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Valorização da arroba em setembro não reflete no poder de compra dos pecuaristas
De dezembro de 2022 a setembro de 2023, o boi gordo pelo Indicador Cepea/B3 registrou desvalorização real de 23,3%, enquanto o preço do bezerro registra baixa menos intensa, de 12,6%, pelo Indicador Esalq/BM&FBovespa, no Mato Grosso do Sul.
Os preços do boi gordo apresentaram forte reação em setembro, impulsionados pela baixa oferta de animais para abate. No acumulado do mês, o Indicador Cepea/B3 (estado de São Paulo) avançou expressivos 18,2%, encerrando a R$ 236,15 no dia 29 – vale lembrar que, em agosto, o Indicador havia acumulado forte baixa, também de 18%. A valorização da arroba, contudo, não foi suficiente para melhorar o poder de compra de pecuaristas terminadores no mês, o que, por sua vez, resultou em certa dificuldade no planejamento desses produtores para os próximos meses.
De dezembro de 2022 a setembro de 2023, o boi gordo (Indicador Cepea/B3) registrou desvalorização real de 23,3%, enquanto o preço do bezerro registra baixa menos intensa, de 12,6% (Indicador Esalq/BM&FBovespa, Mato Grosso do Sul, animal nelore) – as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI.
No segundo semestre (de julho a setembro), especificamente, a queda no valor do boi gordo foi de 14,4%, e no do bezerro, de 8,3%. Diante disso, depois de observar uma melhora no poder de compra no começo do ano, o terminador se deparou em setembro com uma piora na relação. Trata-se, inclusive, do momento mais desfavorável ao pecuarista terminador em quase dois anos.
Dados do Cepea mostram que, em setembro, pecuaristas precisam de 9,45 arrobas de boi gordo paulista para a compra de um bezerro sul-mato-grossense, contra 9,4 arrobas em agosto de 2023 e 8,36 arrobas em setembro de 2022. O poder de compra de setembro de 2023 foi, inclusive, o pior desde outubro de 2021, quando eram necessárias 10,27 arrobas para fazer a mesma troca.
Movimentos regionais
Nas demais praças acompanhadas pelo Cepea, a oferta de boi gordo também esteve mais restrita ao longo de setembro, e os preços, em alta. Além da menor disponibilidade de animais para abate, em parte das praças, a valorização da arroba foi associada ao intenso volume de chuvas, enquanto em outras, à baixa quantidade de precipitação.
No Rio Grande do Sul, as constantes chuvas prejudicam os embarques dos animais, e pecuaristas tentaram preços maiores pela arroba.
Já em Mato Grosso, as chuvas foram pontuais, reforçando o contexto de falta de animais para abate. No caso das regiões em que o clima estese mais seco, as pastagens foram prejudicadas, o que gerou relatos de dificuldade no ganho de peso dos bezerros.
Para a carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, mesmo com o consumo interno baixo, os valores da carcaça casada bovina estiveram firmes. A sustentação pode estar atrelada ao fato de as escalas de abate de frigoríficos estarem curtas.
Exportações
As exportações brasileiras de carne bovina in natura voltaram a se aproximar das 200 mil toneladas em setembro. As vendas externas em ritmo mais intenso reforçaram o movimento de recuperação dos preços internos da arroba do boi gordo.
Em setembro, segundo dados da Secex, o Brasil exportou 195,07 mil toneladas de carne bovina in natura, alta de 5,24% na comparação com agosto/23, mas 3,9% abaixo do volume de setembro do ano passado.
No entanto, o desempenho observado no mês passado foi o segundo melhor para um mês de setembro, atrás apenas do observado justamente no ano passado (quando 203,02 mil toneladas foram escoadas).
Ainda de acordo com a Secex, ao longo de 2023, as vendas externas somam 1,4 milhão de toneladas, abaixo (em 5,44%) apenas do volume recorde do mesmo período do ano passado.
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Sindiavipar homenageia Ricardo Santin por fortalecer a avicultura brasileira no mercado global
Honraria destacou os esforços incalculáveis e o compromisso com a excelência, que ajudaram a fortalecer a posição do país no cenário global, elevando a ABPA como referência setorial reconhecida mundialmente pelos setores avícola e suinícola.
Em um gesto de reconhecimento à dedicação e liderança que têm sido fundamentais para o crescimento e desenvolvimento da avicultura no Brasil, o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) prestou uma homenagem a Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O tributo destacou os esforços incalculáveis e o compromisso com a excelência, que ajudaram a fortalecer a posição do país no cenário global, elevando a ABPA como referência setorial reconhecida mundialmente pelos setores avícola e suinícola.
Durante um encontro festivo promovido pelo Sindiaviapar, realizado em conjunto com a cadeia produtiva paranaense, Santin se mostrou emocionado ao receber a honraria. “Foi uma surpresa, pensei que estava vindo para um jantar com amigos do setor. Receber esta homenagem do Sindiavipar e de toda a cadeia produtiva do Paraná é uma manifestação de carinho imensa, porque a avicultura do Paraná é um grande eixo de desenvolvimento da avicultura brasileira, hoje com 40% da exportação, 35% da produção. Isso me deixa muito honrado. Fico muito feliz e aumenta ainda mais a minha responsabilidade, pois acompanhei o início das atividades da ABPA e a trajetória do Francisco Turra, e junto com ele ajudei a construir esta ABPA forte”, declarou Santin.
O presidente do Sindiavipar e sócio-diretor da Globoaves, Roberto Kaefer, ressaltou a importância do trabalho de Ricardo Santin para o setor. “Fazer uma homenagem ao Ricardo Santin é reconhecer uma pessoa que trabalha muito pelo nosso setor. Este ano vamos chegar aos 5,2 milhões de toneladas de carne de frango exportadas, batendo recorde e nos consolidando como o maior exportador do mundo. A avicultura do Brasil, com mais de 36% de representatividade nacional e 42% das exportações, tem hoje 150 países comprando de nós. Isso é fruto do dinamismo e da capacidade de negociação que a ABPA, sob a liderança de Santin, tem demonstrado. O Brasil, além de oferecer um produto de qualidade superior, tem a capacidade de atender sempre às demandas do mercado global”, enalteceu.
O evento contou com a presença de líderes empresariais e figuras importantes do setor, como os presidentes da Coopavel, Dilvo Grolli; da Copacol, Valter Pitol; o gerente da Divisão Industrial da C.Vale, Reni Girardi; o médico-veterinário e diretor da Mercolab, Alberto Back; além de representantes das maiores empresas de alimentos, genética, laboratórios e insumos do país.
A homenagem a Ricardo Santin ressalta a importância de sua atuação à frente da ABPA, onde ele tem sido peça-chave no crescimento e na promoção da avicultura e suinocultura brasileiras, consolidando o país como um dos maiores players no mercado mundial de proteína animal.
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Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos
Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.
Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.
Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.
A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
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Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022
De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.
De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.