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VBP Agropecuário do Paraná cresce 11% em 2023 e alcança R$ 197,8 bilhões

O segmento pecuário foi responsável por 49% do Valor Bruto da Produção, enquanto a agricultura representa 46,6%. Índice contempla aproximadamente 350 itens diversificados, incluindo grãos, proteínas animais, fruticultura, floricultura, silvicultura e uma ampla gama de produtos da agropecuária paranaense.

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Fotos: Gilson Abreu/AEN

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná somou R$ 197,8 bilhões em 2023, de acordo com a análise preliminarpublicada na quarta-feira (17) no site da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os números representam um crescimento nominal de 3% em relação ao VBP de 2022 (R$ 191,2 bilhões). Se considerada a inflação do período, o resultado foi 11% superior.

O VBP contempla aproximadamente 350 itens diversificados, incluindo grãos, proteínas animais, fruticultura, floricultura, silvicultura e uma ampla gama de produtos da agropecuária paranaense. Os dados são levantados pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, ao longo do ano com pesquisas de preços e das condições das lavouras nos municípios.

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, destacou a grandeza do que é produzido no campo. “O VBP apresentou um aumento significativo, puxado basicamente pelas culturas de verão, que tiveram um ótimo desempenho, e isso remete a ter um VBP por hectare/ano de R$ 13,5 mil aproximadamente, que é um dos maiores VBP por hectare que temos hoje no Brasil”, disse.

“Isso mostra que o Paraná pratica a melhor agricultura do País hoje, reforça o segmento como pilar essencial da economia, mostra o valor dos nossos agricultores, das nossas entidades e posiciona o Estado como bastante produtivo na Nação”, complementou.

De acordo com o relatório analítico da economista Larissa Nahirny, coordenadora da Divisão de Estatísticas Básicas do Deral, o clima favoreceu a maior parte da agropecuária no Estado. “Ao contrário da safra 21/22, na qual as condições climáticas afetaram drasticamente as produtividades das culturas de verão, na safra 22/23 esses produtos obtiveram excelentes resultados”, afirmou. A nota baixa foi representada pela 2ª safra e por algumas culturas de inverno, como feijão e trigo, que registraram perdas de qualidade e produtividade.

Pecuária

Em termos de segmento, o relatório aponta a liderança da produção pecuária na formação do VBP pelo segundo ano consecutivo. O setor representa 49% do valor gerado nas propriedades rurais do Paraná em 2023, com R$ 96,5 bilhões. “Embora em termos nominais o valor tenha sido ligeiramente inferior ao de 2022 (R$ 96,7 bilhões), em termos reais o resultado é 7% superior em razão da deflação do período”, disse Larissa.

Para o chefe do Deral, Marcelo Garrido, a expressividade da pecuária no VBP é um importante indicativo do direcionamento da matéria-prima produzida no Estado. “Significa que estamos agregando mais valor à soja e ao milho, que são a base da alimentação animal”, analisou.

Foto: Ari Dias/AEN

O setor da avicultura como um todo, incluindo produção de frango de corte, para recria, ovos férteis e ovos para consumo, é o mais expressivo dentro do segmento da pecuária. No ano passado gerou mais de R$ 44,7 bilhões nas propriedades rurais. É seguido pelos bovinos, com R$ 25,5 bilhões, e pelos suínos, que geraram R$ 12,4 bilhões. A produção de leite teve ligeiro aumento, de 4,4 bilhões para 4,5 bilhões de litros, com VBP de R$ 11,4 bilhões.

Agricultura

A agricultura de forma geral foi responsável por 46,6% do faturamento bruto, somando R$ 92,1 bilhões, contra R$ 85,1 bilhões de 2022, quando as condições climáticas foram desastrosas. Nesse segmento prevaleceram os grãos e outras grandes culturas, com R$ 82,3 bilhões. O valor é 17% superior aos R$ 76,1 bilhões de 2022, em termos reais.

É aí que desponta a soja, principal cultura paranaense. Após perda de aproximadamente 8 milhões de toneladas na safra 21/22, o produto alcançou recorde de 22,4 milhões de toneladas em 2023, com VBP de aproximadamente R$ 49 bilhões. “Só não foi maior em razão da desvalorização do preço médio de comercialização”, disse a coordenadora de Divisão de Estatística Básica do Deral. Em 2023 o preço médio da saca ficou em R$ 130,99, valor 15,5% inferior ao de 2022.

Na segunda colocação apareceu o milho, com produção de 17,8 milhões de toneladas nas duas safras. “Representou uma recuperação do potencial produtivo do cereal após ciclos problemáticos”, analisou Larissa. “Mas os preços médios de comercialização desvalorizaram, assim o VBP, de R$ 14,5 bilhões, reduziu em 23% em termos reais”. No ciclo anterior tinham sido R$ 20,2 bilhões.

A cana-de-açúcar, que tinha ficado na quarta colocação em 2022, assumiu no ano passado a terceira posição, com R$ 4,3 bilhões. Ela ultrapassou o trigo, que teve redução significativa de 34%. De R$ 5,4 bilhões passou para R$ 3,6 bilhões.

O segmento agrícola também foi incrementado com a participação de hortaliças, que somou VBP de R$ 6,7 bilhões. As batatas, que alcançaram R$ 1,8 bilhão, e o tomate, com R$ 1,1

Foto: Ari Dias/AEN

bilhão, foram as espécies mais importantes. Na fruticultura, destaque para as laranjas, com R$ 752 milhões; e para morango, com R$ 505 milhões. Em flores o crescimento real foi de 20%, passando de R$ 224 milhões para R$ 250 milhões.

Produtos florestais

O VBP florestal, de R$ 9,2 bilhões, foi inferior aos R$ 9,6 bilhões do ano anterior. “Com a desvalorização de boa parte dos preços dos produtos florestais, verificou-se uma redução expressiva na extração de toras para produção de papel e celulose e uma ligeira alta para as demais finalidades”, afirmou a economista do Deral. O destaque nesse segmento é a erva-mate, que teve crescimento de 10% na produção, passando de 763,5 mil toneladas para 840,4 mil toneladas. O VBP da cultura somou R$ 1,3 bilhão.

Preços

Larissa observou ainda que os preços dos produtos tiveram um arrefecimento no mercado global de commodities, após duas altas expressivas, de 28% em 2021 e de 15% em 2022. No ano passado o Índice de Preços de Alimentos, levantado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), recuou 14%.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2023 com variação de 4,62%, enquanto o índice de bebidas e alimentos avançou apenas 1,03%. As perdas mais expressivas ficaram por conta de óleos e gorduras (-14,44%), carnes (-9,37%) e aves e ovos (-6,37%). Na outra ponta, apresentaram altas mais expressivas as hortaliças (25,79%), cereais, leguminosas e oleaginosas (15,89%) e frutas (8,34%). “A mesma dinâmica observada pelo IPCA ocorreu com os preços recebidos pelos produtores”, analisou a economista. Os produtores de grãos, por exemplo, receberam em média 19,5% a menos pela saca do que em 2022. Nas carnes bovina, suína e de frango o preço foi 13,2% inferior na média. Já as hortaliças aumentaram 37,2% e as frutas, 24,9%, em média.

Sobre as exportações paranaenses, a analista registrou a soma de US$ 19,5 bilhões para 30 milhões de toneladas no ano passado, acréscimo de 16% e de 42%, respectivamente, comparado com 2022. “Considerando a redução dos preços no mercado global e a valorização do real no período, o resultado foi alavancado pela recuperação do complexo soja, cujo volume embarcado aumentou 76%”, afirmou Larissa.

Municípios

A partir da publicação das informações preliminaresno Diário Oficial, os técnicos e gestores municipais podem analisar os números e, caso desejem, entrar com recurso fundamentado para questionar dados do desempenho agropecuário. “O prazo é de 30 dias a contar da publicidade oficial. Depois desse período, o Deral divulga o resultado final do VBP de 2023”, explicou o chefe do Departamento de Economia Rural, Marcelo Garrido.

Fonte: AEN-PR

Notícias 4% a mais

Exportações dos portos do Paraná batem 16,8 milhões de toneladas em 2024

Soja foi o destaque das exportações: portos paranaenses alavancaram metade do crescimento nacional em exportação da commodity entre os meses de janeiro e maio deste ano. Das 1.183.261 toneladas a mais no Brasil este ano, 638.232 toneladas são do Porto de Paranaguá.

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Fotos: Claudio Neves/Portos do Paraná

A exportação nos portos paranaenses cresceu 4% nos cinco primeiros meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, movimentando 16.861.765 toneladas, 715.435 a mais do que em 2023.

commodity que apresentou maior movimentação em volume foi o grão de soja. Ao todo, 6.381.268 toneladas de soja foram movimentadas de janeiro a maio desse ano, contra 5.743.035 no ano passado, representando um crescimento de 11%. Segundo dados do governo federal, disponibilizados pelo Comex/Stat e do Power BI, os portos paranaenses alavancaram metade do crescimento nacional em exportação de soja entre os meses de janeiro e maio deste ano. Das 1.183.261 toneladas a mais no Brasil este ano, 638.232 toneladas são do Porto de Paranaguá. “Ou seja, mais da metade da movimentação nacional passou pelo porto paranaense. É um volume bastante expressivo e que mostra a eficiência das nossas operações”, destacou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Açúcar

Além do crescimento em soja, o açúcar foi destaque na exportação. Entre os meses de janeiro e maio, o açúcar a granel passou de 1.086.008 toneladas, no ano passado, para 2.212.473 toneladas neste ano, um aumento de 104%. A commodity em sacas também apresentou crescimento de 143.913 toneladas, em 2023, para 293.510 toneladas, em 2024, representando também 104% a mais. “Tivemos um aumento significativo na movimentação de açúcar para exportação e isso se deve a grande procura da Índia, que apresentou uma quebra de safra e está com dificuldades para manter a própria demanda interna. Temos uma grande hinterlândia disponível na região do Porto de Paranaguá, além de infraestrutura para atender esse tipo de carga e eficiência na gestão na operação”, explicou o diretor de Operações, Gabriel Vieira.

“O volume nacional de açúcar no período cresceu 61% em comparação ao ano passado e a cotação da tonelada média no período saltou de US$ 464/tonelada para US$ 520/tonelada. O açúcar está entre os únicos produtos da pauta de exportação do agronegócio, em 2024, com aumento em volume embarcado e em receita cambial simultaneamente”, destacou Vieira.

Os contêineres também apresentaram crescimento: de 232.566 TEUs no ano passado para 325.382 TEUs neste ano, com destaque para as cargas de carne congelada.

Panorama geral

A movimentação geral, tanto de importação quanto de exportação, apresentou um crescimento de 8% no período em comparação ao ano passado, de 25.220.449 toneladas para 27.197.565 toneladas. Na importação, houve um crescimento de 14% em relação a 2023, passando de 9.074.119 toneladas para 10.335.801 toneladas movimentadas este ano.

Fonte: AEN-PR
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Notícias

Como será o clima no Brasil em julho?

Previsão indica temperaturas acima da média em grande parte do país e chuva concentrada no norte da Região Norte, além de áreas pontuais de parte do litoral brasileiro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Aprevisão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de julho, indica chuva acima da média na faixa norte da Região Norte, áreas pontuais do leste das regiões Nordeste, Sudeste e Sul (tons em azul no mapa da figura 1a). Já em grande parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, sul da Região Norte, interior da Região Nordeste e oeste da Região Sul, é previsto chuva próxima e abaixo da média climatológica (tons em cinza e amarelo no mapa da figura 1a).

É importante ressalta-se que, a redução da chuva em grande parte do Brasil nesta época do ano é devido à persistência de massas de ar seco, que ocasiona a diminuição da umidade relativa do ar, que consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, além do aumento de doenças respiratórias.

Considerando o prognóstico climático do Inmet para julho de 2024 e seus possíveis impactos nas principais culturas tem-se que, com a previsão de redução da chuva em grande parte do Brasil, esta poderá reduzir os níveis de umidade no solo, principalmente no Matopiba (área que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e regiões Centro-Oeste e Sudeste, além do centro-norte do Paraná.

Este cenário poderá ocasionar restrição hídrica para as lavouras de milho segunda safra em estágio reprodutivo e trigo em desenvolvimento. Por outro lado, a falta de chuva no interior do Nordeste e Região Centro-Oeste, pode favorecer a maturação e colheita do algodão, e da cana-de açúcar e do café na Região Sudeste. A atenção deve ser para a previsão de chuva acima da média em áreas do leste da Região Sul, principalmente o nordeste do Rio Grande do Sul, que vem sendo atingido por fortes chuvas nos últimos meses, e que ainda poderão dificultar a semeadura do trigo.

Temperatura
Quanto às temperaturas, a previsão indica que deverão ser acima da média na parte centro-norte do País, principalmente na divisa do sul do Pará com Mato Grosso e Tocantins (tons em laranja no mapa da figura 1b), devido à redução das chuvas, com possibilidade de ocorrência de alguns dias de calor em excesso em algumas localidades, onde as temperaturas médias poderão ultrapassar os 26ºC.

Em áreas pontuais do norte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, além do interior do Nordeste, as temperaturas devem ser próximas ou ligeiramente abaixo da média (tons em cinza e azul no mapa da figura 1b), variando entre 20ºC e 22ºC. Já na Região Sul, são previstos valores acima da média nos estados do Paraná e Santa Catarina, enquanto que, em grande parte do Rio Grande do Sul, as temperaturas devem permanecer próximas e ligeiramente abaixo da média (tons em cinza e azul no mapa da figura 1b). Já em áreas de maior altitude das regiões sul e sudeste, são previstas temperaturas próximas ou inferiores a 14ºC.

Além disto, não se descartam a ocorrência de geadas em algumas localidades destas regiões, devido a entrada de massas de ar frio que podem provocar declínio de temperatura, muito comuns nesta época do ano.

Previsão de anomalias de (a) precipitação e (b) temperatura média do ar do modelo climático do INMET, para o mês de julho de 2024.

O Inmet é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.

Fonte: Assessoria Mapa e Instituto Nacional de Meteorologista
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Notícias Temporada 2023/2024

Monitoramento agrícola aponta que condições climáticas impactam cultivos de 2ª safra e de inverno

Análise espectral mostra uma predominância de áreas com anomalias negativas do Índice de Vegetação (IV). Isso deve-se, principalmente, à antecipação da colheita do milho e ao atraso na semeadura e no desenvolvimento do trigo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Nas primeiras semanas de junho, os maiores volumes de precipitação ocorreram em parte da região Norte, Nordeste e Sul. Essas chuvas favoreceram o desenvolvimento do feijão e do milho terceira safras na região do Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia), mas dificultaram a implantação e o estabelecimento do trigo no Rio Grande do Sul.

Nas demais áreas do país, predominou o tempo seco, favorecendo a maturação e a colheita do algodão e do milho segunda safra, mas restringindo o desenvolvimento do milho em estágio reprodutivo e do trigo em diferentes estágios.

A análise está na edição de junho do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo apresenta a análise das condições agroclimáticas e de imagens de satélite dos cultivos de verão da safra 2023/2024.

A análise espectral mostra uma predominância de áreas com anomalias negativas do Índice de Vegetação (IV). Isso deve-se, principalmente, à antecipação da colheita do milho e ao atraso na semeadura e no desenvolvimento do trigo.

A falta de chuvas e as altas temperaturas, durante o desenvolvimento do milho, anteciparam a maturação em algumas áreas e impactaram as lavouras em estágio reprodutivo.

O trigo semeado mais cedo, em áreas do Centro-Oeste, do Sudeste e do Paraná, também sofreu restrição hídrica e teve o desenvolvimento prejudicado. Nas regiões Oeste Catarinense e Noroeste Rio-Grandense, os gráficos de evolução do IV mostram o atraso na semeadura e no desenvolvimento dos cultivos de inverno.

Publicado mensalmente, o BMA é resultado da colaboração entre Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que contribuem com dados pesquisados em campo. O Boletim de Monitoramento Agrícola está disponível na íntegra no site da Conab.

Fonte: Assessoria Conab
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