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Valor da Produção Agropecuária no Estado de São Paulo sobe 30% em 2021 e atinge R$ 121,9 bilhões

Presidente da Federação, Fábio de Salles Meirelles, afirma que produtores conseguiram enfrentar desafios climáticos e a tiveram resultados positivos

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Na produção pecuária, São Paulo se destaca como o maior produtor de ovos

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Estado de São Paulo em 2021 atingiu R$ 121,9 bilhões, valor 30% superior ao do ano anterior, em termos nominais. Desse total, R$ 82,1 bilhões correspondem às lavouras e R$ 39,8 bilhões à pecuária. O presidente da Federação Paulista da Agricultura e Pecuária (FAESP), Fábio de Salles Meirelles, ressalta que os produtores conseguiram enfrentar os desafios climáticos no ano passado e, ainda assim, apresentam resultados altamente positivos para o setor.

O VBP corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento rural, calculado com base na produção e nos preços médios recebidos pelos produtores nas principais praças do País.

Segundo os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2020/21, o Estado de São Paulo se manteve como o maior produtor nacional de açúcar, amendoim, cana-de-açúcar e etanol. A produção de amendoim foi de 561.600 toneladas, cerca de 94,0% da produção nacional.

Na cana-de-açúcar, o Estado representou 54,1% do volume colhido no país, com 354 milhões de toneladas. Já o açúcar paulista somou 26,1 milhões de toneladas, ou 63,2% do cômputo nacional. A produção de etanol, foi responsável por 43,9% do total brasileiro, com 14,4 bilhões de litros.

Outro importante destaque na pauta agrícola do Estado é o café. Mesmo com os problemas climáticos enfrentados em 2021, como a seca prolongada e as geadas ocorridas entre junho e julho, a produção paulista de café somou 4,0 milhões de sacas, ou 8,4% do total nacional, mantendo o Estado como o terceiro maior produtor brasileiro.

Para a produção de milho, em que São Paulo se destaca como o 7º maior produtor, a safra 2020/21 foi bastante atípica por conta dos eventos climáticos observados no período. A cultura do milho, especificamente de segunda safra, foi uma das mais afetadas pela escassez hídrica e pelas geadas ocorridas em 2021. No estado de São Paulo, a produção de milho safrinha no ciclo 2020/21 sofreu queda de 38,8% em comparação à safra anterior.

Entre as frutas e hortaliças, São Paulo ocupa a liderança de maior produtor de banana, laranja e tomate. De acordo com o IBGE, o Estado produziu 1,09 milhão de toneladas de banana em 2021, cerca de 15,6% do total nacional. De laranja, foram colhidas 12,07 milhões de toneladas (78,8% de toda laranja produzida no Brasil), e de tomate foram 1,0 milhão de toneladas, ou 26,2% do total brasileiro.

Os bons números não significam, no entanto, que o ano tenha sido isento de dificuldades. As exportações de açúcar e etanol registraram queda significativa de 13,9% e 30,4%, respectivamente, com embarque de 14,3 milhões de toneladas de açúcar bruto e 1,3 milhão de toneladas de etanol. Reflexo da menor oferta e da valorização do produto no mercado interno, as exportações paulistas de milho em grão também sofreram forte redução em 2021, comparado ao volume embarcado em 2020, passando de 525,15 mil toneladas para 52,37 mil toneladas (-90%). Em valores, a queda foi de 87%, somando US$ 11,3 milhões.

A produção de laranja também foi impactada. “A escassez hídrica no cinturão citrícola de São Paulo foi bastante prejudicial à produção da fruta. Houve forte queda no volume de laranja embarcado para o exterior: 69,6% a menos que o exportado em 2020, somando 1,84 mil toneladas”, explica Larissa Amaral, analista do Departamento Econômico da FAESP.

“Por outro lado, as exportações de sucos e óleos essenciais de laranja registraram alta de 10% em volume e de 12,6% em valor, totalizando 2,2 milhões de toneladas e US$ 1,68 bilhão”, complementa.

Na produção pecuária, São Paulo se destaca como o maior produtor de ovos. Até o terceiro trimestre de 2021, o Estado produziu 825,4 milhões de dúzias, cerca de 28% do total nacional. Em termos de exportações, as cotações valorizadas e a atratividade do mercado internacional elevaram sobremaneira os embarques desse produto, 46,0% em volume e 41,1% em valor.

Também merecem destaque os abates de frangos e bovinos, com São Paulo ocupando a 4ª posição no ranking nacional. Até o terceiro trimestre de 2021, foram abatidos 2,15 milhões de bovinos e 477,3 milhões de frangos no Estado.

Fonte: Assessoria

Colunistas

Sucessão familiar no agro: como atrair os jovens para o campo?

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A sucessão familiar no agronegócio tem se tornado um dos grandes desafios para o setor rural, especialmente em um contexto em que os jovens estão cada vez mais imersos em tecnologia e afastados das práticas tradicionais da agricultura. Esse distanciamento ameaça a continuidade das atividades no campo, principalmente em regiões onde o trabalho artesanal, como a delicada colheita de grãos de café, ainda desempenha um papel fundamental para a economia local e a preservação da cultura agrícola.

O grande desafio está em demonstrar que o trabalho rural pode ser sinônimo de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, desde que haja um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos métodos tradicionais.

Para garantir a continuidade das propriedades rurais e a manutenção da produção, é essencial adotar estratégias que tornem o campo mais atraente para as novas gerações. Investir em tecnologia e inovação é um dos principais caminhos, pois permite modernizar as atividades agrícolas, tornando-as mais eficientes e rentáveis. Além disso, a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.

Outro fator crucial é a educação e capacitação voltadas para o agronegócio. Oferecer programas de treinamento e especialização em áreas como agroecologia, gestão rural e empreendedorismo pode preparar melhor os jovens para assumir a liderança das propriedades familiares. Incentivos governamentais, como acesso a crédito e políticas de apoio à agricultura familiar, também são fundamentais para facilitar essa transição. Criar um ambiente onde os jovens se sintam valorizados e capazes de inovar é essencial para garantir a sucessão familiar e a sustentabilidade do setor agrícola a longo prazo.

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa. Integrar tecnologias modernas às práticas agrícolas tradicionais pode não apenas preservar o legado familiar, mas também abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor rural.

Fonte: Por Bruno Sampaio, gestor do Bmg Agro e do Guima Café
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Notícias

A importância da pesquisa agropecuária

A pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

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Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Vanir Zanatta - Foto: Divulgação/MB Comunicação

O acelerado desenvolvimento do setor primário da economia, nas últimas décadas, resultou dos avanços da pesquisa científica na esfera da Embrapa, das Universidades, dos centos de pesquisa privados e dos grandes grupos da indústria da alimentação. De um lado, a pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

Apesar disso, ainda é necessário fomentar a pesquisa agropecuária brasileira para turbinar os níveis de investimento público em patamares equivalentes aos dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial. O caminho natural é a Embrapa, capitaneando uma cadeia de pesquisa, que envolve as Universidades e outros centros de pesquisa. A ideia é fortalecer as ferramentas de gestão de órgãos públicos e estimular as parcerias público-privadas, inclusive com cooperativas agropecuárias, com o fomento de estudos que efetivamente contribuam para o maior desenvolvimento, sustentabilidade e competitividade do setor agropecuário. Essa integração pode facilitar a captação de investimentos na geração de inovações de alto impacto para o enfrentamento dos desafios do agro brasileiro.

Em Santa Catarina, por exemplo, que se destaca no incremento da produção de leite, esse reforço na pesquisa poderia começar com a instalação de um núcleo de pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras. Nas pequenas unidades de produção a atividade proporciona importante fonte de renda para as famílias rurais. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção, especialmente da genética e sanidade.

Quinto produtor nacional, o setor tem sofrido uma intensa concentração da produção. Para a pecuária leiteira tornar-se mais competitiva, há a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais adaptadas à região. A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho proporcionará um salto notável na elevação da produção e da renda dos produtores.

A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa eficiência nutricional.

A empresa mantém em Concórdia a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. O novo núcleo de pesquisa poderia ser criado junto a Embrapa de Concórdia (SC). O foco seria a produção e manejo de forragem, o que geraria conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.

Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite em três unidades: a de gado de leite, voltada às soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a unidade  Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Bagé (RS).

As cooperativas agropecuárias são atores estratégicos no apoio aos programas de  pesquisa científica, como testemunham inúmeras ações em passado recente.

Fonte: Por Vanir Zanatta, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
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Notícias Atenção produtor rural

Prazo para declaração do ITR encerra em 30 de setembro, alerta Faesc

Documento deve ser enviado por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal.

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Foto: José Fernando Ogura

O prazo para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2024, vai até 30 de setembro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta para que o produtor rural fique atento ao prazo para evitar multas.

De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 2.206/2024 é obrigatório apresentar a declaração de pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos ou um dos compossuidores.

A declaração deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal. Além disso, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.

O imposto é obrigatório para todo o imóvel rural, exceto para os casos de isenção e imunidade previstos em lei, portanto o produtor deve ficar atento aos prazos de envio do documento para não pagar multas e juros. E caso o contribuinte verifique algum erro após o envio da declaração, ele deve fazer a retificação por meio do Programa ITR 2024.

A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (DIAC) e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).

O contribuinte, cujo imóvel rural já esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR), deve informar o respectivo número do recibo de inscrição. O pagamento do imposto poderá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), ou via QR Code (Pix).

No dia 24 de julho, o Governo Federal publicou a Lei n° 14.932/2024 que retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para a redução do valor devido do ITR. Entretanto, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.206/2024, ainda obriga o produtor rural a apresentar a ADA neste ano.

A CNA e a Faesc trabalham para que a Receita faça a revisão da normativa o mais breve possível. Mesmo com a lei em vigor, recomendam manter o preenchimento do ADA via Ibama, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural e inserção do número do recibo na DITR 2024.

O contribuinte pode conferir o Valor de Terra Nua (VTN) 2024 publicado no site da Receita Federal pelas Prefeituras conveniadas. A FAESC lembra que, caso os valores não estejam de acordo com os requisitos determinados pela Instrução Normativa RFB n° 1.877/2019, deve ser feita denúncia por meio do Sindicato Rural junto à Delegacia Regional da Receita.

Fonte: Assessoria Faesc
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ABMRA 2024

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