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Vírus de Marek, sua evolução e o controle da doença nas granjas

Cuidar da biosseguridade e boas práticas de produção são fatores importantes no estabelecimento do controle da enfermidade. Ações que visem a redução de patógenos e fatores estressores, infecciosos ou não, no ambiente de criação possibilitam a ave melhores condições de expressar seu potencial genético produtivo.

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Foto: Arquivo/OP Rural

A doença de Marek é uma das doenças de ocorrência mundial responsável por quadros de imunossupressão, mortalidade, produção deficiente e de baixa qualidade de grande importância na avicultura, sendo de vacinação obrigatória no Brasil. Os quadros de imunossupressão ocorrem em 2 a 3 dias após infecção por destruição de linfócitos, com duas semanas há disseminação do vírus no ambiente e mais tardiamente as aves podem desenvolver tumores em diferentes órgãos.

Ciclo de replicação do vírus de Marek é complexo, com diferentes impactos na ave

Por ora negligenciada pela sensação de controle após implementação de medidas de biosseguridade, a doença de Marek pode se manifestar clinicamente em surtos ocasionais e tem sido investigada em casos de quadros complexos de imunossupressão, mortalidade e queda acentuada de produção em aves de vida longa, como matrizes pesadas e poedeiras comerciais, e problemas de aumento de condenação por problemas de pele no frango de corte – o que demonstra que a preocupação com a doença e a infecção ainda persiste nos ambientes de criação.

Tumores decorrentes da infecção pelo vírus de Marek. A) proventrículo, B) baço e proventrículo, C) intestino, D) generalizada

A manifestação de doenças raramente é associada a ação de um único agente infeccioso de forma isolada, sendo necessários gatilhos que geram alguma suscetibilidade nos animais, que passam a responder de maneira ineficaz aos desafios infecciosos.

Assim como a pressão de infecção (ou seja, a quantidade de vírus presente no ambiente) é necessário cuidar de outros fatores infecciosos que podem prejudicar a resposta imune da ave, a exemplo de infecções recorrentes pelos vírus de Gumboro e Anemia Infecciosa, e fatores não infecciosos como qualidade nutricional e de manejo, que podem resultar em não suprimento das necessidades fisiológicas compatíveis com o estágio de desenvolvimento da ave.

Evolução do vírus de Marek e dos protocolos vacinais

Além do impacto causado por fatores interferentes anteriormente listados de maneira resumida e a critério de exemplo, aprendemos desde a descoberta e caracterização do vírus da doença de Marek em 1905 pelo médico veterinário húngaro József Marek que o vírus tem a capacidade de adaptar-se e romper barreiras.

Diferentes manifestações da doença de Marek ao longo do tempo

No Brasil a vacinação para Marek é obrigatória a todas as aves e realizada precocemente no incubatório majoritariamente com a inoculação de um herpesvirus de peru (HVT) de sorotipo 3. Essas vacinas da década de 70 com o passar do tempo foram combinadas a outras vacinas de sorotipo 1, como a cepa Rispens, com o objetivo de aumentar o espectro de proteção aos desafios da época. Essa combinação HVT+Rispens, cuja utilização se dá desde a década de 80, é considerada até então o programa vacinal mais eficaz para controle da doença de Marek.

No entanto, a doença de Marek foi se manifestando de forma diferente com o passar do tempo, aumentando em nível de gravidade e acometimento de diferentes sistemas fisiológicos (tegumentar, nervoso e imunológico) devido a evolução do próprio vírus de Marek.

O diagnóstico de cepas virais cada vez mais graves como as virulentas (vMDV), muito virulentas (vvMDV) e muito virulentas plus (vv+MDV) evidenciou a capacidade do vírus em driblar a proteção conferida pelas vacinas atualmente disponíveis e suas combinações como sorotipo 1 + sorotipo 3 e outras combinações envolvendo vacinas de sorotipo 2 (não utilizadas no Brasil).

Evolução de patogenicidade dos vírus de Marek ao longo das décadas

As vacinas de sorotipo 1 (Rispens) foram fundamentais para o controle das formas virulentas do vírus de Marek mas, por manterem resquícios de virulência do seu processo de atenuação, são dedicadas a vacinação de aves de vida longa que estão expostas por um maior período de tempo e, portanto, merecem reforço do cuidado vacinal de longo prazo.

Associado a natural evolução do vírus de Marek a instituição de programas vacinais negligenciados com aplicações em dissonância com a recomendação dos fabricantes, principalmente em casos de ajustes ou diluições de dose, abre portas para infecções e consequente persistência do vírus no ambiente, contribuindo assim para o estabelecimento de infecções subclínicas e com o aumento gradativo da pressão de infecção.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença de Marek é complexo e exige cuidados na identificação do quadro epidemiológico, coleta de amostras de diferentes órgãos e estabelecimento do diagnóstico diferencial com outras doenças imunossupressoras ou causas de afecção a sistema nervoso, como as paralisias transientes – que podem se manifestar nos casos de Marek mas que não definem o diagnóstico por si só.

À esquerda, aves com paralisias ou dificuldade de movimento devido a inflamação em sistema nervoso periférico. À direita, alteração ocular decorrente de infecção em sistema nervoso central.

A doença de Marek pode se manifestar em quadros diferentes como casos de paralisias ou descoordenação de movimentos por lesões em sistema nervoso central ou periférico, quadros de imunossupressão com lesões em órgãos como bursa, medula óssea e timo e presença de tumores na forma visceral (em intestinos, fígado, baço, proventrículo, entre outros) ou cutânea, com hipertrofia e tumoração em folículos de pena, onde o vírus permanece replicando durante a vida da ave.

 

Exame histológico de caso de doença de Marek com manifestação cutânea, caracterizado pelo infiltrado linfocitário nodular multifocal moderado a severo

A coleta de diferentes órgãos e componentes do sistema nervoso central e periférico, bilateralmente, para avaliação por patologista experiente associado a diagnóstico por biologia molecular a fim de identificar e caracterizar o(s) agente(s) causador(es) é fundamental também para o diagnóstico diferencial.

Controle e perspectiva

Como o vírus se replica constantemente em folículos de pena a via de disseminação da doença depende da manutenção da carga viral em resíduos de penas e descamação de pele. Poeira e penas no ambiente de produção são veículos importantes na transmissão do vírus de Marek nos plantéis, principalmente quando há o alojamento de múltiplas idades em um mesmo aviário, assim exercendo uma grande pressão de infecção em aves mais jovens. A redução da replicação do vírus e sua disseminação no ambiente são pontos de atenção para o controle efetivo da doença de Marek.

Cuidar da biosseguridade e boas práticas de produção são fatores importantes no estabelecimento do controle da doença de Marek. Ações que visem a redução de patógenos e fatores estressores, infecciosos ou não, no ambiente de criação possibilitam a ave melhores condições de expressar seu potencial genético produtivo. Intervalo sanitário, limpeza e desinfecção de instalações e equipamentos, ambiência, aquisição de aves de procedência garantida, fornecimento de água e ração de qualidade e uma correta aplicação de vacinas no incubatório são primordiais como ponto de partida.

Os programas vacinais até então mais avançados com a combinação dos sorotipos 1 e 3 (Rispens e HVT, respectivamente) no incubatório são capazes de combater parcialmente as infecções pelas cepas atuais de vírus de Marek, ajudando a reduzir a carga infectante no ambiente, ainda que também causem a manutenção do vírus no ambiente por meio das descamações cutâneas e resíduos de pena. Ainda se necessita de atualizações no campo das tecnologias vacinais disponíveis para enfrentar um desafio que vem se manifestando de forma mais virulenta, mas o cumprimento das medidas sanitárias básicas deve auxiliar a minimizar impactos decorrentes das infecções.

As referências bibliográficas estão com o autor. Contato via: fabio.martins@idealhks.com

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura – Corte & Postura.

Fonte: Por Tobias Filho, gerente Técnico de Avicultura da Boehringer Ingelheim Saúde Animal.

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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