Bovinos / Grãos / Máquinas
VBP do leite tem leve queda em 2024
Brasil fechou em R.$ 65,8 bilhões em 2024, uma redução de 1,5% em relação aos R$ 66,8 bilhões registrados em 2023

O Valor Bruto da Produção (VBP) do leite no Brasil fechou em R$ 65,8 bilhões em 2024, uma redução de 1,5% em relação aos R$ 66,8 bilhões registrados em 2023. Essa leve queda reflete os desafios enfrentados pelos produtores, como os altos custos de produção e a instabilidade nos preços ao longo do ano. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 21 de novembro de 2024. Apesar da retração, o leite ocupa a sétima posição na contribuição ao VBP total, com 5,4% de participação, reafirmando sua relevância no agronegócio brasileiro.

Foto: Divulgação/Semagro
O estado de Minas Gerais se manteve como o maior produtor de leite do país, com um VBP de R$ 16,8 bilhões em 2024, praticamente igual em relação a 2023. A forte presença de pequenas e médias propriedades, aliada a investimentos em tecnologia de manejo, ajudou o estado a sustentar sua posição de liderança.
O Paraná, segundo colocado, registrou uma leve queda de 1% no VBP, que passou de R$ 9,8 bilhões em 2023 para R$ 9,7 bilhões em 2024. Apesar do recuo, o estado segue como um dos principais polos leiteiros do Brasil, com destaque para o avanço em práticas sustentáveis.
Santa Catarina, terceiro maior produtor, apresentou um recuo de 3,3%, com o VBP caindo de R$ 8,5 bilhões para R$ 8,2 bilhões. A redução foi impactada por oscilações nos preços do mercado interno e custos elevados com insumos.
Outros estados como Rio Grande do Sul e São Paulo completam o ranking dos principais produtores, com VBPs de R$ 7,3 bilhões e R$ 5,6 bilhões, respectivamente, ambos registrando pequenas quedas em comparação ao ano anterior.
O desempenho geral do setor leiteiro em 2024 ressalta a necessidade de políticas de incentivo que reduzam os custos de produção e garantam maior estabilidade nos preços, assegurando a competitividade do Brasil no mercado global de lácteos.

Com a versão digital do Anuário, você terá acesso a análises aprofundadas e dados essenciais que ajudam a compreender o desempenho das principais atividades agropecuárias em 2024 e as tendências para 2025. Acesse a versão digital clicando aqui. Boa leitura e um excelente 2025!

Bovinos / Grãos / Máquinas
Exportações recordes de carne bovina reforçam preços no mercado interno
Com 96% do volume anual já embarcado até outubro, o ritmo forte das exportações e o avanço nas vendas de animais vivos reduzem a oferta doméstica e sustentam as cotações, apesar da resistência recente de compradores a novos ajustes.

As exportações brasileiras de carne bovina continuam avançando em ritmo expressivo e já impulsionam diretamente o mercado interno. De acordo com a análise quinzenal do Cepea, os embarques acumulados até outubro alcançaram 96% do total exportado em 2024, configurando um novo recorde para o setor.

Além da carne bovina, as vendas de animais vivos também registram alta. No acumulado do ano, o volume enviado ao exterior chegou a 842 mil toneladas, crescimento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Esse fluxo intenso para o mercado externo reduz a oferta doméstica e, somado à baixa disponibilidade de animais terminados, mantém as cotações firmes no mercado interno. A demanda por carne bovina e por boi gordo permanece consistente, com estoques enxutos e vendas estáveis.
Por outro lado, compradores começam a demonstrar resistência a novas elevações, indicando uma possível acomodação dos preços no curto prazo.
Bovinos / Grãos / Máquinas
Retirada da sobretaxa pelos EUA devolve competitividade à carne brasileira
Decisão tem efeito retroativo, pode gerar restituição de valores e reorganiza o fluxo comercial após meses de retração no agronegócio.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) manifestou grande satisfação com a decisão dos Governo dos Estados Unidos de revogar a sobretaxa de 40% imposta sobre a carne bovina brasileira. Para a entidade, a medida representa um reforço da estabilidade do comércio internacional e a manutenção de condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para o Brasil.

Foto: Shutterstock
A sobretaxa de 40% havia sido imposta em agosto como parte de um conjunto de barreiras comerciais aos produtos brasileiros, afetando fortemente o agronegócio, carne bovina, café, frutas e outros itens. A revogação da tarifa foi anunciada pelo presidente Donald Trump por meio de uma ordem executiva, com vigência retroativa a 13 de novembro. A medida também contempla potencial restituição de tarifas já pagas.
De acordo com veículos internacionais, a retirada da sobretaxa faz parte de um esforço para aliviar a pressão sobre os preços de alimentos nos EUA, que haviam subido em função da escassez de oferta e dos custos elevados, e reduzir tensões diplomáticas.
Reação da ABIEC
Na nota divulgada à imprensa na última semana, a ABIEC destacou que a revogação das tarifas demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, resultando num desfecho construtivo e positivo.
A entidade também afirmou que seguirá atuando de forma cooperativa para ampliar oportunidades e fortalecer a presença da carne bovina brasileira nos principais mercados globais.
Comércio exterior
A retirada da sobretaxa tem impacto direto sobre exportadores brasileiros e o agronegócio como um todo. Segundo dados anteriores à

Foto: Shutterstock
aplicação do tarifaço, os EUA representavam o segundo maior destino da carne bovina do Brasil, atrás apenas da China.
O recente bloqueio causava retração nas exportações para os EUA e aumentava a pressão para que produtores e frigoríficos redirecionassem vendas para outros mercados internacionais. Com a revogação da sobretaxa, abre uma nova perspectiva de retomada de volume exportado, o que pode fortalecer as receitas do setor e ajudar a recompor a fatia brasileira no mercado americano.
Próximos desafios
Apesar da revogação das tarifaço, a ABIEC e operadores do setor devem seguir atentos a outros desafios do comércio internacional: flutuações de demanda, concorrência com outros países exportadores, exigências sanitárias, regime de cotas dos EUA e eventual volatilidade cambial.
Para a ABIEC, o caso também reforça a importância do protagonismo diplomático e da cooperação institucional, tanto para garantir o acesso a mercados como para garantir previsibilidade para os exportadores brasileiros.
Bovinos / Grãos / Máquinas
Abates de bovinos disparam e pressionam preços no mercado interno
Alta oferta limita valorização do boi gordo, apesar de exportações recordes e forte demanda internacional.





