Suínos
VBP da suinocultura salta 11% e supera R$ 52 bilhões em 2024
Crescimento reflete o fortalecimento da demanda interna, impulsionada pela recuperação econômica, e o avanço das exportações, especialmente para mercados asiáticos.

O Valor Bruto da Produção (VBP) da suinocultura brasileira atingiu R$ 52,5 bilhões em 2024, representando um aumento expressivo de 11,2% em relação aos R$ 47,2 bilhões registrados em 2023. O crescimento reflete o fortalecimento da demanda interna, impulsionada pela recuperação econômica, e o avanço das exportações, especialmente para mercados asiáticos. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 21 de novembro de 2024. A suinocultura, que representa 4,3% do VBP total da agropecuária brasileira, reafirma sua importância estratégica no cenário nacional e global.

Santa Catarina manteve sua posição como o principal estado produtor de suínos do Brasil, com um VBP de R$ 12,5 bilhões em 2024. Apesar do avanço de apenas 2,4% em comparação aos R$ 12,2 bilhões de 2023, o estado segue como referência em tecnologia e sanidade na produção, representando cerca de 23,8% do VBP nacional do setor.
O Paraná consolidou sua segunda posição no ranking nacional, alcançando R$ 11,3 bilhões, um crescimento de 12,1% frente aos R$ 10,1 bilhões do ano anterior. O desempenho foi impulsionado por investimentos em manejo e genética, além do fortalecimento das exportações através de grandes cooperativas locais.
Na terceira posição, o Rio Grande do Sul registrou um VBP de R$ 8,8 bilhões, um aumento de 7,3% em relação aos R$ 8,2 bilhões de 2023. O estado demonstrou resiliência mesmo diante de desafios climáticos enfrentados no primeiro semestre, evidenciando a capacidade de recuperação de sua cadeia produtiva.
Minas Gerais foi destaque com o maior crescimento percentual entre os principais produtores. O estado saltou de R$ 5,2 bilhões em 2023 para R$ 6,3 bilhões em 2024, um avanço de 21,2%. O aumento reflete os investimentos em granjas tecnificadas e o crescimento da integração com grandes frigoríficos.
Outros estados também apresentaram desempenhos positivos, como São Paulo, que registrou um crescimento de 19,5%, passando de R$ 2,5 bilhões para R$ 3 bilhões. Mato Grosso avançou 4,8%, alcançando R$ 2,3 bilhões, enquanto Goiás chegou a R$ 1,9 bilhão, um aumento de 13,8% frente aos R$ 1,6 bilhão do ano anterior.

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Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



