza Aviária

Realizado de forma virtual, o evento trouxe análises sobre o impacto das doenças respiratórias na produção avícola e as mais modernas maneiras de prevenção

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A FACTA, realizou ontem (15) um workshop sobre atualização em Bronquite Infecciosa, Laringotraqueíte e Influenza Aviária.
O evento foi acompanhado por mais de 150 inscritos de cinco diferentes países (Brasil, Paraguai, Holanda, EUA e Malásia).

De acordo a médica-veterinária e Diretora de Projetos Especiais da FACTA, Eva Hunka, os objetivos principais do evento foram promover um fórum de discussão de alto nível, de forma isenta, para manter os profissionais munidos de informações relevantes e aplicáveis sobre um tema de grande impacto na atualidade.  “As doenças respiratórias compreendem o principal problema sanitário em granjas avícolas. Neste evento tivemos a oportunidade de discutir sobre o tema com consultores, pesquisadores e empresas de saúde animal, todos trazendo informações atuais e relevantes para o momento da avicultura”, disse.

Na sua apresentação sobre o vírus e a transmissão da Bronquite Infecciosa, o pesquisador da Unesp (Jaboticabal – SP), Hélio José Montassier, foram mostradas as estirpes de VBI que, segundo ele, estão constantemente variando seu genoma em aves de ciclo de vida mais longo e passando por uma evolução ‘darwiniana’ à medida que se replicam no organismo hospedeiro das aves, resultando no surgimento de estirpes com novos genótipos e fenótipos desse vírus.

Na palestra sobre o panorama atual no mundo de cepas variantes da Bronquite Infecciosa, o médico-veterinário  J.J. Sjaak de WIT GD Deventer (Animal Health Service) – Holanda, apresentou o papel do IBV em um problema clínico. Segundo ele, a taxa de mutação é relativamente alta. “As recombinações entre cepas de IBV acontecem às vezes, a maioria delas desaparece muito rápido, principalmente entre cepas de campo”, disse.  “Menos replicação (alta proteção) significa menos risco de recombinações”, salientou. J.J. Sjaak falou ainda sobre a situação da Influenza Aviária na Europa e suas consequências mundiais.  Ele destacou que o Brasil tem feito muito bom trabalho na prevenção da enfermidade. “Na Europa, infelizmente, temos que conviver com focos da enfermidade. É um vírus muito perigoso que afeta 100% do plantel, quando adentra a uma granja. Lembro que apenas como ferramenta adicional, a vacinação por si só não tem sido capaz de resolver problemas da IA, por isso é tão importante um correto projeto de biossegurança, incluindo monitoramento / vigilância e abate de planteis infectados”, disse.

Médico Veterinário, Renato Luís Luciano, do Instituto Biológico – CEAV, médico-veterinário, o médico-veterinário, Silvio Hungaro e o Gerente Técnico da Vaxxinova Brasil, Gustavo Schaefer

Na sequência, o médico-veterinário do Instituto Biológico, Renato Luís Luciano, falou sobre a atualização sobre Laringotraqueíte (LTI).  Ele explicou que a Laringotraqueíte é uma doença viral aguda do trato respiratório, que pertencia à antiga lista B da OIE, com notificação obrigatória até 2004 e está presente na lista de doenças da OIE para aves atualmente.  “A severidade da doença depende de virulência, nível de estresse, confecções, imunidade dos lotes afetados e da idade das aves”, disse.
O auditor Fiscal Federal Agropecuário e chefe de Divisão de Sanidade das Aves do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Bruno Pessamilio, trouxe ao evento a visão da regulamentação brasileira sobre Bronquite, Laringotraíquete e Influenza Aviária.  A Influenza Aviária é uma doença capaz de causar grandes impactos na avicultura, como para a economia dos países, de acordo com ele.  “Ela é considerada a principal doença pelo Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) e que gera maior preocupação e atenção. Nunca detectamos. É exótica no país, o que nos favorece nosso setor”, explicou.

No caso da Laringotraqueíte, Pessamilio apontou que esta é uma doença já presente no país e que o Ministério da Agricultura realiza um amplo monitoramento sobre os casos registrados. Já sobre a Bronquite Infecciosa, ele destacou que não há um programa de vigilância nem ações sanitárias oficiais em casos positivos. O MAPA avalia a solicitação de autorização de uso e registro de vacinas, tanto vivas como inativadas.

O médico-veterinário da Coordenadoria de Defesa Agropecuária e Membro do Corpo Técnico da FACTA, Luciano Lagatta, destacou o impacto da Bronquite, Laringotraíquete e Influenza Aviária na produção avícola brasileira.  “A BIG e a LTI causam grandes prejuízos, mas não causam restrições ao comércio internacional, diferentemente da IA que além dos prejuízos na produção, pode gerar barreiras para exportação, não apenas de produtos avícolas, mas de outros produtos agropecuários, impactando fortemente o PIB brasileiro”, disse.

 

Situação brasileira sobre a Bronquite Infecciosa e Laringotraqueíte

O médico-veterinário da Simbios, André Fonseca, abordou o tema “Vírus da Bronquite Infecciosa – Genótipos prevalentes e a emergência de GI-23 (Var2)”.  De acordo com ele, a Bronquite Infecciosa Aviária é encontrada em todo o mundo, causada pelo gamacoronavírus aviário – IBV e seus sintomas variam, no trato respiratório superior, queda na produção e qualidade do ovo, nefrite e problemas reprodutivos.  “As galinhas são hospedeiros primários, mas já foram encontradas em faisões e pavões e a infecção é sempre iniciada no trato respiratório”, disse.
A mestre em Sanidade Avícola e doutora em Ciências Veterinárias, Rosecler Alves Pereira, apresentou a situação brasileira sobre a Bronquite Infecciosa e a Laringotraqueíte. “Em uma máquina de alta performance cada peça precisa da outra, assim como nosso sucesso depende de que múltiplos agentes e fatores atuem em um nível de excelência, tanto individualmente como em conjunto. Sanidade, nutrição, manejo, todos e cada um deles são fundamentais na construção de resultados”, comentou.

Em sua participação, o médico-veterinário e diretor do Mercolab, Alberto Back, também deu mais detalhes sobre a BI. “Ela é uma enfermidade global e endêmica em galinhas, acomete o sistema respiratório renal e reprodutivo, o vírus apresenta frequentes mutações, o uso de vacinas é generalizado (Mass e BR), enfermidade que exige monitoramento para variantes”, salientou. “Há um aumento de detecção do vírus da BI, mas não Mass e BR, indicando que é outra cepa”, destacou Back.

Na sequência, foi a vez da diretora do Centro de Diagnóstico e Monitoramento Animal (CDMA) e presidente do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (COESA/MG), Josiane de Abreu, abordar a situação brasileira da BI e da ILT. Ela aponta que quando consideramos as duas enfermidades virais respiratórias em debate no workshop vemos situações um tanto distintas, visto que a primeira aparentemente encontra-se em plena expansão do número de casos em lotes de aves industriais e a segunda numa condição relativamente estável.

Quanto à Laringotraqueíte Infecciosa das aves, a doença encontra-se aparentemente restrita a áreas de bolsões nos quais a mesma foi notificada, sendo esses Bastos, Guatapará (SP), Região das Terras Altas da Mantiqueira (MG) e São Ludgero (SC), explicou Josiane.

Fonte: Assessoria

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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