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Visão holística da biosseguridade domina debates em evento da Asgav na serra gaúcha

Neste ano, a organização do evento, de maneira inédita, introduziu no primeiro dia da conferência o Módulo Especial Conbrasil Tec Ovos, que trouxe um painel totalmente dedicado a discussões técnicas.

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Fotos: Rafael Cavalli

A biosseguridade, que sempre foi uma preocupação na indústria e produção de ovos, ganha ainda mais importância diante do atual cenário de casos de Influenza aviária de Alta Patogenicidade no país, tendo até 04 de julho sido confirmados 57 focos da doença, sendo 56 em aves silvestres e um em uma criação de fundo de quintal. Medidas e estratégias para ampliar a proteção do plantel avícola brasileiro estiveram em destaque e dominaram as discussões no primeiro dia da 4ª Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos (Conbrasul Ovos), realizada entre os dias 18 e 20 de junho, no Wish Serrano Resort & Convention, em Gramado, na serra gaúcha.

Neste ano, a organização do evento, de maneira inédita, introduziu no primeiro dia da conferência o Módulo Especial Conbrasil Tec Ovos, que trouxe um painel totalmente dedicado a discussões técnicas. Durante essa sessão, ficou claro que um programa eficiente de biosseguridade deve adotar uma abordagem holística para a produção, englobando aspectos como nutrição, bem-estar animal e saúde animal.

A programação foi aberta pelo diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Eduardo de Azevedo Pedrosa Cunha, com uma palestra sobre o panorama da Influenza aviária no mundo e a importância da biosseguridade na avicultura brasileira. Ele ressaltou que o Mapa e os serviços veterinários estaduais estão trabalhando em conjunto com instituições e o setor privado para prevenir e enfrentar os focos da doença no país, ressaltando que os casos notificados são em aves silvestres, que não representa perigo ao consumo de carne de frango, ovos ou derivados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Na sequência, o chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe, destacou os avanços na pesquisa como um fator vital para fortalecer a sanidade animal. Ele mencionou as controvérsias passadas sobre o uso de telas nos aviários no país e os efeitos positivos que essa medida tem trazido nos dias de hoje. “Agora podemos concluir que estávamos corretos ao optar pelo telamento”, enfatizou.

O responsável pela Área Técnica da Naturovos, Flávio Renato da Silva, discorreu sobre a produção de ovos, prevenção e medidas de biosseguridade, ocasião em que enfatizou a importância da qualidade e do bem-estar das aves na produção de ovos. Ele ressaltou que, para aqueles que trabalham em granjas, a prioridade deve ser dada às aves, colocando-as acima dos próprios ovos. Além disso, ressaltou a importância da qualidade da matéria-prima utilizada na ração, pois a qualidade do ovo está diretamente relacionada com a qualidade e quantidade de ração consumida.

Em seguida, Francisco Miranda, responsável por Negócios Sustentáveis da DSM-firmenich na América Latina, palestrou sobre a pegada ambiental de um sistema produtor de ovos. Ele destacou que as emissões relacionadas a ração representam entre 65% e 85% das emissões totais. “Há necessidade de aumentar a produção de proteína animal em 70% até 2050. Para isso é preciso saber produzir mais da melhor forma possível”, frisou.

Nutrindo Aves, Alimentando o Mundo!

O Painel Nutrindo Aves, Alimentando o Mundo deu sequência ao ciclo de palestras, com o representante da DSM-firmenich, Fernando Cisneros, abrindo a programação da tarde. Ele tratou sobre modulação do microbioma em galinhas poedeiras sob o uso de fibra. De acordo com Cisneros, há uma série de novas ferramentas à disposição para abordar a saúde e o desempenho das aves, sendo uma dessas ferramentas a modulação do microbioma, que oferece uma oportunidade significativa de melhorar a resiliência das aves. “Pesquisas recentes têm demonstrado como é possível modular a microbiota das aves para alcançar um desempenho ideal, utilizando prebióticos de precisão. Além disso, benefícios adicionais podem ser obtidos ao visar os detritos celulares bacterianos por meio do uso de muramidases. Essas abordagens se mostram promissoras para otimizar a saúde e o desempenho das aves de forma eficiente”, enfatizou.

O professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Antonio Bertechini, destacou as atualizações sobre cálcio e fósforo para poedeiras comerciais. Segundo ele, a nutrição de cálcio (Ca) e fósforo (P) é um tema controverso na produção avícola. É necessário caracterizar o calcário utilizado nas rações, a fim de definir os níveis adequados de Ca. Além disso, é preciso ter cuidado especial com os níveis e fontes de P nas rações. “Corrigir o peso do ovo ao longo do ciclo de produção é fundamental para manter a qualidade dos ovos.

As empresas produtoras de aves devem atualizar regularmente suas recomendações nutricionais com base em pesquisas e avanços científicos. Essas atualizações são essenciais para garantir uma nutrição adequada e promover a saúde e o bem-estar das aves”, ressaltou.

Em seguida, o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Sérgio Vieira, explanou sobre a formulação de rações de custo mínimo para a produção de ovos em cenários futuros para preços de milho e soja. “A produção de ovos está passando por um processo inevitável de consolidação. Nesse contexto, é essencial que os produtores busquem sempre a melhor resposta econômica como base para suas operações. Além disso, é fundamental ter a capacidade de tomar decisões corretas, baseadas em evidências e na profissionalização da produção”, frisa Vieira.

De acordo com o docente da UFRGS, é preciso encontrar o equilíbrio ideal entre o desempenho das aves e a eficiência econômica da produção. “É importante considerar custos competitivos e explorar alternativas alimentares. Muitos produtores estão buscando opções além do tradicional, embora ainda haja algum receio injustificado. Nem sempre a melhor resposta econômica está relacionada apenas à conversão alimentar, mas também leva em conta fatores como disponibilidade e preço dos insumos”, expõe.

Ao analisar os cenários econômicos futuros, Vieira diz que se observa uma demanda crescente por proteína, o que impacta os custos de produção. “Para se manter competitivo, o produtor deve ter controle sobre a formação desses custos”, reforça.

A projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indica uma tendência de redução nos preços do milho nos próximos anos, com previsão de atingir US$ 4,30 por bushel em 2026 (US$ 169 por toneladas). Já para a soja, a projeção é de uma queda para US$ 10,30 por bushel nos próximos anos (US$ 379 por tonelada). “Diante desse cenário desafiador, a consolidação da produção, a busca pela melhor resposta econômica e a capacidade de tomar decisões embasadas em evidências são fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade da atividade de produção de ovos”, destaca.

Saúde das Aves, Saúde das Pessoas

E ainda a primeira programação científica da Conbrasul teve o Painel Saúde das Aves, Saúde das Pessoas, com uma apresentação do médico-veterinário Diego Menezes de Brito, da Divisão de Saúde Única do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), sobre o PAN-BR Agro – o Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Agropecuária.

Considerando a relevância das informações geradas pelo programa e o panorama atual da resistência antimicrobiana (AMR) para as cadeias de avicultura de corte e suinocultura, foram identificados na primeira etapa, realizada entre 2018 e 2022, diversos riscos e prejuízos no contexto da saúde única.

Dentre os quais, Brito destacou a baixa eficiência no tratamento e prevenção de doenças infecciosas nos animais produtores de alimentos, o aumento da mortalidade dos animais devido a falhas terapêuticas, a redução da taxa de conversão alimentar dos animais devido a infecções e o risco de contaminação de pessoas envolvidas na cadeia produtiva com bactérias resistentes. “Além disso, há o risco de contaminação de pessoas pelo consumo de alimentos de origem animal contaminados com bactérias resistentes, o risco de contaminação do meio ambiente com bactérias resistentes e a disseminação da AMR. Também são preocupantes as possíveis perdas de mercados e as barreiras sanitárias impostas por países importadores, bem como os prejuízos econômicos para produtores e indústrias, que podem ocorrer devido a questões produtivas e de mercado”, pontuou.

Conforme o médico-veterinário, esses dados não foram publicados, mas evidenciam a complexidade e os impactos negativos que a resistência antimicrobiana pode ter nas cadeias produtivas de avicultura de corte e suinocultura. “A abordagem da saúde única, que engloba a saúde animal, humana e ambiental, se torna essencial para enfrentar e mitigar esses riscos, promovendo a sustentabilidade e a segurança dos sistemas de produção de alimentos”, enfatizou.

Os objetivos estratégicos da 2ª etapa do Plano de Ação Nacional para o Combate à Resistência aos Antimicrobianos (PAN-BR Agro) são focados em diversas áreas-chave, que se concentram em melhorar a conscientização e a compreensão sobre a resistência aos antimicrobianos por meio de ações de comunicação, educação e capacitação. “Isso visa garantir que tanto profissionais da saúde quanto a população em geral estejam cientes dos riscos e consequências do uso inadequado de antimicrobianos”, afirma.

Um segundo objetivo é fortalecer os conhecimentos e a base científica por meio de vigilância e pesquisas. Isso inclui a coleta de dados, monitoramento e análise da resistência antimicrobiana, contribuindo para uma abordagem embasada em evidências e direcionada para as melhores práticas. Outro objetivo estratégico é reduzir a incidência de infecções por meio da implementação de medidas eficazes de higiene e prevenção. Isso engloba práticas de biossegurança, controle de infecções e adoção de protocolos adequados nos diferentes setores da produção animal

O quarto objetivo visa o fortalecimento das ações de otimização do uso de antimicrobianos em animais, envolvendo o desenvolvimento e a implementação de diretrizes e políticas que promovam a utilização responsável e racional dessas substâncias, evitando o uso desnecessário ou inadequado.

Por fim, o PAN-BR Agro busca preparar argumentos econômicos voltados ao investimento sustentável, visando o aumento de recursos para o desenvolvimento de novos medicamentos, meios de diagnóstico, vacinas e outras intervenções que contribuam para o combate à resistência antimicrobiana. “Esses objetivos estratégicos visam abordar a resistência aos antimicrobianos em todas as suas dimensões, desde a conscientização até a pesquisa científica e ações práticas de prevenção, com o objetivo de promover uma abordagem abrangente e eficaz no enfrentamento desse desafio global”, sublinha Brito.

O programa técnico foi encerrado com um debate sobre proteção de ponta a ponta contra enfermidades respiratórias, com o representante da MSD Saúde Animal André Luiz Della Volpe; e sobre antimicrobianos nas rações com o diretor técnico da Vaccinar, Sebastião Borges.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse acesse gratuitamente a edição digital Avicultura Corte e Postura. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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