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Notícias Plano Safra

“Vamos fazer com que os pequenos e os médios tenham mais acesso ao crédito”, diz ministra

Ela ainda criticou o tabelamento do frete e defendeu o sistema de autocontrole

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Guilherme Martimon/Mapa

Em evento na Associação Comercial de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (17), a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou que o Plano Safra 2019/2020, que será anunciado oficialmente na terça-feira (18), no Palácio do Planalto, vai dar prioridade aos pequenos e médios agricultores. A ministra explicou que, como a verba total para o Plano Safra não aumentou em relação ao ano passado, o Ministério vai distribuir os recursos de forma a atender um número maior de produtores, mas sem discriminar os grandes do setor.

“Vamos privilegiar, ou focar mais, no número maior de produtores para pegar os recursos do Plano Safra. Não é que vamos discriminar os maiores, para eles teremos outras opções, para que também tenham recursos mais baratos e mais compatíveis com a nossa atividade agropecuária. Mas vamos fazer com que os pequenos e os médios tenham mais acesso ao crédito, o que eles nem sempre tiveram”.

Recebida pelo presidente em exercício da Associação Comercial, Roberto Mateus Ordine, a ministra proferiu a palestra “A importância do agronegócio no Brasil”, e depois respondeu perguntas dos empresários ligados à Associação Comercial. Sobre o Plano Safra, ela agradeceu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por todo o trabalho para chegar aos números que serão anunciados nesta terça-feira. Ela explicou como será a ampliação das fontes de financiamento para o agronegócio, inclusive com aumento de recursos das LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) para o crédito rural e a autorização para emissão de títulos no exterior. “Esse é o caminho numa economia liberal”, pontou a ministra.

Tereza Cristina também confirmou o aumento do valor destinado ao seguro rural para R$ 1 bilhão, como já tinha sido anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro, e fez um apelo para que os bancos reduzem os spreads nos empréstimos ao setor rural, após o aumento das coberturas de seguro e a redução dos riscos embutidos nos financiamentos. A ministra disse que o Tesouro Nacional vai disponibilizar R$ 10 bilhões para a subvenção ao crédito rural. O detalhamento do plano ficará para amanhã.

Ela ainda falou de sua viagem à Europa na próxima semana, para participar de reunião de ministros em Bruxelas sobre o acordo comercial União Europeia-Mercosul, que está em fase final de discussão. “Há alguns temas caros para a agricultura brasileira que ainda não conseguimos fechar por completo, e é isso que estará em discussão em Bruxelas”, disse. Ela também se queixou do que chamou de campanha difamatória na Europa contra a agropecuária brasileira.

“Já estamos trabalhando para mostrar a qualidade do produto brasileiro, para os brasileiros e para aqueles que importam os nossos produtos, que são mais de 162 países”, disse.

Na palestra, a ministra destacou o problema do tabelamento do frete rodoviário, que ainda persiste. Ela disse esperar que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), “tenham bom senso” ao decidir sobre a matéria e derrubem o tabelamento. “Não tem cabimento, numa economia de mercado, termos um tabelamento”, criticou Tereza Cristina, que lamentou também o contingenciamento de recursos para a área de defesa agropecuária e sanidade animal, diante dos riscos para a produção brasileira e para a exportações.

Ao responder as perguntas dos empresários, a ministra defendeu que o Mercosul tem de ser revisto e modernizado. Para ela, o Brasil precisa liderar este movimento, se não talvez seja melhor deixar o bloco. Ela também fez uma enfática defesa do sistema de autocontrole, no qual os empresários assumem maiores responsabilidades pelo controle sanitário de seus produtos, e destacou que já foram realizadas quatro reuniões do comitê responsável pela implantação do programa para que governo e empresários possam falar a mesma língua.

Tereza Cristina respondeu muitas outras perguntas, principalmente sobre problemas de logística e transporte, e também sobre a recente viagem a Japão, China, Indonésia e Vietnã. Ela defendeu a retomada dos investimentos japoneses em projetos de melhoria da infraestrutura brasileira de portos, ferrovias, rodovias e armazéns.

Fonte: MAPA

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Fraca demanda pressiona cotações do frango em março

Queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

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Foto: Jonathan Campos

Os preços médios da maioria dos produtos de origem avícola estão encerrando março abaixo dos registrados em fevereiro.

Segundo pesquisadores do Cepea, a queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

Já no mercado de pintainho de corte, a procura aquecida pelo animal tem impulsionado os valores.

De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o movimento altista pode estar ligado ao interesse da indústria em aumentar o alojamento de frango, sobretudo para atender à demanda externa pela proteína brasileira – vale lembrar que as exportações de carne de frango estão em forte ritmo.

Fonte: Assessoria Cepea
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Em reunião com diretorias da Aiba e Abapa, presidente da Coelba anuncia intenções para solucionar déficit de energia elétrica no Oeste baiano

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções.

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Em atendimento às solicitações apresentadas por agricultores em reunião prévia ocorrida em (06) de fevereiro, quando esteve no Oeste da Bahia e ouviu as demandas de energia elétrica, o diretor presidente da Coelba Neoenergia, Thiago Freire Guth, retornou à região, e na última terça-feira (26), reuniu-se com as diretorias da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), na sede da Coelba em Barreiras.

Como ficou acordado, ainda no final de fevereiro, uma comitiva de consultores da Coelba realizou visitas técnicas a propriedades rurais do Oeste baiano para diagnosticar as principais carências energéticas da região, a partir do qual foram realizados estudos de viabilidade com emissão de parecer técnico.

Fotos: Divulgação/Aiba

Durante a reunião, o diretor presidente da Coelba, juntamente com os superintendentes, de Área Técnica, Tiago Martins, e de Expansão de Obras, Anapaula Nobre, fizeram a apresentação do novo plano de investimentos da Coelba para o Oeste da Bahia nos próximos quatro anos. “Temos demandas que não foram atendidas no decorrer dos anos, mas a atual gestão da Coelba vem sendo mais participativa aqui na região. Um momento importante para debater e atualizar os próximos passos da companhia, em termos de investimento, aqui no oeste baiano, e tenho certeza, que daqui para frente, com mais transparência e participação da Coelba. O que ouvimos hoje é que as coisas realmente vão começar a sair do papel para prática, e que as demandas da região e do agronegócio serão atendidas”, avalia o vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções. “É a segunda vez que o presidente da Coelba vem ao oeste, trazendo respostas e anunciando esses investimentos, e nós esperamos que isso venha atender ao produtor, tanto na quantidade necessária, e também na qualidade, que é fundamental”, complementa o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

O diretor presidente, Thiago Freire agradeceu a oportunidade e anunciou as intenções da companhia. “É uma região pujante, e do ponto de vista de desenvolvimento do agronegócio, existe uma necessidade energética urgente. A empresa está alocando os recursos necessários para, nos próximos quatro anos, aumentar cerca de 70% da capacidade de energia elétrica da região”, pontuou Guth que ainda falou de parcerias. “É um desafio também em fazer um trabalho conjunto e trazer novas linhas de transmissão e subestações da rede básica, fora do escopo da energia Coelba, uma questão mais de infraestrutura de alta tensão. Propomos fazer esse trabalho em parceria com associações locais, e ouvirmos a necessidade dos clientes e trabalhar juntos, para resolver os problemas que são comuns, tanto para associações e para o desenvolvimento da região, quanto para a própria energia”, complementou o diretor presidente, que ainda confirmou a divulgação de um cronograma da Coelba, sugerido pelos produtores rurais, para acompanhamento das ações e investimentos da companhia na região.

O segundo vice-presidente da Aiba, Seiji Mizote, os diretores, financeiro, Helio Hopp, executivo, Alan Malinski, o gerente de Infraestrutura, Luiz Stahlke participaram do momento, que também foi prestigiado pelos ex-presidentes e conselheiros, João Carlos Jacobsen, Júlio Busato, Celestino Zanela, os produtores rurais Luiz Pradella, Ildo Rambo, Elisa Zanela, e a vice-presidente da Abapa, Alessandra Zanotto. Representando a Coelba Neoenergia ainda estiveram presentes superintendentes, supervisores e engenheiros.

Fonte: Assessofria Aiba
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Cercamento de qualidade é aliado da pecuária regenerativa

Fazer uma pecuária inclusiva e regenerativa é pensar no futuro para as próximas gerações, de modo que seja possível produzir sem abrir mão da sustentabilidade, produtividade e longevidade dos nossos processos e sistemas.

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Foto: Pixabay

O ano de 2023 foi o mais quente da história, segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). A Organização das Nações Unidas (ONU) também já indicou que 2024 deve seguir a mesma tendência. Temperaturas extremas, escassez de chuvas e períodos de secas prolongados são algumas das consequências das mudanças climáticas que vem ocorrendo devido ao aumento gradual da temperatura global. Esse aumento deve-se principalmente as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Somente o Brasil emite 3% do total mundial de GEE, de acordo com o Observatório do Clima, sendo o sétimo maior emissor do mundo, atrás de China (25%), EUA (12%), Índia (7%), União Europeia (6%), Rússia (4%) e Indonésia (4%).

Essas mudanças no ambiente oriundo do bioclima têm consequências diretas na produção de alimentos. Podendo sofrer reduções de produtividade, devido aos intemperes climáticos. Ponto este preocupante em virtude do crescimento exponencial da população mundial, que chegará a 9 bilhões de pessoas até 2050, segundo as projeções da ONU.  Fato que demanda uma ampla quantidade de alimentos principalmente as proteínas de origem animal para suprir as necessidades da população em constante evolução.

Nesse processo de produção de GEE, a agropecuária ainda é vista como vilã, apesar de suas atividades serem pioneiras no processo de mitigação de metano entérico. De acordo com a Embrapa, a pecuária brasileira está emitindo menos gás metano devido à alta produtividade dos animais. Nesse sentido, quanto mais se melhora geneticamente os animais e os torna mais produtivos, menos emissão de metano entérico temos.

Além disso, a pecuária é a atividade mais cobrada por sustentabilidade por utilizar os recursos naturais. Um relatório da consultoria Boston Consulting Group (BCG) revelou que com a utilização da agricultura sustentável, soluções baseadas na natureza e do crédito de carbono e bioenergia, seria possível diminuir ainda mais as emissões – cerca de 1,83 bilhão de toneladas até 2030. Isso sem deixar de cumprir com o papel do campo de fornecer alimentos para suprir a crescente demanda mundial.

Para continuar reduzindo as emissões, e ter ainda a pecuária para as futuras gerações, os produtores começaram a praticar o conceito de pecuária regenerativa, que visa melhorar a saúde dos solos e a saúde dos animais, bem como proteger os recursos hídricos e a biodiversidade. Um relatório sobre a prática da Pecuária Regenerativa na América Latina, mostrou que esse tipo de estratégia diminui as emissões de gases liberados pela pecuária e faz da criação de animais de múltiplas espécies, principalmente os bovinos, um componente da regeneração da biodiversidade, ampliando a oferta de alimentos indispensáveis à saúde humana.

Diante disso, esse sistema busca não só minimizar o impacto ambiental da produção animal, mas também promover um ecossistema mais equilibrado e sustentável. Ao adotar métodos de manejo regenerativos, os produtores rurais contribuem significativamente para a preservação dos recursos naturais, além de serem agentes mitigadores de gases da atmosfera.

Na prática, as produtoras e os produtores rurais plantam culturas agrícolas em consórcio, como forrageiras e leguminosas, e depois inserem animais de múltiplas espécies (bovinos, aves e suínos, por exemplo) para pastar e aerar esse solo, tendo assim melhor aproveitamento da área. Uma pesquisa da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pecuária sobre o consórcio de feijão guandu (leguminosa) e de braquiárias (plantas forrageiras) revelou uma redução de até 70% de metano, comprovando que o manejo de culturas diferentes é uma vantagem para a produção e para o meio ambiente.

Para a pecuária regenerativa ser eficiente, os pecuaristas devem ficar atentos com o cercamento também, pois este desempenha um papel importante na delimitação de áreas de pastagem e proteção dos ecossistemas. Bem construídas e duráveis, controlam o movimento e o acesso dos animais, permitindo o descanso as áreas de pastagem e protegendo os recursos naturais.

Esse processo promove práticas sustentáveis e regenerativas e, consequentemente, melhora a saúde do solo, a biodiversidade e a resiliência dos sistemas de produção animal. O uso de telas prontas, por exemplo, simplifica o cercamento e contém múltiplas espécies, sendo de fácil instalação e, além disso, pratica-se o uso de baixo carbono por justamente não necessitar de diversos tipos de cercamentos distintos.

Outro ponto interessante é a mudança do uso da cerca tradicional de arame liso de 5 fios para a cerca elétrica. Nesse processo também se economiza o uso de aço por se fazer uma cerca mais simples e de fácil instalação, com uma bitola menor dos fios, consequentemente menos carbono e aço utilizados, aplicando-se a prática regenerativa.

Fazer uma pecuária inclusiva e regenerativa é pensar no futuro para as próximas gerações, de modo que seja possível produzir sem abrir mão da sustentabilidade, produtividade e longevidade dos nossos processos e sistemas.

Fonte: Por Vanessa Amorim Teixeira, médica-veterinária, mestre e doutora em Zootecnia e analista de mercado agro da Belgo Arames.
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