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Verminoses em galinha caipira causam sérios prejuízos ao produtor

As endoparasitoses (verminoses) causam sérios prejuízos sanitários e econômicos aos criadores

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Foto: O Presente Rural

 Artigo escrito por Guilherme Augusto Vieira, médico veterinário, doutor em História das Ciências, professor de produção animal e coordenador do Farmácia na Fazenda

Você sabia que as galinhas caipiras tem vermes e precisam ser vermifugadas?

As verminoses ou endoparasitoses são patologias causadas por vermes em todos os animais domésticos, sendo evidenciadas com grande visualização de sinais e sintomas nos animais de produção como os bovinos, nos equinos, ovinos, caprinos e principalmente nos cães (filhotes).

Quanto as aves, Fortes (1993,2004) ratifica que as aves domésticas são igualmente sujeitas a numerosas infestações de endoparasitoses.

Entretanto , segundo a Ourofino em Campo (2018), o controle de vermes em criações industriais (granjas industriais) de frangos de corte são negligenciados e alguns criadores entendem que o período de produção curto ( 35 a 40 dias) não é necessário a utilização de vermífugos. Já a produção de poedeiras, por possuir um período produtivo mais longo nota-se uma infestação maior e o controle é realizado de forma sistemática (Vasconcelos, 2000).

E o controle de verminoses em galinhas caipiras?

Aí é que está o grande problema. Pelo fato destes animais serem rústicos, criados soltos e a falta de informações, os criadores “acham” que as galinhas não precisam ser vermifugadas. Contudo, é comum as galinhas caipiras criadas soltas ( ou semi-intensivo) e as aves selvagens apresentarem infestação por vermes , muitas vezes não diagnosticadas e os animais morrem sem um diagnóstico adequado.

Atualmente ocorreu uma mudança na produção da galinha caipira, tornando-a tecnificada, com produção em galpões e aumentando a densidade (aglomeração) de aves nestes ambientes.

Neste novo modelo produtivo, há introdução de cama (maravalha, casca de arroz, café, etc ), alguns galpões possuem piso de chão batido, na grande maioria das criações as galinhas permanecem um período no galpão e outro período são soltas, com isso se alimentam de insetos, há um aumento de besouros e moscas nos galpões, todos estes fatores  favorecem a incidência de vermes chatos e redondos em criações de galinhas  caipiras.

A infestação das galinhas caipiras (granjas também) ocorrem por ciclo direto via transmissão horizontal (aves para aves), através da ingestão de larvas, ou pelo ciclo indireto requerendo um hospedeiro intermediário como insetos e moluscos (Vasconcelos, 2000; Back,2004)

A transmissão de maneira geral ocorre mediante a ingestão de ovos de parasitas, através de água e alimentos contaminados (BENEZ, 2004).

Outros fatores que favorecem a infestação dos animais são : higiene inadequada dos galpões, alta densidade de aves, erros de manejo sanitário e principalmente a vermifugação preventiva.

Existe uma variedade muito grande de helmintos que parasitam as aves. São dois grupos os de maior importância, os cestoides e os nematoides.

A tabela mostra os principais vermes que acometem as galinhas (caipiras e de granja).

GêneroLocalizaçãoSinais Clínicos
Nematódeos
Ascaridia sppIntestino DelgadoPerda de apetite, diarreia, perda de peso,
Trichostrongylus tenuisIntestino Delgado
Syngamus trachealisTraqueiaProblemas respiratórios, perda de peso, enfraquecimento
S. strongylinaIntestino delgadoPerda de peso, diarreia
Cestódeos
R.laticanalisIntestino DelgadoDiarreia, perda de peso, enfraquecimento
TREMATÓDEOS
Echinostossoma revolotumIntestino delgado e cecoEnfraquecimento, emagrecimento, diarreias

 

Como verificar se os animais estão infestados?

O primeiro passo para o criador é verificar o estado de saúde dos animais. Segundo verificar a presença de parasitos nas fezes e na cama onde animais se encontram. Geralmente os áscaris (lombrigas) estão presentes nas fezes e no ambiente. Se possível consultar o Médico Veterinário para orientações.

Como tratar a verminose nas galinhas caipiras?

Existem dois tipos de tratamentos das verminoses:

Tratamento curativo (para os animais infestados e doentes) e o preventivo através de vermifugação preventiva, a adoção de medidas higiênico sanitárias e manejo eficiente.

Entre as medidas preventivas a serem adotadas destacam-se:

  • Limpeza dos galpões após a saída das galinhas para o “passeio” diário;
  • Realizar o vazio sanitário após a saída do lote;
  • Limpeza do terreiro e pasto onde as galinhas realizam o passeio diário;
  • Limpeza dos ninhos onde as galinhas realizam a postura;
  • Revolver a cama sistematicamente;
  • Retirada dos animais doentes

E os prejuízos causados pelas verminoses nas galinhas caipiras?

As endoparasitoses (verminoses) causam sérios prejuízos sanitários e econômicos aos criadores.

Os prejuízos sanitários além da perda de peso, falta de apetite, diarreias e problemas respiratórios, desenvolvimento tardio e predisposição a outras doenças, pois o organismo fica vulnerável tornando-se portas de entrada para bactérias, vírus e fungos levando os animais a morte.

Os prejuízos econômicos destacam-se ao emagrecimento dos animais, diminuindo o peso e consequentemente aumenta o tempo de abate dos animais gerando mais custos e despesas. Quanto a postura há diminuição ou perdas nas produções de ovos além dos problemas mencionados. Em ambos os casos os criadores tem muito gastos com medicamentos, tratamentos auxiliares, despesas com veterinários além da falta de renda dos produtos que a granja comercializa e a reposição de pintos.

Ao terminar este artigo observou-se a necessidade de vermifugar as galinhas caipiras pois os prejuízos provocados pelas verminoses são muito grandes além de um aumento de custo da produção.

Caso o Leitor deseje conhecer mais sobre a produção ou até mesmo melhorar a sua produção de galinhas caipiras temos na Farmácia na Fazenda – o Manual Tratamento de Verminoses em Galinhas Caipiras disponível em www.farmacianafazenda.com.br/produtos 

Fonte: Assessoria

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura

União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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