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Suínos / Peixes

Velocidade marca quarta revolução industrial

Hoje, em curso a quarta revolução industrial, o mundo observa a ascensão de Sistemas Cyber Físicos, Internet das Coisas, tecnologias inteligentes, entre outros

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Em 1784, a produção mecânica usando vapor d’água mudou o mundo. Era a primeira revolução industrial. Quase um século depois, em 1870, a indústria passou pela sua segunda revolução, ao usar energia elétrica em linhas de produção. Isso perdurou até 1969, quando a terceira revolução industrial colocou nas fábricas a automação, computadores e eletrônica. Hoje, em curso a quarta revolução industrial, o mundo observa a ascensão de Sistemas Cyber Físicos, Internet das Coisas, tecnologias inteligentes que trocam informações entre si e são autônomas para gerir processos produtivos. Calma que o mundo não vai acabar e os robôs não vão substituir os humanos – isso em partes -, mas a empregabilidade desses conceitos é fundamental para quem quer se manter na suinocultura da era da quarta revolução industrial.

Para Arthur Igreja, professor da Fundação Getúlio Vargas, empresário e palestrante, para falar de indústria 4.0 é preciso falar em velocidade. Ele fez palestra durante o Info360, evento que reuniu boa parte dos líderes e maiores produtores da cadeia da suinocultura do Brasil e outros países da América Latina. “Para falar de indústria 4.0 ou suinocultura 4.0 é preciso primeiro falar de velocidade. Nos últimos 15 anos tivemos mais avanço tecnológico do que dois mil anos que os antecederam. O celular, por exemplo, deixou de ser um dispositivo de comunicação há muito tempo. Alguém pensou: posso usar como uma empresa de transporte. Então surgiu a Uber, que é uma tecnologia madura e quase ultrapassada”, cita.

As empresas de tecnologia estão causando uma revolução. Antigamente para uma empresa se tornar de US$ 1 bilhão eram necessários 30 anos. Hoje tem empresa que se torna bilionária em 36 meses, 24 meses, em 250 dias. Caminhão sem piloto não é futuro, é parte do passado. Neste ano, 24 mil carros autônomos vão entrar nas ruas dos Estados Unidos. A Uber já está fabricando drones autônomos. Isso está acontecendo. Há um ano e meio o drone sendo fabricado para o Uber pela Embraer. Em 17 meses vão lançar (no mercado) esse drone”, citou. “A tecnologia sempre evoluiu, sempre foi assim, o que diminuiu foi a velocidade. Por isso é premente a necessidade de se adaptar”, destacou o palestrante. “Não tem novidade, só são as coisas mais rápidas”, menciona.

Muito sensor

Sensor dentro da tubulação para medir a temperatura da água, nas paredes para medir a temperatura, no ar para medir os gases. Não só medir. Cruzar informações em bancos de dados, encontrar soluções e executar mudanças sem mesmo que o homem coloque a mão. Para Igreja, o uso de sensores tende a ser cada vez mais comum. “Daqui cinco anos vocês vão estar usando sensores e vão fazer coisas que nem imaginam hoje, vão fazer melhor o que vocês já fazem”, citou.

O produtor, segundo Igreja, não vai nem mesmo se preocupar em tomar os rumos do processo produtivo. “As decisões serão baseadas em inteligência artificial, com Internet das Coisas, colocando sensores em tudo que é canto, com produtores e fornecedores em conectividade, automação”, pontua. “Vamos usar cada vez mais sensores e softwares ultrainteligentes que pegam todos os dados e tomam decisões. Com certeza isso vai acontecer”, reforça.

Ele ratifica a importância de usar cada vez mais sensores para “ler” a granja em tempo real. “O potencial do sensoriamento é grande no Brasil, pois há muitos consumidores. Quem olha (emprega) essa tecnologia antes sai na frente”, sustenta, garantindo que “essa tecnologia está amadurecendo nesse momento”.

Informações

Big Data é o nome que se dá a um grande número de dados reunidos e que podem ser acessados. Por exemplo, hoje as empresas de genética do Brasil já contam com um Big Data que reúne a informação de nada menos que 250 milhões de animais. Com essas informações, elas podem chegar a resultados cada vez melhores, seja na genética, sanidade, nutrição, etc. Para Igreja, esse compartilhamento de dados é fundamental. “O compartilhamento das informações é muito importante. Informação solta não ajuda em nada”, pontua. “O Big Data nos proporciona comparar um monte de dados para saber como, por exemplo, os melhores produtores chegaram a tal nível. É uma integração de sistemas”, sugere. “Temos uma massa gigantesca de dados para compartilhar. Isso já é suinocultura 4.0”, acrescenta.

De acordo com o professor da FGV, deter informação será decisivo para o sucesso do negócio na quarta revolução industrial. “As empresas mais valiosas do mundo hoje são as que mais têm informações. Posso citar o caso do Waze (aplicativo de trânsito)”, pontua.

Não se encante

Para quem está confuso, Igreja orienta: “Não se encantem pela tecnologia, pois ela é transitória. A tecnologia é só uma ferramenta, ela muda, você precisa entender do seu negócio”, cita. “As pessoas vão sempre continuar a dominar tudo. O que é preciso é saber usar esses conceitos para fazer o que faço violentamente melhor. Um pouco melhor não serve”, comenta.

Para Igreja, “a tecnologia é complementar e tem que somar”. “Inovar é simplificar, gastar menos energia para fazer os processos. A tecnologia é um meio para tornar nossa vida mais simples”, avalia o especialista.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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