Bovinos / Grãos / Máquinas Nova gestão
Valter Vanzella se despede da presidência da Frimesa e dá lugar a Elias José Zydek
Depois de pouco mais de duas décadas, a cooperativa passa por mudanças em sua estrutura de gestão e terá um novo presidente.
Em Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada na quarta-feira (15), a Frimesa Cooperativa Central fez mudanças em sua estrutura de gestão. O então diretor-presidente Valter Vanzella anunciou sua aposentaria após 26 anos à frente da Central. “Estou muito maduro com essa decisão e muito feliz por tudo o que fizemos. Deixo um legado que me orgulho”, declarou.
Elias José Zydek, antes diretor-executivo, agora assume o cargo de diretor-presidente executivo para o mandato de 2023 a 2026. No entanto, antes da eleição efetiva de um novo presidente, a cooperativa passou por uma reforma estatutária, em que para ocupar a vaga o candidato deveria ser alguém com formação acadêmica e não mais membro do conselho das cooperativas filiadas.
A nova diretoria da Central Frimesa conta com representantes de todas as filiadas, tendo sido eleitos para o Conselho Fiscal no exercício de 2023 como membros efetivos Vilmar Fülber (Copagril), Andrei Buss (Copacol) e Gilberto Heinen, além dos suplentes Ademir Gênero (C.Vale), Simoni Tessaro Niehus (Lar) e Ricardo José Kemfer (Copagril).
Para o Conselho Administrativo foram eleitos o diretor presidente da Copagril, Elói Darci Podkowa, o diretor presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues, o diretor presidente da Copacol, Valter Pitol, o diretor presidente da C. Vale, Alfredo Lang e o diretor presidente da Primato, Anderson Leo Sabadin.
E ainda para o Conselho Vogal foram eleitos e empossados os vice-presidentes da Copagril, Cezar Luiz Petri; da Lar Urbano Inácio Frei; da Copacol James Fernando de Morais; da C.Vale Walter Andrei Dal’boit e da Primato Cezar Luiz Dondoni.
Prestação de contas
Vanzella presidiu a prestação de contas e explicou os resultados do ano com todas as dificuldades da cooperativa e do país de um modo geral. Na oportunidade, ele destacou que com um cenário econômico instável, 2022 foi repleto de desafios, mas com determinação foi possível manter a cadeia produtiva junto às filiadas – Copagril, Lar, C.Vale, Copacol e Primato, e ampliar a marca.
No último ano, a cooperativa obteve um faturamento de R$ 5,506 bilhões, apresentando um crescimento de 9,26%. “O cenário econômico e financeiro estreitou o resultado final para R$ 42,9 milhões, reflexo das margens apertadas nas atividades suíno e leite”, expôs Vanzella.
Marco da gestão
Um dos grandes marcos da gestão de Vanzella à frente da Frimesa foi a inauguração do frigorífico de suínos em Assis Chateaubriand (PR), em dezembro. O investimento foi de R$ 1,35 bilhão para uma capacidade de 7,5 mil cab/turno, podendo chegar a 15 mil cab/dia ao final da terceira etapa do projeto. O início das atividades do maior frigorífico de suínos da America Latina está previsto para março.
Setor de carnes representam 70,5% dos negócios
As unidades fabris da Frimesa operaram de acordo com as capacidades de produção para atender as demandas de mercado e industrializar a matéria-prima recebida. A área de carnes teve uma produção total de 297.137 toneladas, um crescimento de 6,22% comparado a 2021, representando um total de 70,5% nos negócios da marca.
Unidade de lácteos em Capanema encerrou atividades
Os altos custos de produção fizeram com que as indústrias da Frimesa recebessem 683.191 litros de leite ao dia, uma diminuição de 16,95% motivada pelos altos custos de produção, uma realidade de todo o Brasil, em vista dessa queda do recebimento, a Frimesa encerrou as suas atividades na unidade de lácteos em Capanema (PR). A representação da atividade leiteira no faturamento da Central foi de 27,8%.
Números
Os 527 produtos diferentes foram distribuídos pela equipe de logística eficiente, sincronizada com uma gestão de toda cadeia de suprimentos da Frimesa.
Lácteos e cárneos chegaram à mesa dos consumidores de todo o Brasil por meio dos 47.994 clientes ativos, atendidos por 11 filiais de vendas e 12 Centros de Distribuição (CDs).
Em 2022, o corpo funcional conta com 9.788 colaboradores, 4,17% a mais que o ano anterior, ainda, foi lançada a Escola de Formação, uma plataforma online que conta com cursos para capacitação profissional.
Presente na AGO, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, enalteceu o trabalho e o crescimento da Frimesa nos últimos anos e o seu importante papel no desenvolvimento e fortalecimento do cooperativismo.
História
A Frimesa Cooperativa Central é uma empresa brasileira, fundada em 13 de dezembro de 1977, em Francisco Beltrão (PR). Sua sede fica localizada em Medianeira, no Oeste paranaense, e industrializa carne suína e leite. Formada por cinco cooperativas filiadas: Copagril maior acionista com mais de 28%, Lar, C.Vale, Copacol e Primato.
A Central é a quarta maior empresa paranaense de abate e processamento de suínos e está entre as 10 maiores empresas do Brasil de recebimento de leite e a 11° maior cooperativa do Brasil.
Atualmente conta com seis unidades industriais e atua em todo o mercado nacional e internacional, exportando para diversos países. São mais de 9,7 mil colaboradores em corpo funcional.
Bovinos / Grãos / Máquinas
Boletim do leite de novembro
OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.
Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.
Derivados registram pequenas valorizações em outubro
Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).
Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta
Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.
Custos com nutrição animal sobem em outubro
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.
Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito
CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .
Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.
O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.
Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.
A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.
Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.
O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.
Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.
A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.
Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.
Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.
Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat
Bovinos / Grãos / Máquinas
Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo
Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.
Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.
As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.
“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.
O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.
Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.
“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.
Concursos estaduais
Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.
O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran