Empresas Topigs Norsvin
Você sabia que a carne suína passa por avaliação criteriosa antes de chegar aos mercados?
Processo identifica os cortes que podem ser consumidos em segurança e que irão proporcionar uma boa experiência ao consumidor
Existe uma classificação reconhecida mundialmente para aqueles produtos que são reprovados: DFD (Dark, Firm e Dry ou em português escura, dura e seca) e PSE (Pale, Soft, Exudative, ou em português pálida, mole, exsudativa) são duas siglas em inglês usadas para classificar carnes em aparência, textura e sabor.
Nos frigoríficos as carcaças passam por um criterioso processo de avaliação, o que permite identificar os cortes que podem ser consumidos em segurança e que proporcionem uma boa experiência ao consumidor. Durante essa avaliação existe a possibilidade de algumas peças de carne serem aprovadas do ponto de vista sanitário, mas pecar em detalhes sensoriais, por exemplo, sendo muito dura ou muito mole, muito pálida ou muito escura, etc.
Geralmente, as características bioquímicas da carne são alteradas por conta de pequenas falhas no manejo pré-abate. Por isso, alguns cortes apresentam aparência indesejada, se diferenciando da aparência considerada normal.
Carnes PSE são pálidas, moles e exsudativas, ou seja, perdem muito líquido. Já as DFD são escuras duras e secas. Os consumidores que percebem as diferenças observando a carne no mercado deixam de comprar, se compram percebem a diferença no preparo ou quando ingerem o alimento, a insatisfação é imediata.
Por isso as carnes DFD e PSE representam um desafio para a indústria de proteínas.
Como evitar a produção de carne de baixa qualidade
Para o especialista em Qualidade da Carne e consultor da Topigs Norsvin, o professor Márcio Duarte, a carne, tanto PSE quando DFD, enfrenta alguns pontos críticos durante o seu processo produtivo, que envolvem desde o animal dentro da granja até o momento em que ele entra no frigorífico.
“Então, no dia a dia, os produtores precisam se atentar, principalmente, para minimizar as possibilidades de ocorrência desse tipo de carne. Dentre esses fatores, que podem ser controlados dentro da granja, estão a genética, o manejo e a nutrição”, frisa.
Da perspectiva genética, já existem hoje linhagens comercializadas em que esses animais apresentam menor probabilidade de um fator determinante para a ocorrência dessas carnes, principalmente PSE, mais comum em animais susceptíveis ao estresse suíno.
Do ponto de vista da carne DFD, erros de manejo, períodos muito longos de jejum pré-abate, transportes demorados, entregas de animais em frigoríficos muito distantes das granjas, causam uma maior incidência da carne DFD.
No entanto, a ocorrência de carnes PSE e DFD tem melhorado. As empresas, principalmente de genética e da indústria frigorifica, se importam muito com esse fator. Por considerar essa uma perda muito grande para a indústria como um todo, tanto da carne in natura como da carne utilizada como ingrediente para produtos processados.
“Alguns estudos no Brasil estimam, que apesar dessa preocupação e melhoria nos processos produtivos, temos uma ocorrência, principalmente em carne suína, de incidência de PSE por erros de manejo na casa de 5 a 10% a partir do total de carcaças produzidas”, pontua Duarte.
O especialista também afirma que este valor é relativamente alto, mas, no Brasil, ainda existe uma carência de estudos de grande escala para uma noção mais ampla de quanto, de fato, o que se produz no país tem a incidência dessas anomalias.
O valor de 10%, analisado de forma isolada, aparentemente não é um volume alto, mas, dada a proporção que o Brasil se encontra hoje no mercado de produção de carne suína, esse percentual é relativamente alto e causa prejuízos. Por isso, há diversas frentes, dentro da cadeia produtiva da carne, para minimizar ou tentar corrigir os possíveis gargalos que causam esse tipo de alteração na carne.
Dentro da granja, uma das principais formas de controle seria através do manejo racional dos animais, porque o estresse, principalmente pré-abate é o principal fator que ocasiona a ocorrência da carne PSE. “O que pode ser um ponto de controle interessante é a utilização de linhagens genéticas selecionadas para uma menor ocorrência desse tipo de anomalia, como é o caso da Topigs Norsvin, que possui todas suas linhagens livres do gene halotano, um gene responsável por causar maior incidência de carne PSE em suínos”, aponta o consultor.
A adoção de uma genética adequada se torna o principal ponto de partida para que os produtores possam minimizar essa ocorrência. Uma ação que começa na propriedade e fica dentro do controle da própria granja
Empresas
Granja Faria vence em produção de ovos em Santa Catarina, pela premiação Melhores Lotes Cobb
Homenagem foi entregue em cerimônia realizada em Orleans (SC), no dia 12 de novembro.
A Cobb-Vantress, mais antiga casa genética avícola em operação no mundo, premiou, no dia 12 de novembro, a Granja Faria com o melhor resultado em Ovos Totais da premiação Melhores Lotes, etapa Santa Catarina. A empresa registrou média de 195,61 ovos produzidos por fêmea, no ano de 2023.
Eduardo Loewen, gerente regional do Serviço Técnico da Cobb para Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Contas-chaves e Paraguai, entregou placa comemorativa ao proprietário da granja vencedora, Eldemar Kestring Mazon, e à equipe liderada por Maria Sônia Brugnara Ferrareies, João Paulo Panho, João Vieira Coelho e Gilberto Vieira Coelho. A cerimônia de premiação foi realizada em Orleans (SC).
A unidade da Granja Faria premiada nesta edição do troféu Melhores Lotes Regionais Cobb está localizada em Lauro Müller, em Santa Catarina.
“Reconhecemos todo o profissionalismo da equipe da Granja Faria para conquistar um resultado tão importante. Somos gratos pela parceria de longo prazo e pela oportunidade de contribuir com um desempenho tão expressivo na avicultura brasileira. Nosso agradecimento a toda a equipe da Granja Faria”, disse Loewen.
Empresas
Aleris apresenta soluções nutricionais voltadas para desafios da avicultura em workshop pré-OVUM 2024
O encontro técnico teve como tema ‘Desafios no campo e soluções naturais para a nutrição de aves’, reunindo avicultores e distribuidores LATAM em Punta del Este
A Aleris, referência em aditivos nutricionais naturais à base de levedura, celebrou o sucesso de seu workshop realizado para parceiros distribuidores e clientes da América Latina em Punta del Este, Uruguai. O evento, promovido em 12 de novembro, abordou o tema “Desafios no campo e soluções naturais para a nutrição e saúde de aves” e antecedeu a abertura oficial do 28º Congresso Latino-Americano de Avicultura – OVUM 2024, encerrado no último dia 15.
O destaque do workshop foi o Provillus 4Poultry, uma solução inovadora desenvolvida com a tecnologia exclusiva MAC (Microbiota Activating Compounds), que promove uma modulação adequada da microbiota, garantindo benefícios significativos para a saúde, o desempenho e o bem-estar das aves. “O Provillus 4Poultry representa um avanço na nutrição animal, trazendo em sua tecnologia o conceito pós-biótico atrelado aos benefícios de uma microbiota diversa e robusta”, afirmou Marcos Nascimento, Coordenador Técnico Global de Avicultura e Suinocultura da Aleris.
Roberta Rodrigues, Coordenadora Comercial LATAM da Aleris, reforçou o compromisso da empresa em oferecer soluções sustentáveis e inovadoras. “Nosso workshop foi uma oportunidade estratégica para fortalecer parcerias, explorar novos mercados e apresentar tecnologias desenvolvidas para atender às demandas da avicultura latino-americana”, destacou.
O evento também foi essencial para consolidar a presença da Aleris em mercados estratégicos da América Latina, como Argentina, Peru, Colômbia, Chile, Equador, México, República Dominicana e Paraguai. Segundo a empresa, essas ações pavimentam o caminho para uma expansão dos planos de crescimento para os próximos anos.“Acreditamos que nossas soluções à base de leveduras são essenciais para auxiliar a saúde dos animais e impulsionar os índices produtivos”, concluiu Roberta Rodrigues.
Empresas Avicultura moderna
Evonik discutiu nutrição de aves mais precisa para melhor desempenho, bem-estar e sustentabilidade em Punta del Este, Uruguai
Especialistas destacam metionina e suas diferenças em produção, pureza e segurança de abastecimento com seus impactos nos resultados em campo
Uma redução dos níveis de proteína bruta em dietas de aves modernas é uma das tendências mais importantes da nutrição animal. Entre o benefícios desta iniciativa estão um menor custo de formulação, o atendimento das exigências das linhagens genéticas atuais e uma redução da excreção de nitrogênio com a consequente redução do impacto ambiental da produção, explicou o diretor Técnico da Evonik, Victor Naranjo, no estande da empresa, que participou do OVUM 2024, o 28º Congresso Latino-Americano de Avicultura, realizado em Punta del Este, no Uruguai.
Nesta estratégia, que prevê uma nutrição mais precisa, a formulação compreende níveis mais elevados de aminoácidos industriais na mesma medida em que se reduz os níveis de proteína. Assim, para o especialista, existem oportunidades de alcançar uma nutrição mais precisa em níveis de aminoácidos e proteína com utilização de aminoácidos industriais. “Entretanto, essa implementação exige uma abordagem holística, que é uma nutrição com níveis adequados de aminoácidos”, pontuou Naranjo.
O diretor de Marketing Estratégico de Essencial Nutrition da Evonik na América Latina, Nei Arruda, destaca a importância da formulação com metionina, que é o primeiro aminoácido limitante em dietas para as aves. “Se 70% deste requerimento vem da soja e do milho, os outros 30% devem vir de fonte suplementar. E uma maneira de otimizar a fonte de metionina é através da biodisponibilidade, que contribui para atender esta exigência de forma mais econômica”, disse o especialista.
Segundo ele, é necessário estar atualizado com relação aos requerimentos das aves e entender as condições atuais de produção, de mercado, dos custos da dieta para atingir maior eficiência alimentar e melhor conversão alimentar. “Assim, precisamos estar atentos aos requerimentos primeiro, depois aos ingredientes e a biodisponibilidade”, disse Arruda no estande da Evonik em Punta del Este.
DL-Metionina
Uma série de estudos realizados em diversos países mostra que, entre as fontes disponíveis de metionina, a DL-metionina é 100% disponível para cobrir os requerimentos de metionina e de cisteína, o que é especialmente importante. Aves em desafios terão uma necessidade maior de cisteína e antioxidantes e, neste caso, esta fonte de metionina já atende esta necessidade.
Outro benefício da cisteína é que ela contribui para um bom empenamento das aves. Considerando que a pena protege a pele do animal, ela ainda contribui para redução de perdas por lesões de pele. Quando trabalhamos com bioeficácia, a DL-metionina nos permite saber com precisão o requerimento de metionina e cisteína porque estudos comprovam que ela é 100% disponível.
Disponibilidade
O gerente de Negócios da Evonik, Felipe Chagas, salienta que, apesar de a metionina ser considerada uma commodity pelo mercado, os nutricionistas precisam estar atentos porque nem todos os produtos são iguais. “Os processos de desenvolvimento e fabricação de produtos são diferentes entre as empresas. Eles envolvem ensaios de qualidade, pureza de produto e até a disponibilidade do produto ao mercado, entre vários outros fatores que impactam diretamente os resultados em campo”, afirmou.
Chagas ressalta a importância de se conhecer bem cada ingrediente na ração. “É crucial que o nutricionista saiba exatamente quais nutrientes está formulando na dieta, porque, mesmo falando da metionina, o nosso padrão de qualidade é diferenciado, temos que considerar a bioeficácia de cada produto. E no caso da DL-Metionina, a nossa tem um padrão de pureza diferenciado”, disse o especialista direto do estande da companhia em Punta del Este.
O vice-presidente Regional da Evonik para as Américas da Linha de Negócios Nutrição Animal, Paulo Teixeira, enfatiza a questão do fornecimento de produtos lembrando que a empresa tem cinco plantas de metionina espalhadas em diferentes continentes, como o americano, o europeu e o asiático, como estratégia para assegurar o abastecimento. “Temos duas plantas na Antuérpia, na Bélgica, mais duas em Cingapura e outra nos Estados Unidos. Nosso processo de fabricação ocorre por meio de reações químicas, ou seja, não é um bioaminoácido”.