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Visão de Futuro

Quando a perspectiva futura se tornar realidade, a Frimesa quer estar pronta para ampliar seus horizontes e se consolidar ainda mais em um segmento em que já se tornou referência nacional

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Todos os estudos e avaliações realizados por especialistas do setor apontam que o mercado de carnes deve crescer muito ainda, no mundo. E o Brasil tem sido visto como um grande potencial para atender a demanda internacional. Quando a perspectiva futura se tornar realidade, a Frimesa quer estar pronta para ampliar seus horizontes e se consolidar ainda mais em um segmento em que já se tornou referência nacional.

Para isso, no ano passado a cooperativa anunciou um ambicioso projeto: vai construir em Assis Chateaubriand o maior frigorífico de suínos da América Latina, cujo investimento deve ultrapassar a impressionante marca de R$ 1 bilhão. Quando o projeto atingir sua capacidade máxima, prevista para daqui 15 anos, o abate atingirá 15 mil suínos por dia.

No entanto, paralelo a isso, a Frimesa divulgou, recentemente, uma notícia que pegou muitas pessoas de surpresa. Trata-se do arrendamento do frigorífico de suínos da Radar, em Marechal Cândido Rondon. A implantação da unidade fabril está prestes a ser concluída, sendo que existe a possibilidade de entrar em operação em janeiro.
Em entrevista ao Jornal O Presente, o diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella, falou sobre os investimentos no município rondonense. Confira.

O Presente (OP): Quando houve o anúncio de que a Frimesa arrendou o frigorífico de suínos da Radar, em Marechal Cândido Rondon, muitos foram pegos de surpresa até em razão do alto investimento no novo frigorífico de Assis Chateaubriand. Por que desta decisão?

Valter Vanzella (VV): A Frimesa sempre teve uma visão de futuro em termos de demanda para atender a produção de suínos das cooperativas filiadas. Dentro do nosso planejamento, a curto prazo era para fazer abates em parceria com outras cooperativas que têm frigorífico ou mesmo empresas. Com o passar do tempo, constatamos dificuldades que existiam com este tipo de parceria e, principalmente, uma que está funcionando é em Irati. Isso envolve logística e o transporte de animais vivos é extremamente problemático. Quando foi exposta a situação do frigorífico da Radar, que estava em um estágio bastante avançado de construção, fizemos contato com um dos proprietários, o Eduardo (Ramalho), e ele nos convidou para uma visita. Constatamos in loco a realidade e a proposta que ele aventou foi de vender o frigorífico, arrendar, comprar suínos ou prestar serviço. Analisamos a situação e a conclusão que chegamos é que a melhor alternativa e o melhor negócio, levando-se em conta as dificuldades para obtermos os licenciamentos do nosso projeto em Assis Chateaubriand, era arrendar o frigorífico. Acertamos o contrato e agora está em pleno andamento a montagem dos equipamentos, que é de responsabilidade dele, para deixar a unidade pronta para começarmos a abater suínos.

OP: A Frimesa precisará fazer algum investimento para que o frigorífico em Marechal Rondon entre em funcionamento?

VV: A Radar vai entregar o frigorífico pronto para funcionar. Só que a Frimesa vai investir alguma coisa, pois existem alguns aspectos que vamos fazer que a Radar não faria e não teria necessidade de investir. Se quisermos investir em uma tecnologia para diminuirmos custos, evidentemente que colocaremos uma máquina por nossa conta e depois, no final, será retirada ou ficará, porque existe a opção de compra (do frigorífico). Estimamos que vamos investir algo, mas a Radar precisa nos entregar a unidade pronta. A princípio estava previsto que a empresa teria condições de fazer isso até outubro, mas firmamos o contrato para que seja até janeiro, pois sabemos que algumas dificuldades sempre vão existir. Estamos acompanhando, porque temos necessidade pelo menos em janeiro começar a abater.

OP: Quais são os planos da Frimesa com o frigorífico em Marechal Rondon?

VV: Vamos começar abatendo 200 suínos por hora, sete horas por dia (1,4 mil suínos/dia), e desossar. À medida que tivermos crescimento do mercado de industrializados, faremos alguns produtos principais, como linguiças, bacon, aquilo que depende de menor estrutura de equipamentos. Mas já no começo vamos abater, desossar e fazer cortes. Na estrutura que estamos arrendando existem máquinas para fazer vários industrializados.

OP: Os animais que serão abatidos neste frigorífico virão de onde?

VV: Os animais que vamos abater estarão mais próximos do frigorífico, praticamente oriundos todos da Copagril. A logística é um fator que realmente pesou nas contas de estudo de viabilidade do arrendamento. Só para fins de comparação: levar suínos de Marechal Cândido Rondon para abater em Irati já foi difícil no inverno, imagina quando chegar o verão. Isso contou muito. Hoje estes suínos estão sendo abatidos ou em Irati ou estamos fazendo hora extra, trabalhando sábado e feriado no frigorífico de Medianeira. Estes animais, portanto, estão disponíveis para abate logo que o frigorífico de Marechal Rondon estiver pronto.

OP: O contrato de arrendamento é para quatro anos. O objetivo da Frimesa é adquirir o empreendimento? 

VV: Há um projeto em andamento em Assis Chateaubriand que tinha previsão de ficar pronto no fim de 2018. Devido aos problemas burocráticos do Brasil que existem ainda não temos a licença ambiental para iniciarmos a terraplanagem. Então temos consciência de que este projeto vai demorar bastante para ficar pronto, ou seja, vai além do prazo previsto. Há por parte das cooperativas, um planejamento na produção de suínos que seria atendido por este frigorífico. Isso não impede que durante este prazo usemos o frigorífico de Marechal Rondon e depois, mesmo com a unidade de Assis, porque a primeira fase é para abate de 3,5 mil suínos, adquiramos o frigorífico aqui no município. Este frigorífico tem uma proposta formal de venda para a Frimesa e vamos definir lá na frente, pois existem outras alternativas para utilizar esse frigorífico que podem ser interessantes. A princípio arrendamos, mas com opção de compra. Eu, particularmente, espero que realmente a Frimesa acabe comprando este frigorífico. Mas precisamos, primeiro, exercitar esse contrato de arrendamento que foi acertado com a Radar.

OP: Houve o arrendamento do frigorífico em Marechal Rondon e a Frimesa está com este ambicioso projeto em Assis Chateaubriand. O mercado tem capacidade para toda produção de suínos que está prevista?

VV: A curto prazo não, mas precisamos ser otimistas. Diria que hoje existe uma estagnação de consumo. A crise da suinocultura, em função talvez até nem tanto de consumo mas também do alto preço do milho, trouxe algumas dificuldades. Mas a Frimesa tem crescido, mesmo com essa crise, acima de 10% ao ano. Se olharmos de onde saímos até hoje, se tivermos continuidade do crescimento da metade do que crescemos nos últimos 15 anos o nosso projeto está perfeitamente dentro da realidade da Frimesa. Então não podemos pensar em só fazer puxadinho todo ano. É preciso ter visão de futuro. Assis Chateaubriand está planejado para ser um frigorífico para atingir sua capacidade plena de abate em 15 anos. Isso, muitas vezes, as pessoas não entendem. Quando a primeira fase estiver pronta será para abater 3,5 mil suínos/dia, depois vai para sete mil. Mas na primeira fase faremos toda terraplanagem para não termos que mexer nisso depois. A experiência de Medianeira, em que derrubamos várias vezes a mesma parede, nos ensinou a fazer um planejamento com visão futura. Em 2005 a Frimesa abatia 1,5 mil suínos por dia, quando apresentamos um projeto para 6,5 mil suínos/dia, muitos deram risada. Hoje abatemos em torno de sete mil. A grande verdade que estamos vendendo tudo. Tudo é desafiador, mas precisamos acreditar.

Fonte: O Presente

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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