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Você sabia que a qualidade do ar da sua granja pode interferir nos seus ganhos?
Sabemos que existem diversos fatores contraproducentes que interferem na vida diária dos produtores de qualquer ramo do agronegócio. As condições climáticas, ambientais, econômicas, tecnológicas, entre tantas outras, fazem parte deste cenário.

Sabemos que existem diversos fatores contraproducentes que interferem na vida diária dos produtores de qualquer ramo do agronegócio. As condições climáticas, ambientais, econômicas, tecnológicas, entre tantas outras, fazem parte deste cenário. Junto a isso, a má qualidade do ar prejudica fortemente os resultados de granjas de aves, suínos e de outros animais, pois o contato direto de gases nocivos com o plantel, podem causar perdas irreversíveis no desempenho dos lotes, impactando na produtividade da sua granja.
Diariamente, presenciamos granjas novas e antigas passando por reformas e modernizações, na busca de inovações que facilitem o trabalho cotidiano. A implantação de tecnologias, possibilita o gerenciamento e o controle de variáveis de climatização, alimentação e consumo, pesagem e iluminação. Logo, a granja torna-se um ambiente favorável ao bem-estar dos animais, proporcionando melhor desempenho da produção e mais qualidade de vida para as pessoas que nela trabalham direta e indiretamente.
“Atualmente, o termo “bem-estar” está amplamente difundido, não só visando as melhores condições humanitárias de criação, mas também o aumento da produtividade do rebanho, ou seja, animais em adequadas condições de ambiente, são animais que possuem ambiente e instalações com ótimas condições de temperatura e umidade, além de um adequado convívio social”.
Isso tudo traz grandes benefícios para as atividades de criação. Novas soluções em tecnologia e automatização possibilitam colocar mais animais na granja, melhorar os índices de conversão alimentar, apurar com mais precisão o ganho de peso, a idade do abate, entre outros. Garantindo assim melhor eficiência e mais rendimento na produção.
Elementos primordiais
Existem elementos primordiais para o bom funcionamento da granja, pois com a modernização e a climatização, esta torna-se um ambiente mais suscetível ao acúmulo de gases dentro de suas instalações. Muitas vezes, de maneira equivocada, o produtor acredita ser possível fazer o manejo da forma tradicional, ou seja, “como sempre foi feito” até então, herança do tempo em que as granjas eram totalmente abertas. Os manejos de cortinas eram feitos manualmente, a renovação do ar acontecia nos momentos em que era fornecida a ração aos animais, hora em que também era feita a limpeza e o processo de movimentação de cama, no caso dos avíários. Atualmente, estes processos tornaram-se obsoletos.
Na produção de suínos, a qualidade do ar é um risco de atenção constante e está diretamente relacionada ao metabolismo dos animais. Estes liberam calor, umidade e dióxido de carbono, provenientes de sua respiração, gases oriundos da sua digestão e poeira, além de outros gases provenientes de dejetos. Desta forma, a exposição constante a altos níveis de concentração de substâncias tóxicas pode reduzir consideravelmente o desempenho zootécnico dos animais.
Uma solução indispensável para amenizar este fator de risco é ter um sistema de ventilação e troca de ar que mantém a concentração de partículas suspensas em níveis adequados para não prejudicar os animais.
Pesquisadores destacam que os gases mais presentes nas instalações para suínos são amônia, sulfeto de hidrogênio (ou ácido sulfídrico) e dióxido de carbono. No inverno, quando a ventilação é reduzida para manter o calor, a concentração desses gases aumenta dentro das instalações.
Riscos e oportunidades para avicultura
Na produção de aves, a atenção aos riscos com gases nocivos, principalmente, o dióxido de carbono (CO2) também deve ser contínua. Seus níveis devem ser monitorados com frequência, pois muitos são inodoros e incolores, dificultando a sua percepção no ambiente. A desatenção por parte do produtor para a renovação do ar pode elevar os índices de concentração desses gases rapidamente dentro das instalações. Lotes de animais sem uniformidade e de baixo rendimento são consequências de um processo de monitoramento ineficiente.
Estudos realizados em campo comprovam que a alta concentração de CO2 é prejudicial ao desempenho dos animais. Com a saúde debilitada, estes não conseguem expressar seu máximo potencial de desenvolvimento, o que resulta em carne de má qualidade e até mesmo no aumento do índice de mortalidade.
Diante disto, é evidente que o controle adequado do nível de CO2 nos galpões auxilia no melhor desenvolvimento dos animais e consequentemente, torna a produção mais eficiente e mais rentável.
Executar práticas de manejo conforme as orientações sugeridas pelo departamento técnico que atende a granja e, principalmente, estar atento às novas tecnologias ofertadas no mercado para fazer a troca do ar e uniformizar a ventilação dentro dos galpões são medidas que podem ser tomadas para evitar que o CO2 afete e prejudique o desempenho biológico dos animais.
As referências bibliográficas estão com o autor. Contato via: gustavo@inobram.com.br.

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango
Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

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Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.
O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.
Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.
O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil
Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

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Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.
A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.
Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

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Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.
Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global
Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.
A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.
No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.
Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).
Indústria e produção de ovos
O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.
A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras
As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”
Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.
A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.
Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.
Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.




