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VBP do Espírito Santo decola; Rondônia e Tocantins têm ligeira alta

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Foto: Shutterstock

Em 2024, o Espírito Santo, 11º estado que mais contribuiu para a formação do VBP do Brasil, apresentou um crescimento expressivo em seu Valor Bruto da Produção (VBP), registrando R$ 25,7 bilhões, uma alta significativa em relação aos R$ 17,9 bilhões do ano anterior. Rondônia (12º) e Tocantins (13º) também registraram leves crescimentos em seus VBPs. Rondônia passou de R$ 23,6 bilhões em 2023 para R$ 24,2 bilhões em 2024, enquanto Tocantins registrou R$ 20 bilhões, ante R$ 19,9 bilhões em 2023. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 21 de novembro de 2024.

Foto: Danilo Estevão

O Espírito Santo teve um impulso significativo no VBP, com destaque para o café, que se manteve como o principal produto, alcançando R$ 17,8 bilhões, um aumento expressivo em relação aos R$ 10,3 bilhões do ano anterior. Os ovos, segundo item mais relevante, recuaram de R$ 2,0 bilhões para R$ 1,7 bilhão. Já a pecuária bovina, que ocupa o terceiro lugar, registrou R$ 1,2 bilhão, levemente abaixo dos R$ 1,3 bilhão do ano anterior.

Rondônia manteve um desempenho estável em 2024, com os bovinos liderando o ranking, registrando R$ 12,1 bilhões, pouco acima dos R$ 12,0 bilhões de 2023. A soja, em segundo lugar, caiu de R$ 4,4 bilhões para R$ 4,3 bilhões. Já o café, terceiro maior produto, teve um salto, passando de R$ 2,6 bilhões para R$ 3,3 bilhões, impulsionando o crescimento do estado.

O VBP de Tocantins foi impulsionado pela soja, que permaneceu como o principal produto, embora tenha registrado queda de R$ 9,6 bilhões em 2023 para R$ 8,7 bilhões em 2024. A pecuária bovina manteve o segundo lugar, com um leve crescimento de R$ 5,0 bilhões para R$ 5,06 bilhões. Já o milho, na terceira posição, subiu de R$ 1,8 bilhão para R$ 1,9 bilhão, ajudando a sustentar a alta geral no estado.

Com a versão digital do Anuário, você terá acesso a análises aprofundadas e dados essenciais que ajudam a compreender o desempenho das principais atividades agropecuárias em 2024 e as tendências para 2025. Acesse a versão digital clicando aqui. Boa leitura e um excelente 2025!

Fonte: O Presente Rural

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Mancha-alvo pode causar até 20% de queda do potencial produtivo da soja

Doença fúngica cresce mais rápido que ferrugem e mofo-branco, amplia risco de perdas produtivas e expõe a necessidade de estratégias integradas para preservar rendimento e eficácia dos fungicidas.

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Foto: Divulgação/FMC

No campo, a soja é atacada por muitas doenças fúngicas que podem causar prejuízos tanto no rendimento quanto na qualidade dos grãos. As que mais infectam a cultura apresentam uma dinâmica variada e têm o controle influenciado por diferentes condições de clima, cultivares e populações dos fungos presentes nas áreas.

Dentre as principais doenças, a mancha-alvo (Corynespora cassicola) é um ponto de atenção, pois apresenta alta severidade, problemas de resistência e a infestação no campo cresce a cada safra. “Nos últimos anos, a mancha-alvo teve aumento de 33% ao ano na área tratada no Brasil. Esse percentual de crescimento anual é maior que outras problemáticas na soja, como ferrugem, mofo-branco e antracnose, no mesmo período. Isso comprova que o manejo da cultura deve avaliar o complexo de doenças de cada região”, enfatiza o engenheiro agrônomo Fábio Lemos.

Dentre os fatores para a evolução da doença está a seleção genética de materiais altamente produtivos, porém com maior suscetibilidade a patógenos, ampla área cultivada, sistema de soja-algodão, em que a doença se desenvolve e causa danos, simultaneamente submetidas a diferentes condições climáticas, e diversidade de variações entre populações de fungos submetidas a condições diversas de pressão e seleção. “Uma vez que haja condições para a ocorrência, as perdas pela falta de um controle preventivo podem ser devastadoras à cultura, com redução de 15 a 20% do potencial produtivo, em escala variável. Por isso, é muito importante que o produtor faça o programa preventivo de controle de doenças da lavoura em associação com produtos multissítios e biológicos”, menciona o profissional.

Lemos explica que o uso frequente do mesmo fungicida promove uma maior pressão de seleção e, portanto, acarreta uma menor eficácia do manejo das doenças. “Na ausência de novos ativos, a rotação de grupos químicos e moléculas atenuam a pressão sobre as populações e conferem mais controle”, ressalta, acrescentando: “O controle das doenças no momento adequado resulta em mais vagens por planta, maior permanência das folhas, com otimização da fotossíntese e do enchimento de grãos, além do uso mais eficiente dos fungicidas. Esses fatores reduzem diretamente as perdas causadas por doenças e geram benefícios que vão além da sojicultura, ao contribuir para o manejo integrado de pragas no ambiente e produzir reflexos positivos também em outros cultivos”.

Fonte: Assessoria FMC
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Expansão agroindustrial faz C.Vale projetar salto de 84% na demanda por energia elétrica

Cooperativa estima que necessidade instalada chegue a 70 MW em dez anos e cobra reforço no fornecimento para sustentar novos investimentos no campo e na indústria.

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Foto: Divulgação/C.Vale

Impulsionada pela ampliação da agroindustrialização e por novos projetos produtivos de seus cooperados, a C.Vale projeta um crescimento expressivo na demanda por energia elétrica na próxima década. A cooperativa estima que a carga instalada saltará de 38 para 70 megawatts (MW) até 2036, uma alta de 84%. No mesmo intervalo, o consumo anual deve avançar 79%, alcançando cerca de 429 gigawatts-hora (GWh).

Reunião realizada na última terça-feira (16), em Palotina (PR), entre dirigentes da C.Vale e da Companhia Paranaense de Energia (Copel)

O avanço do consumo energético está diretamente ligado à expansão das indústrias da cooperativa, das unidades de recebimento de grãos e, sobretudo, à intensificação da produção nas propriedades dos associados. Para viabilizar esse crescimento, a C.Vale avalia como fundamental o reforço da infraestrutura elétrica, tanto nas plantas industriais quanto no meio rural.

O tema foi tratado em reunião realizada na última terça-feira (16), em Palotina (PR), entre dirigentes da C.Vale e da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Durante o encontro, representantes da concessionária visitaram o complexo agroindustrial da cooperativa e tiveram acesso ao Plano Decenal Energético, apresentado pelo supervisor de Gestão de Energia e Comercialização, Felipe Ferreira. O documento detalha os investimentos previstos até 2036 e os impactos esperados sobre a demanda.

Segundo a cooperativa, parte relevante desse crescimento está associada a projetos dos associados nas áreas de piscicultura, suinocultura e avicultura, atividades intensivas em energia e dependentes de fornecimento estável para manter sistemas de climatização, automação, alimentação e biossegurança.

O presidente do Conselho de Administração da C.Vale, Alfredo Lang, destacou que a sinalização da Copel em ampliar e qualificar o atendimento energético é decisiva para destravar novos investimentos. “A preocupação da Copel em nos atender nos encoraja a investir ainda mais”, afirmou.

Participaram da reunião o presidente da Copel, Daniel Slaviero, o diretor-geral da companhia, Marco Antônio Villela Abreu, diretores da C.Vale e demais representantes da concessionária. O encontro reforçou a necessidade de alinhamento entre planejamento energético e expansão do agronegócio, em um cenário de crescente demanda por proteína animal e processamento de alimentos.

Fonte: O Presente Rural
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Codesul defende integração da Malha Sul diante da nova política ferroviária federal

Estados do Sul avaliam que a fragmentação da concessão compromete escala, investimentos e competitividade logística em uma região estratégica para o agro e a indústria exportadora

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O lançamento da Política Nacional de Concessões Ferroviárias e da Carteira de Projetos 2026, anunciado pelo Ministério dos Transportes, marca um dos mais relevantes movimentos de reestruturação do modal ferroviário brasileiro nas últimas décadas. A iniciativa prevê a modernização das regras de outorga, a possibilidade de aportes públicos em concessões e a estruturação de uma carteira inédita, com oito leilões e investimentos estimados em cerca de R$ 140 bilhões, voltados à ampliação da malha, à recuperação de trechos degradados e à criação de novos corredores logísticos.

Diretor de ferrovias da Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC), Lenoir Antonio Broch – Foto: Divulgação/Acic

O diretor de ferrovias da Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC), Lenoir Antonio Broch, observa que embora o anúncio represente um avanço importante na agenda logística nacional, o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) avalia que a modelagem proposta para a Malha Sul não atende às necessidades estratégicas de integração ferroviária dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A fragmentação da malha em três concessões distintas: Corredor Paraná – Santa Catarina, Corredor Rio Grande e Corredor Mercosul é vista como um fator que compromete a coerência logística regional, reduz escala, desestimula investimentos e fragiliza a atratividade privada.

Atualmente, a concessão da Rumo Malha Sul compreende 7.223,4 quilômetros de ferrovias nos três estados, mas aproximadamente 50% desse total encontra-se fora de operação. No Rio Grande do Sul, após as cheias de 2024, a extensão efetivamente operante caiu de cerca de 1.680 km para apenas 921 km, com interrupções adicionais no transporte de líquidos devido a danos estruturais. Em Santa Catarina, dos 1.210 km de trilhos da Malha Sul, apenas 210 km permanecem em operação. Apesar de concentrar cerca de 20% da movimentação nacional de contêineres e contar com importantes terminais de grãos, apenas cerca de 6% das cargas portuárias do estado utilizam o modal ferroviário.

No Paraná, especialmente no Oeste, a limitação da infraestrutura e gargalos como o da Serra da Esperança, entre Guarapuava e Ponta Grossa, reduzem a fluidez do transporte ferroviário e comprometem o escoamento de grãos, proteínas e insumos industriais. Esse cenário evidencia um declínio progressivo da capacidade operacional da malha, com impactos diretos sobre a competitividade agroindustrial e exportadora da região Sul.

Foto: Divulgação

Broch destaca que o desafio logístico é estrutural. A dependência do transporte rodoviário, que responde por cerca de 65% do transporte doméstico no País, somada à baixa participação das ferrovias fora do segmento de minério, eleva custos, pressiona rodovias saturadas e expõe o sistema a riscos crescentes. Cadeias produtivas estratégicas, como aves, suínos, lácteos, carnes e alimentos processados, além de projetos futuros de biocombustíveis, são diretamente afetadas.

Diante desse contexto, os estados do Codesul defendem a concessão integrada da Malha Sul como única alternativa capaz de garantir escala, coerência logística e eficiência operacional. A atuação conjunta junto ao Governo Federal baseia-se em três diretrizes centrais: a solução dos passivos históricos da concessão atual, com recuperação de trechos degradados; a garantia da continuidade operacional durante a transição entre contratos; e a defesa firme da concessão em bloco, assegurando a plena integração da região à malha ferroviária nacional.

Além de medidas imediatas para recompor trechos danificados e restabelecer a conectividade logística, o Codesul propõe uma estratégia de médio e longo prazo alinhada à visão nacional de ampliação da competição, atração de novos players e inserção efetiva do Sul nos grandes corredores ferroviários de exportação. O objetivo é assegurar que a região continue contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento econômico do Brasil, com uma infraestrutura ferroviária contínua, moderna e competitiva.

Fonte: Assessoria ACIC
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