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Valor da produção de florestas plantadas cai em 2019 e interrompe 3 anos de altas

O valor da produção florestal teve uma redução de 2,7%, somando R$ 20 bilhões

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Divulgação/C.Vale

Após três anos consecutivos de crescimento, o valor da produção da silvicultura (obtida em florestas plantadas) caiu 5% em 2019 na comparação com o ano anterior, atingindo R$ 15,5 bilhões. Com isso, a participação da silvicultura representou 77,7% do valor de produção florestal, que atingiu R$ 20 bilhões, enquanto o extrativismo vegetal (em matas e florestas nativas) respondeu por 22,3%, como mostra a Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), divulgada na quinta-feira (15) pelo IBGE.

A silvicultura supera a extração vegetal na participação no valor da produção desde 2000. A retração da silvicultura levou a uma queda de 2,7% no valor total da produção florestal (R$ 20 bilhões).

“Houve queda acentuada no valor de produção tanto na madeira em tora para celulose quanto para outras finalidades. E essas duas produções têm um peso muito grande dentro da silvicultura. A celulose, por exemplo, é um produto de exportação forte no Brasil, foi o quarto mais exportado pelo país. Então a retração desses dois produtos fez com que o valor da produção da silvicultura tivesse essa queda de 5%”, explica a supervisora da pesquisa, Rachel Pinton.

Na silvicultura, o valor da produção da madeira em tora para celulose teve uma queda de 11%, chegando a R$ 4,5 bilhões, enquanto a madeira em tora para outras finalidades teve seu valor de produção reduzido em 3%, atingindo também R$ 4,5 bilhões. Entre os produtos madeireiros da silvicultura, só a lenha teve crescimento no valor da produção (1,1%), passando a R$ 2,2 bilhões.

Mesmo com a queda de 3,3% na participação do valor da produção total, os produtos madeireiros da silvicultura e da extração vegetal ainda seguem predominantes no setor, representando 90% da produção florestal. Entre os não madeireiros da silvicultura, todos os produtos cresceram em valor da produção em 2019. A resina cresceu 2,6%, gerando R$ 371,7 milhões, enquanto a casca de acácia-negra teve alta de 36,4%, totalizando R$ 46 milhões.

Entre os produtos da extração vegetal, houve aumento dos produtos madeireiros e de outros grupos, como o de alimentícios, resultando em um crescimento de 6,4% no valor da produção. “O aumento no grupo de alimentícios pode ser explicado pelo incentivo da política de garantia de preços mínimos para produtos da sociobiodiversidade. Entre eles estão o pequi e a castanha-do-pará, que são produtos importantes para comunidades tradicionais, pequenos agricultores e assentamentos, e tiveram aumento bem expressivo”, analisa Rachel.

A atividade extrativista de produtos não madeireiros, relevante para os povos e comunidades tradicionais, teve crescimento de 2,3% no valor da produção, totalizando R$ 1,6 bilhão. O valor da produção do grupo de alimentícios, que é o maior entre os não madeireiros da extração vegetal, cresceu 0,8%, atingindo R$ 1,2 bilhão. Entre os produtos desse grupo, o açaí continuou a ter a maior participação no valor da produção (48,3%).

Minas Gerais lidera valor da produção florestal do país

Liderando o ranking dos estados no valor da produção florestal, Minas Gerais totalizou R$ 4,4 bilhões em 2019. O estado é o maior produtor de carvão vegetal no país, respondendo por 86,8% do volume nacional. Embora tenha tido uma alta de 2,2% no volume de produção, o valor da produção do carvão caiu 2% em Minas Gerais.

Já o segundo lugar no ranking, o Paraná, teve um valor da produção de R$ 3,1 bilhões, com destaque para a produção de madeira em tora para outras finalidades, que teve uma alta de 6,2% e alcançou 17,9 milhões de metros cúbicos. Com isso, o estado se mantém como o maior produtor do país.

Já Mato Grosso do Sul, maior produtor de madeira em tora para papel e celulose, teve queda de 16,6% na quantidade produzida, totalizando 14,6 milhões de metros cúbicos. A retração se deu em função dos baixos preços da celulose em 2019.

Entre os municípios, João Pinheiro (MG) liderou o valor da produção em 2019, com R$ 263,7 milhões. O destaque do município foi na produção de carvão de eucalipto, que teve um aumento de 7,4% no volume. Já Três Lagoas (MS), o segundo no ranking, tem como destaque a produção de madeira em tora de eucalipto para papel e celulose. Mesmo com a retração de 11% no valor da produção do produto, o município totalizou R$ 247,3 milhões no total da silvicultura.

Área de florestas plantadas cresce 1,2% no país

A pesquisa aponta um acréscimo de 1,2% na área total de florestas plantadas no país, o que representa um incremento de 118,1 mil hectares. Cerca de 79,4 mil hectares desse total correspondem às áreas de eucalipto, espécie predominante no território brasileiro. Eucalipto e pinus, somados, respondem pela cobertura de 96,1% das áreas cultivadas com florestas plantadas para fins comerciais.

Entre as grandes regiões, o Sudeste superou o Sul, totalizando 35,3% da área de florestas plantadas do país. A pesquisa aponta uma tendência de ampliação da área de silvicultura no Sudeste. Em 2019, a diferença entre as duas regiões era de 56,9 mil hectares.

Fonte: Agência IBGE

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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

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Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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